Na casa dos Veronese, Enzo chegou com um envelope nas mãos. Luíza o esperava.- Onde esteve? Ela perguntou de forma ríspida.Enzo não respondeu, apenas jogou sobre a mesa de centro, o envelope que estava em suas mãos.- Temos um mês para nos mudar. Ele disse se virando e seguindo em direção a escada.- O que está dizendo? Luíza perguntou, apanhando o envelope rapidamente.Em silencio Enzo caminhou pesadamente até seu quarto, precisava tomar um banho.No quarto ele foi até o closet, abriu o cofre e tirou um envelope, tirou seu conteúdo observando-os, lágrimas se formaram em seus olhos, escorrendo por suas bochechas.Um tempo depois ele ouviu os gritos de Luiza, ele guardou novamente as coisas dentro do envelope, o deixando no cofre.Entrou no banheiro rapidamente e trancou a porta.- Como você pôde? Luíza subia as escadas com o contrato de venda da casa nas mãos.Do lado de fora do banheiro ela esbravejava, Enzo deitado na banheira fingia não ouvi-la.Letícia que vinha chegando, ao abr
Luíza e Letícia estavam determinadas a acabar com o casamento de Alana. Todos os dias Letícia aparecia no cassino e fazia questão de ser vista por Edgard, sempre forçava algum contato com ele.Edgard estava em sua sala no meio da tarde, quando Letícia entrou sem bater.Seus olhos estavam vermelhos e um odor etílico se misturava ao seu doce.- Quem te deixou entrar? Edgard se levantou irritado.- Não tem ninguém ali fora. Ela disse se aproximando da mesa dele.- Luigi? Edgard o chamou.Luigi havia saído, tinha conseguido informações do departamento de transito sobre o acidente que matou a mãe de Alana. Letícia que estava esperando o melhor momento para ficar a sós com Edgard o viu sair e aproveitou.- Saia da minha sala! Vou proibir sua entrada no cassino.- Porque esta raiva? Eu lhe fiz alguma coisa? Ela disse com a voz chorosa chegando ainda mais perto dele, que se afastou e caiu sentado na cadeira, que estava atrás dele.Ela aproveitou e se jogou sobre ele. – Me beije Edgard, quer
Edgard chegou em Florença e foi direto para a mansão, seu pai o esperava, ao lado dele também estava Giancarlo.Por algum motivo Edgard não se sentiu confortável com aquela cena.Ele abraçou seu pai e cumprimentou Giancarlo com um aperto de mão, há muito os dois já não tinham a proximidade de tio e sobrinho.- Acho que devíamos deixar nossas diferenças para trás. Giancarlo lhe disse.- Não tenho diferença com o senhor meu tio, apenas fui atacado gratuitamente.- Eu sei que tínhamos divergências, mas meu filho agora está morto, devemos deixar essas diferenças no passado.- Como o senhor desejar.Edgard encerrou o assunto, tinha pressa, ainda ia na agência de trânsito pegar o relatório sobre o acidente de Natália. O que Luigi tinha pedido antes de seu casamento, somente agora tinha ficado pronto.- Quer dar uma volta comigo pela cidade? Ele perguntou ao pai, que aceitou, pois entendeu que Edgard queria falar com ele a sós.Enquanto dirigia, Edgard pensava se devia mesmo deixar as coisa
Alana estava aflita, é claro que ela queria sair dali, mas também tinha medo que algo pudesse acontecer com Edgard, da outra vez ele tinha sido ferido.- Fique quieta aqui e não cause problemas. A pessoa disse se levantando para sair.Contra a luz Alana viu a silhueta da pessoa, era alta e corpo aparentemente esguio, a voz estava abafada pela máscara, ela não conseguia reconhecer.- Vamos ver se ele se importa mesmo com você. A Voz disse trancando a porta e a escuridão tomou conta novamente do lugar.O coração de Alana estava apertado, ela não conseguia ser feliz, um desespero a consumia, sempre acontecia algo para tirar sua paz.Desde pequena era assim, vivia uma vida feliz com sua mãe. As duas estavam em casa quando alguém lhe entregou um pacote, Alana se lembrava disso, estava na sala brincando.Depois que sua mãe abriu o pacote, ela pegou algumas peças de roupa sua em uma bolsa e a deixou na sua madrinha.Ela não voltou para buscá-la, aquela foi a última vez que Alana viu sua mã
Alana estava com o corpo todo dolorido, por causa dos solavancos do carro, ela era jogada de um lado para outro, ora ou outra sua cabeça batia contra o assoalho.O tempo todo ela se perguntava para onde a estavam levando e o que iam fazer com ela, também estava preocupada com Edgard.Edgard esperava por uma nova ligação, precisava rastrear a chamada para localiza-la. Já era madrugada quando seu telefone tocou.- Onde você está? Me deixe falar com ela! Edgard exigiu.- Calma! Se atender minhas exigências, poderá ficar com ela. A voz disse.- O que você quer? Seu dinheiro já está preparado, o que mais você quer?- A polícia! Deixe a polícia fora disso, se eu desconfiar que você avisou alguém eu a mato!- Não se preocupe, a polícia não está sabendo de nada.- Ótimo, mas quero que venha sozinho, sei que você tem muitos homens. Venha sozinho e desarmado.- Que garantia terei que você não vai machucá-la?- Te dou minha palavra.- E eu devo confiar em quem rapta garotas indefesas?- Ela não
Edgard correu até seu carro e revirando o porta luvas achou uma chave micha, voltou para o carro e começou a trabalhar na fechadura.O carro desceu um pouco, todos ficaram apreensivos, ele tirou a mão e esperou. O carro parou.Edgard respirou fundo e voltou a mexer na fechadura.Alana se sentia fraca, estava com muito calor, suava e não conseguia manter os olhos abertos.- Senhor, não quero atrapalhar, mas precisa andar logo a corda está se rompendo.- Que porcaria de corda é essa que você me trouxe? Edgard disse bravo.- Não sabíamos o que ia prender e na pressa pegamos o que encontramos primeiro.- Está certo fique lá vigiando. Edgard disse continuando seu trabalho, mas agora sob uma pressão maior.- Senhor precisa se apressar.Edgard deu um pequeno tranco na chave e o estalo, da fechadura do porta-malas, foi ouvido.- Venha cá, dê a mão ao seu colega, quando eu disser já, ajude-o sair do carro. Falou Edgard.Alana e o rapaz deveriam deixar o carro juntos, pois este corria o risco d
Delicadamente ele desamarrou seu robe, a deixando nua, ela gemeu baixinho quando ele tocou sua cintura.Ele tirou a mão rapidamente e pediu desculpas.- Está tudo bem. Ela disse deitando e o puxando para si.Quando Alana acordou não viu Edgard, ela nem sabia que horas eram, mais cedo ela queria se entregar a ele. Todavia ele apenas a beijou e a abraçou, com cuidado, ela se sentiu mais calma e acabou dormindo.Com muito custo ela conseguiu se sentar, não sabia o que fazer, ficou um tempo perdida em seus pensamentos.Duas batidas na porta foram ouvidas.Ela arrumou seu robe e ajeitou o edredom. – Entre.- Boa tarde senhora, como está?- Estou bem Margarida, obrigada.- Está com fome? O que quer comer?- Não se preocupe estou bem, acabei de acordar, que horas são? Alana aproveitou para perguntar.- Já são quase cinco da tarde. Margarida disse.- Nossa eu dormi praticamente o dia todo e Edgard, onde está?- Ele saiu ainda pela manhã, disse para deixarmos a senhora descansar e pediu par
Edgard foi para casa e encontrou Alana no quarto, ela estava em pé e olhava pela janela.- O que está fazendo aí? Ele perguntou.- Nada, onde esteve?- Você está bem? Estava resolvendo algumas coisas. Ela parecia estranha.- Estou. Ela se limitou em responder.- Vou tomar um banho e podemos jantar, você deve estar com fome.- Tome seu banho, não tenho pressa, não estou com fome.Edgard não disse mais nada, viu que ela parecia não querer falar, alguma coisa a estava incomodando. Quando ele saiu do banheiro ela não estava, ele desceu a escada e a viu sentada na mesa de jantar.Em silencio ele se sentou e a viu mexer na comida, mas não levar nada a boca.- Você não comeu nada tem certeza que está bem? Posso te levar ao médico.- Já disse estou bem. Ela respondeu impaciente.- Não, não está! Ele disse, mesmo no começo quando ela foi impedida de ir embora, ela nunca havia ficado daquele jeito.Um tempo depois, enquanto levava a taça de vinho aos lábios. – Você está atrás de quem me levou,