CAPÍTULO DOIS

CAPÍTULO DOIS

Fala-se de um rei muito inteligente e poderoso, chamado Richard Henke, que possuía muitos servos fiéis e aliados, tornando-se uma grande potência nas Ilhas de Desmond. O pai do rei Henke havia sido decapitado durante uma viagem de reconhecimento, quando foi abordado por piratas e executado. Este rei era temido por sua aliança com Jack Loud, conhecido como o "cão de Desmond", pois ele levava à forca muitos piratas. Sua reputação atravessava mares desconhecidos até mesmo pelos corsários e piratas locais, e agora Loud servia a Richard.

Vanesey era uma pirata, criada por Flit e Flot, que a sequestraram de seu pai, Hert, que matou sua mãe por uma razão que ninguém jamais soubera responder. Ela sabia que sua mãe também fora uma pirata e havia sobrevivido ao mar revolto, um modo de vida que deixava de ser pirata para viver uma nova vida. No entanto, ela acabou sendo levada para uma casa de distração, onde foi criada por Nesey. Vanesey não se lembrava de nada, exceto do dia em que sua mãe a pegou nos braços pela primeira vez e uns poucos anos depois que fora assassinada por Hert.

Mas, em outro momento, Vanesey comemorava mais uma vitória por ter usurpado uma escuna que vinha da ilha a leste do mar de Baslin. Longe de casa, tudo parecia possível, e perto de casa, mais próxima da morte. As águas controladas por Desmond estavam se tornando um desafio para os piratas. Ela se refugiou dos pensamentos sobre Desmond, pois hoje completava dezoito anos, e não havia o que comemorar. Nesey não era uma mulher delicada que se importaria com mais um ano de sua vida. Seu presente, hoje, era mais uma vitória, sem perdas de homens de sua tripulação.

A vida que levava, usurpando e se refugiando em terras desconhecidas, causava uma euforia de alegria. A descoberta do desconhecido era sua alimentação diária. Olhou para bombordo, e viu que a escuna furtada estava sendo conduzida por Medrones, um homem do mar que ganhou fama numa noite não muito favorável à sua reputação. A tripulação estava presa abaixo do convés. Não foi o mesmo destino que o capitão deles, que foi eliminado pela ponta da espada dela. Não havia remorso em sua cabeça, nem um sentimento que demonstrasse arrependimento. Assassina, ladra e trapaceira, foi criada entre os piores ladrões. Criada como homem, sem escrúpulos ou piedade, infiel e corrupta até mesmo entre eles. Sorriu, satisfeita. Sua frieza era uma armadura contra qualquer sentimento. Bruta e sem pudor, capaz de cometer atrocidades por uma moeda.

Sentiu ódio de sua casa, das Ilhas de Desmond, governada por um rei que poucos alegam ter conhecido, representado por uma trindade de conselheiros e seus cães da guarda-marinha, corsários que, na sua opinião, feriam terrivelmente a reputação dos verdadeiros homens do mar. Outra estupidez para Vanesey, lendas de outra época e vidas de seres inimagináveis.

Balançou a cabeça e gargalhou com a turbulência de seus pensamentos.

Olhou para a esquerda, onde seus homens brigavam ferozmente, algo rotineiro entre eles.

O assobio do vento ecoou junto com a voz rouca que interrompeu seus pensamentos. Ela havia recordado da vitória e da triste infância.

— Nesey? A voz rouca a interrompeu de tal forma que ela se desequilibrou e precisou pular de volta antes que caísse no mar.

Virou rapidamente.

— Seu tolo! Não disse para nunca me chamar assim.

— E já não disse para não ficar na beirada? — Ele colocou as mãos na cintura.

— Ora, diga o que quer, velho! — Ela sacudiu os cabelos negros e ondulados e o encarou.

Nesey sentia carinho por Flit, porque foi ele quem a tirou de seu pai, Reese Hert. Seu pai havia matado sua mãe. A intenção de Flit era pedir dinheiro ao pirata pela filha, mas ele acabou se afeiçoando à menina, criando-a como se fosse sua assim que a conheceu na ilha da Cratera. Flit e Flot a levaram de Hert quando apresentou aos chefes do clã Bredam e Sofia, que ajudaram os dois homens. Hert a procurou por muito tempo, mas eles haviam indo para mares de Balins e lá ele não ia navegar e quando a encotrou já era pirata abelidosa que não aceitava desaforros.

— Vanesey!!! — O homem gritou. Fez um gesto para que ela o seguisse.

— Flit, homem tolo e arrogante! Ele era o pior pirata que conhecia e não sabia erguer uma espada.

Flit foi um bom médico, mas, depois que sua família foi morta em Balins, ele se viu obrigado a seguir essa vida também, assim como ela.

Vanesey olhou com a luneta para o navio que os seguia: uma fragata. Ela conhecia aquele navio. Caminhou até o centro do convés.

— Covardes! — Olhou para os homens que a rodeavam. — Tanto pânico por um navio aliado. — Colocou as mãos na cintura, confusa ao ver embarcações unidas transitando próximas umas das outras. Algo estava errado.

Seguiu com ele ao perceber a tranquilidade de Flit. Havia um ar de alegria, o que era uma audácia para alguém como ele, sempre com pé atrás. Caminhou com um olhar desconfiado e, de rabo de olho, observou os homens tranquilos. Concluiu que devia ser algo relacionado ao dia.

Um embrulho na mesa e Flot a aguardava de braços abertos. Era estranho um corpo tão grande e musculoso ser tão carinhoso, nem um pouco desajeitado, como Flit.

Um aperto carinhoso.

— Dia de ficar mais velha, criança.

Foi tão rápido que ela não pôde se esquivar.

— Ah, não há nada a comemorar.

— Muito bem, Nesey, um dia você pode ser a capitã de um navio. Está na hora, garota, de usurpar um e assumir o comando.

Ela caminhou até o embrulho e o abriu. Dentro, havia uma espada reluzente.

— Você não é forte. É difícil lutar com você porque é rápida. Então, essa espada vai te dar mais firmeza.

Vanesey sentou e bateu as botas em cima da mesa.

— Flit, sabe que já sou capitã desse navio. Esses homens são todos meus. Até você me obedece.

— Ora, que atrevimento é esse? Eu cuidei de você. Te livrei de Reese. Sabe lá o que ele faria com você.

Ele veio até ela pulando, mas ela desviou do que seria um supetão bem dado em sua orelha.

— Sei que não quer que eu parta. Deixe de ser teimoso. Não sobreviveria sem mim e Flot.

— Novidades! Fomos convocados para uma reunião na Cratera pela terceira vez.

Vanesey sorriu satisfeita.

— Não imaginei outra reação, mas preste atenção: os homens estão ansiosos e irritados com os corsários. Acredito que esta será a ordem que receberemos: eliminá-los. — Disse Flot.

— Concordo. Culpa de Nesey, impulsiva e abusada. Garota estúpida, e o maldito cão dos mares está farejando as redondezas. Sete foram enforcados.

Vanesey encarou Flit, que demonstrava desespero ao ter que confrontar as sombras da Cratera.

— Não são piores que a trindade de conselheiros de Desmond — respondeu com desprezo.

Flit bateu na mesa, fazendo Vanesey retirar os pés.

— Nada é pior que o cão de Desmond — Flit arregalou os olhos, recordando que havia passado perto da região onde a embarcação dele transitava.

— Nesey, está doente? Não sabe o que aquele homem é capaz.

— Nem você, senão não estaria aqui, ouvindo suas lamentações de fraqueza e covardia. — Ela se levantou. — Tenho nojo de ouvir falar de Desmond, ódio ao ouvir o nome de Jack Loud. Maldito homem infernal, destruindo nossos irmãos.

Flit abanou o ar, balançou a cabeça e saiu.

Era difícil, depois de todos aqueles anos, não reparar em Flot, tão grande e musculoso que nem ela sabia o que dizer sobre o relacionamento entre Flot e Flit. Ela caminhou até a janela e observou: a Cratera estava próxima.

Flit sentou-se gargalhando, provavelmente prestes a contar uma de suas histórias. Ela colocou as mãos na cintura e respirou fundo.

— Você tem postura de dama, não devia ser uma de nós. Tem boa aparência.

— Engano seu. — Respondeu, abrindo um largo sorriso.

Flot olhou para Vanesey, que permaneceu perdida em pensamentos.

— Estou cheia das Sombras! — Berrou Vanesey. — Vamos ver o que querem logo, atraque imediatamente em Cratera. E se sentou com as pernas sobre a mesinha.

Acontece que para chegar a Cratera, precisava se passar por Matasi, e ela havia recebido a informação de que uma fragata sairia com mercadorias do Porto Brotonkai, com destino a Mantasi. Sabendo que havia uma guerra entre as ilhas de Feur e Panal, justamente no centro da rota da mercadoria, e considerando que as outras rotas estavam sendo atacadas, o rei fez um acordo com o rei Richard para que as mercadorias fossem transportadas por ele que era aliado das duas ilhas e, assim, elas cruzariam pela rota central, evitando o saque e os confrontos na disputa territorial entre as duas ilhas.

Nesey não estava interessada apenas nos baús de ouros, mas nas mercadorias que seriam facilmente distribuídas entre seus homens e trocadas por outras utilidades de seu interesse. Ela distribuía igualmente a todos os bens usurpados e, além disso, enfraqueceria as alinaças de Richard com os outros reinos e também terei oferendas para os chefes de seu clã: Sofie e Bredam.

Com muita relutância de Flit, Vanesey conegui montar um plano para conseguir usurpar a fragata antes de ir para ilha da Cratera, como haviam lhe ordenado, mas ela não podia perder esta oportunidade. E, logo, passado, alguns dias, ela estava no local para realizar seu ato criminoso.

Ela analisou a situação e ordenou que um grupo seguisse em bote, para abordá-lo de uma forma alternativa. Já estava com muitos bens embarcados,e não estava disposta a perdê-los em um conflito.

Flit era o capitão que pouco ordenava aos marujos e ao seu lado sempre estava Flot, seu companheiro, e estes eram dos dois homens que a sequestraram de Hert e passaram a cuidar dela como filha.

Vanesey observou a situação, estava ali homens de confiança e, então, adentrou no bote, que em seguida desceu. Ela decidiu seguir para o conflito com eles, corpo a corpo. Queria mais; um dia provaria que estava pronta para ser capitã. A fragata estava escondida entre pequenas ilhas, mas precisava de atenção redobrada para localizar a posição exata em que se encontrava.

Um tempo depois, surgiu uma fragata visada, que passou a seguir na direção do bote deles. Em segundos, o bote desceu da fragata. Vanesey sorriu, envolta no capuz.

Vinha em sua direção um bote com cinco homens armados, mirando contra eles. Ela havia escolhido os melhores, com melhor aparência, para fingir ser uma família de mercadores que foi sequestrada e abandonada em alto-mar.

— Rapazes — murmurou. — É nossa vitória ou morte. E Eles se sentaram no bote, estendendo as mãos para o alto, e Vanesey forçou um choramingo, lamentando.

Dois homens pularam para dentro do bote, que ameaçou a desiquilibrar, e observaram. Em seguida, começaram a vistoriar suas coisas. O outro começou a vistoriar a eles.

— Senhor, por favor, sou uma dama! — reclamou ela.

O homem revirou os olhos.

— Me desculpe, senhora.

Ela observou a roupa da guarda de Desmond e percebeu que, além de ter corsários rondando as áreas, Desmond mantinha guardas em algumas embarcações, como conforto para as naves que cruzavam suas águas.

— O que aconteceu? — perguntou o guarda mais velho.

— Fomos sequestrados. Nos deixaram aqui para morrer.

Os dois homens se entreolharam.

— De onde vêm?

Vanesey havia esquecido esse detalhe.

— Estávamos a caminho de Brontokai— pensou.

Ele afirmou com certeza de que estava dizendo a verdade, já que nenhum pirata ousaria ir para Brontokai, porque era ilha natal de Jack Loud.

A história contada foi baseada em um saque de que ela ouvira falar.

O homem estendeu a mão para ajudá-la a entrar no bote dele. Apesar do capuz, o vestido demonstrava o formato de seu corpo. Os outros sorriram com malícia.

Vanesey olhou com alerta, sabia que estavam enganados. Não era a embarcação que estava buscando, e teve a certeza disso quando se aproximaram.

O bote aproximou-se da fragata, e logo suspenderam as âncoras para que ela pudesse embarcar. Ao subir a bordo, o capitão demonstrou grande interesse por Vanesey.

— Seja bem-vinda — falou. O homem, de quase 60 anos, devia estar há muito tempo só. Seus olhos pararam no decote de Nesey. Ela fingiu decoro e o tampou, fechando o capuz.

— O que lhes aconteceu? — perguntou ele.

— Fomos saqueados — respondeu Mendrones.

— Esses são meus primos e tio — fez uma pausa, colocando as mãos no peito.

O capitão pareceu interessado, pediu que os outros fossem levados para se alimentar e avisou que não poderiam voltar. Teriam que seguir viagem com eles. Um guarda tentou questionar a decisão.

Nesey virou-se para ele e piscou.

O homem sorriu e saiu às pressas. O capitão pediu que ela o acompanhasse.

Nesey fez uma expressão de dama recatada.

— Senhor, vou aguardar meus parentes aqui.

O homem gargalhou, e os outros também. Seus homens pararam à frente deles, empunhando as espadas e ordenando que se sentassem.

Ele se aproximou e a tomou no colo. Ela gritou.

Com passos rápidos, ele entrou na cabine e a atirou na cama. Ela se sentou, pegando a faca guardada atrás dos nagôs do vestido.

Ela observou o lugar e viu um símbolo conhecido. Sua informação havia sido falsa. Disseram-lhe que a guarda real transportaria as mercadorias, e não corsários.

Ele começou a se despir. Vanesey fingiu chorar. Ela sabia que era uma mulher atraente e teve muitos problemas ao longo dos anos por isso.

Ela choramingou, e o homem veio se sentar ao seu lado. Ela estava com uma das mãos no rosto. Ele apertou o busto dela. Ela puxou a faca de trás e a colocou na garganta dele. Ele reagiu, e ela fez o ato sem medir.

Ele caiu morto.

Ela se levantou, já havia quase partido desta vida centenas de vezes, mas, desta vez, foi fácil... fácil demais. Saiu da cabine devagar, pois havia tumulto, já que a embarcação dela vinha contra eles.

Os homens estavam com a expressão de pavor estampada em seus rostos.

— Prepare-se. O próximo serei eu — falou um homem, com um olhar ansioso.

Ouviu gritos, e o som de canhões chegou até ela.

Ela sorriu satisfeita. Eles chegaram a tempo. A leste vinha sua fragata, disparando canhões no ar. A distância que estavam não permitia manobrar em tempo, e a luta corpo a corpo aconteceria.

A luta entre os três piratas começou. Eles protegiam uns aos outros, enquanto os homens de Nesey invadiam a embarcação. A ação foi rápida demais.

Seus homens brigavam no convés. Outros subiam pelas cordas. Um tiro veio em sua direção, e ela pulou, mas o homem atirou novamente. Ela correu e o acertou com a espada no ventre. Ele gemeu. Gritos começaram.

Vanesey puxou uma corda que estava presa à vela, correu e pulou com ela. Cruzou o convés e lutou com dois homens.

Flot surgiu no meio do caos, e os olhares de pavor surgiram nos olhos dos guardas. Ele correu e derrubou seis homens. Outros se renderam. Nesey mandou jogá-los ao mar.

— Façam a limpa. Joguem todos no mar — ordenou Nesey.

Exausta, ela observou Flit, que estava suado. Vanesey analisava os estragos na fragata feitos pelos canhões.

— Corsários? — perguntou Flit, intrigado.

— Um grupo de novos corsários, sem experiência no mar — concluiu.

Flit parecia incomodado.

— As coisas mudaram, estão usando corsários junto com guardas.

— Foram enganados. Esse grupo foi muito fácil. Prepare-se para partir. Estou com um mal pressentimento.

Ao dizer isso, um tiro passou por eles, e a confusão se armou.

— Flot, ao leme! — ordenou Nesey.

Flit a seguiu e passou a luneta para ela.

— Uma armadilha.

Ela cruzou o convés, ordenando aos homens e acenando.

Uma escuna estava à frente, e os tiros de canhão se aproximavam.

— Maldição! — disse Flit.

Vanesey desceu e ajudou a preparar os canhões.

— Martel! — chamou a atenção do homem. — Agora! — berrou.

Tiros foram disparados em direção ao navio a leste.

Eles estavam com poucos homens para fazer a fragata navegar rápido.

— Nesey, vamos pular!

— Não vou abandonar o prêmio. Fuja se quiser, Flit.

Vanesey corria ajudando os homens. Essa atitude era o que a fazia ser respeitada entre eles.

— Temos tempo. Tolos nos alertaram bem a tempo de receber a rajada de vento.

Flit andou até o ponto, pegou a luneta.

— Não pode ser.

Nesey, ao longe, ouviu a reclamação de Flit, que tremia e deixou a luneta cair.

Vanesey abriu o mapa, passou a mão e olhou ao redor. Eles estavam ao norte da ilha Garth, central das Ilhas Desmond. Ela quis praqueja, mas não podia, havia se enganado nos mapas sobre mercadoria de Matasi.

Não sabiam o porquê, mas Garth era uma ilha de embarcações. A ilha afundava em determinado período do ano, o que ela não sabia, fazia tempo que não estava em casa. Olhou distante, e lá estava o amontoado de embarcações, pequenas como um pássaro distante em alto-mar.

— À bombordo! — ordenou.

Flit veio correndo até ela, e ela acenava para os outros que acataram a ordem da fragata.

— Está louca! — gritou. — Está nos levando para as águas de Desmond!

Ela gargalhou.

— Vamos conseguir.

— Vanesey, não podemos passar.

A escuna vinha distante, tomando velocidade. Ela olhou para a fragata, sua embarcação de anos, acenou para seguir junto. Próxima, ela comandaria da fragata roubada.

Vanesey pegou o leme no momento em que a fragata se aproximou. Flit saltou, com uma corda, sendo puxado pelos homens, e correu em direção ao leme.

— Nesey! — berrou Flit. — O maldito velho capitão Loud está nos seguindo!

Ela gargalhou, não podia ouvir nada do que Flit dizia.

— Medrosos! — berrou ela.

As ondas fortes começaram, as águas de Desmond eram inavegáveis naquela parte, com muitas pedras pelo caminho. Mas, certa vez, observando ao longe, ela viu um barco pequeno cruzando as águas. Ele passou perto da ilha, bem próximo das pedras pontiagudas.

Ela olhou Flit gritar, Flot se concentrava na escuna. Ela girou o leme. A bala de canhão quase os acertou. Ela passou pelo canto e a pedra surgiu. Ela esbarrou, e pedras caíram dentro do barco. Ela respirou fundo. Flot a imitou.

Ao longe, ela viu o navio da guarda se afastar.

Um ser marítimo surgiu.

— Baleias! — gritaram os homens.

A baleia parecia querer fazê-los virar.

Com o tempo, ao entrar nas águas de Desmond, o mar se acalmou. Muito distante, via-se a escuna. Ela passou a mão na testa.

Olhou a rota e concluiu que devia voltar. Retornou, seguindo em direção à cratera. Era um perigo seguir naquela direção, mas ela precisava arriscar. Antes eles do que ela. E não havia como não ser observada sendo que passou por algumas embarcações de comerciantes e, logo, seguiu para o destino que devia ter tomado antes.

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