André Minha feiticeira e eu tivemos uma viagem inesquecivelmente deliciosa. Tudo estava perfeito até o inconveniente do piloto anunciar que dentro de pouquíssimos instantes o avião iria aterrizar. Viajamos juntos, lado a lado, ou melhor beijo a beijo, mas assim que colocássemos nossos pés no Brasil para todos os efeitos seríamos completos desconhecidos. Infelizmente assim que deveria ser, para nossa segurança, de nossa família na Itália e para o sucesso da missão. Tudo estava ocorrendo como era esperado até notar Eliza entrando em outro táxi juntamente com um sujeito que parecia um verdadeiro muro de concreto de tão forte e sério que era. Fui acompanhado por uma mulher que nem ao menos percebi de quem se tratava, meus olhos e pensamentos, além do meu corpo permaneceram constantemente na minha feiticeira. Não saberia como explicar, porém meus instintos gritavam a todo instante que não deveria permitir que minha Eliza entrasse naquele táxi se afastando de mim. Mas, acabei confundindo,
ArthurRick, Enzo e eu estávamos reunidos no escritório arquitetando os últimos preparativos para a eliminação do maldito Donato. Enquanto Polyana, Anna, Donatella e Catarine estavam reunidas na sala de música. Todos pensavam que iríamos polpar a sua vida, porém não seria assim. Se esse maldito permanecesse vivo mais cedo ou mais tarde viria atrás de todos nós. E o que eu jamais permitiria era colocar a vida daqueles que eu amava em risco. Esse desgraçado não possuia o meu sangue, logo não havia nenhuma razão para me apiedar dele. Ninguém precisava saber o que realmente havia acontecido e muito menos quem teria exterminado aquele verme. Tudo estava organizado para ser feita uma verdadeira chacina naquele prédio, porém com uma única vítima fatal, o maldito Donato. Estávamos quase concluindo nossa reunião quando nossos celulares apitam no mesmo instante simultaneamente. Nos entreolhamos já sabendo o que estava por vir. Era o número de Eliza com uma localização diferente do aparelho de
São Paulo | BrasilUm ano depois.Anna VitóriaDurante todos esses 365 dias após a morte da minha mãe, eu permanecia da mesma maneira, completamente em choque. Não conseguia chorar, sorrir, gritar ou ao menos falar. Nem vontade de desenhar ou costurar minhas criações eu tinha. Tudo havia perdido a cor, a razão e o modo de ser. Mas, o que ninguém percebia, era que mesmo estando assim, em luto, eu conseguia perceber tudo o que estava acontecendo ao meu redor. Principalmente com o meu tio anjo Arthur. Após aquele terrível incêndio meu tio anjo e minha tia Poly decidiram que nos mudariamos definitivamente para o Brasil. Meus tios tinham negócios aqui e por esse motivo acharam que seria mais conveniente que nos instalassemos definitivamente nesse país. Meu pai... Ah!... Esse daí abriu mão da minha guarda sem pensar sequer uma única vez. Porém não me importo, pois nunca tivemos muito contato e nem ao menos o considerava como tal. Na minha cabeça quem era o verdadeiro pai é o tio Arthur e
"O amor é paciente, é Bondoso,O amor tudo desculpa,TUDO CRÊ, TUDO ESPERA, tudo suporta,O amor jamais acabará"!(I Coríntios 13:4)"A história é feita por aqueles que quebram as regras"Quando eu tinha apenas 10 anos mamãe nos levou para um passeio num parque lindo. Lá era repleto de flores, tinha um chafariz, haviam pássaros por todos os lados e um lindo orquidário. Sempre amei as flores e os seus perfumes. Era a primeira vez que víamos até aqui e eu simplesmente adorei. Meu encantamento era evidente no brilho dos meus olhos e principalmente no meu sorriso. Não saiamos muito de casa, por ventura hoje mamãe conseguiu fazer essa grande surpresa, sem que nosso pai soubesse, é claro! Meu irmão e eu vivíamos presos naquela gigantesca mansão, repleta de seguranças, empregados e muros altíssimos, que nos impediam as vezes até de ver e ouvir o canto dos pássaros. Resumindo, éramos prisioneiros numa linda mansão extremamente luxuosa. Se eu sabia o motivo de vivermos assim? A resposta era
Depois daquele dia nunca mais vi o Arthur. Poderíamos ter sido bons amigos, visto que não tinha contato com crianças da minha idade, mas.nem tudo o que desejamos podemos conseguir de imediato. Principalmente quando dependemos do auxílio de outros. Saímos do parque e viemos no carro praticamente mudos. Olhava para minha mãe e sentia que ela estava preocupada com o possível fato do papai descobrir o que havia acontecido. Eu era muito pequena, mas conseguia perceber que tinha algo de muito ruim nisso tudo. Mas, afinal, o que existia de errado entre nossas famílias? Aquela dúvida me corroía por dentro, mas como eu havia prometido segredo a mamãe tinha que cumprir, e por isso permaneci em silêncio.Ao chegar em casa papai estava no escritório a portas fechadas conversando com alguns homens como sempre fazia. Mamãe olhou pra mim e disse para eu ir direto para o meu quarto, e foi assim que fiz. O mesmo disse à Pietro que não deu ouvidos. Correu e ficou escondido atrás da coluna próxima ao es
Eu só era um menino alegre e cheio de vida, mas tive o meu destino cruelmente traçado desde a minha infância. Cresci com a dor da perda dos meus queridos avós paternos, que foram covardemente assassinados pelos membros da família Grecco. Eu vi quando o meu pai jurou vingança em cima dos caixões fechados dos meus avós na frente de todos. Desde então, fui crescendo e sendo ensinado que os Grecco eram nossos maiores inimigos. Portanto deveria extermina-los como vermes, um a um, até que desaparecessem definitivamente desta Terra. Mas, eu sabia que existia algo muito maior do que uma simples rivalidade. Porém, isso meu pai nunca revelaria. E se eu desejasse descobrir precisaria ser muito astuto, ou caso contrário, viveria eternamente rodeado por mentiras. (...)Desde então tudo o que aprendi foi como lidar com as emoções, ou melhor como não demonstra-las. E isso foi me tornando a cada dia mais seco e frio. Por mais que eu tentasse ser um homem diferente era praticamente impossível. A mald
AndréDurante o caminho permaneci em total silêncio e pensativo com a discussão que tive a pouco. Ariel já percebendo que meu humor estava abaixo de zero, permanece em silêncio. Em tempo hábil chegamos a empresa, e como sempre, ao nos ver todos sorriem e nos cumprimentam. Odiava aquelas pessoas hipócritas, que esperavam somente darmos as costas, para começar a nos criticar. Mas isso não me importava nem um pouco, pois se dependesse da opinião das pessoas não me tornaria o homem que sou. Logo Carlotta, minha secretaria, veio a nossa frente para me informar das pendências do dia. Mas, pelo visto, teria era outro problema logo cedo.— Tem uma pessoa aguardando pelo senhor. — Carlotta fala e sinalizo com a cabeça tentando descobrir de quem se tratava— Como deixou um desconhecido entrar na minha sala sem que eu tivesse chegado? Ficou louca? Sabe bem que detesto surpresinhas fora de hora. — falo firme a encarando e vejo o pavor no seu olhar— Não fiquei louca senhor, mas é que a pessoa n
ElizaPassei cinco longos anos reclusa naquele maldito hospício, assim eu chamava o internato onde fui gentilmente obrigada a permanecer durante todo esse tempo. Recebendo somente a visita da "tia" Rose e da minha mãe uma vez por ano. Pois, para o restante da família, eu já havia deixado de existir.No início tudo foi muito difícil para mim, éramos separadas por pequenos grupos nos inumeráveis alojamentos, que chamavam de struttura. Meninos de um lado e meninas do outro. Mas eu sempre dava um jeito de escapar para o lado B, por assim dizer, e foi assim que acabei conhecendo o Enzo o meu companheiro de inúmeras aventuras e o meu único amor. (...)Fui colocada na sala do castigo tantas vezes que até perdi as contas. Acabei até fazendo amizade com o Fred. Querem saber quem é ele? É um ratinho cinza muito simpático por sinal. Adorava comer as migalhas de pão que eu jogava pra ele todas às vezes que aparecia por ali. E isso eram no mínimo umas três vezes por semana durante um ano. Então,