ArthurMinutos antes do acidente Depois que coloquei Eliza na lancha junto com o Rick me senti um pouco mais tranquilo por saber que ela estaria em segurança. Isso pelo menos era o que eu imaginava até o momento.Voltei correndo para a praia e percebo que tio Fran estava junto com o maldito André. Não entendo o motivo de tanta fúria por parte dele, pois tudo não passou de uma simples brincadeira, mas pelo visto o meu querido irmãozinho não tinha tanto senso de humor como eu imaginava.Permaneci tranquilo com a minha arma em punho enquanto André vinha com uma fúria terrível pra cima de mim. Tentei me afastar impedindo que iniciassemos uma briga, mas pra ser bem sincero eu não queria evitar nada, muito pelo contrário, tudo o que mais desejava era dá um fim em tudo aquilo definitivamente.Não tive sequer a chance de pronunciar uma única palavra, porque André veio pra cima de cima já atirando. O desgraçado deu um tiro que passou raspando pelo meu ombro, e por muito pouco não me acertou e
ArthurFoi uma grande surpresa para ambos descobrirem quem eu me tornei, passei de menino mimado para um homem poderoso, mas eles ainda estavam bem longe de descobrirem tudo que sou capaz de fazer para conseguir o que eu desejo. Vamos lá, sou Arthur D'Angelis, o filho caçula de Valentina e agora, segundo Francesco, o seu único filho. Contudo não é porque acabei de descobrir minha verdadeira árvore genealógica que deixarei de ter o lado obscuro dos D'Angelis enraizado dentro de mim. Bom, como todos já sabem, nasci e cresci ao lado da minha suposta família. Quando completei a maior idade sai pelo mundo em busca de autoconhecimento. Eu não queria viver na sombra de ninguém e muito menos crescer com os paparicos da mamma. Não que eu não a amasse, mas eu desejava ser reconhecido e construir a minha vida pelos meus próprios méritos, para assim não ser tachado eternamente como um sanguessuga.Comecei a estudar Engenharia Mecânica, sempre fui um apaixonado por carros, velocidade, sou excele
AndréJá estava complicado suportar o Arthur e de uma hora pra outra surge esse maldito sujeito dizendo ser marido da minha feiticeira. A vontade que tenho é de esfolar esse desgraçado todinho com minhas próprias mãos. Arthur era realmente um otário, como colocou esse bosta pra trabalhar na organização junto com ele? Realmente era difícil compreender, mas isso também não importava, tudo o que eu quero é encontrar a Eliza o quanto antes, e assim todo esse inferno e angústia terão fim. Por outro lado, não posso negar que a minha vontade é de matar esses dois, e ir procurar a minha feiticeira sozinho, mas agora eu preciso raciocinar e agir friamente como sempre fiz, de um jeito ou de outro precisava desses merdas para encontra-la, porque quanto mais pessoas estivessem junto nessa busca melhor seria. Me sinto de mãos atadas e pela primeira vez sem saber o que vai acontecer, já estamos aqui há horas e não sabemos de nada. Estou as cegas, sem notícias, pistas ou rastro de onde ela possa est
Uma semana depoisAndréA chuva perdurou por vários, e apenas hoje, quando completa uma semana do desaparecimento de Eliza que finalmente o céu abriu renovando a esperança de encontra-la. Estava do lado de fora da cabana tentando encontrar uma maneira potencializar as buscas, e assim aumentar as chances de resgata-la com vida. Olhando para o mar, fico pensativo, até que lembro de cães farejadores.— Isso. Eles poderão ajudar e muito. — falo e sorrio— André! — Francesco me chamava, e eu nem percebi que ele estava tão próximo — Sim. — respondi com a cabeça baixa — Tem alguma novidade para nos contar? — ele pergunta — Não. — respondi seco sem olha-lo e ouço uma voz que não era a de Francesco — Mesmo se ele tivesse nunca nos contaria, não é mesmo? — Arthur insinua algo que não era verdade, se tinha alguém que queria esconder Eliza de todos, não era eu.Já de pé e de frente a ele falo:— Está completamente enganado. Ela ao seu lado estaria muito mais segura do que estando comigo, eu s
ElizaEstava tudo tão maravilhoso, que até parecia um sonho, eu me permiti esquecer o turbilhão de emoções que estava dentro de mim, e ofereci a mim mesma uma nova oportunidade de ser feliz. Mas no fundo eu sabia que seria muito difícil deixar para trás e fingir que não sentia nada pelo André, e que independentemente do tempo, eu jamais o esqueceria; Contudo eu continuei me apegando as promessas de Arthur, e por muito pouco não me entreguei à ele, e hoje eu tenho certeza que se eu tivesse feito isso, teria cometido o maior erro da minha vida. Eu amo o Arthur, mas não dá maneira que ele deseja, e por mais que tentasse jamais poderia ser nada além de uma amiga. A ilha era incrível, um lugar deserto, mas perfeito em cada detalhe. Porém, o medo tomava conta de mim, me fazendo sentir que a qualquer momento iria acordar e perceber que tudo não passava de uma mera ilusão. Assim que esses pensamentos surgiram na minha cabeça, pude confirmar que estava repleta de razão, ao avistar André se ap
AndréOlhei através da janela e percebi que o dia já estava começando a clarear. Ainda era madrugada e, passavam das quatro horas. Enquanto todos dormiam, eu permanecia com o pensamento fixo naquela mata, porque eu tinha certeza absoluta que encontraria Eliza exatamente naquele lugar. Me levantei sem que ninguém percebesse, peguei uma lanterna e segui em direção a lancha. A empurrei por alguns metros, para evitar que ouvissem o barulho da mesma, entrei, liguei o motor e segui em direção ao mesmo ponto onde encontrei àquelas pegadas. Dentro de uns quarenta minutos cheguei no local. Ancorei, peguei a lanterna, a arma e desci indo novamente em direção a mata. Olhei para o chão e percebo que as pegadas estavam frescas, e aparentemente havia algum animal por aqui, porque se tratavam de pegadas pequenas, provavelmente seria de algum cavalo, até porque as marcas eram idênticas à ferraduras. Com a arma em punhos fui adentrando cada vez mais na mata, até que percebi uma luz bem ao fundo. Me a
ElizaPermaneci desacordada por um longo tempo, e quando abro os olhos, já estou sendo atendida por um médico. Olho para o lado e só vejo Apoena. Mas e o André, onde ele está? — Apoena... Apoena... — aflita chamo por ele que rapidamente se aproxima— Sim Eliza, estou aqui. — E o André? Onde ele está? — pergunto sentindo um vazio dentro de mim— Ele trouxe o médico e está aguardando lá na praia. Disse que não voltará aqui. — ouço suas palavras e uma vontade enorme de chorar me domina. Por que estou me sentindo assim, se o melhor seria o querer bem longe de mim? Por que não consigo esquece-lo? — Não. Por favor, vá chama-lo. Preciso conversar com ele, explicar algumas coisas, além de agradecer por tudo o que ele também fez por mim. — falo aflita olhando para Apoena— Acalme-se Eliza. Nesse momento é melhor que fique tranquila, pois poderá piorar a sua situação. — disse o médico — Que situação doutor? Só estou sentindo um pouco de dores nas pernas e tivesse esse desmaio. Nada mais.
"Quando a alegria do outro for a sua alegria, ai sim você terá compreendido o significado do amor."*****************ArthurContinuei no mar por quase duas horas e simplesmente ele havia desaparecido sem deixar nenhum vestígio, era como se André tivesse evaporado no oceano. Foi aí que ao retornar, paro numa pequena praia, que eu nem sequer havia percebido no caminho. Parei a lancha um pouco atrás das árvores e fiz um pequeno trajeto a pé. Quando ia sentar um na areia percebo alguém se aproximando. Olho e vejo André vindo em direção a praia. Rapidamente me levantei e permaneci escondido por trás das árvores, somente observando os seus movimentos. Ele estava ao lado de outro sujeito vestido de branco. Com certeza Eliza estava ali e precisava de cuidados médicos. — Desgraçado! Como pode fazer uma coisa dessas? Só você mesmo Arthur, para não desconfiar dele. Estúpido! Estúpido! — espraguejo a mim mesmoQuando ia segui-lo, percebo que ele somente mostrou o caminho para o tal doutor, e es