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Enquanto isso, do outro lado, em Miami Beach...

Enquanto isso, do outro lado, em Miami Beach... 4 horas da madrugada...

O cômodo estava mergulhado na penumbra, nenhuma luz acesa. Vincent tentava pegar no sono. Estava deitado na cama, imóvel. Seu antebraço cobria o os olhos.

A sua guerra contra os Sebastians não era vitoriosa ainda. Ramon estava vivo e Renata ainda era uma fugitiva. Mas, mesmo diante de tudo isso, ainda era considerado um homem que não podia ser subestimado, apesar dos infortúnios da sua Família.

Uma batida na porta o fez acender o abajur. Com seus volumosos cabelos negros desarrumados, sua barba crescida e estilizada, seus lábios cheios, olhos verdes quase azuis, ele virou o rosto para a porta.

Vincent

— Entre!

Quando eu vi quem era, eu logo me sentei na cama.

Eles a acharam!

Pondo-me de pé, vi o sorriso de Antony. Meu corpo estremeceu de contentamento pela fé de que realmente ela tivesse sido encontrada.

— Nós a achamos.

Eu estremeci novamente.

— Dio mio! Já não era sem tempo!

— Você estava certo. Ela deve estar envolvida na morte de Lorenzo.

Fechei meus punhos.

— Sabia! — Apertei meus lábios.

Antony me encarava, sério.

— Ramon nos levou a ela. Hoje mesmo ele foi até a boate em que ela trabalha como bartender. Conversaram por um momento e ele foi embora. Alonso, o cara novo que contratamos, era um dos homens que estava seguindo Ramon, ele foi até o bar. E a olhou bem de perto. Não há dúvidas, ele disse que a garota se parece com a foto que demos a ele. Ele agora está na cola dela. Ficará de campana, se assim for necessário.

Eu sorri, coisa que eu não costumava fazer muito.

— Bom trabalho. Quero Ramon morto, se possível ainda hoje. De preferência, quero acordar amanhã com essa notícia. Hoje, finalmente, vou dormir satisfeito. Pretendo acordar tarde.

Antony assentiu e deixou meu quarto.

Horas mais tarde...

Renata

Amanhecia quando eu cheguei à minha casa. Evie sempre me dava uma carona. Dividíamos a gasolina, já que ela morava em outra extremidade da cidade.

Logo que cheguei, chutei os sapatos e deitei na cama. Me sentia uma morta-viva. Nunca fiquei tão deprimida como eu estava agora. Ultimamente me preocupar com meu futuro e o que seria da minha vida me consumia. Muito mais agora.

Hoje me perguntava se tinha me precipitado em fugir daquela família.

Droga! Enxuguei minhas lágrimas.

Se Lorenzo não tivesse me contado aquela história que ele chamou de: “as viúvas da máfia”... E ele dizia que era muito pior para aquelas que não tinham filhos.

Segundo ele, as viúvas jovens dos Chefões da máfia ou Capos, que não tinham filhos, eram enclausuradas até contrair matrimônio com um homem por eles escolhido, pois eles tinham medo que elas se apaixonassem por seus inimigos. Isso se a família gostasse dela. Senão, geralmente eram destratadas até serem mortas pela família.

Uma porção inexplicável de mim sentira medo desde o início. Dentro de mim acabou crescendo o desejo de sair dessa família.

Eu não escolhi me casar com um traficante.

Eu não escolhi me casar com um assassino.

Eu fui ludibriada, me casei sem saber com quem eu me metia. Quando eu me dei conta da realidade que me cercava, já era tarde.

O tempo em que fiquei com eles, escutei muitas barbáries. Para eles, matar ou torturar era algo comum, e não precisavam de muito para agirem assim.

E eu me perguntava, como ficar numa família como essa?

Eu estava tão cansada.

O cômodo estava mergulhado na penumbra, nenhuma luz acesa. Vincent tentava pegar no sono. Estava deitado na cama, imóvel. Seu antebraço cobria o os olhos.

A sua guerra contra os Sebastians não era vitoriosa ainda. Ramon estava vivo e Renata ainda era uma fugitiva. Mas, mesmo diante de tudo isso, ainda era considerado um homem que não podia ser subestimado, apesar dos infortúnios da sua Família.

Uma batida na porta o fez acender o abajur. Com seus volumosos cabelos negros desarrumados, sua barba crescida e estilizada, seus lábios cheios, olhos verdes quase azuis, ele virou o rosto para a porta.

Vincent

— Entre!

Quando eu vi quem era, eu logo me sentei na cama.

Eles a acharam!

Pondo-me de pé, vi o sorriso de Antony. Meu corpo estremeceu de contentamento pela fé de que realmente ela tivesse sido encontrada.

— Nós a achamos.

Eu estremeci novamente.

— Dio mio! Já não era sem tempo!

— Você estava certo. Ela deve estar envolvida na morte de Lorenzo.

Fechei meus punhos.

— Sabia! — Apertei meus lábios.

Antony me encarava, sério.

— Ramon nos levou a ela. Hoje mesmo ele foi até a boate em que ela trabalha como bartender. Conversaram por um momento e ele foi embora. Alonso, o cara novo que contratamos, era um dos homens que estava seguindo Ramon, ele foi até o bar. E a olhou bem de perto. Não há dúvidas, ele disse que a garota se parece com a foto que demos a ele. Ele agora está na cola dela. Ficará de campana, se assim for necessário.

Eu sorri, coisa que eu não costumava fazer muito.

— Bom trabalho. Quero Ramon morto, se possível ainda hoje. De preferência, quero acordar amanhã com essa notícia. Hoje, finalmente, vou dormir satisfeito. Pretendo acordar tarde.

Antony assentiu e deixou meu quarto.

Horas mais tarde...

Renata

Amanhecia quando eu cheguei à minha casa. Evie sempre me dava uma carona. Dividíamos a gasolina, já que ela morava em outra extremidade da cidade.

Logo que cheguei, chutei os sapatos e deitei na cama. Me sentia uma morta-viva. Nunca fiquei tão deprimida como eu estava agora. Ultimamente me preocupar com meu futuro e o que seria da minha vida me consumia. Muito mais agora.

Hoje me perguntava se tinha me precipitado em fugir daquela família.

Droga! Enxuguei minhas lágrimas.

Se Lorenzo não tivesse me contado aquela história que ele chamou de: “as viúvas da máfia”... E ele dizia que era muito pior para aquelas que não tinham filhos.

Segundo ele, as viúvas jovens dos Chefões da máfia ou Capos, que não tinham filhos, eram enclausuradas até contrair matrimônio com um homem por eles escolhido, pois eles tinham medo que elas se apaixonassem por seus inimigos. Isso se a família gostasse dela. Senão, geralmente eram destratadas até serem mortas pela família.

Uma porção inexplicável de mim sentira medo desde o início. Dentro de mim acabou crescendo o desejo de sair dessa família.

Eu não escolhi me casar com um traficante.

Eu não escolhi me casar com um assassino.

Eu fui ludibriada, me casei sem saber com quem eu me metia. Quando eu me dei conta da realidade que me cercava, já era tarde.

O tempo em que fiquei com eles, escutei muitas barbáries. Para eles, matar ou torturar era algo comum, e não precisavam de muito para agirem assim.

E eu me perguntava, como ficar numa família como essa?

Eu estava tão cansada.

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