Lorenzo.― Bom, vou tomar um banho rapidinho, quero tirar esse sangue do meu corpo. ― Chamo a atenção deles.― Então vá logo, porque é capaz da Elisa comer todos nós vivos por demorar. Acabo rindo de leve com isso. ― Tudo bem, eu estou indo. — Digo, seguindo para as escadas. Esse dia foi louco demais. Entro em meu quarto e jogo as roupas em qualquer canto, pois essa casa não será mais habitada, Elisa certamente não vai querer ficar mais aqui. No chuveiro, deixo a água levar todo sangue. Isso é tão refrescante. De banho tomado, pego o kit de primeiros socorros, limpo meu machucado e refaço o curativo, pego meu terno preto de sempre e me visto. Assim, saio do quarto e passo por vários homens mortos no caminho, saindo da mansão, avistando os meninos adentrando na van e David os acompanhando. ― Queime essa casa. ― Ordeno, fazendo-o assentir. O trajeto até o aeroporto foi em total silêncio e quando chegamos, pergunto sobre Akira e Jackson, que ficarão na Coreia junto de Elisa e
Thomas.No dia seguinte, antes de viajar, reunimos para falar sobre aquele filho da puta do Sebastião. — Elisa está comendo no seu novo quarto e ela nem me quer por perto, pois sabe que iremos embora amanhã bem cedo — diz Lorenzo, entrando no escritório com uma carranca. Suspiramos. — Deixe-a. Quando conversarmos com ela, vai entender. Nosso foco agora é acabar com Sebastião, o bicho vai pegar quando chegarmos na Itália. — Dylan responde, mexendo em seu notebook. ― Quero só ver como ele vai reagir ao saber que o Lorenzo tem uma outra personalidade pior que de todos nós juntos. ― Faz muito tempo que nós não matamos alguém, estou muito ansioso para isso. ― Alex sorri maliciosamente. ― Eu quero muito me divertir com a morte dele. ― Você vai ter o seu desejo realizado, irmão. ― Christopher ri de leve. ― Eu quero matar, sinto aquela ansiedade em tirar vidas. ― O engraçado é que vocês, Dylan e Lorenzo, são os piores nas torturas e ficam loucos quando estão matando. ― Comento e to
Dylan.Nesse momento, estou em frente do notebook, observando algumas coisas da empresa daquele infeliz do caralho. Ele sempre chega tarde em sua empresa, ainda por cima vive recebendo visitas de homens estranhos em seu escritório, acredito ser seus novos amiguinhos. Mordo os lábios com força quando vejo aqueles homens saindo de lá aos sorrisos, tenho certeza de que estão planejando algo. Olho para os meus irmãos, que também estão focados em seus trabalhos, a minha missão no momento é observar o filho da puta e tentar encontrar alguma coisa fora do normal. Se esse desgraçado de merda acha que vai sair vivo dessa, tá sonhando demais. Ele não vai sair vivo, não nos conhecem direito, acha que terá sucesso em sua pequena vingança. Todos nós sofremos, desde que éramos pequenos, e isso nos tornou homens fortes. Lorenzo sofreu mais, foi abusado por um tio maldito nosso e isso acabou com ele. É por isso que ele sofre com alguns transtornos mentais, passou um tempo trancado no quarto, não
Dylan. Seguimos para uma outra mansão nossa, já que a que vivíamos até dois dias atrás, virou pó. Observo Lorenzo, que está calado, como se estivesse em uma conversa particular com seu outro lado. Odeio o L por ser um homem completamente insano. Parece anormal uma pessoa conversar com sua outra mente, mas estamos todos acostumados. Suspiro e cruzo minhas pernas, olhando para o lado de fora da janela. Como nossa mulher está nesse momento? Queria tanto estar com ela, acredito que meus irmãos também, sinto muita saudade dela. Muitos acham nosso relacionamento um absurdo, mas nós não. Amamos Elisa e ela é recíproca, não importa se ela ame mais um que o outro, pois só de saber que ela também me ama, basta para mim. A única coisa que eu não suportaria é ela nos abandonar, isso não vou aguentar. Estou tão preso em minha própria mente que só percebo que chegamos quando Lorenzo bate em meu braço. Todos descemos e cada um segue para seu quarto, menos Lorenzo, que se senta no sofá e cr
Dylan.No dia seguinte, Christopher me acorda com muitas reclamações. Todos já estão acordados desde cedo e eu perdi minha hora. Logo me arrumo depressa, mas não tive culpa, dormi mal para caramba, preocupado com essa guerra que está se aproximando e com a saúde de Elisa. Será que ela está bem? Embora eu saiba que ela fez amizade com as espiãs disfarçadas, a preocupação vive em meu coração. Assim que termino de me arrumar, seguimos para o galpão para nos prepararmos para essa batalha que se aproxima. Vejo todos de relance, e quando paro em Lorenzo, um sorriso se forma em seus lábios. Puta que pariu! Ele ainda é o L. Ele leva a mão à boca e finge tossir, mas ele está é rindo da minha casa. Desgraçado de merda, eu realmente odeio esse lado psicopata do meu irmão. Suspiro. — Vamos nos preparar então? As coisas estão prontas? — inquiro para todos os capangas. ― Sim, senhor!David se aproxima, segurando um arquivo em suas mãos.― Vanessa me informou que ele vai mandar alguém ficar d
Christopher.Nesse momento, encaro-me no espelho, vendo como o terno preto fica bom em mim. Por dentro dele, uso um colete à prova de balas, não sou nem louco de sair sem ele, já que esta noite vai ter muita bala para todos os lados e mortes. Suspiro e fecho os olhos, pensando nas pessoas que perdemos para chegarmos aqui. Perdemos nossos pais, assassinados pela máfia negra, uma máfia poderosa. Naquela época, éramos inexperientes e a máfia dos nossos pais era muito fraca. Nesta noite, tudo acabará e voltaremos aos braços da nossa mulher, estamos fazendo tudo isso para a proteger e a ao nosso filho ou filha, estamos cuidando do que é nosso. Está na hora. ― Eu prometo que todos nós voltaremos para você, Elisa. Saio do quarto e me encontro com meus irmãos, já preparados. Aproximo-me da mesa e pego minha arma, colocando no coldre do meu paletó. ― Tudo pronto? ― Pergunto para o Dylan. ― Sim, tudo está pronto. ― Sorri de leve.― Ah, eu esperei tanto por isso, essa noite vai ser marav
Christopher.Observo a expressão de Sebastião e me divirto com a raiva fervilhando seus olhos, fico até um pouco surpreso com sua reação, ele se levanta, batendo na mesa e faz os pratos e copos caírem no chão. ― Ele era um grande homem e um pai maravilhoso! Vocês tiraram isso de mim! L se levanta, ficando cara a cara com ele.― Grande homem, você diz? Esse desgraçado estuprou a minha mulher e a espancou várias vezes. Por causa dele, ela começou a ter alucinações e entrou em coma! Imagina se você amasse alguém e um estranho a estuprasse várias vezes. Você não pensaria e mataria o infeliz na hora. Seu pai fez isso com ela, e ainda permitiu que ela fosse abusada por outro homem. A nossa mulher começou a ter medo de ficar perto de outros homens e medo de sair de casa. Então, não venha me dizer que o seu maldito papai era um grande homem, ele nem chegava perto disso. ― Despeja, friamente. Sebastião dá um passo para trás, em choque. ― E-e-ele… Ele não fez isso! Vocês estão mentindo! A
Elisabeth. Acordo sentindo dores na cabeça, por pensar em muitas coisas ontem. Sei que prometi ficar calma, mas é impossível. Sei que isso não faz bem ao bebê, e o pior de tudo é que estou tendo muitos pesadelos, sempre amparada por Rosa, ela fica comigo até eu pegar no sono, e tudo me assusta tanto, que cheguei ao ponto de ter medo de dormir. Queria tanto que eles estivessem comigo, mas aqueles infelizes não estão aqui e espero que todos eles estejam bem. Suspiro e me levanto, indo ao banheiro. Vejo minha aparência e estou parecendo um zumbi, minha cara está horrível. Suspiro e me livro do pijama para tomar banho. Ah, eu realmente estava precisando disso, é tão bom. De banho tomado, ouço alguém bater à porta do quarto e mando entrar, já sabendo quem é. Logo, Rosa adentra, preocupada. ― Oi, querida, como você está? ― Pergunta, se aproximando de mim. Suspiro. ― Eu não sei explicar, Rosa. Mal estou dormindo por conta desses malditos pesadelos, ainda por cima, estou muito preoc