- Alana, pare com isso, abra esta porta! Ele não tinha como abrir a porta com a chave, pois a reserva, ele havia esquecido no quarto da outra vez.Edgard olhou para o corredor, estava em silencio, ele se levantou e se jogou na porta com o ombro, abrindo-a.Havia um silencio ensurdecedor se não fosse pelo farfalhar da água caindo na banheira. Edgard voltou para a cadeira e foi até o banheiro, havia água pelo chão. A água da banheira era vermelha.- Imbecil! Ele se levantou e tirou Alana da água, se ajoelhou com ela no colo, tirou sua camisa tirando dela duas tiras e amarrando nos pulsos dela para estancar o sangue, ela estava pálida, havia muito sangue.- Luigi! Edgard gritou.Luigi, que estava sempre de prontidão, o ouviu chamar, subiu a escada correndo.A cena no quarto era lastimável, Edgard de joelhos no chão com Alana sem vida em seus braços, sua roupa estava encharcada o vestido que parecia branco agora era rosa, assim como a água que estava na banheira e no chão.- Vou avisar
O corpo frágil de Alana em seus braços o excitava e seu coração batia como louco.Uma batida na porta os tirou do estado que estavam.Alana estava com as bochechas coradas e Edgard parecia suar.Era Bruno. – Então a paciente enfim acordou? Como se sente?Alana olhou para Bruno e depois para Edgard. - Alana este é meu amigo Bruno, ele cuidou de você.- Estou bem doutor, obrigada. Ela agradeceu de forma educada.- Quer ir para casa? Bruno perguntou.Alana não sabia o que responder, não tinha casa e Edgard estava bravo com ela, ela não se esqueceu que ele a acusou de estar com Rodrigo.- Você quer ir para casa? Edgard perguntou, ele parecia entender o que se passava em sua mente.Ela com um gesto delicado confirmou que sim. Edgard sorriu feliz, ela não se lembrava de tê-lo visto sorrindo, daquela forma, por duas vezes em tão curto espaço de tempo.Nos dias em que Alana esteve no hospital, ela não sabia das coisas que haviam acontecido fora daquele quarto.A empresa de Rodrigo estava à b
Os dois jantaram tranquilamente. Na hora de dormir Edgard pegou um cobertor e foi em direção a um sofá no canto do quarto.Dormirei aqui, pode ficar tranquila.- Não há necessidade, se vamos fingir, faremos direito. A cama é bem grande.Ele parou e olhou para ela com os olhos espantados. “ Ela não se importava em dormir na mesma cama que ele? ” - Você diz isso porque estou nesta cadeira e acha que não ofereço perigo. Ele disse brincando.- Se não estivesse nesta cadeira certamente eu não estaria aqui, você teria uma mulher por dia para dormir aqui.- Pelo que me tomas? Não sou um mulherengo.- Não te conheço, mas parece um cara muito experiente quando o assunto é mulher.Kakakaka. Edgard riu alto, ele achou graça dela.- Qual é a graça? Na sua idade certamente tem muita história para contar.- Não sou tão mais velho que seu noivo, não é mesmo? Quantos anos você se relacionou com ele?- Cinco, mas não é de mim que estamos falando. Ela disse procurando algo para vestir para dormir.-
Quando ela voltou, estava vestida com o vestido e tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo.- Vou te esperar lá embaixo para que possa ter privacidade. Ela disse.Edgard apenas assentiu.Não muito tempo depois, ele saiu do elevador tomado banho, com a barba feita. Vestia uma calça azul marinho e uma camisa de linho branca.Os olhos de Alana se fixaram nele, Edgard era um homem muito bonito.Tomaram café, pouco falaram.- Edgard? Ela o chamou.- Hum. Ele olhou para ela por cima da xícara de café.- Eu gostaria de voltar ao trabalho, minhas férias estão terminando. Ela disse.- Você promete não fugir? Ele perguntou a ela, estava sério.- Prometo. Ela disse, estendendo a mão para ele.- Está certo, mas não há necessidade, pode ficar aqui e ter o que quiser.Anita ouvia a conversa dos dois da copa. “ Ela precisa ir embora! ”. Ela pensou.Edgard e Alana saíram juntos, ele a levou para que comprasse o que quisesse.- Fique com este cartão, compre o que quiser. Luigi ficará como seu mot
No carro Luigi perguntou se Alana não gostaria de visitar Edgard no escritório. Ela ficou em dúvida não sabia se devia. – Não sei se devemos, ele não disse nada, talvez queira manter o casamento em segredo.Luigi não sabia o que responder, então se limitou a leva-la onde queria ir.Michele já estava ficando irritada de esperar por Rodrigo, quando pensou em ir embora, a porta da sala se abriu e os homens saíram, então ela se levantou rápido entrando antes que ele pudesse fechar a porta.- Você não acredita quem encontrei hoje no centro comercial. Ela disse.- Estou muito ocupado para seus mexericos. Ele disse examinando uns papeis que estavam sobre a mesa.- O que aconteceu com você? Ela se aproximou dele, segurando o rosto dele que tinha marcas roxas e arranhões.- Um pequeno acidente. Ele disse tirando as mãos dela.- Quando isso? Você não me atendeu? Ela insistia.- Michele, estou muito ocupado o que você quer ? Diga logo e me deixe em paz, tenho muito trabalho.- Podíamos almoçar
Ele se aproximou do balcão, pagou a conta e esperou que ela entrasse no banheiro.Quando Alana saiu do banheiro deu de cara com Rodrigo no corredor.- O que está fazendo aqui? Ele perguntou a segurando pelo braço.- Me solte ou vou gritar por socorro. Ela disse com raiva, mas não pode deixar de reparar nas marcas no rosto dele.Ele a soltou, Alana então começou a caminhar. Ele a segurou novamente. – Você vai insistir nisso? Ele disse.- Do que está falando? Ela queria saber.- Neste casamento ridículo? Ele disse entre os dentes.- Olha ridículo foi a vergonha que passei te esperando enquanto você acompanhava sua amante no hospital, nos restaurantes em Florença. Ela disse irônica.- Você fez isso para se vingar? Ele perguntou.- Não se dê tanto valor, para mim você e Michele são insignificantes.- Você vai morrer virgem com aquele aleijado. Ele disse, de forma grosseira em seu ouvido, depois que a puxou para si com força.- Você acredita mesmo nisso? Ela disse de forma provocativa.- O
Quando as coisas estavam esquentando Alana se afastou.- Acho que você está com fome. Ela disse ajeitando os cabelos um pouco desconcertada.Edgard se sentia frustrado, mas também divertido em ver como ela era tímida e sempre corava quando ele a beijava. Pensar que ela podia ficar daquele jeito com Rodrigo o fazia querer mata-lo.- Vá tomar seu banho vou sair para você ficar tranquila depois venho tomar o meu para jantarmos.Alana foi para o banheiro Edgard recolheu os trapos que estavam sobre a cama e desceu.Na cozinha. – Chame todos.Então uma das copeiras saiu convocando todos os funcionários da casa, inclusive Luigi.- Alguém consegue me explicar isso? Edgard jogou no chão, aos pés de todos, o que seria as roupas que Alana havia comprado.- Parecem as roupas que a senhorita Alana comprou. Luigi disse.- Certo, eu me pergunto quem teve a coragem de fazer isso com as roupas da minha mulher. Edgard falava com um olhar assassino.Muitos “ eu não fui” foram ouvidos.- Saibam que desta
Depois do café, resolveram passear no centro da cidade.Alana foi com Edgard, Jácomo e Giovana foram com Luigi.- Fique longe daqueles dois. Edgard advertiu Alana.- Você parece não gostar deles. Ela disse curiosa.- Não são de confiança, apenas estão aqui para nos espionar e ver se o casamento é real.- Ah! Isso o preocupa, mas se você ficar tratando-os "com duas pedras nas mãos" ficará evidente que não os quer aqui.- Eu sei, mas tenho motivos para não os querer aqui.- Algo que eu não saiba? Algo além de Jácomo querer seu lugar? Ela disse, desconfiada.- Isso não é suficiente? Ele pergunta sem olhar para ela.- Está bem! Seremos um casal apaixonado, se é isso que vieram buscar. Ela disse determinada.Edgard a olhou com curiosidade. – Isso me interessou. Ele disse com um sorriso malicioso.- Não seja bobo. Ela disse envergonhada.Na cabeça de Edgard ele não conseguia entender esta timidez de Alana, um relacionamento de cinco anos, não era possível que ela lidava assim com o outro. E