Capítulo.02

Arthur Alencar

Ela é mais linda pessoalmente, estava completamente encantado, só não podia mostrar tudo isso agora. Não podia me mostrar frágil perto dos inimigos, não posso da bandeira, o meu ponto fraco sempre foi minha irmã, e agora ela, a linda morena de olhos verdes, que mais pareciam duas esmeraldas e cabelos castanhos claros.

Ela seguiu para o jardim, então eu fui atrás dela, ela estava em pé, virada para o lindo jardim que ali tinha, muito bem cuidado, com rosas vermelhas e brancas.

— Esse jardim é mesmo lindo. —  Digo e ela dá sobressalto, assustou, olhou para trás e sorriu.

— Foi eu e meus pais que fizemos, quando eu era bem pequena. — Vi uma lágrima solitária cair de seus olhos, me aproximei dela, ficando cara a cara, só que ela teve que levantar o pescoço um pouco, por ser baixinha e eu claro, tive que abaixar minha cabeça. Com o polegar enxuguei a lágrima. 

Meus olhos percorriam cada detalhe do rosto dela, tão linda, um espetáculo de mulher, ela também me encarava, ficamos assim um bom momento, paramos o olhar em um ponto fixo eu tive essa vontade louca de beijá-la. 

— Sinto muito por tudo isso, nossas famílias fizeram esse contrato a anos, antes mesmo de você nascer, ou até mesmo eu. Eu poderia desistir de tudo isso, mas estaria colocando em risco nossas famílias, tem muita coisa envolvida por trás dessa "compra e venda".

— Eu... — Ela tenta falar algo, mas eu não permito, interrompendo-a.

—Por um momento queria esquecer tudo isso e fazer o que tenho vontade. — Digo com a voz um pouco rouca demais.

— Então faça. — Ela diz petulante, me deixando cego. Ela pode ser pequena, pode até parece ingênua, mas é descidida e sabe o que quer. 

Eu a puxei pela cintura colando nossos corpos, já conseguia ouvir nossas respirações travando uma guerra, não esperei mais nada, selei nossos lábios. Um beijo intenso, cheio de desejo, luxúria e um pouquinho, lá no final, amor.

Eu sei que é loucura dizer que existe amor, se nunca conversamos, não sabemos nada um do outro, mas eu confesso que aquele negócio de amor à primeira vista pode ser real, porque eu já tenho uma vontade imensa de protege-la, de não deixar que nada de mal aconteça com ela.

Eu quero essa mulher nos meus braços, eu quero protegida perto de mim, quero conhece-la melhor, fazer dela minha mulher por completo, desejo até que meus herdeiros sejam parecidos com ela, sim eu pretendo ter filhos, e não serão poucos, quero muitas crianças correndo pela casa, e eu quero tudo isso com essa baixinha petulante, e de um beijo quente e gostoso. Quero tudo com ela e só com ela. 

.

.

.

Ana Maria 

Não sabia muito bem o que fazer, claro que eu já tinha beijado antes, não era uma lega em relação a beijos, mas sentir os lábios de Arthur junto ao meu me despertou algo que eu nunca senti beijando outra pessoa, sua não boba passeava por meu corpo, dando leves apertos em meu bumbum, confesso que estava totalmente molhada, a calcinha estava completamente enxarcada, e posso afirmar com todas as letras que estava mais vermelha que um tomate bem maduro.

O aperto de Arthur era forte e muito excitante, esse homem seria minha perdição, e eu não sei se, uma jovem curiosa como eu, iria resistir muito tempo ao desejo que esse homem emana em seus poros. 

Quando sua mão subiu meu vestido e toxou minha coxa, soltei um gemido involuntário, que o fez dá um aperto firme na minha coxa. Sua mão subiu mais um pouco tocando o tecido de minha calcinha, ouvi ele gemer com aquela voz rouca.

—Porra, Ana Maria. —  Ele diz. — Você está enxarcada. — Sua voz, ela rouca e sexy. E aquelas palavras me fizeram ficar ainda mais molhada.

Não sei o que estava se passando, nem que sentimentos eram aqueles, pois eu nunca me toquei, nunca deixei nenhum homem me tocar, então em relação a sexo e prazer eu sou totalmente inexperiente. Aquilo me fez pensar e dá um sobressalto, eu nunca deixei nenhum homem que beijei chegar naquela situação em que estávamos, o que ele iria pensar de mim? Que eu sou uma qualquer?

Ele iria querer me tratar como bem entendesse, se eu me entregasse dessa maneira para ele. Me afastei, fiquei bem longe dele, em uma distância que ele não pudesse me alcançar e que eu tinha livre acesso para a porta.

— O que foi Ana Maria? — Sua voz era de confusão.

— Isso que aconteceu aqui, não podia ter acontecido, eu não sou desse jeito. Eu não sei o que aconteceu. —  Digo de uma vez, e posso sentir minhas bochechas corar.

— Isso se chama tesão, Ana Maria. —  Ele diz sem nenhuma prega na língua.

— Pelo amor se Deus, Arthur. Não fale desse jeito comigo, isso não irá se repetir, peço por favor que se controle quando estiver perto de mim.

— Não vou te prometer nada, Ana Maria. Não faço promessas que não posso cumprir. — Ele diz com um sorriso maroto e dá uma piscadinha.

Ele se aproxima mais se mim, e eu nao tinha percebido que a parede do quartinho da bagunça estava bem atrás de mim, Arthur me encurralou, eu estava, literalmente, sem saída.

— Não ache que vai escapar assim tão fácil de mim, pequena. — Ele diz com aquele olhar penetrando até a minha alma. — Não diga que isso não vai se repetir, porque em breve você será minha esposa, e eu não irei admitir um casamento sem ser consumado. — Aquelas palavras me deram calafrios.

— Você vai me violentar?

— Não seja tola, pequena. — Ele fica ainda mais sério. — Eu não forço mulheres, nunca forcei e não vou começar agora com minha futura esposa. 

—A... — Tentei falar algo, mas não conseguia formular nada.

— Só quero que esteja ciente, que se não entregar-se a mim, irei procurar outras para me satisfazer. Mas nunca irei admitir que seja de outro, se não quiser ser minha, não será de mais ninguém.

— E se eu decidir me entregar a você, vai procurar outras?

— Não, pequena. Se decidir ser minha, serei só seu. — Ele diz beijando meu ombro e dando espaço para que eu saia se seu aperto.

Mais que depressa saio de perto dele entrando dentro de casa, tentando acalmar minha respiração descompassada. Esse homem será minha perdição. 

{...}

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