ElizaTerminei de organizar as bagagens para a viagem ao Brasil quando sinto um abraço abertado envolvendo toda minha cintura. Era o abraço e o carinho que eu reconheceria em qualquer parte desse universo, até de olhos fechados se fosse preciso. A minha menina, minha princesa veio me dar todo o seu carinho e enfim poderíamos conversar um pouco. Em frações de segundos pensei em como iniciar essa conversa sobre minha relação com André de uma maneira leve e suave, sem que afetasse o desenvolvimento psicológico da minha princesa. Mas, como sempre, a minha estilista me surpreendeu com suas atitudes e principalmente palavras. Sua maturidade era até exarcebada para uma menina de nove anos, mas aquilo não me causava espanto, pois Anna sempre esteve anos luz no seu desenvolvimento e muito aquém das atitudes cabíveis para uma criança de apenas nove anos.— Minha princesa, como você está linda. Estava com tantas saudades de você meu amor, senta aqui um pouquinho para podermos conversar. — diss
ElizaChegamos no aeroporto e fizemos nosso check-in. Sempre tive pavor de altura e principalmente de avião. Assim que colocamos o cinto de segurança e o piloto acionou a decolagem segurei tão fortemente nas mãos de André que ele até se assustou.— Está sentindo alguma coisa amor? — ele questionou preocupado— Não amor, é só minha aversão a avião mesmo. Sempre fico assim quando preciso voar. — falo trêmula — Está muito tensa. Tenho um jeito ótimo e infalível de te acalmar. Você quer que te mostre? — ele perguntava com um tom safado e eu que não era boba nem nada mordi os lábios e imediatamente respondi— Adoraria! — já estavamos voando e não havia nenhuma turbulência, fui até o banheiro e André me acompanhou, logo em seguida fomos surpreendidos pela estúpida da aeromoça— Só pode entrar um passageiro por vez no banheiro senhores.— Ela é minha esposa, está grávida e além disso tem pânico de aviões. Preciso ajudá-la. A senhorita compreende, não é mesmo? — André dizia todo sedutor como
São Paulo | BrasilElizaDesembarcamos no aeroporto internacional de Guarulhos, que ficava localizado na cidade de São Paulo, no Brasil. Nosso vôo foi tranquilo e muito prazeroso por sinal, e o motivo nem precisamos dizer... não é mesmo? Ao chegarmos haviam um casal segurando placas com nossos nomes, a mulher estava com nome do meu André nas mãos e o rapaz que eu nem sequer encarei estava com o meu nome. Olhei para André morrendo de ciúmes por aquela cretina o cumprimentar com dois beijos no canto da boca e entrelaçar seu braço em volta dele. Tentei conter meus ciúmes, porém o mesmo logo notou e tratou de afastar a tal mulher do seu corpo. Seguimos nosso caminho e haviam dois táxis nos aguardando para nos levar diretamente ao local onde ficava a falsa ONG. Para todos os efeitos André e eu éramos dois completos desconhecidos e para total sucesso de nossos planos assim deveria continuar sendo. Seria péssimo precisar passar por toda essa situação, porém se fazia necessário todo esse sacr
André Minha feiticeira e eu tivemos uma viagem inesquecivelmente deliciosa. Tudo estava perfeito até o inconveniente do piloto anunciar que dentro de pouquíssimos instantes o avião iria aterrizar. Viajamos juntos, lado a lado, ou melhor beijo a beijo, mas assim que colocássemos nossos pés no Brasil para todos os efeitos seríamos completos desconhecidos. Infelizmente assim que deveria ser, para nossa segurança, de nossa família na Itália e para o sucesso da missão. Tudo estava ocorrendo como era esperado até notar Eliza entrando em outro táxi juntamente com um sujeito que parecia um verdadeiro muro de concreto de tão forte e sério que era. Fui acompanhado por uma mulher que nem ao menos percebi de quem se tratava, meus olhos e pensamentos, além do meu corpo permaneceram constantemente na minha feiticeira. Não saberia como explicar, porém meus instintos gritavam a todo instante que não deveria permitir que minha Eliza entrasse naquele táxi se afastando de mim. Mas, acabei confundindo,
ArthurRick, Enzo e eu estávamos reunidos no escritório arquitetando os últimos preparativos para a eliminação do maldito Donato. Enquanto Polyana, Anna, Donatella e Catarine estavam reunidas na sala de música. Todos pensavam que iríamos polpar a sua vida, porém não seria assim. Se esse maldito permanecesse vivo mais cedo ou mais tarde viria atrás de todos nós. E o que eu jamais permitiria era colocar a vida daqueles que eu amava em risco. Esse desgraçado não possuia o meu sangue, logo não havia nenhuma razão para me apiedar dele. Ninguém precisava saber o que realmente havia acontecido e muito menos quem teria exterminado aquele verme. Tudo estava organizado para ser feita uma verdadeira chacina naquele prédio, porém com uma única vítima fatal, o maldito Donato. Estávamos quase concluindo nossa reunião quando nossos celulares apitam no mesmo instante simultaneamente. Nos entreolhamos já sabendo o que estava por vir. Era o número de Eliza com uma localização diferente do aparelho de
São Paulo | BrasilUm ano depois.Anna VitóriaDurante todos esses 365 dias após a morte da minha mãe, eu permanecia da mesma maneira, completamente em choque. Não conseguia chorar, sorrir, gritar ou ao menos falar. Nem vontade de desenhar ou costurar minhas criações eu tinha. Tudo havia perdido a cor, a razão e o modo de ser. Mas, o que ninguém percebia, era que mesmo estando assim, em luto, eu conseguia perceber tudo o que estava acontecendo ao meu redor. Principalmente com o meu tio anjo Arthur. Após aquele terrível incêndio meu tio anjo e minha tia Poly decidiram que nos mudariamos definitivamente para o Brasil. Meus tios tinham negócios aqui e por esse motivo acharam que seria mais conveniente que nos instalassemos definitivamente nesse país. Meu pai... Ah!... Esse daí abriu mão da minha guarda sem pensar sequer uma única vez. Porém não me importo, pois nunca tivemos muito contato e nem ao menos o considerava como tal. Na minha cabeça quem era o verdadeiro pai é o tio Arthur e
"O amor é paciente, é Bondoso,O amor tudo desculpa,TUDO CRÊ, TUDO ESPERA, tudo suporta,O amor jamais acabará"!(I Coríntios 13:4)"A história é feita por aqueles que quebram as regras"Quando eu tinha apenas 10 anos mamãe nos levou para um passeio num parque lindo. Lá era repleto de flores, tinha um chafariz, haviam pássaros por todos os lados e um lindo orquidário. Sempre amei as flores e os seus perfumes. Era a primeira vez que víamos até aqui e eu simplesmente adorei. Meu encantamento era evidente no brilho dos meus olhos e principalmente no meu sorriso. Não saiamos muito de casa, por ventura hoje mamãe conseguiu fazer essa grande surpresa, sem que nosso pai soubesse, é claro! Meu irmão e eu vivíamos presos naquela gigantesca mansão, repleta de seguranças, empregados e muros altíssimos, que nos impediam as vezes até de ver e ouvir o canto dos pássaros. Resumindo, éramos prisioneiros numa linda mansão extremamente luxuosa. Se eu sabia o motivo de vivermos assim? A resposta era
Depois daquele dia nunca mais vi o Arthur. Poderíamos ter sido bons amigos, visto que não tinha contato com crianças da minha idade, mas.nem tudo o que desejamos podemos conseguir de imediato. Principalmente quando dependemos do auxílio de outros. Saímos do parque e viemos no carro praticamente mudos. Olhava para minha mãe e sentia que ela estava preocupada com o possível fato do papai descobrir o que havia acontecido. Eu era muito pequena, mas conseguia perceber que tinha algo de muito ruim nisso tudo. Mas, afinal, o que existia de errado entre nossas famílias? Aquela dúvida me corroía por dentro, mas como eu havia prometido segredo a mamãe tinha que cumprir, e por isso permaneci em silêncio.Ao chegar em casa papai estava no escritório a portas fechadas conversando com alguns homens como sempre fazia. Mamãe olhou pra mim e disse para eu ir direto para o meu quarto, e foi assim que fiz. O mesmo disse à Pietro que não deu ouvidos. Correu e ficou escondido atrás da coluna próxima ao es