ElizaEstava tudo tão maravilhoso, que até parecia um sonho, eu me permiti esquecer o turbilhão de emoções que estava dentro de mim, e ofereci a mim mesma uma nova oportunidade de ser feliz. Mas no fundo eu sabia que seria muito difícil deixar para trás e fingir que não sentia nada pelo André, e que independentemente do tempo, eu jamais o esqueceria; Contudo eu continuei me apegando as promessas de Arthur, e por muito pouco não me entreguei à ele, e hoje eu tenho certeza que se eu tivesse feito isso, teria cometido o maior erro da minha vida. Eu amo o Arthur, mas não dá maneira que ele deseja, e por mais que tentasse jamais poderia ser nada além de uma amiga. A ilha era incrível, um lugar deserto, mas perfeito em cada detalhe. Porém, o medo tomava conta de mim, me fazendo sentir que a qualquer momento iria acordar e perceber que tudo não passava de uma mera ilusão. Assim que esses pensamentos surgiram na minha cabeça, pude confirmar que estava repleta de razão, ao avistar André se ap
AndréOlhei através da janela e percebi que o dia já estava começando a clarear. Ainda era madrugada e, passavam das quatro horas. Enquanto todos dormiam, eu permanecia com o pensamento fixo naquela mata, porque eu tinha certeza absoluta que encontraria Eliza exatamente naquele lugar. Me levantei sem que ninguém percebesse, peguei uma lanterna e segui em direção a lancha. A empurrei por alguns metros, para evitar que ouvissem o barulho da mesma, entrei, liguei o motor e segui em direção ao mesmo ponto onde encontrei àquelas pegadas. Dentro de uns quarenta minutos cheguei no local. Ancorei, peguei a lanterna, a arma e desci indo novamente em direção a mata. Olhei para o chão e percebo que as pegadas estavam frescas, e aparentemente havia algum animal por aqui, porque se tratavam de pegadas pequenas, provavelmente seria de algum cavalo, até porque as marcas eram idênticas à ferraduras. Com a arma em punhos fui adentrando cada vez mais na mata, até que percebi uma luz bem ao fundo. Me a
ElizaPermaneci desacordada por um longo tempo, e quando abro os olhos, já estou sendo atendida por um médico. Olho para o lado e só vejo Apoena. Mas e o André, onde ele está? — Apoena... Apoena... — aflita chamo por ele que rapidamente se aproxima— Sim Eliza, estou aqui. — E o André? Onde ele está? — pergunto sentindo um vazio dentro de mim— Ele trouxe o médico e está aguardando lá na praia. Disse que não voltará aqui. — ouço suas palavras e uma vontade enorme de chorar me domina. Por que estou me sentindo assim, se o melhor seria o querer bem longe de mim? Por que não consigo esquece-lo? — Não. Por favor, vá chama-lo. Preciso conversar com ele, explicar algumas coisas, além de agradecer por tudo o que ele também fez por mim. — falo aflita olhando para Apoena— Acalme-se Eliza. Nesse momento é melhor que fique tranquila, pois poderá piorar a sua situação. — disse o médico — Que situação doutor? Só estou sentindo um pouco de dores nas pernas e tivesse esse desmaio. Nada mais.
"Quando a alegria do outro for a sua alegria, ai sim você terá compreendido o significado do amor."*****************ArthurContinuei no mar por quase duas horas e simplesmente ele havia desaparecido sem deixar nenhum vestígio, era como se André tivesse evaporado no oceano. Foi aí que ao retornar, paro numa pequena praia, que eu nem sequer havia percebido no caminho. Parei a lancha um pouco atrás das árvores e fiz um pequeno trajeto a pé. Quando ia sentar um na areia percebo alguém se aproximando. Olho e vejo André vindo em direção a praia. Rapidamente me levantei e permaneci escondido por trás das árvores, somente observando os seus movimentos. Ele estava ao lado de outro sujeito vestido de branco. Com certeza Eliza estava ali e precisava de cuidados médicos. — Desgraçado! Como pode fazer uma coisa dessas? Só você mesmo Arthur, para não desconfiar dele. Estúpido! Estúpido! — espraguejo a mim mesmoQuando ia segui-lo, percebo que ele somente mostrou o caminho para o tal doutor, e es
ElizaAndré saiu daqui e senti um frio no estômago. Meu maior medo era que ele pudesse agi errado e não cumprir com a sua promessa. Eu precisava conversar e vê o Arthur, nesse momento ele era o único que poderia me ajudar, e que eu tinha certeza que não me julgaria pela decisão que acabei de tomar.Segundo o médico que me examinou, eu estou grávida, e dentro de mim estava sendo gerado o fruto de um ato covarde, desumano e cruel. Eu sabia que essa criança não tinha culpa de absolutamente nada, mas eu também não era culpada por ter sido violentada por aquele monstro. Preciso de ajuda, e por isso necessito vê o Arthur, pois só ele me diria onde estava o maldito Hyago, e se ele não estivesse morto eu seria capaz de mata-lo com as minhas próprias mãos.Fui enganada durante todo esse tempo por Sophie. Sofria ao imaginar que nunca poderia ter um bebê gerado no meu ventre, tudo isso me deixou dilacerada por todos esses anos, e justamente agora e de uma maneira asquerosa descubro que tudo não
ElizaSem conseguir segurar, acabo dizendo toda a verdade.— Eu o olhava de um modo carinhoso, pois estou muito agradecida e surpresa pelo jeito como ele me tratou ao me encontrar nessa praia. Mas não vou negar que sinto algo intenso e muito forte pelo seu irmão, mas que ainda não consigo definir o que seja.— Eu sabia, por isso quero te dizer para não se sentir mais na obrigação de cumprir com a sua palavra à respeito dos trinta dias que lhe pedi, porque acabei de ter certeza de que nem com trinta dias ou trinta anos você me amará do jeito que ama o meu irmão. — ele diz com uma voz carregada de emoção, mas agora seu olhar estava sereno e ele parecia está certo de sua decisão. Seguro suas mãos e o olho fixamente dizendo:— Em algum momento eu disse que não te amo? — Mas também nunca disse que me amava, e nunca dirá. — ele responde rapidamente me deixando quase sem resposta— Pelo contrário, digo olhando em seus olhos e com toda sinceridade que existe dentro do meu coração, que eu t
André Ao ouvir que ela, a minha feiticeira, havia sido violentada e ainda estava gerando um filho daquele filho da puta do Hyago me deixou fora de mim, se ela não estivesse nessa situação agora mesmo sairia em busca dele e o mataria com requintes de crueldade. Sempre usei as mulheres, mas nunca a força, violentar uma mulher vai contra tudo o que acredito ser o certo e nas leis do mundo onde eu vivo isso não tem perdão. Encaro Arthur e ele já sabia muito bem o que deveria ser feito. Parece que estou a ponto de enlouquecer a qualquer momento. Antes já sentia que havia alguma possibilidade de ficarmos juntos, mas depois dessa notícia, tudo o que estava na minha cabeça acabou de desaparecer. Eliza estava marcada, e dificilmente ela esqueceria ou se permitiria ser tocada por alguém. Mas eu tenho paciência, e no tempo certo tudo ficará no seu devido lugar.Nunca soube o que era amar ou sofrer por ninguém. Justamente agora e com a mulher errada me perco dessa maneira. Pelo visto a praga da
AndréFecho o semblante e com frieza falo:— Será que poderia dizer as coisas olhando diretamente para mim, Arthur? Estou aqui e parece que você faz de tudo para não me encara de frente. Fui bem claro com você quanto as minhas intenções, ou estou mentindo?— Isso não posso negar. Você foi homem para assumir tudo àquilo, mas por outro lado sempre tem uma carta embaixo da manga, e definitivamente não confio em você. — enfim ele diz o que pensa— Confiando ou não, nesse momento sou sua a tua única e melhor opção para continuar escondendo Eliza. Para de tentar adivinhar os meus pensamentos, pois isso lhe trará grandes problemas, maninho. — falo sarcástico — Por favor, parem com isso. Não estou me sentindo muito bem e acredito que não seja hora para desentendimentos. Preciso sai daqui o mais rápido possível. Sinto falta da Anna e preciso conversar com Enzo, além é claro de resolver o problema do maldito Hyago. — Eliza diz decidida — O QUÊ? ENZO? — Arthur e eu dissemos ao mesmo tempo— Is