ArthurSaímos da praia e fomos obrigados a parar na ilha. Na cabana haviam pertences meus e da Eliza, além é claro do Fran ainda está nos aguardando. Lógico que não disse absolutamente nada à André. Primeiro para todos os efeitos Eliza é minha noiva e futura esposa, segundo que não lhe devia nenhum tipo de satisfações sobre minhas atitudes. Paramos na ilha, ancorei e desci rapidamente em direção a cabana. Ao chegar Fran estava sentado tomando café. O cumprimentei e fui buscar algumas coisas para seguirmos viagem. Apesar de tudo o que descobri continuava tendo um grande afeto por ele, pois sempre foi muito carinhoso e amoroso comigo, um verdadeiro pai por assim dizer. Ao seu lado aprendi a nadar, a andar de bicicleta e até para conquistar a minha primeira namorada tive sua ajuda para dá o primeiro passo. Sempre foi um ser humano incrível comigo, então não havia motivos para existi nenhum sentimento de rancor ou ódio entre nós. Apesar dessa descoberta ainda o via como o meu tio e talvez
ElizaDentro de poucos minutos chegamos no porto, e Rick já estava com dois carros à nossa espera. Ancorei e Fran tomou todas as providências necessárias para a lancha ficar em segurança, e o mesmo fez com o iate que havia sido levado para o porto. Desci e pedi que Rick carregasse Eliza até o carro. Sentia dores no ombro por conta do tiro, e ainda não era possível fazer muito esforço. Logicamente que jamais permitiria que André a tocasse novamente, mas já estava percebendo a algum tempo que certas decisões não cabiam somente a mim, mas também a outras pessoas. Fran e Enzo vieram nos seguindo em outro carro. Eliza encostou sua cabeça no meu ombro, mas pude perceber uma troca de olhares entre ela e André antes da nossa saída. Isso já estava me irritando e decepcionando profundamente, mas como já disse, irei aguardar o momento adequado para tomar as decisões corretas. Seguimos nosso caminho e André o dele. Em pouco tempo chegamos a nossa casa. Entramos e percebemos um movimento, com ri
ElizaNossa! Anna realmente é uma espoleta. Começou a brincar de jogar almofadas com a Polyana, e por um descuido uma das almofadas acertou em cheio o lustre que havia no meio do quarto. Por pouco não acontece algo mais sério, mas graças à Deus que foi somente estrago material, e isso é o de menos. Pior seria se ela tivesse se machucado ou a Polyana. Ai sim! Seria terrível. Rick subiu para vê o estrago no quarto, e Polyana desceu junto com a Anna indo em direção a sala de jantar. Fran desceu e trocamos mais algumas pouquíssimas palavras, até que Sophie se aproxima, e ele nos deixa a sós. Minha vontade era de esbofetea-la até cansar depois de tudo o que descobri, e principalmente, por tudo o que ainda tenho certeza que esta encoberto. Seu ar sinico e dissimulado acabavam comigo. Como pude ser tão ingênua e nem ao menos perceber todos os seus truques? Mas o seu momento está muito próximo e sua máscara vai cai. Permaneci sentada e ela senta bem ao meu lado iniciando uma conversa forçad
ArthurEliza ficou completamente sem reação ao ouvir que Anna era sua filha. As lágrimas e a emoção tomaram conta dela. Ela chorava e ao mesmo tempo sorria abraçada a filha. O amor e afeto entre as duas era nítido. Realmente tratavasse de um amor entre mãe e filha, por isso que existia essa empatia linda entre as duas, era a força do sangue que as unia.As deixei um pouco a sós e fui dá instruções ao Rick do que deveria fazer com a Sophie. Ela iria pagar caro pelo que fez. Nunca tive piedade com traidores e com ela não seria diferente. Fiquei por algum tempo conversando e sinto alguém se aproximando de nós. Me viro e vejo que se tratava do tio Fran, ou melhor dizendo, do meu pai. Dispensei o Rick e me aproximei dele.— Aconteceu alguma coisa? — pergunto preocupado — Não Arthur. Apenas gostaria de conversar um pouco com você, pois temos muitos assuntos pendentes. Ou será que estou enganado?— Muito pelo contrário, está certíssimo papai. Temos muitos assuntos realmente importantes e pe
Enquanto isso na Mansão dos D'Angelis — André? É você quem está aí filho? — Marco perguntava da biblioteca ao ouvir pisadas nos degraus da escada— Sim babo! Acabei de chegar. Precisa de alguma coisa? — André diz solicito e se aproxima do pai— Sente-se aqui filho. Preciso conversar algumas coisas com você. — Sim! Pode dizer. — André respondeu sentando na poltrona — Primeiro, onde você esteve durante esses dias? Arthur também desapareceu e somente Adriel esteve por aqui me auxiliando em tudo, mas também não dizia nada à respeito do paradeiro de vocês.— Estive resolvendo assuntos da organização. Hoje teremos uma reunião importantíssima e por esse motivo estou de volta. Mas é só esse o assunto? — André pergunta já se preparando para levantar, mas Marco o impede— Não! Tenho outros. Nem ao menos perguntou sobre tua mãe. Como podes ser assim?— Ah! Pelo amor de Deus, babo. Estou exausto e assim que puder irei visita-la. Mais alguma coisa? — André disse impaciente— Durante esses dias
ArthurTerminamos nosso almoço e permanecemos na sala conversando um pouco. Anna não desgrudava um minuto sequer da Eliza, e não deveria ser de outra maneira, principalmente depois do que havia acontecido. Ainda não era possível definir ao certo o que Anna havia compreendido sobre tudo o que houve nessa tarde, mas tínhamos a plena convicção que o sentimento e a sintonia entre ela e Eliza era incrível. Aproveitei aquele momento de calmaria e fui até o escritório realizar alguns telefonemas. Durante esses dias que estive ausente haviam acumulado diversos assuntos e muitos problemas deveriam serem resolvidos. Entre eles continha o assunto principal: eliminação do tal Victorio Grecco. Conclui todos os assuntos e logo em seguida recebo um fax com um dossiê contendo todas as informações necessárias sobre esse maldito. E para minha surpresa, o miserável era o dono do Clube Le'Fertite. Àquele maldito usava o Hyago e essa tal de Rose como laranjas de um negócio bilionário. O famoso clube não
AndréEstava na recepção do hospital, quando ouço a voz feminina que suplicava para descobrir o paradeiro de Eliza. Será que se tratava da mesma pessoa? Essa era a minha dúvida, mas ao desviar sorrateiramente o meu olhar, tenho a terrível e inesperada surpresa, me deparando com o causador de todas as noites mal dormidas da nossa família durante décadas. Isso mesmo! Se tratava unicamente do maledetto Victorio Grecco que estava diante dos meus olhos.Pensamentos tortuosos e devastadores invadiam a minha mente, mas haviam dúvidas quanto a forma e o modo que deveria agir. O que deveria fazer? Como deveria agir diante dessa situação? Qualquer atitude intempestiva poderia pôr em risco a vida de todos nós, mas principalmente da Eliza, e se algo acontecesse à ela, eu jamais me perdoaria.Por anos venho planejando esse encontro, e finalmente quando ele acontece eu me sinto de mãos atadas e sem saber o que fazer. Eu sabia que era necessário dá um fim nesse bastardo, mas aqui não seria o melhor
ArthurFiquei muito preocupado e curioso com o chamado da mamma. Tinha certeza absoluta que ela iria tocar no assunto do Francesco e da paternidade do babo. E com a proximidade de André, isso traria muitos problemas e aborrecimentos desnecessários. Durante todo esse tempo tenho me esforçado ao máximo para suportar tudo o que tem ocorrido, mas confesso que não tem sido fácil passar por cima de tantas adversidades que tem se apresentado no meu caminho, e afirmo com todas as letras, que nem estando à frente da Ndrangheta passei por tantas dificuldades e aborrecimentos como agora. Na organização a minha ordem se torna lei perante todos, mas aqui na minha própria família, tudo escorre pelas minhas mãos sem que eu consiga controlar, e tudo piorou depois que presenciei aquele beijo entre Eliza e André, estava muito difícil engolir isso e sinceramente eu não sei se conseguiria.Saímos do estacionamento, mas antes André chamou o seguro para informar do transtorno que teve com o carro, que fico