.— Talvez haja algumas coisas sobre mim que você ainda não saiba e uma delas é que eu não falho nunca, Isa... principalmente quando o assunto é mostrar o quanto você ainda me quer. — A voz dele era pura provocação, e cada palavra sussurrada contra seu ouvido a fazia arder. Ele deslizou os lábios pelo pescoço dela e subiu mais um pouco mordiscando o lóbulo de sua orelha delicada de forma provocante. Isabele sentiu cada célula de seu corpo responder, seu corpo inteiro arrepiado, e um gemido involuntário escapou de seus lábios. — Para, Álvaro... Não podemos ...— murmurou, sua voz vacilante, sem qualquer convicção. Ele riu baixinho, deslizando a mão pelo braço dela, descendo lentamente até sua cintura. — Eu paro... mas só se você disser que não sentiu nada — desafiou, roçando os lábios contra sua pele. Isabele fechou os olhos com força, tentando reunir forças para se virar e se libetar dele e do poder sensual que tinha sobre ela. — Eu... eu... — Diga, Isa... — insistiu ele
A festa de casamento chegava ao fim. As luzes suaves da decoração cintilavam, enquanto os últimos convidados se despediam, trocando votos de felicidade com os recém-casados. Angélica, radiante em seu vestido elegante, abraçava cada um com ternura, enquanto Gabriel, sempre atencioso, agradecia pela presença de todos. Isabele observava à distância, sentindo um misto de emoções. Apesar do amor evidente entre sua mãe e Gabriel, uma inquietação tomava conta de seu peito. E essa inquietação tinha nome: Álvaro. — Então, filha, nós vamos partir agora. — Angélica se aproximou, segurando as mãos de Isabele com carinho. — Decidimos viajar essa noite mesmo. Assim, aproveitamos ao máximo nossa lua de mel. Isabele assentiu, forçando um sorriso. — Que bom, mãe. Vocês merecem ter uma lua de mel maravilhosa , especialmente você depois de tudo que já sofreu nessa vida . — E você? Vai ficar bem aqui? — Angélica apertou levemente as mãos dela, como se soubesse que algo a incomodava. Antes q
Quando saiu do banho, ainda perturbado, ouviu vozes vindo do andar de baixo. Álvaro franziu o cenho. Ele, Isabele e Davi eram os únicos na casa – ou pelo menos era o que ele pensava. Ao reconhecer a outra voz, um sentimento corrosivo de ciúme tomou conta dele. Vitor. O que aquele idiota estava fazendo ali, e tão tarde da noite? Álvaro vestiu rapidamente uma calça de moletom escura, as roupas ainda espalhadas pelo closet do quarto que passaria a ocupar, e desceu as escadas com passos firmes, a mandíbula travada. A visão que encontrou fez sua raiva crescer ainda mais. Isabele e Vitor estavam sentados no sofá da sala, rindo e conversando com intimidade desconcertante. Ela nunca sorriu assim para ele, nunca desde que chegou. Aquilo foi o estopim. Sem pensar, Álvaro atravessou a sala em poucos segundos e, sem cerimônias, empurrou Vitor pelo peito, afastando-o de Isabele bruscamente. — Que diabos você pensa que está fazendo aqui? — sua voz saiu baixa, carregada de ameaça. Isabele
O vapor quente do banheiro tomava conta do ambiente, misturando-se ao cheiro amadeirado e envolvente de Álvaro. O silêncio entre os dois era denso, carregado de tensão e lembranças não ditas. Isabele ainda estava zonza, o álcool percorrendo suas veias, deixando-a mais ousada do que jamais se permitiria estar. Ela o encarava, seus olhos brilhando com algo que nem ela mesma queria nomear. Álvaro, por outro lado, lutava contra cada instinto seu. Ele nunca foi de recuar diante de um desejo, principalmente quando se tratava dela. Mas agora, naquele momento, sabia que precisava segurar o controle. — Você precisa de um banho — murmurou, tentando manter sua voz firme, embora o calor que queimava dentro dele estivesse prestes a consumi-lo. Isabele inclinou a cabeça, um sorriso travesso se formando em seus lábios. — E você acha que pode me ajudar com isso? — Sua voz saiu provocativa, desafiadora, como se estivesse testando até onde ele poderia aguentar. Álvaro engoliu seco. Sua mandíbu
Álvaro entrou no quarto de Isabele com passos cautelosos, quase como se estivesse tentando não perturbar a calma aparente que ela emanava, mas, ao vê-la saindo do banheiro com o roupão de banho da mãe e a toalha ainda nas mãos, um calor estranho e inconfundível subiu por seu corpo. Isabele estacou no meio do quarto ao notar sua presença, o olhar curioso e desafiador, como se estivesse decidindo o que pensar dele naquele momento. O cheiro dele tomou conta do ambiente, uma mistura de perfume masculino, leve e marcante, que pareceu dominar o quarto com uma força inesperada. Ela percebeu que ele estava apenas com uma cueca Boxer preta , a peça justa moldando seu corpo de uma forma quase insuportável de sexy. Cada músculo de seu torso forte parecia mais destacado sob a luz suave, o peito ligeiramente coberto por uma penugem escura. Era um homem maduro, muito diferente do garoto inconsequente que ela conheceu anos atrás e muito mais atraente. Mas o que a irritou não foi ficar tão vulne
Ele a olhou com um brilho nos olhos que ela não soubera identificar. Não era arrependimento, mas sim algo que ela não esperava ver: uma raiva reprimida, uma dor que talvez ele também carregasse, mas que estava escondida atrás da sua fachada de indiferença. — Eu não vou perder meu tempo falando sobre isso novamente — ele disse, a voz mais grave agora, como se tentasse se controlar para não explodir. — Sei que vai ser em vão. Então, acho melhor sair e lhe poupar da minha presença tão desprezível. Ela o seguiu até o seu quarto , o coração batendo mais rápido, a adrenalina fazendo seus pensamentos se atropelarem. "Não vou deixar ele sair assim,invertendo os papéis e se fazendo de vítima ,como se fosse mentira tudo que acabei de dizer."Pensou Isabele consigo mesma. — Eu sei porque está fugindo — ela falou, quase sem perceber. — Porque você não aguenta se lembrar da canalhice que fez comigo, não aguenta se ver diante de mim, e a verdade que você tem medo de enfrentar. Você saiu
— Porque a atração entre nós não é mais a mesma de antes. Não é, Isa? Naquelas últimas palavras, a raiva e a dor foram substituídas por uma suavidade que ele não tentou esconder. Ele estava se expondo de uma forma que não costumava, quase esperando por uma resposta que, ao mesmo tempo, o assustava. Álvaro observava Isabele com uma intensidade que parecia penetrar sua alma. Ele podia ver o conflito em seus olhos, a resistência que ela tentava manter. Mas algo dentro dele sabia que ela estava se deixando consumir pela atração que existia entre os dois, algo que nenhum de ambos conseguia negar. . — O que a gente sentia antes era só curiosidade, desejo de dois jovens que ainda não sabiam bem lidar com suas emoções . Mas agora... agora somos dois adultos, Isa. E a atração entre a gente é mais forte do que qualquer coisa que já tivemos. Isabele tentou reagir, abrir a boca para negar, mas a única coisa que conseguiu fazer foi prender a respiração, como se aquelas palavras o tivessem t
Ela ainda tentou se afastar, reunindo um último resquício de razão que lhe sobrou ,mas não conseguiu . O corpo dele era grande, forte, imbatível, e tinha que confessar para si mesma que não era força dele que a mantinha ali e sim a força do seu desejo por ele também não a deixava pedir que ele a libertasse ,porque no fundo ela sabia que apesar de tudo que pensava dele Álvaro nunca a forçaria a nada . Ele a pressionava contra a porta, e cada movimento seu a fazia sentir-se ainda mais frágil, mais vulnerável. Mas ao mesmo tempo, ela não queria que ele se afastasse. Queria que ele ficasse, que a tomasse, que a devorasse. O desejo era tão forte que parecia consumir seus pensamentos, seus sentimentos. Ele a beijou com mais intensidade, suas mãos agora explorando seu corpo, tocando-a de maneira possessiva, como se fosse dele. E, de certa forma, ela sentiu que era. O desejo, a atração, a química... tudo aquilo os unia de uma maneira que ela não podia controlar. Isabele sentiu o corpo d