Henrique conversava com Renato que após de três dias acordando e no mesmo instante dormia de novo, ficou finalmente acordado e conversava bem devagar com Henrique. Uma batida suave na porta e Henrique manda entrar com um sorriso já sabendo que era Suzana. - Renato, você finalmente acordou e correu em direção a ele. - Pai, o que essa mulher está fazendo aqui? Tira ela da minha frente ou não respondo por mim. Suzana olha estarrecida pra Renato e depois pra Henrique. - Renato? Como assim? Suzana é sua esposa! - Jamais me casaria com essa mulher ingrata. Jamais! Ao dar mais ênfase às palavras, o coração de Renato acelera de tal forma que aciona a emergência do hospital e a equipe médica chega. - O que houve Sr Renato? o que está sentindo? - Ódio. Sinto ódio por essa mulher que não deveria estar aqui na minha frente! - Se acalme Sr Renato para tudo há uma explicação. Dr Fernando olha pra Suzana que está totalmente paralisada e com lágrimas descendo livremente pelo seu ro
- Dr, preciso que explique e convença Renato pra tentar fazer o tratamento de recuperação da memória. Não podemos perder Suzana, e sinto a cada dia que ela se afasta mais e mais. Henrique estava muito preocupado já fazia uma semana que houve o confronto, mas nem Suzana e muito menos Renato fizeram algum movimento de aproximação. Ao contrário, Suzana se recolheu em se restabelecer em total silêncio e em solidão. Henrique pouco consegue estar com ela, pois na maioria das vezes que foi ao seu quarto, Suzana se encontrava dormindo. - Não sei se conseguirei algum progresso Sr Henrique, mas vou tentar sempre, pois estamos falando do meu paciente. Henrique entra no quarto de Renato e encontra Celina, uma das muitas mulheres que já passaram pelo quarto de Renato. Henrique se ira com aquela situação.- Renato, o que está acontecendo aqui? Esqueceu que é casado?Henrique fala assim porque os dois estavam se beijando e ele nem queria imaginar se fosse Suzana a entrar naquela hora.- Pai, ess
- Pai, vou pra um hotel até resolver o que farei de agora em diante. - Enlouqueceu Suzana? Você é minha filha e nada em ninguém vai tirar ou mudar isso, Compreende? - Pai, eu já afastei vocês uma vez, não quero que aconteça de novo. Sei que sofreu bastante. - Vamos, hoje não estou com paciência nem com você Enem com Renato, vamos pra casa. - Não quero ir pra nossa casa, pai. - Vamos pra minha casa e por isso também sua casa. Já que não quer ir pra casa de vocês. -Está bem por enquanto. Suzana fala e abaixa a cabeça pegando a suas coisas. Henrique a segura e faz com que olhe pra ele. Não será por enquanto, será pra sempre, entendeu Suzana? Os nossos laços familiares não acabarão. E isso independe de Renato. Me diz que entendeu... Suzana não fala nada, apenas o abraça chorando, sentindo a dor de toda perda que lhe foi causada. - Ah...minha filha, tudo vai se resolver, mas não pense em desistir de nós, por favor está bem? Eu te proíbo! - Jane, Bom dia! - Bom dia Sr
Henrique se mexe na cadeira, olha para Suzana e no mesmo momento de olhar desvia o olhar, demora para responder. A incerteza na mente de Henrique transpassa a sua fisionomia, e é exatamente o que Suzana percebe, ele não tem a menor ideia do que Renato vai decidir, mas o pior de tudo é o que ela vê nos seus olhos, como se realmente soubesse que Renato ia optar por não tentar. enquanto isso Renato no hospital se consome de raiva. Como meu pai poderia escolher ela? Pois então que fique com ela, não vou aceitar passar um segundo sequer com aquela mulher, sabe que não é só raiva que sente e não entende como ainda há sentimentos por ela, mas o que ela fez não tem perdão, ele lembra o quanto o pai chorou e ficou triste por um bom tempo. E agora que ele se recuperou ela volta? Porque ela está aqui? De repente uma ideia surge de Renato, na verdade vou fazer diferente do que ele está pensando, seu pai o conhece suficiente para saber que não vai aceitar essa pressão, então vai aceitar a propo
E assim a tão esperada alta de Renato chega. Suzana entra no quarto de Renato e o cumprimenta de longe, mas ele se aproxima dela e a beija com bastante volúpia, - Como você está, esposa? Renato pergunta com um sorriso dissimulado. - Pega leve Renato, é um aviso. Henrique fala baixo e duramente. - Está bem Sr Henrique, não vou maltratar a sua filha. Eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance. Renato mantém uma atitude dissimulada. - Renato, porque resolveu tentar lembrar da nossa vida de casados?Suzana falou tocando nele e encarando sem nenhuma intenção de ficar sem resposta. - Quero acreditar no que meu pai falou e entender como aconteceu isso, já que tudo que eu quero é, não te ver nunca mais. - Lamento muito tudo isso, mas nem tudo é como desejamos. Estou disposta a tentar para que sua memória retorne, mas quero deixar avisado que não vou tolerar ser maltratada, estou de boa vontade nisso para que se lembre mas se perceber que não está funcionando, vou desistir e te
Suzana jamais imaginou, nem nos seus melhores sonhos, que estaria andando pelas ruas de Paris, visitando o Louvre, olhando cada pedacinho de Notre Dame, comendo croissant na estação do TVG, olhando aquelas mulheres lindas, e homens charmosos caminhando rápido e em silêncio. Com o olhar deslumbrado, Suzana observava os cabelos de cores exóticas. A pele dos franceses era bem alva e fazia contraste com sua cor morena. Sim, estava na França. E por Deus, tiraria o máximo daquela experiência! Suzana, que tal irmos para a França? Precisamos reciclar e participar de alguns workshops que estarão acontecendo no mês de outubro, em Toulouse. Renato falava e gesticulava muito quando tinha coisas a fazer. Era um costume hereditário, ela diria. Seu pai, o produtor e arranjador da banda onde Suzana cantava e tocava, usava pouco as palavras, mas em compensação, suas mãos eram insubstituíveis não só na comunicação, como nos arranjos e na prática do seu instrumento. PARIS! Parecia que alguém tinha g
Os Mouras tinham um padrão de vida que ninguém sabia dizer se eram ricos ou não, pois eram muito simples na sua maneira de viver. Andavam com roupas de estilo, mas nunca com extravagância, eram elegantes em tudo, estavam sempre informados da última moda, conheciam pessoas de influência, mas não davam muita importância a isso. Uma vez tinham sido convidados para uma festa na casa presidencial, mas se desculparam e não foram. Era realmente difícil de saber em que pé andavam as coisas. Suzana se lembrou da vez em que Henrique quis produzi-la e divulga-la no país. Ela dissera que não estava preparada. Renato nada comentou na hora em que foi feita a proposta, mas depois, por acaso o ouviu falar para o pai que fosse devagar, pois lá fora estava cheio de lobos e ela era preciosa e ingênua demais para ser lançada naquele momento. Foi então que ela descansou e realmente confiou nos Mouras. Sabia que independente de dinheiro, eles também pensavam no seu bem estar. Isso foi no primeiro a
O que será que Renato estaria pensando? Estava tão quieto, tinha-a evitado a viagem inteira. Já estavam na Bélgica e se lhe dirigiu duas palavras, fora muito. Bem, deixa Renato prá lá se não quer falar com ela. O problema era dele, deve ser paixão recolhida, pensou Suzana. Será que alguém, finalmente, conseguiu fisga-lo? Renato saía com as mulheres mais lindas que já tinha visto, mas nunca se prendeu a ninguém. Seria bom se ele amasse de verdade uma mulher. Mal sabia Suzana que estava bem perto da verdade. Suzana! O que está acontecendo com você? Está todo mundo te esperando. Ela olhou em volta cheia de vergonha; tinha saído para o seu mundo particular, de novo. Desculpe, gente. É que estou extasiada. Estava maravilhosamente frio na Bélgica e o carro que os esperava tinha aquecedor. Graças a Deus! Passaram pela fronteira logo após Henrique resolver alguns contratos em Bruxelas. Deram outra parada de meia hora, em Lens, cidade do norte da França, a 199 Km de Paris. Depois, par