Então a porta do quarto de Enzo foi aberta, ele se levantou assustado, o teste de DNA foi entregue em suas mãos.Alana viu quando ele ficou atônito e meio cambaleante caminhou e se sentou na pequena cama.- Luizaaaaa! Alana ouviu ele gritar enquanto socava a cama e depois ia até a porta.- Ele pode nos ouvir? Alana perguntou a Edgard.- Sim, se quiser pode falar com ele. Edgard apertou uma tecla no computador. – Pode falar, ele disse a ela.- Boa noite Enzo? Boas notícias? Alana disse.- Alana? Enzo olhava para cima à procura das câmeras.- Sim sou eu, quem diria, não é? Dizem que aqui se faz, aqui mesmo se paga, você traiu minha mãe e acabou sendo traído, parabéns, agora você não tem mais nenhuma filha.- Filha me perdoe. Enzo não sabia o que dizer.- Não sou sua filha! Meu pai morreu quando traiu minha mãe e deixou que a matassem.Alana pausou o microfone e Edgard pausou o áudio de Enzo, mas Alana o viu desesperado batendo na porta e tentando achar as câmeras.Enzo, quando não cons
Os dias seguintes seguiram assim: Alana voltou para seu trabalho, mas sempre havia algum dos homens de Edgard por perto.Como prometido, Edgard levou as provas de que o acidente da mãe de Alana foi proposital. Conseguiram encontrar o motorista, que era também o pai de Letícia.Em seu depoimento ele contou tudo o que aconteceu na época, embora tenha feito aquilo para preservar seu casamento, ele passou a beber muito por remorso depois do ocorrido, quando soube que Natália havia deixado uma criança.Ele, na época, tentava um filho com sua mulher, mal sabia ele que Luíza esperava uma filha dele. Então seu casamento acabou e ele não teve mais notícias de Luíza até, o dia que ela apareceu em Florença procurando um carro velho e ele intermediou a compra deste carro.O carro foi usado para levar Alana até a ponte e depois ela seria jogada ribanceira a baixo, para que caísse e morresse afogada, pois estaria presa no porta-malas.No dia em que Alana foi levada, Enzo acreditava que Luíza e L
O restante da semana passou rápido, Alana visitou a casa que foi de sua mãe, ela sempre achou que queria viver lá.Mas descobriu que, mesmo com lembranças boas de sua mãe, ela não conseguia evitar de se sentir mal pelas coisas que viveu lá depois de sua partida, não pensou que isso pudesse acontecer.Ela pensou em vender a casa, porém mesmo que não quisesse viver nela, ainda tinha apego a ela. Então ela teve a ideia de transformar a casa em um centro para acolher mulheres com ou sem filhos, vítimas de relacionamentos abusivos.Ela não sabia como Edgard iria reagir quando ela falasse de sua ideia para a casa, afinal a casa era dele, ele havia comprado.- A casa é sua, faça o que achar melhor e se precisar de ajuda financeira ou mesmo alguém para ajudar, tenho muitos contatos.- Obrigada por me apoiar. Ela estava emocionada.Quem ficou a cargo de organizar o centro foi Ana, Alana a convidou e ela gostou da ideia, tinha vendido a floricultura para Alana e estava sem nada para fazer, gost
No dia seguinte os quatro visitaram uma grande fazenda de flores, Judite ficou encantada.- Você parece muito feliz. Edgard disse a Luigi.- Sim, estou muito feliz e você, para quem disse que não queria um romance, parece muito à vontade com o casamento. Luigi disse a Edgard enquanto viam as duas mulheres seguirem conversando a uma certa distância dos dois.- Há coisas que não podemos escolher, não tinha planos de amar novamente, mas como não amá-la? Edgard olhava orgulhoso para Alana.- Você e Edgard estão bem? Judite perguntou a Alana.- Sim, estamos bem.- Já vai fazer um ano que vocês se casaram, até hoje não compreendo muito o que aconteceu. - Vamos dizer que era o destino, fui enganada e deixada por alguém em quem confiava e achava que amava. Edgard, de certa forma, me resgatou e me mostrou o que é amor de verdade.- Você o ama, como amava Rodrigo? Judite perguntou.- Não, eu o amo, descobri que nunca amei Rodrigo, amor é o que sinto por Edgard.- Você merece, espero que ele t
Giancarlo estava tomado pela raiva e rancor.- Você sempre pousando de líder, sempre correto, não é?- Não é isso que quero dizer....- Chega! Se ele não pode viver, você também não pode! Giancarlo gritou e atirou.- Não! Alana, que estava no último degrau da escada e via e ouvia, aflita, a cena. Ela pulou na frente de Giancarlo, assim que ele puxou o gatilho.Todos se assustaram ao ouvir a voz de Alana, ninguém tinha a visto ali na escada.Outros membros pularam sobre Giancarlo, Edgard ao ouvir a voz de Alana ficou sem reação, voltando a si quando a viu tombar a cair na sua frente.Ele correu até ela, sua roupa estava manchada com sangue, ele nem se lembrou de Giancarlo, a pegou no colo e saiu com ela nos braços.- Você é estupida! Por que fez isso? Aflito, ele falava com ela enquanto corria para o carro que já estava na porta da mansão.- Você já me salvou tantas vezes. Ela disse com a voz fraca, seus olhos fitavam os de Edgard, que estavam agitados.- É minha mulher, é minha obriga
Na mansão os membros ainda estavam em polvorosa por causa dos acontecimentos.Os mais próximos de Edgard estavam revoltados, mas mesmo os que costumavam apoiar Giancarlo em muita coisa, deram razão a Antoni, era inadmissível aquela conduta dentro do clã.Já era madrugada quando o médico saiu da sala de cirurgia, Alana estava na UTI e seu estado era grave, Edgard sentiu que o chão se abriu sob seus pés.Um misto de tristeza, arrependimento, dor e desespero o invadiram, ele estava louco. Caminhava de um lado para outro, se Giancarlo não estivesse morto ele o mataria com as próprias mãos.Depois que foi fuzilado, o corpo de Giancarlo foi encaminhado para que fosse preparado para um velório fechado e rápido.Uma nota na manhã seguinte saiu para a imprensa. Ela dizia que Giancarlo tinha tido um infarto fulminante e que o velório seria reservado apenas para a família.Edgard apareceu apenas no fim do velório, para todos efeitos ele ainda era o chefe do grupo, seu tio tinha falecido de “mor
Na prisão, Luíza e Letícia ouviram as agentes penitenciárias falando sobre a morte da mulher do dono do cassino.Comentavam sobre como o cortejo foi grande, e que o, agora viúvo, parecia arrasado.- De quem vocês estão falando? Letícia perguntou pela grade.- Da mulher de Edgard Curioni.- É uma pena, ela parecia uma mulher incrível, doou sua casa para ajudar muitas mulheres e crianças. Disse uma outra.Kakakakaka Letícia soltou uma gargalhada.- Alana está morta mãe! Conseguimos! Letícia disse, feliz.As agentes ao ouvi-la.- O que você está dizendo? Está feliz pela morte dela?- Claro que sim! Por que você acha que as duas estão aqui? Uma detenta entrou na conversa.- Claro! Vocês atentaram contra a vida dela, por isso estão aqui! A agente se lembrou, que as duas eram a madrasta e a meio irmã de Alana.- Vamos ver se vocês ficarão tão felizes quando chegar a hora de suas transferências para o presidio Ucciardone em Palermo. A outra agente disse com raiva das duas.- Como Assim? Lu
Edgard passou três dias em Milão, mas ninguém teve notícias suas, de lá ele partiu e ninguém soube para onde.Rodrigo voltou no dia seguinte para Arezzo, o ar na cidade parecia pesado e triste.Naquela mesma semana sua namorada, Valentina, apareceu, de surpresa, em Arezzo e o cobrou sobre a situação dos dois.Ele estava tendo um relacionamento com ela para obter vantagens para sua empresa, mas poucas pessoas sabiam de seu namoro.Ele o mantinha em segredo, mas agora que não tinha mais esperanças de reconquistar Alana, então resolveu assumir seu compromisso.Rodrigo então, como forma de punição, decidiu que viveria ao lado de alguém que não amava.A notícia sobre seu noivado saiu em todos os jornais e foi um assunto muito comentado nas redes sociais.Só não foi maior que a comoção pela morte de Alana e pela notícia da transferência de Letícia e Luíza para a prisão de segurança máxima.As duas aproveitavam para vasculhar as latas de lixo, quando eram obrigadas a fazer a limpeza das sal