Tudo errado, esse era o mal de ser impulsiva. Eu senti pena dele, e muitas vezes eu só quis aconchegá-lo, quem merecia uma vida daquelas? Eu sei, eu jamais deveria sentir pena de alguém como Jamie, no entanto eu era Alice, e isso fazia parte da minha existência. Não era como se eu escolhesse isso. Era para eu ter ido embora quando me disse que estava apaixonado. Ele não sabia o que era amar. Nunca saberá, mas eu estava hipnotizada, louca para ter um pouco dele. Para entendê-lo, não sei… no fundo, talvez eu fosse tão doente quanto ele. Quando ele me beijava era bom. Não estava apaixonada. Porém já não sentia repulsa, me entorpecia e me distraía, eu precisava daquilo. Eu sei que era doentio, eu não o amava, mas agia em mim como uma droga. Entrava em meu sistema, e eu queria ter mais. — Senta na minha mesa — disse para mim —, tire a calcinha e sentese na minha mesa. Antes que eu pudesse fazer isso, ele me carregou pelo cômodo, me dando beijos. Quando meu corpo bateu na mesa,
Caminhei lentamente até o escritório de Jamie, como ele tinha me instruído a fazer assim que eu terminasse meu curso online, e bati de leve na porta. — Entre — ele disse apenas. E eu entrei, ele estava em pé, de costas para mim e olhando pelo lustroso vidro que dava uma visão impecável do céu azul alaranjado, os arranha-céus e prédios altos que cercavam toda a cidade, não interferindo na beleza impecável do sol se pondo. Ele terminava de virar um copo de uísque Jim Beam White. Fiquei parada em pé na porta, esperando que ele me falasse sobre o que se tratava aquela conversa. — Eu estive conversando com Colle. Ele disse finalmente se virando para mim. Parecia cansado. Instantaneamente meu coração doeu. Por que ele falaria com Colle? Por que motivo? A não ser que algo tenha acontecido com Nicole ou Nicholas. — Nicole está bem? — perguntei baixo, minha voz estremecendo com temor. — Sim, sua amiga está bem. — Antes que eu pudesse perguntar por Nicholas ele respondeu. — O
Eu esqueci tudo o que pensei ou planejei falar quando a vi. Ela vestia uma saia florida pouco acima do joelho e blusa de seda, seus cabelos ruivos estavam pouco abaixo dos ombros, e caía em ondas, como o fogo quando está no seu auge. Ela finalmente virou e me olhou, surpresa. E eu mais ainda por vê-la tão diferente. Ela parecia tão frágil e abatida, seus olhos eram fundos e pareciam grandes demais para o seu pequeno e delicado rosto. As bochechas também estavam pálidas, a clavícula muito funda, o que claro sugeria que ela havia perdido muito peso, talvez, 10 ou 12 quilos, não sei, seus braços estavam extremamente finos, e suas canelas parecem mais duas varetas. Aquele maldito a estava matando de fome? Meu peito subia e descia com raiva. Mas logo o sentimento evaporou quando seus olhos pararam em mim e ela deu um sorrisinho de lado, fazendo meu coração bater feito louco. Tive que me controlar. Andei em direção a eles, e peguei o uísque aguado da mão de Jamie, agradecendo. Antes, claro,
Maldito Ethan. Meu telefone tocou às duas da manhã. Atendi no segundo toque. — Ei cara. — Ei cara? — disse com a voz cansada, sentando na cama e esfregando meus olhos com as mãos. — Espero que seja urgente. Porque aqui é de madrugada. — Não vou demorar — Ethan disse. — Ok… — Sei que faz dois dias que terminou o último trabalho — disse, divagando. — Vamos homem, solte a bomba. O que é tão importante para me ligar a essa hora? — ele riu do outro lado da linha. — Alice… precisa de segurança pessoal. — Ei, não cara, tô fora — disse de uma vez. — Thomas, o trabalho é bom, só até que ele encontre outro de confiança para ela. Você não precisa estar muito tempo. Dois meses e você pode voltar para casa. — Ethan, eu não gosto daquele cara. Além do mais, por que você mesmo não faz o serviço, já que é por pouco tempo? — A Nicole me mata se eu for. Você sabe disso — Ethan, disse sério. — Nós chegamos há três dias, eu prometi ficar duas semanas. Ela e Nicholas es
Minhas mãos correram para o corrimão do prédio, apertando, tentando controlar as borboletas. — Cortei os carboidratos — disse sorrindo, olhando em sua direção, embora ele claramente não tenha achado graça. Trancou a mandíbula. — Não digo disso — sua voz era séria e rouca. Virando-se para mim a sua expressão era de quase repulsa. Como se eu tivesse dito que curtia necrofilia. — Você parece… — Ele parou de falar, como se pensasse na próxima palavra — Adulta. Eu ri. Um riso seco. Sério? Acredita que eu sempre fui adulta? Você que me tratava como uma garotinha mimada. Ele não parecia ter achado alguma graça de eu ter rido. Me olhou uma última vez, calado, limpou a garganta, e sem se despedir ou falar mais alguma coisa, se virou e saiu. Duas semanas se passaram e Jamie parecia extremamente ocupado no trabalho, ele me procurou algumas vezes e eu incrivelmente não conseguia parar de me sentir culpada. Já com Thomas, nossa rotina se resumiu em estarmos próximos, porém ele mal abr
Alice Caminhei para a nossa academia privada, com um iPod conectado no último volume. Tocava ‘Knox Brown Reignite ft’, Gallant. Eu também carregava uma bolsa, onde carregava uma toalha, água, e algumas coisas que eu pudesse utilizar. Segui meu caminho normalmente até que minha respiração ficou presa. Seu corpo suado subia e descia devagar, aquele exercício nunca fora tão sexy, suas mãos seguravam com firmeza a barra, fazendo com que os músculos do seu braço inchassem ainda mais. Suas costas eram musculosas, seus ombros largos e suados ondulavam a cada barra que ele fazia, desde seu ombro direito ao restante do seu braço, costas e barriga, eram cheios de tatuagens que se repetiam, seu cabelo escuro estava jogado para trás, gotas de suor escorriam pelo seu pescoço, seu short largo de malhar me mostrava o volume maravilhoso do seu traseiro incrivelmente perfeito. Sua frente refletida no grande espelho era perfeita e musculosa, totalmente tatuada, mas o que me chamou a atenção foi o p
— Você precisa evitar esse tipo de atitude. — Ele repete friamente com uma calma inacreditável. — Não quero ter que punir você. Leva tudo em mim para não estalar minha língua. Ele continua. — Por isso levaremos Thomas, já lhe dei ordens para que não fosse bonzinho. E que fizesse seu papel caso você perdesse a cabeça como no último jantar. — Sua expressão permaneceu serena. — Não vou tolerar distrações ou que me envergonhe. Eu queria gritar com ele, que a família dele me assustava e que não queria ir de forma alguma àquele jantar, mas sabia bem que ele não aceitaria. Então engoli minha raiva e medo e concordei. — Claro, Jamie. — Eu sorri forçada. Ele me beijou, e enganchou o braço no meu. Quando chegamos no térreo, Thomas já estava lá. Como normalmente, ele estava lindo. Seu cheiro vibrou para dentro de mim, e por um momento tudo o que eu queria era embalar meu nariz no seu pescoço e cheirar. Seus olhos capturaram o meu por um minuto, e logo depois o encanto foi quebrado
— Eu não sou seu motorista particular, portanto você virá comigo na frente. — Ele passou por mim e abriu a porta do passageiro do seu Cadillac CT6, em seguida entrou. Eu não entendia a sua irritação, embora suspeitasse que se dava ao fato de ele ter que ficar como uma babá. Como se não fosse o suficiente, Jamie instruiu para que ele retornasse para casa comigo em segurança. Thomas, sempre ficava estranho como estava comigo sozinho. Ele pigarreou alto, arrancando-me dos meus pensamentos. Olhei para ele ainda sem entender nada, as grandes mãos apoiadas no volante, sua mandíbula trancada, ele me olhava sério. — O-o que foi? — perguntei baixo. Ele soltou seu cinto de segurança e aproximou-se rápido de mim. Seu cheiro invadindo meu espaço, sua loção pós barba, seu rosto, tudo tão próximo a mim… Sua mão percorreu suavemente o lado da minha coxa, enquanto o outro passou por cima do meu ombro. Então ele puxou o cinto de segurança e encaixou para mim. Meu corpo congelou, sua mão era quen