Dwayne retornou para a Itália sentindo o peso da ausência de Luca e Sofia. Ele gostaria que tudo fosse como antes, mas algumas decisões difíceis precisavam ser tomadas, mesmo que nem sempre fossem agradáveis.Ao chegar em casa, olhou ao redor e sentiu falta das crianças correndo pela sala, assim como da imagem de Sofia e Luca trocando beijos discretos pelos cantos. Suspirou fundo e seguiu para o escritório.Emilly entrou e fixou o olhar nele.— Pode falar, amor.— Você também está sentindo, né?— Vamos nos acostumar, e quando a saudade apertar, sempre podemos passar uns dias com eles.— Eu amo você... Agora, chefe, o que tem para mim?Ela ajeitou a postura, lançou um olhar frio e ergueu o queixo.— Temos uma parceria para fechar com Dmitri na Rússia e, depois, algumas negociações com fornecedores em algumas cidades.— E está esperando o quê?Dwayne afastou a cadeira até encostar na parede, bateu no colo com uma das mãos e, com a outra, chamou Emilly, que se aproximou com um sorriso se
Luca e Sofia finalmente pararam em casa após meses de viagens exaustivas. Sofia olhou para Luca com um olhar inquisitivo.— Então você está querendo tirar quinze dias para nós? Mas ainda temos cargas importantes para receber, e ainda tem aquele lunático que só negocia conosco. Como isso vai ficar?Luca sorriu, observando a mulher à sua frente. Era difícil acreditar que sua pequena havia se transformado nessa mafiosa profissional. Ele riu, chamando a atenção dela.— Qual é a graça? — Sofia questionou, cruzando os braços.— Estava aqui lembrando de quando você chegou... Frágil, parecendo uma boneca de tão linda e pequena. Dwayne sempre teve razão. Eu me apaixonei por você no instante em que a vi naquela gaiola. No fundo, eu sabia que não conseguiria fazer o que minha mente dizia para fazer.Sofia sorriu levemente e, após um instante de hesitação, disse:— Quer saber quando me apaixonei por você?— Você sempre disse que não sabia quando se apaixonou por mim.— Eu menti... Tinha medo do q
A casa estava em plena atividade enquanto Sofia, Emilly, Irina, Tony e Nora se dedicavam à decoração de Natal. Enquanto isso, Luca, Draco e Dwayne haviam saído para o Walmart com uma extensa lista de compras. Com nove crianças e oito adultos para alimentar, era essencial garantir que nada faltasse.— Acho que acordar às sete da manhã foi bem produtivo. Já são dez horas e conseguimos decorar a casa e o quintal. — comentou Emilly.— Sim! — concordou Tony. — Draco me disse que eles já estão chegando e compraram tudo que estava na lista.— Ótimo! Então, vamos para a cozinha separar os utensílios e dividir as tarefas. — sugeriu Sofia.Pouco depois, os homens chegaram. Luca se aproximou de Sofia e lhe deu um beijo, ainda segurando as sacolas. Dwayne fez o mesmo com Emilly, enquanto Draco beijava Tony.— Pequena, vamos tomar um banho e pedir algumas pizzas para ficarmos com as crianças enquanto vocês estão aqui. Mas, se precisarem de ajuda, é só chamar. — disse Luca.— Obrigada, grandão, mas
Helena estava no trabalho desde às seis da manhã. Sua filha, Sofia, também trabalhava com ela na limpeza. No entanto, enquanto Sofia saía às onze, Helena só terminava o expediente às três da tarde.— Mãe, vou limpar os banheiros do lado esquerdo, e a senhora limpa os do lado direito, tudo bem? — disse Sofia.— Claro, filha. Pegue seu carrinho de limpeza. Eu já completei com o que estava faltando.— Obrigada, mãe. Te amo muito.— Também te amo, minha filha.De repente, Helena sentiu uma dor no peito e, ao mesmo tempo, um frio congelante no coração. Segurou-se no carrinho de limpeza e pensou em chamar Sofia, mas ela já estava um pouco distante. Pegou sua garrafinha de água, tomou um gole e seguiu em direção aos banheiros que precisava limpar.Pouco tempo depois, Sofia retornou.— Mãe, vou para o segundo piso. Já terminou ou precisa de ajuda? — Ao olhar para Helena, percebeu seu semblante pálido. — Mãe, está se sentindo bem?— Claro, minha filha. É só um mal-estar. Vamos para o segundo p
Ao sair do trabalho, Sofia se deparou com sua tia Ellen esperando por ela.— Oi, tia, veio buscar minha mãe?— Sofia, entra no carro! — respondeu Ellen, de forma fria.Sofia a olhou, mas a tia evitou encará-la. Percebendo o tom ríspido, obedeceu e entrou no carro. O silêncio as acompanhou durante todo o trajeto.Quando chegaram ao hospital, Sofia franziu a testa, sentindo o coração acelerar.— Por que estamos aqui, tia?Mais uma vez, não obteve resposta. Apenas seguiu Ellen pelos corredores, até que pararam diante da mesma sala onde, um mês antes, havia visto seu pai pela última vez. Seu peito apertou.— O que está acontecendo? — perguntou, sentindo o medo crescer dentro de si.Ellen suspirou antes de falar:— Sua mãe me pediu para cuidar de você. Ela estava com câncer há dois anos e, em vez de melhorar com a quimioterapia, só piorou. Sua mãe faleceu há uma hora... Eu sinto muito. Não pude trazê-la a tempo para uma última conversa.Sofia começou a rir de forma histérica, incapaz de pr
Ellen está ansiosa para colocar seu plano em prática. Então chama Soraya.— Soraya, vá até minha casa e prepare minha sobrinha para esta noite. Diga a ela que haverá uma festa importante aqui na Oásis e que precisarei da ajuda dela. Ela é tão ingênua que nem imagina que será leiloada.— Pode deixar, Ellen. Ela acha que sou sua melhor amiga, acredita em tudo o que digo quando faço cara de inocente... Tonta.— Ótimo. Ah, você não vai acreditar em quem virá hoje... Convidei o Dwayne, e você sabe, né? Se ele vem, o Luca com certeza aparece. Quanto mais homens ricos, melhor. Uma virgem é uma raridade hoje em dia.Longe dali os melhores amigos, chefe e subchefe da máfia Moretti conversam.— Dwayne, você sabe que não gosto de pagar mulheres para essas coisas. Até porque nem preciso. — Ele apontou para si mesmo, sorrindo.— Irmão, sei que você não curte, mas a boate é boa, e esta semana foi um inferno. Precisamos relaxar um pouco, né?— Certo, irmão. Vou ir para beber e dançar um pouco. Porqu
Ao chegar em casa, Luca desceu do carro e pegou Sofia nos braços. Dwayne parou logo atrás dele, observando com preocupação.— Irmão, ela está fria... E o olhar dela está vazio, sem emoção. Melhor chamar um médico.— Concordo. Vou ligar para o doutor Lewis agora mesmo.Sem perder tempo, Luca levou Sofia para um quarto em frente ao seu. Achou mais seguro mantê-la por perto, caso ela precisasse dele.— O médico chegará em vinte minutos — informou Dwayne. — E agora? Como vai ser? Você pagou caro por ela... Ela vai ser sua mulher ou o quê?Luca suspirou, passando a mão pelo rosto.— A garota é virgem. E não, ela não vai ser minha mulher. Pelo que percebi, não tem pai nem mãe. A única parente de sangue quis prostitui-la. Eu... Eu não sei o que deu em mim, mas algo mais forte do que eu não me deixou ficar ali parado, assistindo o terror nos olhos dela. Cara, não sei explicar.— Então ela está livre para ir embora?— Não! — Luca respondeu de imediato. — Não dá, irmão. Não posso deixá-la ir. E
De repente, mais uma garota chegou, dizendo ser amiga de Sofia. Mas Luca não se deixou enganar. Diferente de Emi, que tinha um olhar doce e sofrido, essa nova garota transbordava ambição e desejo.Ainda assim, ele se manteve em silêncio. Se Sofia ficava feliz ao vê-la, não era hora de intervir. Mas manteria os olhos bem abertos.— Emi, você sabia o que minha tia ia fazer comigo? E você, Soraya, sabia? — Sofia perguntou, sua voz carregada de incerteza.— Não, amiga! Ela não é de contar nada para ninguém! — Emi respondeu prontamente.— V-verdade... Ela nunca fala o que pensa ou o que vai fazer. — Soraya acrescentou, hesitante.Sofia suspirou, confusa.— E agora, o que eu vou fazer? Ela me vendeu para ele, disse que agora ele é meu representante legal... E eu nem o conheço. Estou nessa casa enorme e não conheço ninguém.Um brilho surgiu nos olhos de Soraya quando ela se aproximou.— Eu tive uma ideia... E se você pedisse para ele deixar eu vir morar aqui? Assim, te faço companhia e você