Voltei para o lugar. E ele voltou a me beijar. Seus beijos eram úmidos e quentes, e alguns deles faziam cócegas, conforme ele ia descendo. Comecei a me mexer desconfortavelmente, suas mãos passaram pelo meu buraco enrugado, acariciando, lentamente, depois suas mãos escorregaram para as minhas dobras úmidas. Seus dedos passaram com facilidade. Ele ficou assim, beijando meu traseiro, sua língua balançando sobre meu cu, enquanto seus dedos brincavam dentro de mim, fazendo com que um novo calor começasse a surgir em mim. Eu não consegui segurar um gemido alto quando seu polegar pressionou contra o meu clitóris. Encolhi-me ao som brutal de mim mesma. Me sentindo irreconhecível, mas quando dei por mim, já estava gemendo, e empurrando minha buceta em direção aos seus dedos. De repente ele retirou os dedos me deixando vazia, me fazendo desesperada pelo seu contato. Fechei minhas pernas apertado minhas pernas juntas, querendo encontrar o alívio que Jamie estava me proporcionando. Paft
— Nada! Nada vai acontecer para mim. Eu… Eu tenho você. — Apontei para o seu peito. — Por favor. Ele caminhou pelo box comigo, me fazendo dar passos para trás, até que esbarrei na parede. — Você não está armando para mim, não é, Alice? Sua mão subiu para minha garganta, onde ele acariciou. Ele aproximou sua boca do meu ouvido e então sussurrou. — Você não faria isso comigo, não é princesa? — E-eu não estou tramando nada. Apenas quero estar bem com você… por favor… Seus olhos rapidamente amenizaram. — Sinto muito. — Se afastou. — Eu não estou acostumado… eu apenas… não posso perder você. — Eu sei que isso é novo para nós — disse em um sussurro. — Mas nós podemos tentar… Eu não vou te decepcionar… te prometo. — Andei em sua direção, aproximando meus lábios e roubei um outro beijo, ele me olhou com estranheza, mas logo retribuiu. Era quente, feroz, raivoso, uma batalha de línguas. Antes que eu desse por mim, estávamos fazendo amor embaixo do chuveiro. Só que
— Eu realmente queria poder te dar uma resposta. — sorri infeliz. — Eu fui uma criança normal, pelo menos tentei, houve uma época em que brinquei de carrinho e sonhei em ser bombeiro como a maioria das crianças. Porém, via e ouvia coisas demais para uma criança de cinco anos, perdi minha inocência, a família me moldou, aprendi a ser sagaz, observador, calculista, frio, um cobrador de dívidas, um Carrasco. Nunca encontrei nenhum tipo de relação que me trouxesse conforto. Nunca tive nenhuma relação de amizade, ou pelo menos afeição. Acho que alguma vez pensei ter amado minha mãe. Mas é impossível amar alguém que não lute pelo seu filho. Mesmo que eu soubesse que ela não tinha escolha, e que está tão presa quanto eu, eu queria realmente alguém que alguma vez entrasse na minha frente por mim. Houve uma época em que eu odiava a família. Que queria fugir. Queria, daria tudo por uma vida normal. Foi logo quando fiz doze anos, e matei um viciado que devia dinheiro para o meu pai. — Deus!
Tudo errado, esse era o mal de ser impulsiva. Eu senti pena dele, e muitas vezes eu só quis aconchegá-lo, quem merecia uma vida daquelas? Eu sei, eu jamais deveria sentir pena de alguém como Jamie, no entanto eu era Alice, e isso fazia parte da minha existência. Não era como se eu escolhesse isso. Era para eu ter ido embora quando me disse que estava apaixonado. Ele não sabia o que era amar. Nunca saberá, mas eu estava hipnotizada, louca para ter um pouco dele. Para entendê-lo, não sei… no fundo, talvez eu fosse tão doente quanto ele. Quando ele me beijava era bom. Não estava apaixonada. Porém já não sentia repulsa, me entorpecia e me distraía, eu precisava daquilo. Eu sei que era doentio, eu não o amava, mas agia em mim como uma droga. Entrava em meu sistema, e eu queria ter mais. — Senta na minha mesa — disse para mim —, tire a calcinha e sentese na minha mesa. Antes que eu pudesse fazer isso, ele me carregou pelo cômodo, me dando beijos. Quando meu corpo bateu na mesa,
Caminhei lentamente até o escritório de Jamie, como ele tinha me instruído a fazer assim que eu terminasse meu curso online, e bati de leve na porta. — Entre — ele disse apenas. E eu entrei, ele estava em pé, de costas para mim e olhando pelo lustroso vidro que dava uma visão impecável do céu azul alaranjado, os arranha-céus e prédios altos que cercavam toda a cidade, não interferindo na beleza impecável do sol se pondo. Ele terminava de virar um copo de uísque Jim Beam White. Fiquei parada em pé na porta, esperando que ele me falasse sobre o que se tratava aquela conversa. — Eu estive conversando com Colle. Ele disse finalmente se virando para mim. Parecia cansado. Instantaneamente meu coração doeu. Por que ele falaria com Colle? Por que motivo? A não ser que algo tenha acontecido com Nicole ou Nicholas. — Nicole está bem? — perguntei baixo, minha voz estremecendo com temor. — Sim, sua amiga está bem. — Antes que eu pudesse perguntar por Nicholas ele respondeu. — O
Eu esqueci tudo o que pensei ou planejei falar quando a vi. Ela vestia uma saia florida pouco acima do joelho e blusa de seda, seus cabelos ruivos estavam pouco abaixo dos ombros, e caía em ondas, como o fogo quando está no seu auge. Ela finalmente virou e me olhou, surpresa. E eu mais ainda por vê-la tão diferente. Ela parecia tão frágil e abatida, seus olhos eram fundos e pareciam grandes demais para o seu pequeno e delicado rosto. As bochechas também estavam pálidas, a clavícula muito funda, o que claro sugeria que ela havia perdido muito peso, talvez, 10 ou 12 quilos, não sei, seus braços estavam extremamente finos, e suas canelas parecem mais duas varetas. Aquele maldito a estava matando de fome? Meu peito subia e descia com raiva. Mas logo o sentimento evaporou quando seus olhos pararam em mim e ela deu um sorrisinho de lado, fazendo meu coração bater feito louco. Tive que me controlar. Andei em direção a eles, e peguei o uísque aguado da mão de Jamie, agradecendo. Antes, claro,
Maldito Ethan. Meu telefone tocou às duas da manhã. Atendi no segundo toque. — Ei cara. — Ei cara? — disse com a voz cansada, sentando na cama e esfregando meus olhos com as mãos. — Espero que seja urgente. Porque aqui é de madrugada. — Não vou demorar — Ethan disse. — Ok… — Sei que faz dois dias que terminou o último trabalho — disse, divagando. — Vamos homem, solte a bomba. O que é tão importante para me ligar a essa hora? — ele riu do outro lado da linha. — Alice… precisa de segurança pessoal. — Ei, não cara, tô fora — disse de uma vez. — Thomas, o trabalho é bom, só até que ele encontre outro de confiança para ela. Você não precisa estar muito tempo. Dois meses e você pode voltar para casa. — Ethan, eu não gosto daquele cara. Além do mais, por que você mesmo não faz o serviço, já que é por pouco tempo? — A Nicole me mata se eu for. Você sabe disso — Ethan, disse sério. — Nós chegamos há três dias, eu prometi ficar duas semanas. Ela e Nicholas es
Minhas mãos correram para o corrimão do prédio, apertando, tentando controlar as borboletas. — Cortei os carboidratos — disse sorrindo, olhando em sua direção, embora ele claramente não tenha achado graça. Trancou a mandíbula. — Não digo disso — sua voz era séria e rouca. Virando-se para mim a sua expressão era de quase repulsa. Como se eu tivesse dito que curtia necrofilia. — Você parece… — Ele parou de falar, como se pensasse na próxima palavra — Adulta. Eu ri. Um riso seco. Sério? Acredita que eu sempre fui adulta? Você que me tratava como uma garotinha mimada. Ele não parecia ter achado alguma graça de eu ter rido. Me olhou uma última vez, calado, limpou a garganta, e sem se despedir ou falar mais alguma coisa, se virou e saiu. Duas semanas se passaram e Jamie parecia extremamente ocupado no trabalho, ele me procurou algumas vezes e eu incrivelmente não conseguia parar de me sentir culpada. Já com Thomas, nossa rotina se resumiu em estarmos próximos, porém ele mal abr