--- SalvatoreViolet entrou em meu escritório furiosa. A menina que estava assustada ontem não estava aqui; às vezes esqueço que, apesar de tudo, ela é jovem e não viveu nada da vida.Eu e Matteo já sabíamos que isso seria um problema, porém não achei que fosse chegar tão rápido. Sei que estou sendo um cretino filho da puta por impedir ela de fazer suas coisas, mas só de pensar em alguém com os olhos nela, meu sangue ferve e não saberia o que seria capaz de fazer.Há onze anos, decidi me afastar para não impedir que ela tivesse amigos e uma vida normal. A lembrança dela chorando na casa da árvore me pega novamente. Naquele dia, eu vi o quanto poderíamos ser possessivos com ela, mesmo ainda sendo apenas uma criança. Violet chorava porque não tinha amigos, mas não sabia que o motivo disso éramos nós.Todas as pessoas que chegavam perto de Violet, dávamos um jeito de tirar de perto dela; queríamos só para nós. Eu não ligava para brincar de bonecas com ela, se fosse só para ter s
MatteoFico olhando a bela loira de olhos verdes e grandes que está sentada à minha frente. Eu sei que não sou bom. Essa vida acabou com qualquer coisa boa que eu poderia ter dentro de mim, menos minha obsessão pela pequena Violet Hill, e no fundo eu creio que seria bom, pelo menos, para ela.Comparado com Salvatore, fui quem sofreu mais, porque além de subchefe, eu era o capô e não podia demonstrar nenhuma emoção, sendo irredutível nas minhas ordens, o que me rendeu o apelido de "colecionador de ossos". Meus métodos de tortura não eram convencionais, mas isso era fundamental para termos êxito.De nós dois, sempre fui eu quem passou mais tempo com Violet, não necessariamente ao lado dela, mas sim a observando e protegendo. Quando eu tinha 15 anos, cortei o cabelo de uma menina que implicava com Violet só por causa da sua boneca Margarida, boneca que eu e Salvatore fizemos questão de comprar com nosso dinheiro na época para lhe dar de aniversário.Me arrependo, óbvio, que não, aquela d
VioletSubo as escadas em direção ao meu quarto, entro no banheiro trancando a porta. Esse é o único lugar agora que tenho privacidade, já que Salvatore arrombou a porta do quarto. Fico sentada no chão e deixo as lágrimas me invadirem. Eu sei que estou sendo estúpida, mas não sei o que fazer. Sinceramente, eu me sinto insegura e imatura em relação a tudo que está acontecendo ao meu redor.Eu sei que em algum momento eu teria que me casar com alguém, e isso não estava em discussão desde quando eu nasci, mas eu nunca estive perto de nenhum homem. A única pessoa que eu beijei até hoje foi Mattia, e foi uma única vez, quando ele roubou um beijo e eu saí correndo dele com medo.Eu estava nessa casa sozinha, não tinha ninguém com quem eu pudesse desabafar. Era apenas eu e dois homens que, a qualquer momento, poderiam entrar aqui e pegar o que quisessem, porque ninguém iria impedir ou me proteger, já que sou legalmente esposa.Até os empregados dessa casa agem como se fossem robôs; não falam
VioletFinalmente desenformei o bolo e o recheio com a calda. Logo em seguida, sirvo um pedaço de bolo para Salvatore e Matteo e depois me sento ao lado deles, comendo o meu pedaço em silêncio e pensando no que poderia fazer para que eles desistissem dessa ideia maluca de eu ser esposa deles. Se eu tentasse fugir mais uma vez, sei que essa maré de calmaria viraria um inferno e eles provavelmente me deixariam trancada dentro dessa casa para sempre.Os dois acabam percebendo o meu pequeno momento de devaneio e me observam como se eu fosse uma presa pronta para o abate.— O que foi, Violet? Por que está tão pensativa? — Salvatore pergunta, olhando friamente em meus olhos, e eu acabo desviando o olhar.— Nada — digo e coloco mais um pedaço de bolo na boca para tentar fugir do assunto.— Não minta pra gente, você não é boa nisso. — Olho de relance e eles estão sérios, me olhando, esperando minha resposta.— Eu estava pensando sobre a nossa conversa no jantar de hoje e, sinceramente, não me
VioletQuando acordo, tanto Salvatore quanto Matteo não estão mais ao meu lado. Faço minha higiene matinal, trocando de roupa; visto um vestido midi com uma jaqueta e um par de sapatilhas. Passo rapidamente pela sala de jantar, aproveitando que Salvatore e Matteo não estavam à mesa.Vou direto para a garagem e peço ao motorista que me leve para o convento, mas aquele medroso nega, já que não poderia sair sem permissão de Salvatore e Matteo.Então, chamo um carro de aplicativo pelo celular e saio sorrateiramente pelos arbustos da lateral da mansão. Quando estamos na metade do caminho, meu celular começa a tocar e vejo na tela o nome de Salvatore, junto com várias mensagens dele e de Matteo. Decido ignorar e encosto minha cabeça no banco de trás. Quando vejo que o motorista não para de olhar pelo retrovisor do carro, olho para trás e vejo dois carros pretos em alta velocidade, acompanhados de duas motos que ficam pareadas ao carro de aplicativo. Do lado esquerdo está Matteo e do outro l
Salvatore Para uma pessoa com menos de 1,60 Borboleta era uma pessoa que arrumava muita confusão e conseguia literalmente tirar eu e Matteo do sério ao mesmo tempo.Quando fui ao seu quarto de manhã ela não estava, chegando na sala de jantar me deparo com Matteo sozinho nos esperando.Nem um simples dejejum essa criatura nos deixa tomar em paz a procuramos pela casa toda quando puxo pelas as câmeras vejo aquela coisinha entrando no meios dos arbustos do jardim e entrando em um carro desconhecido.Agora tenho que reformar toda a parte externa da casa para aquela criatura não tente fugir novamente.um beijo tudo isso por causa de um maldito beijo, entro no meu carro com os meus homens, enquanto Matteo vai de moto junto com Nicolai tomando a frente a poucos minutos achamos o carro de nossa pequena borboleta fugitiva. depois de arrancar ela de dentro daquele carro e ter que aturar aquela maldita velha do convento que segundo a própria Violet é uma santa por meia
SALVATORE Violet tinha que começar a entender seu papel como esposa e eu aproveitaria seu momento de compaixão por Helena para isso.Quando retornei no começo da noite para casa, peço para a governanta pedir para Violet descer e vim para o escritório imediatamente. Estou me servindo de um copo de bebida quando ela chega, a mesma está de baby Doll de cetim preto, ela nem se deu ao trabalho de troca de roupa muito menos de vestir um sutiã e estou agradecendo mentalmente já que consigo vê o bicos dos seus seios pela fina blusa do pijama e eu seguro um riso. -O que foi? a governanta praticamente me implorou para descer rapidamente nem tive tempo de trocar de roupa. Ela fala tentando explicar o modo como está vestida à minha frente.-Helena vira para essa casa! Finalmente digo sem rodeios e ela me olha sem entender.-Ela precisa de um emprego, e você não quer ficar sozinha. Então contratei ela para fazer companhia para você durante o dia, já que eu e Matteo não p
Violet Salvatore sai do quarto me largando aos plantos, desde que cheguei a essa casa nunca tinha o visto tão bravo e transtornado como hoje. Se soubesse que um simples beijo o faria ter essa reação eu nunca teria o mencionado, se ele ficou dessa maneira como Matteo irá reagir quando ele contar tudo a ele. E se eles quiserem me obrigar a deitar com eles ? Não posso fugir e muito nem voltar para o meu antigo quarto, fico ali sentada sobre a cama quando finalmente tomo coragem e desço as escadas devagar, vou em direção ao escritório de Salvatore giro a maçaneta mais a mesma está trancada, ouço barulho de algo sendo jogando ao chão e dou passo para trás. Mais Salvatore era meu marido agora então eu teria que o enfrentar bato na porta e o chamo mais ele nem ao menos responde, continuo batendo insistentemente mais ele ignora.Volto para nosso quarto finalmente deitando novamente em sua cama, fico ali algumas horas esperando na tentativa de que Salvatore volte e