Alana estava aflita, é claro que ela queria sair dali, mas também tinha medo que algo pudesse acontecer com Edgard, da outra vez ele tinha sido ferido.- Fique quieta aqui e não cause problemas. A pessoa disse se levantando para sair.Contra a luz Alana viu a silhueta da pessoa, era alta e corpo aparentemente esguio, a voz estava abafada pela máscara, ela não conseguia reconhecer.- Vamos ver se ele se importa mesmo com você. A Voz disse trancando a porta e a escuridão tomou conta novamente do lugar.O coração de Alana estava apertado, ela não conseguia ser feliz, um desespero a consumia, sempre acontecia algo para tirar sua paz.Desde pequena era assim, vivia uma vida feliz com sua mãe. As duas estavam em casa quando alguém lhe entregou um pacote, Alana se lembrava disso, estava na sala brincando.Depois que sua mãe abriu o pacote, ela pegou algumas peças de roupa sua em uma bolsa e a deixou na sua madrinha.Ela não voltou para buscá-la, aquela foi a última vez que Alana viu sua mã
Alana estava com o corpo todo dolorido, por causa dos solavancos do carro, ela era jogada de um lado para outro, ora ou outra sua cabeça batia contra o assoalho.O tempo todo ela se perguntava para onde a estavam levando e o que iam fazer com ela, também estava preocupada com Edgard.Edgard esperava por uma nova ligação, precisava rastrear a chamada para localiza-la. Já era madrugada quando seu telefone tocou.- Onde você está? Me deixe falar com ela! Edgard exigiu.- Calma! Se atender minhas exigências, poderá ficar com ela. A voz disse.- O que você quer? Seu dinheiro já está preparado, o que mais você quer?- A polícia! Deixe a polícia fora disso, se eu desconfiar que você avisou alguém eu a mato!- Não se preocupe, a polícia não está sabendo de nada.- Ótimo, mas quero que venha sozinho, sei que você tem muitos homens. Venha sozinho e desarmado.- Que garantia terei que você não vai machucá-la?- Te dou minha palavra.- E eu devo confiar em quem rapta garotas indefesas?- Ela não
Edgard correu até seu carro e revirando o porta luvas achou uma chave micha, voltou para o carro e começou a trabalhar na fechadura.O carro desceu um pouco, todos ficaram apreensivos, ele tirou a mão e esperou. O carro parou.Edgard respirou fundo e voltou a mexer na fechadura.Alana se sentia fraca, estava com muito calor, suava e não conseguia manter os olhos abertos.- Senhor, não quero atrapalhar, mas precisa andar logo a corda está se rompendo.- Que porcaria de corda é essa que você me trouxe? Edgard disse bravo.- Não sabíamos o que ia prender e na pressa pegamos o que encontramos primeiro.- Está certo fique lá vigiando. Edgard disse continuando seu trabalho, mas agora sob uma pressão maior.- Senhor precisa se apressar.Edgard deu um pequeno tranco na chave e o estalo, da fechadura do porta-malas, foi ouvido.- Venha cá, dê a mão ao seu colega, quando eu disser já, ajude-o sair do carro. Falou Edgard.Alana e o rapaz deveriam deixar o carro juntos, pois este corria o risco d
Delicadamente ele desamarrou seu robe, a deixando nua, ela gemeu baixinho quando ele tocou sua cintura.Ele tirou a mão rapidamente e pediu desculpas.- Está tudo bem. Ela disse deitando e o puxando para si.Quando Alana acordou não viu Edgard, ela nem sabia que horas eram, mais cedo ela queria se entregar a ele. Todavia ele apenas a beijou e a abraçou, com cuidado, ela se sentiu mais calma e acabou dormindo.Com muito custo ela conseguiu se sentar, não sabia o que fazer, ficou um tempo perdida em seus pensamentos.Duas batidas na porta foram ouvidas.Ela arrumou seu robe e ajeitou o edredom. – Entre.- Boa tarde senhora, como está?- Estou bem Margarida, obrigada.- Está com fome? O que quer comer?- Não se preocupe estou bem, acabei de acordar, que horas são? Alana aproveitou para perguntar.- Já são quase cinco da tarde. Margarida disse.- Nossa eu dormi praticamente o dia todo e Edgard, onde está?- Ele saiu ainda pela manhã, disse para deixarmos a senhora descansar e pediu par
Edgard foi para casa e encontrou Alana no quarto, ela estava em pé e olhava pela janela.- O que está fazendo aí? Ele perguntou.- Nada, onde esteve?- Você está bem? Estava resolvendo algumas coisas. Ela parecia estranha.- Estou. Ela se limitou em responder.- Vou tomar um banho e podemos jantar, você deve estar com fome.- Tome seu banho, não tenho pressa, não estou com fome.Edgard não disse mais nada, viu que ela parecia não querer falar, alguma coisa a estava incomodando. Quando ele saiu do banheiro ela não estava, ele desceu a escada e a viu sentada na mesa de jantar.Em silencio ele se sentou e a viu mexer na comida, mas não levar nada a boca.- Você não comeu nada tem certeza que está bem? Posso te levar ao médico.- Já disse estou bem. Ela respondeu impaciente.- Não, não está! Ele disse, mesmo no começo quando ela foi impedida de ir embora, ela nunca havia ficado daquele jeito.Um tempo depois, enquanto levava a taça de vinho aos lábios. – Você está atrás de quem me levou,
Quando os capuzes foram retirados, estavam de joelhos Letícia e Luíza.As duas levantaram suas cabeças para ver Alana parada, em pé, em frente a elas e atrás dela Edgard com sua figura imponente, como um guardião.- Nos poupe, só estávamos tentando recuperar o que nos roubou. Luíza disse.- Eu roubei? Pode me dizer o que eu roubei. Alana perguntou de forma irônica.- Nossa casa! Seu pai está falido. Você e este seu marido tirou tudo de nós.- Você fala das casas em Siena? Meu pai as colocou à venda, Edgard simplesmente as comprou.- Não é só isso! Você ficou com as jóias, a casa que morávamos, tivemos que nos mudar para um apartamento minúsculo! Porque você é tão mesquinha? Letícia disse com raiva.Alana olhou para Edgard, ela não sabia que ele havia comprado a casa de sua mãe, mas não disse nada a ele.- Nem eu e nem meu marido roubamos nada de vocês, nem reavemos de volta o que você me roubou, afinal pagamos por cada uma das coisas que possuímos agora, bem diferente de você! Alana a
De forma irônica, Luíza disparou.- Você agora quer posar de bom marido e bom pai? Que pai trai a mãe de sua filha, tirando dinheiro dela para dar a amante?- Você não podia ter feito isso! Enzo esbofeteou Luíza.- Eu odiava ela! Você tem tanta culpa quanto eu!- Eu cometi um erro! Enzo disse, arrependido.- Custou muito caro seu erro, você matou minha mãe! Alana gritou, não conseguia mais segurar sua raiva e lágrimas.- Alana me perdoe, eu não sabia! Se eu pudesse voltar atrás.- Você não pode! Lide com isso agora! Alana disse virando as costas para sair.Edgard pegou a mão dela, mas ela retirou a mão.- Faça o que quiser com eles. Ela disse indo para a porta.Edgard, correu atrás dela a segurando pelos ombros, ela estava pálida.- Espere, o que você quer fazer com eles? Ele perguntou.- Faça justiça! Alana pediu querendo sair das mãos dele.- Vou te levar para casa, você não está bem. Ele disse, tirando o telefone do bolso e fazendo uma ligação.- Marcelo, mantenha-os aqui, mais tar
Então a porta do quarto de Enzo foi aberta, ele se levantou assustado, o teste de DNA foi entregue em suas mãos.Alana viu quando ele ficou atônito e meio cambaleante caminhou e se sentou na pequena cama.- Luizaaaaa! Alana ouviu ele gritar enquanto socava a cama e depois ia até a porta.- Ele pode nos ouvir? Alana perguntou a Edgard.- Sim, se quiser pode falar com ele. Edgard apertou uma tecla no computador. – Pode falar, ele disse a ela.- Boa noite Enzo? Boas notícias? Alana disse.- Alana? Enzo olhava para cima à procura das câmeras.- Sim sou eu, quem diria, não é? Dizem que aqui se faz, aqui mesmo se paga, você traiu minha mãe e acabou sendo traído, parabéns, agora você não tem mais nenhuma filha.- Filha me perdoe. Enzo não sabia o que dizer.- Não sou sua filha! Meu pai morreu quando traiu minha mãe e deixou que a matassem.Alana pausou o microfone e Edgard pausou o áudio de Enzo, mas Alana o viu desesperado batendo na porta e tentando achar as câmeras.Enzo, quando não cons