capítulo 3

VIOLET

Assim que cheguei ao dormitório, fui direto para o quarto da irmã Helena. Ela foi minha melhor amiga aqui dentro, me ajudou desde o primeiro dia e nós duas nos demos bem logo de cara. Eu, assim como ela, éramos novatas. Helena tinha acabado de fazer seus votos há menos de um mês.

- Irmã, me ajude, por favor. Não quero ir. Digo a ela, abraçando seu corpo como se fosse minha tábua de salvação, e choro copiosamente em seu braço.

- Minha menina, acho tudo isso um absurdo. Onde já se viu seu pai casar você com um desses homens e ainda com o dobro da sua idade?

- O que eu vou fazer, irmã? Eles vão me matar se não quiser me deitar com eles. Eu não quero passar minha vida assim.

- Como assim, eles, Violet? Com quem seu pai lhe casou?

- Com Salvatore e Matteo Risso. Eu estou casada, não com um, mas com os dois. Digo a ela, que me olha de forma incrédula, colocando as mãos sobre a boca.

- Querida, se realmente quiser se livrar disso, eu posso te ajudar a fugir, mas teremos que ser rápidas antes que eles sintam sua falta.

- Você está falando sério, Helena? Pergunto a ela, cheia de esperança.

- Sim. Mas não será fácil. Vamos ao menos tentar e fazer você ter uma vida normal. Eu tenho um dinheiro guardado, deve ser o suficiente para você fugir. Vou entrar em contato com a minha irmã; ela pode te acolher até você se estabilizar e eu posso pedir transferência para algum lugar mais perto.

- Mas e se eles descobrirem onde estou e virem atrás de mim? Pergunto, ainda com medo do que possa acontecer.

- Você tem que, pelo menos, saber que tentou, Violet. Ninguém tem que decidir sua vida além de você mesma. Helena fala, me encorajando. No momento em que ela diz isso, escutamos gritos e correria na parte de baixo. Quando a irmã Helena espia pela janela, vê um bando de homens armados indo para todas as direções pela escola.

Nós duas saímos correndo em direção ao quarto de outra irmã para tentar me esconder até a poeira abaixar para eu fugir. Trancamos a porta e tentamos achar um bom esconderijo para eu me esconder. Olhamos para o teto e vemos uma entrada para dentro do forro. Só temos que tentar abrir, mas sem escada é praticamente impossível. Escutamos batidas na porta e eu entro rapidamente embaixo da primeira cama que vejo. Em menos de alguns segundos, a porta é arrombada e vejo quatro pernas vestidas com botas de combate.

- O que está fazendo aqui, irmã? Você deveria estar lá embaixo. Por que está se escondendo? Ouço uma voz grave questionar Helena e vejo, no momento, ela dar um passo para trás.

- Vão embora daqui, homens não podem entrar nesse local. Ela responde firmemente para as pessoas que estão à sua frente.

- Bom, isso não se aplica a gente, já que estamos aqui. Ouço outra voz rouca, só que um pouco mais grave, responder.

Fico em silêncio, tentando controlar minha respiração ofegante, para que nenhum deles saiba que estou embaixo da casa.

- O que uma mulher tão linda faz vestida desse jeito, privando o mundo de sua beleza? Aposto que por baixo dessa roupa deve ter um corpinho todo gostoso. Uma das vozes diz para Helena e ela dá mais um passo para trás.

- Qual é, cara? Deixa ela em paz, ela é uma freira.

- Melhor ainda. Faz quanto tempo que um pau não entra nessa sua buceta? Uma das vozes roucas fala e vejo quando ele dá dois passos para frente em direção a Helena.

Vejo quando um par de pés vai na direção de Helena.

- Saia daqui, se não eu grito! Ela fala firme e, para tentar intimidar o homem, coloco a mão em meu peito e meu coração parece que vai parar a qualquer momento de tanto que está acelerado.

- Pode gritar, irmã. Eu amo mulheres escandalosas e acho que o chefe não vai se importar de eu me divertir um pouco, já que ele está ocupado demais atrás de sua mulher.

- Qual é, vamos embora. Se o chefe descobre que você está aqui fazendo isso, você está morto.

- E quem vai contar? Se não for participar, saia daqui e feche a porta. Vejo um par de pés saindo e encostando a porta, achando que tinha deixado Helena com esse homem sozinhos.

- Agora somos só nós dois. Deixa eu te fazer gozar. Começo a ouvir o choro abafado de Helena e ela implorando para ele não encostar nela. Tenho que dar um jeito de ajudar ela sem ser descoberta. Tudo está acontecendo porque ela quis me ajudar. Saio debaixo da cama, tentando fazer o mínimo de barulho possível, e vejo que o cara já está com as calças abaixadas e ele tinha arrancado o véu dos cabelos da irmã. Enquanto ele estava rasgando seu vestido, procuro alguma coisa rapidamente para bater nele, quando vejo Helena me mandar ir embora chorando e eu faço que não com a cabeça.

Acho um vaso e taco na cabeça dele. Ele rodopia para trás, mas nada adianta; ele se vira para mim e aponta sua arma em minha direção.

- Olha só, não é que temos companhia? E é uma gracinha também. Ele fala com sua arma apontada, piscando em minha direção.

- Vai para o lado dela agora. Ele me diz e eu vou caminhando, ficando ao lado de Helena.

- Pega o lençol e amarra ela. Ele manda.

- Não! Grito para ele, enfrentando-o.

- Amarra ela antes que eu estore sua cabeça. Helena se senta na cadeira e passo o lençol, dando dois nós em volta de seu corpo.

- Jajá terminamos, freirinha, mas antes vou ensinar uma lição para essa putinha. Ele me puxa pelos cabelos e faz meu rosto ficar exposto para ele e me dá uma lambida. Eu começo a chorar; eu não podia deixar isso acontecer comigo e com Helena.

- E você já viu um pau, garotinha? Vou fazer você me chupar antes de te foder. Assim que ele chega perto de mim, mordo sua bochecha e saio correndo em direção à porta.

- Eu vou te matar, sua vagabunda! Ele grita, colocando as mãos em seu rosto. Eu abro a porta, mas assim que vou sair, tropeço em meus pés, caindo ao chão. Ele começa a me puxar pelas pernas, começo a espernear e gritar o mais alto possível, na esperança de que alguém consiga me ouvir. Ele me imobiliza, prendendo meus braços acima da cabeça, e começa a desabotoar minha blusa social do uniforme.

Meus olhos estão cheios de lágrimas, mas consigo ver perfeitamente quando um vulto preto o tira de cima de mim. Ouço vários disparos. Assim que me levanto, vejo o estado em que sua cabeça está. Fico em choque com a cena e começo a gritar, sentindo uma falta de ar que vai me sufocando até tudo escurecer à minha frente.

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