AndréEstava na recepção do hospital, quando ouço a voz feminina que suplicava para descobrir o paradeiro de Eliza. Será que se tratava da mesma pessoa? Essa era a minha dúvida, mas ao desviar sorrateiramente o meu olhar, tenho a terrível e inesperada surpresa, me deparando com o causador de todas as noites mal dormidas da nossa família durante décadas. Isso mesmo! Se tratava unicamente do maledetto Victorio Grecco que estava diante dos meus olhos.Pensamentos tortuosos e devastadores invadiam a minha mente, mas haviam dúvidas quanto a forma e o modo que deveria agir. O que deveria fazer? Como deveria agir diante dessa situação? Qualquer atitude intempestiva poderia pôr em risco a vida de todos nós, mas principalmente da Eliza, e se algo acontecesse à ela, eu jamais me perdoaria.Por anos venho planejando esse encontro, e finalmente quando ele acontece eu me sinto de mãos atadas e sem saber o que fazer. Eu sabia que era necessário dá um fim nesse bastardo, mas aqui não seria o melhor
ArthurFiquei muito preocupado e curioso com o chamado da mamma. Tinha certeza absoluta que ela iria tocar no assunto do Francesco e da paternidade do babo. E com a proximidade de André, isso traria muitos problemas e aborrecimentos desnecessários. Durante todo esse tempo tenho me esforçado ao máximo para suportar tudo o que tem ocorrido, mas confesso que não tem sido fácil passar por cima de tantas adversidades que tem se apresentado no meu caminho, e afirmo com todas as letras, que nem estando à frente da Ndrangheta passei por tantas dificuldades e aborrecimentos como agora. Na organização a minha ordem se torna lei perante todos, mas aqui na minha própria família, tudo escorre pelas minhas mãos sem que eu consiga controlar, e tudo piorou depois que presenciei aquele beijo entre Eliza e André, estava muito difícil engolir isso e sinceramente eu não sei se conseguiria.Saímos do estacionamento, mas antes André chamou o seguro para informar do transtorno que teve com o carro, que fico
ElizaEstava dormindo, quando de repente sinto um perfume invadindo o ambiente. Antes que eu abrisse os olhos, sinto um toque suave nas minhas pernas e percorrendo por todo o meu corpo, até parar bem no meio das minhas costas. Meu corpo de imediato dá sinais de desejo arrepiando por inteiro. Seu toque, seu cheiro másculo e único me excitavam. Eu o desejava desde o primeiro instante que o vi naquela estrada. Ah! Meus pensamentos e meu corpo ficavam em êxtase com a sua proximidade. Esse homem mexia comigo em todos os aspectos e sentidos como ninguém nunca conseguira antes. Nem mesmo Arthur ou Enzo me deixaram dessa maneira, e muito menos fizeram meu corpo reagir com apenas um toque. Seu modo de ser, seu jeito rude e ao mesmo tempo viril me enlouqueciam de uma maneira única e precisa. Ele tocava meu corpo, enquanto distribuía beijos molhados, intensos e deliciosos. Eu me contorcia nos lençóis, enquanto gemia baixinho pelo seu nome. — André... Te quero...Sem dizer sequer uma palavra, e
Eliza— Senhora, acredito que Arthur não iria aprovar essa decisão. — Rick diz assustado — Ele aprovando ou não é isso que irei fazer. Ele precisa do meu apoio e eu necessito urgente realizar alguns exames para saber do meu real estado de saúde. Então, irei matar dois coelhos com uma cajadada só. — falo e chamo por Polyana que parecia no mundo da lua olhando para Rick — Polyana! Polyana!— Sim, Eliza. — ela responde sem graça — Por favor, arrume uma valise com alguns objetos pessoais para Anna e pegue a minha bolsa em cima da poltrona. — Sim Eliza. Agora mesmo. Vamos Anna. — ela disse esticando a mão e saindo do quarto trocando olhares com o Rick— Rick! Rick! Acorda! — agora foi minha vez de chama-lo— Desculpe Senhora. Disse alguma coisa? — ele diz sem jeito— Ainda não. E mesmo se eu dissesse, tenho certeza absoluta que seria obrigada a repetir, não é mesmo? — disse sorrindo— Desculpe, senhora. — ele respondeu constrangido— Está interessado na Polyana? — perguntei diretamente
André Fiquei tão furioso ao me deparar com o maldito Victorio bem na minha frente, que não consegui conter a minha fúria. Voei em cima dele com minhas duas mãos agarrando o seu pescoço, mas fui contido por dois seguranças do hospital, que me convidaram gentilmente a me retirar das instalações. Como eu queria destrui-lo naquele instante com as minhas próprias mãos, mas infelizmente não pude fazer nada, além da expulsão do hospital e ser impedido de visitar os meus pais. — Maldito! Mil vez Maldito! Sua hora chegaria, e pobre dele quando caísse em minhas mãos. — resmungava comigo mesmo Me afastei do corredor que dava acesso direto aos quartos e fiquei sentado próximo a porta de saída. Adriel permaneceu ao meu lado por alguns instantes, até receber uma ligação e se afastar por completo. Arthur como sempre tomou, ou melhor dizendo, tentou tomar a frente de toda situação, chamando seguranças para ficarem de prontidão no hospital. Estava exausto de tudo isso e nem ao menos me dei ao trab
Catarine Grecco Estava sentada na recepção, tentando assimilar tudo o que acabei de ouvir do filho do Marco. Como o mundo dá voltas, se tornando ao mesmo tempo tão minúsculo. Jamais em toda minha existência poderia imaginar ter notícias do único amor da minha vida, Marco D'Angelis. Será que ele ainda lembra de tudo o que vivemos?Como ele deve está depois de tantos anos?Será que sentiu a minha falta, assim como sinto a dele até hoje?"Ah! Basta dessas idiotices e infantilidades Catarine. Não continue se iludindo por um amor que só existiu na sua cabeça romantizada. Marco nunca sentiu absolutamente nada por você, a não ser desejo de possui-la, para depois abandona-la como fizera anos atrás. Se ele sentisse algo verdadeiro teria lhe procurado, ou melhor, teria sido capaz de enfrentar o mundo para viver esse amor." — logo pensei tentando afastar a todo instante pensamentos errados e ilusórios da minha cabeça.Fui em direção a recepção, peguei um pouco d'água, na tentativa de acalmar o
Eliza Alegria e medo, foi o que senti ao reencontrar a minha mãe. Eu estava alegre por está frente à frente com minha mãe depois de tantos anos, mas por outro lado, havia o medo em ser descoberta pelo poderoso Vitório Grecco, o meu pai. Eu fiquei apavorada, só de imaginar a atitude que aquele homem poderia ter, e todo o mal que causaria a minha Anna se a tivesse em suas mãos. Mesmo tendo certeza absoluta que a pessoa que a tirou do carro não poderia ser outra se não o próprio avô, eu não sabia o que poderia esperar de um louco como ele. Sei bem que esse desaparecimento repentino de Anna, foi somente para me amedrontar e deixar claro quem realmente comandava por aqui, mas se ele imaginava que poderia me assustar ou me coagir com suas atitudes, estava muitíssimo enganado, pois para proteger a minha filha, a minha menina, eu seria capaz de absolutamente tudo, até mesmo enfrentar o meu próprio pai. Após abraçar Anna e ter a maravilhosa, porém preocupante surpresa, ao reencontra-la atrav
ArthurSaímos rapidamente do hospital para evitar expor as vidas de Eliza e Anna novamente, já bastava de sustos por hoje, agora mais do que nunca precisamos pensar muito bem antes de dar sequer um passo, porque o maldito Grecco já deixou bem claro do que é capaz de fazer para nos destruir. Eliza reencontrou sua mãe e avó, e infelizmente tivemos que trazê-las juntamente conosco, e esse nunca foi o meu objetivo, não por carregarem esse maldito sobrenome, mas pelo perigo que suas presenças acarretariam para a minha família. Durante todo o trajeto para casa vejo através do retrovisor o olhar de Eliza distante e entristecido, e não posso fingir que não sabia o real motivo, até porque eu fui o causador disso, ela estava alegre, mesmo com a duvida sobre a gravidez, mas por culpa da minha grosseria, tudo mudou. Por algum momento nossos olhares se cruzam, mas imediatamente ela o afasta, voltando-se para o movimento dos carros na avenida principal. Mantenho-me calado, até chegarmos em casa e