Os meses passaram rapidamente. A cada dia que se aproximava do casamento, Álvaro e Isabele pareciam mais unidos, apaixonados e ansiosos pelo grande dia. No entanto, para Isabele, havia uma sombra perturbadora pairando sobre sua felicidade: Otávio. Desde o retorno dele, a presença constante do "amigo" de Álvaro a incomodava. Ela sentia-se observada, perseguida, e sempre que Álvaro não estava por perto, Otávio aproveitava a oportunidade para se aproximar de maneira indesejada. Os comentários dúbios, os olhares lascivos, os sorrisos maliciosos... tudo nela gritava perigo. Ela queria contar a Álvaro, mas o medo a consumia. E se ele não acreditasse? E se achasse que era apenas implicância dela com Otávio? Álvaro sempre o considerou um irmão, um amigo leal que o ajudou nos momentos mais difíceis. Como ela poderia convencê-lo de que o homem a quem ele tanto confiava era, na verdade, um predador disfarçado? Mas Isabele sabia. Ela sentia o olhar de Otávio a despir, sentia o peso da sua o
Isabele tentou se mover, mas antes que pudesse impedir, Álvaro bebeu. O olhar de Otávio brilhou em triunfo. Agora, restava a ela observar. Esperar. Agir no momento certo. Poucos minutos depois, Isabele percebeu a mudança em Álvaro. Ele levou a mão à testa, piscando algumas vezes como se tentasse clarear a visão. Seu peito subia e descia mais rápido, como se a respiração estivesse alterada. Ele se levantou da poltrona e passou uma mão pelos cabelos, inquieto. — Eu… Eu preciso ir. Não estou me sentindo bem. — Sua voz soou arrastada, e ele cambaleou levemente. — Continuem a festa sem mim. Isabele percebeu que Otávio sorriu de lado. Então era isso. Ele estava esperando esse momento. Sem que ninguém percebesse, Otávio se aproximou da mulher que havia tentado seduzir Álvaro e cochichou algo em seu ouvido. A moça assentiu com um sorriso e, em seguida, discretamente, saiu do salão. Era agora e ela precisava agir rápido. Isabele seguiu seus passos, desviando-se dos homens que tentavam
Isabele, tomada pelo prazer avassalador, balançou a cabeça freneticamente. — Não... não para! — ela implorou, a voz embargada. Os olhos de Álvaro brilharam de puro instinto. Ele a puxou para si, fazendo com que sua coluna arqueasse ainda mais, e inclinou-se sobre ela, os lábios explorando sua pele, sugando e mordiscando seus ombros e nuca. Suas mãos desceram para os seios dela, agarrando-os com força, os dedos provocando os mamilos sensíveis. Quando ele se afastou novamente, agarrou os cabelos dela em um punho e puxou sua cabeça para trás, obrigando-a a olhar para ele. — Olha para mim quando estiver gozando.— ordenou, a voz carregada de desejo. Isabele sentiu uma onda quente tomar seu corpo com aquelas palavras. — Álvaro… — ela gemeu, já à beira do clímax. Os músculos dela começaram a se contrair ao redor dele, e em uma última estocada profunda, ela explodiu em um orgasmo avassalador, gritando o nome dele. O prazer dela foi o suficiente para arrastá-lo junto. Álvaro se
Álvaro não resistiu. Em um movimento rápido, inverteu suas posições, colocando-a debaixo dele e investindo com força e velocidade, levando-a ao limite. — Ahhh, Álvaro… — ela gritou, agarrando-se a ele enquanto o clímax a atingia em ondas intensas. Ele não demorou a segui-la, enterrando-se profundamente dentro dela e se derramando com um grunhido baixo e possessivo. Os corpos ainda tremiam quando ele se deitou ao lado dela, puxando-a para seus braços. O quarto ficou em silêncio, apenas suas respirações descompassadas preenchendo o espaço. Álvaro acariciou os cabelos dela, ainda sentindo a droga pulsar em seu sangue, mas agora misturada a uma satisfação absoluta. Isabele observou Álvaro deitado ao seu lado, o peito subindo e descendo com a respiração pesada. O quarto estava silencioso, exceto pelo som de seus corações desacelerando após a intensidade que haviam compartilhado. Ela sabia que precisava falar com ele, contar tudo, mas hesitou ao ver o cansaço em seu rosto. — Álvar
Otávio cambaleou, erguendo as mãos em um gesto patético de rendição. — Álvaro… por favor… Outro soco o atingiu no estômago, dobrando-o de dor. — Só não acabo com você por consideração aos seus pais.. Agora, suma da minha frente antes que eu mude de ideia. Otávio cuspiu sangue, vendo nos olhos de Álvaro que não havia mais espaço para desculpas. Álvaro voltou-se para Isabele, puxando-a para seus braços. — Você está bem? Ela assentiu, sentindo-se finalmente segura. Sem paciência para mais nada, Álvaro chamou o gerente. _Avida a todos que a festa acabou . Assim que entraram na suíte, o silêncio entre eles era carregado de emoções não ditas. Isabele sentia o peito apertado, um misto de alívio e culpa tomando conta dela. O olhar de Álvaro estava intenso, observando-a com atenção, como se tentasse decifrar o que ela sentia. Tomando coragem, ela se aproximou, suas mãos trêmulas segurando as dele. — Álvaro… — Sua voz saiu embargada. — Eu preciso te pedir perdão. Ele
Aquele dia com certeza não significava para ela apenas o dia do casamento deles ,mas a vitorioso do amor deles sobre todos os obstáculos que surgiram para separa-los. Para Isabele, aquele dia representava a culminação de uma jornada repleta de desafios, superações e, acima de tudo de um amor inabalável . Ela acordou com o coração acelerado, uma mistura de ansiedade e felicidade tomando conta de seu corpo. O sol iluminava suavemente o quarto, e a brisa leve que entrava pela janela parecia um presságio de que aquele seria um dia perfeito. Ao longo da manhã, esteve cercada por sua mãe e por uma equipe de profissionais dedicados a deixá-la impecável para seu grande dia. O quarto estava repleto de vozes animadas, sorrisos cúmplices e a atmosfera única que antecede um casamento.
Álvaro se posicionou atrás dela, deslizando os lábios por seu pescoço exposto. Um arrepio percorreu seu corpo, e ela sentiu a respiração falhar. — Você vai achar que sou louco, mas sempre tive a fantasia de te possuir vestida de noiva. O coração dela deu um salto. — O quê? Você só pode estar brincando... Ele se afastou um pouco, começando a despir o terno lentamente, os olhos fixos nela, desafiando-a a impedi-lo. —Eu nunca falei tão sério em minha vida ,meu amor . Estou louco... cada vez mais louco por você. Mas seus olhos brilhavam de excitação. Ele sorriu satisfeito e se sentou na cama, dando um tapa na própria coxa. — Vem cá. Tira a calcinha e cavalga em mim... exatamente assim, linda co
Os segundos pareciam eternos. Andava de um lado para o outro, tentando conter a ansiedade. Lutava contra o impulso de roer as unhas, um hábito antigo que sempre voltava nos momentos de nervosismo. Finalmente, quando sentiu que não aguentava mais esperar, pegou o teste com as mãos trêmulas e virou-o. Duas linhas. Positivo. O coração de Isabele deu um salto, e uma onda de emoção a atingiu como um vendaval. Lágrimas brotaram em seus olhos, mesclando-se com um sorriso radiante. Ela estava grávida. De novo. Com mãos trêmulas, leu a pequena tela digital que também indicava o tempo de gestação. Oito semanas. Como isso aconteceu? Ela já sabia. Deve ter esquecido de tomar o anticoncepcional corretamente entre tantas emoções e acontecimentos. Mas nada disso importava agora. Estava novamente carregando um filho do homem que amava. E, dessa vez, não havia medo, dúvidas ou segredos. Ela não via a hora de co