Ela tentava se justificar.- Você não entende eu era jovem e insegura. Eu nunca deixei de te amar e você também não deixou de me amar que eu sei. O beijo ainda é do mesmo jeito, não é?- Fale por você! Saia ou pedirei para que alguém a tire daqui.Ter Giovana tão perto assim, mexia com todas as emoções de Edgard, as feridas do passado voltavam a sangrar.Giovana saiu, não estava satisfeita. “ Ele ainda me ama, me deseja! ” Saindo do corredor deu de cara com Jácomo. - O que está fazendo aqui? Ele a questionou desconfiado.- Estava a sua procura. Ela disse passando o braço no braço dele para voltarem.- Edgard já chegou? Ele perguntou a ela.- Não sei, não o vi. Ela respondeu e ele não suspeitou de nada.Quando Giovana saiu, Edgard levou o dedo indicador aos lábios, parecia que os dias não haviam se passado, ela era a mesma, mas Edgard já não era mais o mesmo.Quando ela o beijou, sua mente ficou confusa, seu corpo reagiu, seu coração disparou, mas havia algo diferente.Edgard foi até
Algumas horas depois Alana começou a gemer, Edgard chamou a enfermeira.- Ela está acordando por causa das dores, mas não podemos deixar que fique desacordada, para vermos se está tudo bem precisamos vê-la acordada.- Deem a ela remédios para dor, está sofrendo. Ele disse, ao ver seu rosto contorcido.- Eu sinto muito, mas são ordens médicas, mas vou falar com ele. A enfermeira disse, saindo.Edgard segurou a mão de Alana. – Você é tão teimosa! Disse com raiva.No mesmo instante sua mão foi apertada por Alana, ele deu um leve aperto como resposta.Enquanto a observava em sua mente vinha lembrança do beijo de Giovana, eram tão diferentes. Giovana era segura de si, sedutora e independente.Alana era gentil, frágil e insegura.Edgard se pegou pensando nos momentos em que esteve com Alana em seus braços, será que o que sentiu era apenas empolgação por ser uma novidade? A sensação era bem diferente do que sentiu com Giovana, na verdade era diferente de qualquer coisa que tenha experiment
- Você se acha muito corajoso, não é? Edgard o agarrou pela gola e continuou dizendo, entre os dentes. – Você não sabe o que posso fazer com você e sua família! Se ousar olhar para minha mulher, meu rosto será a última coisa que você verá na sua vida!Edgard o empurrou fazendo a cadeira e Rodrigo caírem de costas.- Deem-no uma lição! Edgard saiu do galpão e entrou no carro.Do lado de fora podia-se ouvir os gritos de Rodrigo, socos e pontapés.Na mansão Edgard tentou abrir a porta do quarto de Alana, estava trancada, ele ia manda-la abrir, mas não o fez.Na manhã seguinte Edgard desceu para tomar café, Alana não desceu.Edgard subiu pelo elevador e abriu a porta com um chute, Alana que estava na cama se assustou, seu coração estava preste a saltar para fora.- Você é maluco? Ela disse, levando a mão ao peito.- Desça imediatamente! Ele disse a ela.- Não vou descer. Disse, ela ainda estava com a roupa do acidente, não havia nem conseguido tomar um banho, seu corpo doía muito.- Aii
- Alana, pare com isso, abra esta porta! Ele não tinha como abrir a porta com a chave, pois a reserva, ele havia esquecido no quarto da outra vez.Edgard olhou para o corredor, estava em silencio, ele se levantou e se jogou na porta com o ombro, abrindo-a.Havia um silencio ensurdecedor se não fosse pelo farfalhar da água caindo na banheira. Edgard voltou para a cadeira e foi até o banheiro, havia água pelo chão. A água da banheira era vermelha.- Imbecil! Ele se levantou e tirou Alana da água, se ajoelhou com ela no colo, tirou sua camisa tirando dela duas tiras e amarrando nos pulsos dela para estancar o sangue, ela estava pálida, havia muito sangue.- Luigi! Edgard gritou.Luigi, que estava sempre de prontidão, o ouviu chamar, subiu a escada correndo.A cena no quarto era lastimável, Edgard de joelhos no chão com Alana sem vida em seus braços, sua roupa estava encharcada o vestido que parecia branco agora era rosa, assim como a água que estava na banheira e no chão.- Vou avisar
O corpo frágil de Alana em seus braços o excitava e seu coração batia como louco.Uma batida na porta os tirou do estado que estavam.Alana estava com as bochechas coradas e Edgard parecia suar.Era Bruno. – Então a paciente enfim acordou? Como se sente?Alana olhou para Bruno e depois para Edgard. - Alana este é meu amigo Bruno, ele cuidou de você.- Estou bem doutor, obrigada. Ela agradeceu de forma educada.- Quer ir para casa? Bruno perguntou.Alana não sabia o que responder, não tinha casa e Edgard estava bravo com ela, ela não se esqueceu que ele a acusou de estar com Rodrigo.- Você quer ir para casa? Edgard perguntou, ele parecia entender o que se passava em sua mente.Ela com um gesto delicado confirmou que sim. Edgard sorriu feliz, ela não se lembrava de tê-lo visto sorrindo, daquela forma, por duas vezes em tão curto espaço de tempo.Nos dias em que Alana esteve no hospital, ela não sabia das coisas que haviam acontecido fora daquele quarto.A empresa de Rodrigo estava à b
Os dois jantaram tranquilamente. Na hora de dormir Edgard pegou um cobertor e foi em direção a um sofá no canto do quarto.Dormirei aqui, pode ficar tranquila.- Não há necessidade, se vamos fingir, faremos direito. A cama é bem grande.Ele parou e olhou para ela com os olhos espantados. “ Ela não se importava em dormir na mesma cama que ele? ” - Você diz isso porque estou nesta cadeira e acha que não ofereço perigo. Ele disse brincando.- Se não estivesse nesta cadeira certamente eu não estaria aqui, você teria uma mulher por dia para dormir aqui.- Pelo que me tomas? Não sou um mulherengo.- Não te conheço, mas parece um cara muito experiente quando o assunto é mulher.Kakakaka. Edgard riu alto, ele achou graça dela.- Qual é a graça? Na sua idade certamente tem muita história para contar.- Não sou tão mais velho que seu noivo, não é mesmo? Quantos anos você se relacionou com ele?- Cinco, mas não é de mim que estamos falando. Ela disse procurando algo para vestir para dormir.-
Quando ela voltou, estava vestida com o vestido e tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo.- Vou te esperar lá embaixo para que possa ter privacidade. Ela disse.Edgard apenas assentiu.Não muito tempo depois, ele saiu do elevador tomado banho, com a barba feita. Vestia uma calça azul marinho e uma camisa de linho branca.Os olhos de Alana se fixaram nele, Edgard era um homem muito bonito.Tomaram café, pouco falaram.- Edgard? Ela o chamou.- Hum. Ele olhou para ela por cima da xícara de café.- Eu gostaria de voltar ao trabalho, minhas férias estão terminando. Ela disse.- Você promete não fugir? Ele perguntou a ela, estava sério.- Prometo. Ela disse, estendendo a mão para ele.- Está certo, mas não há necessidade, pode ficar aqui e ter o que quiser.Anita ouvia a conversa dos dois da copa. “ Ela precisa ir embora! ”. Ela pensou.Edgard e Alana saíram juntos, ele a levou para que comprasse o que quisesse.- Fique com este cartão, compre o que quiser. Luigi ficará como seu mot
No carro Luigi perguntou se Alana não gostaria de visitar Edgard no escritório. Ela ficou em dúvida não sabia se devia. – Não sei se devemos, ele não disse nada, talvez queira manter o casamento em segredo.Luigi não sabia o que responder, então se limitou a leva-la onde queria ir.Michele já estava ficando irritada de esperar por Rodrigo, quando pensou em ir embora, a porta da sala se abriu e os homens saíram, então ela se levantou rápido entrando antes que ele pudesse fechar a porta.- Você não acredita quem encontrei hoje no centro comercial. Ela disse.- Estou muito ocupado para seus mexericos. Ele disse examinando uns papeis que estavam sobre a mesa.- O que aconteceu com você? Ela se aproximou dele, segurando o rosto dele que tinha marcas roxas e arranhões.- Um pequeno acidente. Ele disse tirando as mãos dela.- Quando isso? Você não me atendeu? Ela insistia.- Michele, estou muito ocupado o que você quer ? Diga logo e me deixe em paz, tenho muito trabalho.- Podíamos almoçar