Elisabeth. Observo a chuva caindo pela janela e suspiro, encolhendo minhas pernas e apoiando o queixo nelas. Por que tudo isso acontece? Por que não posso ser feliz? Por que sempre tem gente tentando impedir a nossa felicidade? Fecho meus olhos, deixando a mente vagar por aí. — Querida? ― Saio dos meus pensamentos e olho para o lado, vendo a dona Rosa com uma bandeja cheia de frutas. ― Você precisa comer. Assinto. Eu preciso fazer isso pelo meu filho. Saio de perto da janela e vou até a cama, me sentando na borda, ela coloca a bandeja no meu colo e, devagar, como as frutas. Não estou com fome, mas tenho que comer para não fazer mal ao meu filho, mesmo que ainda seja um pequeno feto. ― Como você se sente? ― Pergunta, fazendo um pequeno carinho em minha cabeça. ― Triste e cansada, a única coisa que eu mais quero fazer é dormir, só que infelizmente não consigo. Ela sorri curto. ― Oh, minha querida, você não precisa se preocupar com eles, eu trabalho faz muito tempo para aqu
Elisabeth.Na cozinha, encontramos a dona Rosa, nos cumprimentamos aos sorrisos e nos sentamos, aguardando que ela nos sirva. Estou faminta, minha boca enche d’água com tantas coisas gostosas. — Coma tudo, ouviu bem, senhorita? Fuzilo Lorenzo, que ri. — Pode deixar, senhor. Ele beija minha bochecha. Só não me irrito com essa preocupação toda porque tudo está delicioso, tomo um suco de acerola e sinto uma presença atrás de mim. Olho sobre o ombro, mastigando, e os quatro me observam, sorridentes. — Vejo que a senhorita está amando a comida. ― Alex se aproxima de mim e beija a minha cabeça. Engulo a comida. — Bom dia — limpo minha boca. — Vocês vão sair? ― Sim, nós temos assuntos a tratar com outros mafiosos. ― Dylan fala e beija a minha cabeça com carinho. ― Não se preocupe, todos nós iremos voltar à noite, Lorenzo ficará com você, já que ele está ferido ainda. É capaz de você o matar se ele sair. Acabo rindo com isso. ― Sou mesmo. ― Respondo e todos riem. ― Eu amo
Lorenzo.Olho para a minha mulher em meus braços adormecida, ela é tão linda e ao mesmo tempo louca por ter se arriscado, meu coração só faltou sair da minha boca ao vê-la com aquela arma, mas também confesso que fiquei bastante excitado com aquilo. Beijo seus cabelos com carinho e a deito em meu colo e como a porta da frente está destruída, dá para ver meus irmão descendo do carro, vindo rapidamente até mim, fazendo-me suspirar de alívio. ― O que aconteceu com ela? ― Alex pergunta, preocupado.― Ela acabou dormindo. ― Fito-a por um momento e depois volto para eles. ― Se não fosse por ela, eu não estaria mais aqui. Eles ficam confusos. ― Como assim, Enzo? ― Christopher inquire. ― O cara me derrubou e quase me matou. Se não fosse ela atirando no homem que ia me matar, estaria morto agora. Eles ficam boquiabertos. ― Ela matou os três? ― Dylan questiona, em choque.― Ela atirou em dois e eu derrubei o outro que estava ao meu lado, ela conseguiu acertar a cabeça de um e o peito do
Lorenzo.― Bom, vou tomar um banho rapidinho, quero tirar esse sangue do meu corpo. ― Chamo a atenção deles.― Então vá logo, porque é capaz da Elisa comer todos nós vivos por demorar. Acabo rindo de leve com isso. ― Tudo bem, eu estou indo. — Digo, seguindo para as escadas. Esse dia foi louco demais. Entro em meu quarto e jogo as roupas em qualquer canto, pois essa casa não será mais habitada, Elisa certamente não vai querer ficar mais aqui. No chuveiro, deixo a água levar todo sangue. Isso é tão refrescante. De banho tomado, pego o kit de primeiros socorros, limpo meu machucado e refaço o curativo, pego meu terno preto de sempre e me visto. Assim, saio do quarto e passo por vários homens mortos no caminho, saindo da mansão, avistando os meninos adentrando na van e David os acompanhando. ― Queime essa casa. ― Ordeno, fazendo-o assentir. O trajeto até o aeroporto foi em total silêncio e quando chegamos, pergunto sobre Akira e Jackson, que ficarão na Coreia junto de Elisa e
Thomas.No dia seguinte, antes de viajar, reunimos para falar sobre aquele filho da puta do Sebastião. — Elisa está comendo no seu novo quarto e ela nem me quer por perto, pois sabe que iremos embora amanhã bem cedo — diz Lorenzo, entrando no escritório com uma carranca. Suspiramos. — Deixe-a. Quando conversarmos com ela, vai entender. Nosso foco agora é acabar com Sebastião, o bicho vai pegar quando chegarmos na Itália. — Dylan responde, mexendo em seu notebook. ― Quero só ver como ele vai reagir ao saber que o Lorenzo tem uma outra personalidade pior que de todos nós juntos. ― Faz muito tempo que nós não matamos alguém, estou muito ansioso para isso. ― Alex sorri maliciosamente. ― Eu quero muito me divertir com a morte dele. ― Você vai ter o seu desejo realizado, irmão. ― Christopher ri de leve. ― Eu quero matar, sinto aquela ansiedade em tirar vidas. ― O engraçado é que vocês, Dylan e Lorenzo, são os piores nas torturas e ficam loucos quando estão matando. ― Comento e to
Dylan.Nesse momento, estou em frente do notebook, observando algumas coisas da empresa daquele infeliz do caralho. Ele sempre chega tarde em sua empresa, ainda por cima vive recebendo visitas de homens estranhos em seu escritório, acredito ser seus novos amiguinhos. Mordo os lábios com força quando vejo aqueles homens saindo de lá aos sorrisos, tenho certeza de que estão planejando algo. Olho para os meus irmãos, que também estão focados em seus trabalhos, a minha missão no momento é observar o filho da puta e tentar encontrar alguma coisa fora do normal. Se esse desgraçado de merda acha que vai sair vivo dessa, tá sonhando demais. Ele não vai sair vivo, não nos conhecem direito, acha que terá sucesso em sua pequena vingança. Todos nós sofremos, desde que éramos pequenos, e isso nos tornou homens fortes. Lorenzo sofreu mais, foi abusado por um tio maldito nosso e isso acabou com ele. É por isso que ele sofre com alguns transtornos mentais, passou um tempo trancado no quarto, não
Dylan. Seguimos para uma outra mansão nossa, já que a que vivíamos até dois dias atrás, virou pó. Observo Lorenzo, que está calado, como se estivesse em uma conversa particular com seu outro lado. Odeio o L por ser um homem completamente insano. Parece anormal uma pessoa conversar com sua outra mente, mas estamos todos acostumados. Suspiro e cruzo minhas pernas, olhando para o lado de fora da janela. Como nossa mulher está nesse momento? Queria tanto estar com ela, acredito que meus irmãos também, sinto muita saudade dela. Muitos acham nosso relacionamento um absurdo, mas nós não. Amamos Elisa e ela é recíproca, não importa se ela ame mais um que o outro, pois só de saber que ela também me ama, basta para mim. A única coisa que eu não suportaria é ela nos abandonar, isso não vou aguentar. Estou tão preso em minha própria mente que só percebo que chegamos quando Lorenzo bate em meu braço. Todos descemos e cada um segue para seu quarto, menos Lorenzo, que se senta no sofá e cr
Dylan.No dia seguinte, Christopher me acorda com muitas reclamações. Todos já estão acordados desde cedo e eu perdi minha hora. Logo me arrumo depressa, mas não tive culpa, dormi mal para caramba, preocupado com essa guerra que está se aproximando e com a saúde de Elisa. Será que ela está bem? Embora eu saiba que ela fez amizade com as espiãs disfarçadas, a preocupação vive em meu coração. Assim que termino de me arrumar, seguimos para o galpão para nos prepararmos para essa batalha que se aproxima. Vejo todos de relance, e quando paro em Lorenzo, um sorriso se forma em seus lábios. Puta que pariu! Ele ainda é o L. Ele leva a mão à boca e finge tossir, mas ele está é rindo da minha casa. Desgraçado de merda, eu realmente odeio esse lado psicopata do meu irmão. Suspiro. — Vamos nos preparar então? As coisas estão prontas? — inquiro para todos os capangas. ― Sim, senhor!David se aproxima, segurando um arquivo em suas mãos.― Vanessa me informou que ele vai mandar alguém ficar d