ElizaPermaneci desacordada por um longo tempo, e quando abro os olhos, já estou sendo atendida por um médico. Olho para o lado e só vejo Apoena. Mas e o André, onde ele está? — Apoena... Apoena... — aflita chamo por ele que rapidamente se aproxima— Sim Eliza, estou aqui. — E o André? Onde ele está? — pergunto sentindo um vazio dentro de mim— Ele trouxe o médico e está aguardando lá na praia. Disse que não voltará aqui. — ouço suas palavras e uma vontade enorme de chorar me domina. Por que estou me sentindo assim, se o melhor seria o querer bem longe de mim? Por que não consigo esquece-lo? — Não. Por favor, vá chama-lo. Preciso conversar com ele, explicar algumas coisas, além de agradecer por tudo o que ele também fez por mim. — falo aflita olhando para Apoena— Acalme-se Eliza. Nesse momento é melhor que fique tranquila, pois poderá piorar a sua situação. — disse o médico — Que situação doutor? Só estou sentindo um pouco de dores nas pernas e tivesse esse desmaio. Nada mais.
"Quando a alegria do outro for a sua alegria, ai sim você terá compreendido o significado do amor."*****************ArthurContinuei no mar por quase duas horas e simplesmente ele havia desaparecido sem deixar nenhum vestígio, era como se André tivesse evaporado no oceano. Foi aí que ao retornar, paro numa pequena praia, que eu nem sequer havia percebido no caminho. Parei a lancha um pouco atrás das árvores e fiz um pequeno trajeto a pé. Quando ia sentar um na areia percebo alguém se aproximando. Olho e vejo André vindo em direção a praia. Rapidamente me levantei e permaneci escondido por trás das árvores, somente observando os seus movimentos. Ele estava ao lado de outro sujeito vestido de branco. Com certeza Eliza estava ali e precisava de cuidados médicos. — Desgraçado! Como pode fazer uma coisa dessas? Só você mesmo Arthur, para não desconfiar dele. Estúpido! Estúpido! — espraguejo a mim mesmoQuando ia segui-lo, percebo que ele somente mostrou o caminho para o tal doutor, e es
ElizaAndré saiu daqui e senti um frio no estômago. Meu maior medo era que ele pudesse agi errado e não cumprir com a sua promessa. Eu precisava conversar e vê o Arthur, nesse momento ele era o único que poderia me ajudar, e que eu tinha certeza que não me julgaria pela decisão que acabei de tomar.Segundo o médico que me examinou, eu estou grávida, e dentro de mim estava sendo gerado o fruto de um ato covarde, desumano e cruel. Eu sabia que essa criança não tinha culpa de absolutamente nada, mas eu também não era culpada por ter sido violentada por aquele monstro. Preciso de ajuda, e por isso necessito vê o Arthur, pois só ele me diria onde estava o maldito Hyago, e se ele não estivesse morto eu seria capaz de mata-lo com as minhas próprias mãos.Fui enganada durante todo esse tempo por Sophie. Sofria ao imaginar que nunca poderia ter um bebê gerado no meu ventre, tudo isso me deixou dilacerada por todos esses anos, e justamente agora e de uma maneira asquerosa descubro que tudo não
ElizaSem conseguir segurar, acabo dizendo toda a verdade.— Eu o olhava de um modo carinhoso, pois estou muito agradecida e surpresa pelo jeito como ele me tratou ao me encontrar nessa praia. Mas não vou negar que sinto algo intenso e muito forte pelo seu irmão, mas que ainda não consigo definir o que seja.— Eu sabia, por isso quero te dizer para não se sentir mais na obrigação de cumprir com a sua palavra à respeito dos trinta dias que lhe pedi, porque acabei de ter certeza de que nem com trinta dias ou trinta anos você me amará do jeito que ama o meu irmão. — ele diz com uma voz carregada de emoção, mas agora seu olhar estava sereno e ele parecia está certo de sua decisão. Seguro suas mãos e o olho fixamente dizendo:— Em algum momento eu disse que não te amo? — Mas também nunca disse que me amava, e nunca dirá. — ele responde rapidamente me deixando quase sem resposta— Pelo contrário, digo olhando em seus olhos e com toda sinceridade que existe dentro do meu coração, que eu t
André Ao ouvir que ela, a minha feiticeira, havia sido violentada e ainda estava gerando um filho daquele filho da puta do Hyago me deixou fora de mim, se ela não estivesse nessa situação agora mesmo sairia em busca dele e o mataria com requintes de crueldade. Sempre usei as mulheres, mas nunca a força, violentar uma mulher vai contra tudo o que acredito ser o certo e nas leis do mundo onde eu vivo isso não tem perdão. Encaro Arthur e ele já sabia muito bem o que deveria ser feito. Parece que estou a ponto de enlouquecer a qualquer momento. Antes já sentia que havia alguma possibilidade de ficarmos juntos, mas depois dessa notícia, tudo o que estava na minha cabeça acabou de desaparecer. Eliza estava marcada, e dificilmente ela esqueceria ou se permitiria ser tocada por alguém. Mas eu tenho paciência, e no tempo certo tudo ficará no seu devido lugar.Nunca soube o que era amar ou sofrer por ninguém. Justamente agora e com a mulher errada me perco dessa maneira. Pelo visto a praga da
AndréFecho o semblante e com frieza falo:— Será que poderia dizer as coisas olhando diretamente para mim, Arthur? Estou aqui e parece que você faz de tudo para não me encara de frente. Fui bem claro com você quanto as minhas intenções, ou estou mentindo?— Isso não posso negar. Você foi homem para assumir tudo àquilo, mas por outro lado sempre tem uma carta embaixo da manga, e definitivamente não confio em você. — enfim ele diz o que pensa— Confiando ou não, nesse momento sou sua a tua única e melhor opção para continuar escondendo Eliza. Para de tentar adivinhar os meus pensamentos, pois isso lhe trará grandes problemas, maninho. — falo sarcástico — Por favor, parem com isso. Não estou me sentindo muito bem e acredito que não seja hora para desentendimentos. Preciso sai daqui o mais rápido possível. Sinto falta da Anna e preciso conversar com Enzo, além é claro de resolver o problema do maldito Hyago. — Eliza diz decidida — O QUÊ? ENZO? — Arthur e eu dissemos ao mesmo tempo— Is
Eliza Estava sentindo um cansaço e muita dor na perna, mas não quis dizer nada para não deixar Arthur preocupado, já bastava todo o estresse e problemas com a presença do André, para que eu o preocupasse ainda mais. Então permaneci sentada e tentando a todo custo suportar o desconforto que estava sentindo naquele momento. Encostei a cabeça no apoio da lancha e fecho os olhos aproveitando a brisa do mar em meu rosto, e automaticamente o beijo, o toque, as palavras e principalmente o olhar emocionado de André surge em meus pensamentos. Sorrio feito uma adolescente, após ter recebido o primeiro beijo do rapaz que faz seu coração pulsar mais forte. Ele mexia demais comigo, e como me senti bem em seus braços, mas sei que não será fácil ficarmos juntos, e talvez isso nunca aconteça. Então o melhor é seguir a minha vida e fingi que nada disso aconteceu.Com os olhos abertos observo o mar, e me assusto só de imagina que por muito pouco não poderia esta aqui e sentindo tudo isso. Nossa! A vi
AndréSaímos daquela praia e mais uma vez constatei que tudo o que eu menos desejava estava acontecendo comigo. O gosto do beijo, o toque suave de suas mãos e seu olhar carinho não saiam da minha cabeça. É... pelo visto, o coração frio e de pedra do famoso Fera havia sido domado, e curiosamente eu estava gostando de tudo o que estava acontecendo. A todo instante Eliza se apossava ainda mais dos meus pensamentos, eu nunca havia sentido nenhum tipo de apego por ninguém, e eu já havia me acostumado com isso, mas de repente tudo mudou, e só de ve-la e senti o aroma do seu perfume, eu já ficava completamente louco. Mesmo a contragosto, segui o caminho até chegar no porto, mas durante o desvio percebo que Arthur havia parado com Eliza na ilha.— Idiota! Como pôde levá-la justamente para tão próximo àquele sujeitinho que se intitula marido ou tem algum tipo de laços afetivos com ela? Realmente Arthur é um fraco. — murmuro comigo mesmo enquanto seguia o trajetoMesmo com o coração aflito e c