Giancarlo estava tomado pela raiva e rancor.- Você sempre pousando de líder, sempre correto, não é?- Não é isso que quero dizer....- Chega! Se ele não pode viver, você também não pode! Giancarlo gritou e atirou.- Não! Alana, que estava no último degrau da escada e via e ouvia, aflita, a cena. Ela pulou na frente de Giancarlo, assim que ele puxou o gatilho.Todos se assustaram ao ouvir a voz de Alana, ninguém tinha a visto ali na escada.Outros membros pularam sobre Giancarlo, Edgard ao ouvir a voz de Alana ficou sem reação, voltando a si quando a viu tombar a cair na sua frente.Ele correu até ela, sua roupa estava manchada com sangue, ele nem se lembrou de Giancarlo, a pegou no colo e saiu com ela nos braços.- Você é estupida! Por que fez isso? Aflito, ele falava com ela enquanto corria para o carro que já estava na porta da mansão.- Você já me salvou tantas vezes. Ela disse com a voz fraca, seus olhos fitavam os de Edgard, que estavam agitados.- É minha mulher, é minha obriga
Na mansão os membros ainda estavam em polvorosa por causa dos acontecimentos.Os mais próximos de Edgard estavam revoltados, mas mesmo os que costumavam apoiar Giancarlo em muita coisa, deram razão a Antoni, era inadmissível aquela conduta dentro do clã.Já era madrugada quando o médico saiu da sala de cirurgia, Alana estava na UTI e seu estado era grave, Edgard sentiu que o chão se abriu sob seus pés.Um misto de tristeza, arrependimento, dor e desespero o invadiram, ele estava louco. Caminhava de um lado para outro, se Giancarlo não estivesse morto ele o mataria com as próprias mãos.Depois que foi fuzilado, o corpo de Giancarlo foi encaminhado para que fosse preparado para um velório fechado e rápido.Uma nota na manhã seguinte saiu para a imprensa. Ela dizia que Giancarlo tinha tido um infarto fulminante e que o velório seria reservado apenas para a família.Edgard apareceu apenas no fim do velório, para todos efeitos ele ainda era o chefe do grupo, seu tio tinha falecido de “mor
Na prisão, Luíza e Letícia ouviram as agentes penitenciárias falando sobre a morte da mulher do dono do cassino.Comentavam sobre como o cortejo foi grande, e que o, agora viúvo, parecia arrasado.- De quem vocês estão falando? Letícia perguntou pela grade.- Da mulher de Edgard Curioni.- É uma pena, ela parecia uma mulher incrível, doou sua casa para ajudar muitas mulheres e crianças. Disse uma outra.Kakakakaka Letícia soltou uma gargalhada.- Alana está morta mãe! Conseguimos! Letícia disse, feliz.As agentes ao ouvi-la.- O que você está dizendo? Está feliz pela morte dela?- Claro que sim! Por que você acha que as duas estão aqui? Uma detenta entrou na conversa.- Claro! Vocês atentaram contra a vida dela, por isso estão aqui! A agente se lembrou, que as duas eram a madrasta e a meio irmã de Alana.- Vamos ver se vocês ficarão tão felizes quando chegar a hora de suas transferências para o presidio Ucciardone em Palermo. A outra agente disse com raiva das duas.- Como Assim? Lu
Alana desamparada.- Onde você está? Alana estava desesperada na porta da Igreja.- Tive um imprevisto.- O quê? O que aconteceu? Você está bem?- Estou bem! Chego em breve!- O que aconteceu? Estou a quase uma hora do lado de fora da igreja, todos estão lá dentro, esperando-nos.- Eu sei, vou demorar um pouco aqui podíamos deixar para outro dia. Rodrigo disse, olhando Michele pelo vidro da porta do quarto do hospital.- Como assim? Tudo foi montado os convidados estão lá! Um relacionamento de cinco anos e você quer deixar o casamento para outro dia? Onde você está?- Estou no hospital, Michele passou mal e eu a trouxe, seja compreensiva podemos casar outro dia, não precisamos de cerimônia....Alana não acreditava no que estava ouvindo, o chão abriu sob seus pés, ela só ouviu Michele e todo o resto tornou-se um zumbido, sem sentido, em seus ouvidos.As lágrimas brotaram, uma dor atingiu seu peito como uma facada.Era para ser o dia mais feliz de sua vida, o casamento com o homem que e
No fim, ele aparecia dois ou três dias depois com um pedido de desculpas, quando o fazia. A história, sempre a mesma, estava muito ocupado, trabalhando.Alana sabia que, em algumas vezes, isso não era verdade. Uma vez haviam combinado que ele a pegaria em casa as sete para irem juntos a uma festa, mas ele não apareceu. Cansada de esperar, ela foi sozinha, geralmente ela desistia e não ia, mas naquele dia decidiu ir só.Para sua surpresa, ele estava lá, acompanhado de Michele, que de uns tempos para cá a estava evitando.Michele era amiga de Alana desde a infância.Michele e Rodrigo pareciam muito à vontade um com o outro, mais do que o normal para amigos.Um nó se formou na garganta de Alana a impedindo de respirar, ela se virou para sair, mas teve seu braço segurado por alguém. - Onde você vai? Viu algum fantasma? Sua irmã mais nova, Letícia, disse. Ela já havia percebido a aproximação entre Rodrigo e Michele.- Apenas tomar um ar, está muito abafado. Alana disse soltando o braço d
Seu assistente estava inconformado, o tinha como amigo, queria que fosse feliz.- Mas ela não é do tipo que serve para esposa. Luigi disse, sem entender o que seu chefe pretendia.- Bingo! É exatamente isso! As mulheres são todas iguais, assim qualquer uma serve e além do mais esta família nos deve muito dinheiro. - Mas ...- Não tem mais, faça o que estou mandando, traga Dário até mim.Na casa dos Panini.-Não! Jamais! Sou herdeira do grupo Panini, cobiçada por onde passo, como vou passar a vida ao lado de um aleijado? Papai não pode fazer isso comigo!- Se eu tirar dinheiro da empresa para pagar o que devo aos Curioni, iremos à falência. Disse Dário.- Venda alguma propriedade! Sofia disse, desesperada. - Se eu vender tudo que temos, inclusive suas jóias, não pagariam nem a metade. É nossa oportunidade. - Meu irmão pode encontrar uma mulher rica. Ela sugeriu.- Seu irmão está noivo da filha mais velha do Veronese.- Eu tenho visto ele arrastando asa para Michele, da família Tozz
Depois de um tempo, já não tinha mais lágrimas e então pensou “ Rodrigo e meu pai virão me procurar”.Na verdade, não estavam nenhum dos dois.Rodrigo ainda estava no hospital com Michele.Seu pai estava em casa, furioso por ela não ter aparecido ao casamento, para ele a culpa de Rodrigo não ter aparecido era dela. Leticia e Luiza colocavam mais “lenha na fogueira”.- Sempre te disse que você a mimou demais! Era para Leticia se casar com Rodrigo e agora nossos negócios estariam salvos.- Ele escolheu Alana, não fui eu quem decidiu. Disse Enzo, pai de Alana.Desde que a mãe de Alana faleceu, Enzo deixou Alana de lado.Em menos de dois meses Luiza veio morar em sua casa, grávida de Leticia. Desde então a vida de Alana se tornou um tormento, só tinha paz quando estava fora de casa.Alana estava com fome, não havia comido nada o dia todo, de manhã estava ansiosa, depois não almoçou pois queria estar perfeita no vestido, esperava comer na recepção do casamento, logo que a cerimonia termina
Rodrigo sabia da implicância de sua mãe para com Alana. Se ele não deixasse claro que a culpa era sua, ela certamente faria um escândalo com Alana.- Nada mãe, estou com Michele!- Você nos deve uma explicação, embora não goste daquela garota foi um vexame, ela foi vista do lado de fora da igreja e não entrou, todos ficaram esperando por vocês e...- Depois nos falamos explicarei tudo. Ele disse encerrando a ligação, pois Michele estava saindo do quarto.- Porque está em pé? Deve ficar em repouso, são ordens médicas.- Fiquei preocupada com você! Ela disse, mas na verdade queria cerca-lo para que não falasse com Alana.- Vamos você precisa descansar eu vou ter que sair.- Aii... Michele fingiu ter tonturas.- Olhe deite, preciso ir atrás de minha irmã ela sumiu e meus pais não estão a encontrando.- Era com sua mãe que você estava falando? Ela perguntou.- Sim, o que pensou?- Nada, vá! Vou ficar aqui, não se preocupe.Rodrigo se virou para sair e antes que ele passasse pela porta ela