O vapor quente do banheiro tomava conta do ambiente, misturando-se ao cheiro amadeirado e envolvente de Álvaro. O silêncio entre os dois era denso, carregado de tensão e lembranças não ditas. Isabele ainda estava zonza, o álcool percorrendo suas veias, deixando-a mais ousada do que jamais se permitiria estar. Ela o encarava, seus olhos brilhando com algo que nem ela mesma queria nomear. Álvaro, por outro lado, lutava contra cada instinto seu. Ele nunca foi de recuar diante de um desejo, principalmente quando se tratava dela. Mas agora, naquele momento, sabia que precisava segurar o controle. — Você precisa de um banho — murmurou, tentando manter sua voz firme, embora o calor que queimava dentro dele estivesse prestes a consumi-lo. Isabele inclinou a cabeça, um sorriso travesso se formando em seus lábios. — E você acha que pode me ajudar com isso? — Sua voz saiu provocativa, desafiadora, como se estivesse testando até onde ele poderia aguentar. Álvaro engoliu seco. Sua mandíbu
Álvaro entrou no quarto de Isabele com passos cautelosos, quase como se estivesse tentando não perturbar a calma aparente que ela emanava, mas, ao vê-la saindo do banheiro com o roupão de banho da mãe e a toalha ainda nas mãos, um calor estranho e inconfundível subiu por seu corpo. Isabele estacou no meio do quarto ao notar sua presença, o olhar curioso e desafiador, como se estivesse decidindo o que pensar dele naquele momento. O cheiro dele tomou conta do ambiente, uma mistura de perfume masculino, leve e marcante, que pareceu dominar o quarto com uma força inesperada. Ela percebeu que ele estava apenas com uma cueca Boxer preta , a peça justa moldando seu corpo de uma forma quase insuportável de sexy. Cada músculo de seu torso forte parecia mais destacado sob a luz suave, o peito ligeiramente coberto por uma penugem escura. Era um homem maduro, muito diferente do garoto inconsequente que ela conheceu anos atrás e muito mais atraente. Mas o que a irritou não foi ficar tão vulne
Ele a olhou com um brilho nos olhos que ela não soubera identificar. Não era arrependimento, mas sim algo que ela não esperava ver: uma raiva reprimida, uma dor que talvez ele também carregasse, mas que estava escondida atrás da sua fachada de indiferença. — Eu não vou perder meu tempo falando sobre isso novamente — ele disse, a voz mais grave agora, como se tentasse se controlar para não explodir. — Sei que vai ser em vão. Então, acho melhor sair e lhe poupar da minha presença tão desprezível. Ela o seguiu até o seu quarto , o coração batendo mais rápido, a adrenalina fazendo seus pensamentos se atropelarem. "Não vou deixar ele sair assim,invertendo os papéis e se fazendo de vítima ,como se fosse mentira tudo que acabei de dizer."Pensou Isabele consigo mesma. — Eu sei porque está fugindo — ela falou, quase sem perceber. — Porque você não aguenta se lembrar da canalhice que fez comigo, não aguenta se ver diante de mim, e a verdade que você tem medo de enfrentar. Você saiu
— Porque a atração entre nós não é mais a mesma de antes. Não é, Isa? Naquelas últimas palavras, a raiva e a dor foram substituídas por uma suavidade que ele não tentou esconder. Ele estava se expondo de uma forma que não costumava, quase esperando por uma resposta que, ao mesmo tempo, o assustava. Álvaro observava Isabele com uma intensidade que parecia penetrar sua alma. Ele podia ver o conflito em seus olhos, a resistência que ela tentava manter. Mas algo dentro dele sabia que ela estava se deixando consumir pela atração que existia entre os dois, algo que nenhum de ambos conseguia negar. . — O que a gente sentia antes era só curiosidade, desejo de dois jovens que ainda não sabiam bem lidar com suas emoções . Mas agora... agora somos dois adultos, Isa. E a atração entre a gente é mais forte do que qualquer coisa que já tivemos. Isabele tentou reagir, abrir a boca para negar, mas a única coisa que conseguiu fazer foi prender a respiração, como se aquelas palavras o tivessem t
Ela ainda tentou se afastar, reunindo um último resquício de razão que lhe sobrou ,mas não conseguiu . O corpo dele era grande, forte, imbatível, e tinha que confessar para si mesma que não era força dele que a mantinha ali e sim a força do seu desejo por ele também não a deixava pedir que ele a libertasse ,porque no fundo ela sabia que apesar de tudo que pensava dele Álvaro nunca a forçaria a nada . Ele a pressionava contra a porta, e cada movimento seu a fazia sentir-se ainda mais frágil, mais vulnerável. Mas ao mesmo tempo, ela não queria que ele se afastasse. Queria que ele ficasse, que a tomasse, que a devorasse. O desejo era tão forte que parecia consumir seus pensamentos, seus sentimentos. Ele a beijou com mais intensidade, suas mãos agora explorando seu corpo, tocando-a de maneira possessiva, como se fosse dele. E, de certa forma, ela sentiu que era. O desejo, a atração, a química... tudo aquilo os unia de uma maneira que ela não podia controlar. Isabele sentiu o corpo d
A pressão da porta contra suas costas foi o único ponto de ângulo em que ela se apoiou enquanto ele a possuía, de forma selvagem, mas também íntima, como se o mundo tivesse parado, como se eles fossem os únicos que importavam agora. Isabele se entregou a ele sem reservas, seus corpos se movendo juntos, como se fossem feitos um para o outro. Os gemidos deles se misturaram no ar, tão intensos e desesperados quanto a paixão que os consumia. Cada movimento, cada toque, aumentava a tensão, os fazendo ir mais fundo, mais rápido, mais fortes. E no auge de tudo, no momento em que não havia mais separação entre seus corpos, entre seus corações, ela se perdeu em um êxtase avassalador e momentos depois Álvaro se derramou dentro dela com um gemido gutural sentindo tremores por todo seu corpo tamanha a o intensidade do seu prazer ,exausto sustentando o peso dela em seus braços fortes no auge do seu prazer mas feliz e satisfeito como nunca esteve há muito tempo. Depois de se perder em êxtase em
A presença de Álvaro em sua vida agora era uma bomba-relógio, uma complicação que ela não poderia mais ignorar. Álvaro ficou parado por um segundo, processando o que ela acabara de dizer. Havia algo em seu olhar, algo que parecia uma mistura de raiva e compreensão. Mas ele não a interrompeu. Ao invés disso, ele disse, com uma ironia suave: — Nossa, você admitir que me queria e não me encher de acusações do tipo "você me seduziu" ou "você me atacou", como o grande canalha que vive me acusando de ser , Já é um grande progresso entre nós. Isabele sentiu o peso daquelas palavras, mas não olhou para trás. Ela estava, de algum modo, tentando se proteger. Mas o que ele disse a fez parar por um momento. Ele ainda acha que tudo isso é apenas sobre ele? pensou ela. — Pelo jeito, você está afim de discutir ou se gabar de sua proeza de ter me provado que ainda te quero .Só que, como eu disse, tenho coisas mais importantes para fazer. Como ver como está meu filho. Com licença. Com um últi
Pensando nisso ela tomou uma decisão. Ela iria embora. Antes que sua mãe retornasse da lua de mel, antes que qualquer outra coisa acontecesse, ela precisava sair daquele lugar, de tudo o que representava aquelas paredes, daquela atmosfera carregada de tensão. Como designer de interiores, sabia como dar explicações plausíveis, podia usar uma proposta de trabalho para justificar para sua mãe a sua partida . Irá com Davi para a casa de uma amiga de faculdade, em Angra dos Reis. A pousada da amiga seria o refúgio necessário para afastá-la de tudo o que se passava em sua mente, longe de Álvaro, longe de seus próprios sentimentos confusos. Depois da decisão tomada e de ter ligado para amiga para avisá-la de sua ida para Angra ,ela teve uma noite turbulenta. Os pesadelos dominaram seu sono, e era sempre o mesmo Álvaro se gabando para seus amigos, rindo dela, dizendo que havia "provado" novamente que ela ainda era louca por ele e mesma garota fácil de antes. Esse pesadelo a fez acor