3- Edgard e Alana se casam.

Seu  assistente estava inconformado, o tinha como amigo, queria que fosse feliz.

- Mas ela não é do tipo que serve para esposa. Luigi disse, sem entender o que seu chefe pretendia.

- Bingo! É exatamente isso! As mulheres são todas iguais, assim qualquer uma serve e além do mais esta família nos deve muito dinheiro.

- Mas ...

- Não tem mais, faça o que estou mandando, traga Dário até mim.

Na casa dos Panini.

-Não! Jamais! Sou herdeira do grupo Panini, cobiçada por onde passo, como vou passar a vida ao lado de um aleijado? Papai não pode fazer isso comigo!

- Se eu tirar dinheiro da empresa para pagar o que devo aos Curioni, iremos à falência. Disse Dário.

- Venda alguma propriedade! Sofia disse, desesperada.

- Se eu vender tudo que temos, inclusive suas jóias, não pagariam nem a metade. É nossa oportunidade.

- Meu irmão pode encontrar uma mulher rica. Ela sugeriu.

- Seu irmão está noivo da filha mais velha do Veronese.

- Eu tenho visto ele arrastando asa para Michele, da família Tozzi. Sofia disse.

- Como é? Isso é verdade Rodrigo? Dário perguntou.

- Sofia não sabe do que está falando. Rodrigo disse se esquivando.

- Os Tozzi tem dinheiro, mas não cooperam conosco.

- Eu sei pai, não se preocupe. Disse Rodrigo pensando em Alana e Michele.

Mesmo com os constantes protestos de Sofia ficou acertado que ela se casaria com Edgard.

Dário, disse a ela que Edgard era aleijado e não poderia lhe fazer mal, além disso o contrato seria de um ano, depois disso ela poderia se divorciar e estariam livres das dívidas.

Sofia não estava convencida afinal, depois de um ano ela seria conhecida como uma mulher divorciada e durante este ano ela seria alvo de piadas e deboche, por estar casada com um aleijado.

Sofia não conhecia Edgard, quase ninguém o conhecia, para dizer a verdade.

Edgard não era do tipo que gostava de frequentar festas e eventos, depois do acidente se tornou ainda mais recluso.

O lugar que Edgard ia com frequência era seu cassino, mas ficava nos bastidores. Ali ele fazia negócios e parcerias, também era ali que ele cobrava seus devedores.

De volta ao dia do casamento de Alana e Edgard.

Edgard entrou em seu carro adaptado e ela foi jogada no banco de trás do outro carro.

Alana caiu sobre um banco macio e de couro, o carro era espaçoso, ela fez um movimento rápido tentando se ajeitar na esperança de conseguir fugir.

Doce ilusão, assim que ela caiu a porta logo foi batida e travada, ela não tinha comunicação com o motorista, havia um vidro escuro que os separava.

Ela tentou, como um gato acuado, abrir as portas de todas maneiras, ela gritou, chorou. Não podia sair.

- Me deixe sair, isso é um engano, não sou quem vocês querem! Por favor me tire daqui! Ela pedia, batendo no vidro.

Alana tentou tudo que pensou, no fim estava exausta. Não conseguia ver para onde estava indo, apenas percebeu que andaram um bom trajeto e que já estava escurecendo.

De repente o carro diminuiu, ela teve seu corpo levemente jogado para o lado, era uma curva e parecia íngreme, então em velocidade baixa o carro andou um trajeto considerável e parou.

Ela tentava ver pelo vidro, mas só tinha a impressão de ver algumas luzes, o carro parou.

Quando ouviu passos e o barulho da trava da porta ela voou na porta na esperança de sair, mas foi contida.

O Mesmo homem que a pegou e jogou nos ombros lá no parque, o fez novamente.

- Me solte seu brutamontes. Ela batia com os punhos fechados nas costas do homem.

Ela desistiu, já estava com as mãos ardendo, então ela olhou e viu um grande jardim e ao longe um grande portão de ferro trabalhado, um calçamento levemente sinuoso até a entrada da mansão.

Ainda nos ombros do homem, ela viu quando passaram por uma porta enorme de madeira e a sala era grande e tudo nela era rústico.

Passado a sala ela foi levada escada a cima, o corrimão da escada também era de madeira, uma madeira avermelhada, provavelmente mogno.

Passaram por um longo corredor, com algumas portas, pelos seus cálculos seis, no fim do corredor havia uma porta diferente, era de duas folhas, o homem a abriu e entrou e ficou parado.

- Coloque-a no chão! Edgard disse e completou. – Não pense em correr, não tem para onde ir.

Então, o homem a colocou gentilmente no chão, ela queria correr, mas como ele disse não ia adiantar.

Alana olhou para Edgard que também a observava.

- É um engano, não sou a pessoa que você quer. Ela disse. E continuou. – Meu nome é...

- Eu sei quem você é! Edgard disse dando meia volta na cadeira e ela ouviu quando a porta fechou atrás dela.

Ela deu uns passos atrás dele. – Você não sabe! Eu não sei quem é você e nem porque estou aqui.

Edgard riu. – Agora você é minha mulher!

- Não, eu ... eu não posso ser sua mulher eu sou... Ela ia dizer que era noiva, então se lembrou que Rodrigo a havia deixado no altar para ficar com Michele. Sem perceber suas lágrimas começaram a brotar e uma dor dilacerante tomou seu coração.

Vendo-a calada Edgard achou que ela estava chorando por ter perdido sua vida libertina.

- Se troque! O casamento precisa ser consumado.

- O que você está dizendo? Ela voltou a si.

- Oras, você sabe do que estou falando! Temos um contrato, se não cumprir sua parte irei atrás de sua família. Ele disse indo em direção a porta.

- Você não pode fazer isso! Você me sequestrou! Ela disse se virando para ir atrás dele.

-Não é isso que diz o contrato de casamento!

- Não me casei com você! Você me forçou a assinar aquele livro.

- Temos fotos e um livro assinado. Seja uma boa esposa e te deixarei jantar. Edgard disse isso e saiu fechando a porta.

Alana correu até a porta e tentou abri-la, mas já estava trancada, desamparada ela escorregou com as costas na porta e se sentou no chão, chorou tudo o que tinha para chorar.

“ Porque minha vida tem que ser assim”? Ela se perguntou.

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