Vertigem

— Eu realmente queria poder te dar uma resposta. — sorri infeliz. — Eu fui uma criança normal, pelo menos tentei, houve uma época em que brinquei de carrinho e sonhei em ser bombeiro como a maioria das crianças. Porém, via e ouvia coisas demais para uma criança de cinco anos, perdi minha inocência, a família me moldou, aprendi a ser sagaz, observador, calculista, frio, um cobrador de dívidas, um Carrasco. Nunca encontrei nenhum tipo de relação que me trouxesse conforto. Nunca tive nenhuma relação de amizade, ou pelo menos afeição. Acho que alguma vez pensei ter amado minha mãe. Mas é impossível amar alguém que não lute pelo seu filho. Mesmo que eu soubesse que ela não tinha escolha, e que está tão presa quanto eu, eu queria realmente alguém que alguma vez entrasse na minha frente por mim. Houve uma época em que eu odiava a família. Que queria fugir. Queria, daria tudo por uma vida normal. Foi logo quando fiz doze anos, e matei um viciado que devia dinheiro para o meu pai.

— Deus!
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