Davi chorava em seus braços, as mãozinhas apertando seus ombros, como se tivesse medo de que ela sumisse de novo.
— Eu senti tanto a sua falta, mamãe... Por que demorou tanto? Isabele soluçou, afagando os cabelos do filho. — Me perdoa, meu anjo... Me perdoa... Mas eu prometo, nunca mais vou sair do seu lado. Nunca mais! Davi afastou-se um pouco, os olhinhos brilhando de lágrimas e esperança. — Você promete? — Com todo o meu coração, meu amor. Ele sorriu, e aquele sorriso foi como um raio de sol dissipando a escuridão que tomara a vida de Isabele por tanto tempo. Foi então que Davi olhou para o pai, como se quisesse confirmar que tudo estava bem agora. Álvaro sorriu, aproximando-se dos dois. — Agora estamos juntos de novo, filho. Para sempre. Davi soltou um riso baixinho e limpou as lágrimas com as mãozinhas.Isabele acordou lentamente, sentindo o calor de um corpo firme sob o seu. Por um momento, temeu abrir os olhos, com medo de que tudo não passasse de um sonho. Mas o perfume masculino e envolvente que preenchia o ar era inconfundível. Era ele, Álvaro, ali ao seu lado. Seu coração disparou quando ela abriu os olhos e viu a beleza do rosto dele, seus traços marcantes e serenos enquanto dormia. Uma onda de felicidade a invadiu, tão intensa que parecia preencher cada centímetro do quarto. Ela espalhou beijos suaves pelo peito dele, sentindo o calor da pele sob seus lábios. Sua mão deslizou sob o lençol, encontrando a rigidez de seu desejo, e o toque foi o suficiente para despertar uma chama ardente dentro dela. Álvaro soltou um gemido rouco, ainda que seus olhos estivessem fechados, e Isabele soube que ele não estava dormindo. Ou, talvez, seu corpo reagia a ela mesmo no sono. Com um suspiro, ela se levantou cuidadosamente da cama, tentando não despertá-lo. Foi até o banheiro, onde se p
Quando saíram do banho, eles se vestiram em silêncio, os olhares evitando-se. Isabele caminhou até a porta, mas antes que pudesse abri-la, Álvaro a segurou pelo braço, puxando-a de volta para si. — Eu fui desgraçado mentiroso, Isa. Sim, eu fui. Eu menti para você no começo , eu fiz coisas horríveis, e eu sei que você não pode simplesmente esquecer disso. — Sua voz estava rouca, cheia de culpa e desespero. — Mas eu te amo. E eu faria qualquer coisa para que você me perdoasse de verdade. Ela o olhou, suas lágrimas se misturando com a água que ainda escorria de seus cabelos. — Eu quero acreditar em você, mas... — Sua voz falhou. — Então acredite, Isa. Por favor. — Ele a puxou para mais perto, sua testa encostando na dela. —Me dê uma chance para mostrar a você o quanto eu mudei . Eu quero ser tudo para você. Seu homem, seu amante, seu amigo. Seu marido. Quero colocar uma aliança no seu dedo e quero que carregue meu sobrenome para sempre. E um dia, eu vou provar que sou inocen
Os meses passaram rapidamente. A cada dia que se aproximava do casamento, Álvaro e Isabele pareciam mais unidos, apaixonados e ansiosos pelo grande dia. No entanto, para Isabele, havia uma sombra perturbadora pairando sobre sua felicidade: Otávio. Desde o retorno dele, a presença constante do "amigo" de Álvaro a incomodava. Ela sentia-se observada, perseguida, e sempre que Álvaro não estava por perto, Otávio aproveitava a oportunidade para se aproximar de maneira indesejada. Os comentários dúbios, os olhares lascivos, os sorrisos maliciosos... tudo nela gritava perigo. Ela queria contar a Álvaro, mas o medo a consumia. E se ele não acreditasse? E se achasse que era apenas implicância dela com Otávio? Álvaro sempre o considerou um irmão, um amigo leal que o ajudou nos momentos mais difíceis. Como ela poderia convencê-lo de que o homem a quem ele tanto confiava era, na verdade, um predador disfarçado? Mas Isabele sabia. Ela sentia o olhar de Otávio a despir, sentia o peso da sua o
Isabele tentou se mover, mas antes que pudesse impedir, Álvaro bebeu. O olhar de Otávio brilhou em triunfo. Agora, restava a ela observar. Esperar. Agir no momento certo. Poucos minutos depois, Isabele percebeu a mudança em Álvaro. Ele levou a mão à testa, piscando algumas vezes como se tentasse clarear a visão. Seu peito subia e descia mais rápido, como se a respiração estivesse alterada. Ele se levantou da poltrona e passou uma mão pelos cabelos, inquieto. — Eu… Eu preciso ir. Não estou me sentindo bem. — Sua voz soou arrastada, e ele cambaleou levemente. — Continuem a festa sem mim. Isabele percebeu que Otávio sorriu de lado. Então era isso. Ele estava esperando esse momento. Sem que ninguém percebesse, Otávio se aproximou da mulher que havia tentado seduzir Álvaro e cochichou algo em seu ouvido. A moça assentiu com um sorriso e, em seguida, discretamente, saiu do salão. Era agora e ela precisava agir rápido. Isabele seguiu seus passos, desviando-se dos homens que tentavam
Isabele, tomada pelo prazer avassalador, balançou a cabeça freneticamente. — Não... não para! — ela implorou, a voz embargada. Os olhos de Álvaro brilharam de puro instinto. Ele a puxou para si, fazendo com que sua coluna arqueasse ainda mais, e inclinou-se sobre ela, os lábios explorando sua pele, sugando e mordiscando seus ombros e nuca. Suas mãos desceram para os seios dela, agarrando-os com força, os dedos provocando os mamilos sensíveis. Quando ele se afastou novamente, agarrou os cabelos dela em um punho e puxou sua cabeça para trás, obrigando-a a olhar para ele. — Olha para mim quando estiver gozando.— ordenou, a voz carregada de desejo. Isabele sentiu uma onda quente tomar seu corpo com aquelas palavras. — Álvaro… — ela gemeu, já à beira do clímax. Os músculos dela começaram a se contrair ao redor dele, e em uma última estocada profunda, ela explodiu em um orgasmo avassalador, gritando o nome dele. O prazer dela foi o suficiente para arrastá-lo junto. Álvaro se
Álvaro não resistiu. Em um movimento rápido, inverteu suas posições, colocando-a debaixo dele e investindo com força e velocidade, levando-a ao limite. — Ahhh, Álvaro… — ela gritou, agarrando-se a ele enquanto o clímax a atingia em ondas intensas. Ele não demorou a segui-la, enterrando-se profundamente dentro dela e se derramando com um grunhido baixo e possessivo. Os corpos ainda tremiam quando ele se deitou ao lado dela, puxando-a para seus braços. O quarto ficou em silêncio, apenas suas respirações descompassadas preenchendo o espaço. Álvaro acariciou os cabelos dela, ainda sentindo a droga pulsar em seu sangue, mas agora misturada a uma satisfação absoluta. Isabele observou Álvaro deitado ao seu lado, o peito subindo e descendo com a respiração pesada. O quarto estava silencioso, exceto pelo som de seus corações desacelerando após a intensidade que haviam compartilhado. Ela sabia que precisava falar com ele, contar tudo, mas hesitou ao ver o cansaço em seu rosto. — Álvar
Otávio cambaleou, erguendo as mãos em um gesto patético de rendição. — Álvaro… por favor… Outro soco o atingiu no estômago, dobrando-o de dor. — Só não acabo com você por consideração aos seus pais.. Agora, suma da minha frente antes que eu mude de ideia. Otávio cuspiu sangue, vendo nos olhos de Álvaro que não havia mais espaço para desculpas. Álvaro voltou-se para Isabele, puxando-a para seus braços. — Você está bem? Ela assentiu, sentindo-se finalmente segura. Sem paciência para mais nada, Álvaro chamou o gerente. _Avida a todos que a festa acabou . Assim que entraram na suíte, o silêncio entre eles era carregado de emoções não ditas. Isabele sentia o peito apertado, um misto de alívio e culpa tomando conta dela. O olhar de Álvaro estava intenso, observando-a com atenção, como se tentasse decifrar o que ela sentia. Tomando coragem, ela se aproximou, suas mãos trêmulas segurando as dele. — Álvaro… — Sua voz saiu embargada. — Eu preciso te pedir perdão. Ele
Aquele dia com certeza não significava para ela apenas o dia do casamento deles ,mas a vitorioso do amor deles sobre todos os obstáculos que surgiram para separa-los. Para Isabele, aquele dia representava a culminação de uma jornada repleta de desafios, superações e, acima de tudo de um amor inabalável . Ela acordou com o coração acelerado, uma mistura de ansiedade e felicidade tomando conta de seu corpo. O sol iluminava suavemente o quarto, e a brisa leve que entrava pela janela parecia um presságio de que aquele seria um dia perfeito. Ao longo da manhã, esteve cercada por sua mãe e por uma equipe de profissionais dedicados a deixá-la impecável para seu grande dia. O quarto estava repleto de vozes animadas, sorrisos cúmplices e a atmosfera única que antecede um casamento.