Arthur AlencarDepois que o médico veio nos comunicar essa notícia aterrorizante, eu segui ele para que pudessem fazer o teste de compatibilidade, entrei em uma sala e tinha uma enfermeira lá a minha espera. A enfermeira tirou meu sangue e depois de um tempo ela veio com o resultado, o doutor olhou para ela e ela balançou a cabeça negativamente.— Sinto muito mas você não é compatível, nesses casos é comum, o pai não ser compatível, mas a mãe pode ser. — O doutor diz.— Meu tipo sanguíneo, por coincidência é o mesmo da mãe dele, anos atrás doei sangue para ela. — Digo perplexo.— Senhor Alencar, sugiro que o senhor faça um teste de DNA. — O doutor diz. Não queria acreditar que Felipe não é meu filho, mas devido às circunstâncias.— Entrar em contato com a mãe também é necessário, para que ela localize o progenitor. — A enfermeira diz.— Por favor, não seja inconveniente. — O doutor a repreende.— Me desculpe.— Tudo bem. — Digo indo até a salinha tirar sangue novamente....Eu estav
Ana MariaAcordei sentindo meus olhos arder com a claridade que entrava pela janela. Vi um Arthur com os olhos vermelhos e inchados na minha frente, então tudo que aconteceu me atinge em cheio, primeiro Felipe, agora Valentina. Isso é demais para mim, eu não posso acreditar que isso está acontecendo, nossa família não tem um minuto de paz.— Meu amor, por favor, se acalme, vai ficar tudo bem. — Arthur diz com a voz embargada.— Não vai Arthur! NÃO VAI! — Grito a ultima parte caindo no choro novamente.— Claro que vai, vai sim. Você vai ver, você não pode se estressar, e muito menos ficar nervosa, pelo nosso filho que está dentro de você amor, se acalme por ele.— Está bem meu amor. — Nos abraçamos, ele se deita ao meu lado e dormirmos agarradinhos....Os dias passaram rápidos, foram dias difíceis com a perda dos meus filhos. Cinco meses se passaram, não vou dizer que fiquei triste todo esse tempo, tive momentos felizes, risadas sinceras com as pessoas que amo, mas ainda tinha aqu
Arthur AlencarSe passou uma semana desde aquele susto, Suzana nasceu de oito meses, mas como já estávamos cansados de tanta desgraça parece que recebemos uma benção, o parto de Loara foi tranquilo e nossa Suzana nasceu saudável. Ana Maria ainda esta em coma, e eu estava um tanto preocupado, nervoso, com raiva e medo. E se ela não acordar? E se... Eu em quero pensar.— Fala meu amigo. — Andrey diz me dando um tapa no braço.— Oi Andrey.— Ela vai ficar bem irmão. — Nós abraçamos. — Assim eu espero Andrey. Tenho tanto medo de perdê-la. — Não vai, Ana Maria não seria tão sem coração de deixar você aqui. Ela não é boba de deixar um bonitão desse viúvo. — Ele diz me fazendo rir.— Só você pra me fazer rir numa situação dessas. — Eu sou o cara, eu sei. Fica tranquilo, irmão. Ele sai do quarto e eu fico observando a minha Ana Maria, tão pálida, a palavra que vou usar é muito dura, mas, o meu amor parece tão sem vida. E pensar dessa forma me parte o coração, me falta o ar.— Bom dia ma
Ana Maria Já se passou dois meses e eu estou voltando para casa. Assim que chegamos em casa, Arthur abriu a porta do carro para mim, eu o agradeci com um sorriso e em seguida ele tirou Felipe Gabriel da cadeirinha no banco de trás do carro, enquanto segurava nosso filho com um braço eu me apoiava no seu outro braço. Quando chegamos no primeiro degrau da entrada da casa um flash de memória veio a minha mente.Entramos em casa, ele me apresentava a um casal, empregados da casa. Dispensava eles e nos transamos pela casa toda.Sub: Ui! Chega me subiu um calor agora.Além de não lembrar de nada, de ter flash de memória, tenho um sub totalmente pervertido. Mas realmente, subiu um calor entre minhas pernas.— Ana Maria? Aconteceu alguma coisa? Você ficou seria de repente.— Hum? Sim. Estou!Eu pego Gabriel de seus braços e passo por um móvel da casa que está repleto de fotografias, vejo duas crianças, eu e Arthur em um porta retrato. Outro flash vem na minha mente.— Mamãe! Mamãe! Felipe pu
Ana MariaSe passou alguns meses desde aquele dia terrível, desde aquela sensação horrível, tive alguma crises depois daquela, mas não foram tão fortes e Arthur sempre estava lá para me ajudar, me fazendo cada dia mais me apaixonar por ele. Quanto mais os dias passam, mais eu vejo o quanto Arthur é incrível, eu ainda não lembrei dele por completo, mas de vez em sempre eu tenho lapsos de memória de coisas que vivemos juntos, e ainda falei para ele que estou lembrando dele aos poucos.Levantei da cama, ativei a babá eletrônica e levei a outra comigo para a sala. — Temos que te arrumar. — Cecília diz.— Como assim? Por que?— Hoje você e Arthur fazem um ano de casados. — Loara diz.— Não é incrível? — Cecília diz toda empolgada.— Bem, é, eu acho. Mas, eu não me lembro muito dele e...— E mais nada, você vai jantar com ele e pronto, você tem que lembrar logo que se apaixonou loucamente por esse homem. — Loara diz me empurrando de volta para o quarto.Fiquei sem palavras para argumentar
Ana Maria Três anos se passaram e os flesh daquela noite ainda me assombram, e parece que vão me assombrar eternamente.Flash black On:Três anos antes...Eu estava sozinha em casa, pela manhã sempre era assim, então tomei meu banho e assim que terminei Gabriel acordou, dei um banho nele, dei de mamá e fui para o jardim dar banho de sol nele. Depois o tempo mudou bruscamente, o sol maravilhoso e o lindo céu azul sumiram e deram passagem para nuvens carregadas de chuva, entrei rapidamente com Gabriel para dentro, em instantes começou a chover, trovões e relâmpagos assustavam meu pequeno, ele chorava muito e aquilo partia me coração. Recebi uma mensagem de Arthur dizendo que iria demorar a chegar em casa por causa da chuva. Finalmente os trovões pararam e eu consegui fazer Gabriel dormir, ouvi um barulho lá em baixo, achei que poderia ser Arthur, então desci as escadas saltitante com um sorriso de orelha a orelha, mas ele logo se desfez quando vi quem era. Não podia ser, eu não poderi
Ana MariaEu estava deitada em minha cama olhando para o teto, completamente furiosa e com o choro entalado na garganta, confesso que estou muito abalada com tudo que está acontecendo na minha vida.— Filha? — Minha mãe bate na porta mais uma vez e eu finjo não escutar."Toc-toc" — Mais uma vez— ANA MARIA ALTOE ABRA A PORCARIA DESSA PORTA AGORA. — Ela grita. —EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ ACORDADA.Me levanto de minha cama, abro a porta e corro pra minha cama novamente, deitando de bruços e cobrindo o rosto porque eu não estava afim de olhar pra mulher que deveria me proteger.— Hoje teremos um jantar aqui em casa.— Não vou!— Sim! Você vai, não quero nem saber quem pintou a zebra, você vai. —Eu não vou mãe! —Eu não estou comunicando, eu estou mandando. — Engraçado, esta fazendo a mesma coisa, novamente. — Suspiro. — NEM AO MENOS ME COMUNICOU, NEM PEDIU MINHA OPINIÃO SOBRE ESSE CASAMENTO. — Respiro bem fundo. — Sai do meu quarto agora, por favor. —Filha eu... — Ela tenta chegar perto
Arthur AlencarMais um dia de trabalho, irritante e cansativo na minha empresa, até o momento que recebi uma ligação do meu sócio, Raul Altoe.●Ligação On (Raul)●— Bom dia Alencar.— Bom dia Altoe. — O jantar será hoje, na minha casa, vamos apressar esse casamento, temos que conclui nosso contrato.— Acho ótimo. —Okay.— Levarei o vinho. — Digo finalizando a ligação.●Ligação Off (Raul)●Guardei o celular e voltei ao meu trabalho com um sorriso de orelha a orelha no rosto, finalmente irei conhecer minha futura noiva, Ana Maria Altoe. Só vi ela por fotos, mas sua beleza já me encantava apenas por elas, nunca fui um homem de me contentar com tão pouco, precisava ve-la pessoalmente, tê-la em meus braços, queria senti-la minha por completo.O contrato de nossos pais nos proibia de nos conhecer antes da data estipulada pelos responsáveis, no caso nossos pais. Ela nem sabia desse contato até dias atrás, sei que deve está sendo muito difícil para ela passar por tudo isso, ser enganada p