- Viada, se você não sair daí eu irei arrancá-la desse barco. - Mateo disse entre dentes baixinho.
Minhas pernas bambearam tanto que parecia que não eram as ondas que o faziam oscilar, e sim meus próprios movimentos.
Era de se esperar que depois de três filhos, um casamento intenso antes dos 30 fosse motivo de não ter nervosismo aparente, mas não era bem assim que funcionava as coisas. Quem conhecia a Hália e eu, sabia que éramos incrivelmente apaixonadas uma pela outra e mesmo que já fossemos casadas legalmente, obviamente depois do pedido real dela, que iriamos oficializar com todos que eram importantes ao nosso redor.
No entanto, isso não quer dizer que eu não estivesse tremendo de ansie
Décadas mais tardeSob as turbulentas ondas, o Sol tocava a água como se fossem íntimos. Cinzas foram derramadas por uma brisa que cheirava a maresia e alfazema.Finalmente após milênios as duas almas estariam em paz em algum lugar que seria destinado às duas que se amaram como enamoradas intensas, furacões em formas humanas que se dedicaram uma à outra, em paixão, luxúria e desejo. Mas, cumplicidade, lealdade e
Grécia antiga, milhares de anos antes de CristoO corpo dela se arrastava pela beirada do penhasco.Por um minuto ela não teve forças para continuar, não queria. Na verdade, ela apenas queria morrer ali.Reviveu as últimas horas e lágrimas escorriam por seu rosto. Seu corpo doía de tantas maneiras, que ela não conseguia sequer pensar. As violações cometidas contra ela, eram tão grotescas que não conseguia contabilizar em seus pensamentos, ainda mais por quem haviam sido feitas. Por algum tempo ela se permitiu chorar.Atrás dela, a ilha mítica pegava
Grécia antiga, milhares de anos antes de CristoO corpo dela se arrastava pela beirada do penhasco.Por um minuto ela não teve forças para continuar, não queria. Na verdade, ela apenas queria morrer ali.Reviveu as últimas horas e lágrimas escorriam por seu rosto. Seu corpo doía de tantas maneiras, que ela não conseguia sequer pensar. As violações cometidas contra ela, eram tão grotescas que não conseguia contabilizar em seus pensamentos, ainda mais por quem haviam sido feitas. Por algum tempo ela se permitiu chorar.Atrás dela, a ilha mítica pegava
Eu estava derivando… Seria eu espuma? Seria eu ondas?Onde meu corpo se encontrava?Claro, oh sim! Eu era parte dela. Ela era parte de mim. E nessa vida escura, infinita e maravilhosa. Nós éramos mar. Calmaria. Vente e tormenta.Acordei sobressaltada e quase caí da cama.Respirei fundo e percebi que meu coração estava sobressaltado. Como se eu tivesse corrido uma maratona toda. Sentei e tentei acalmar meu coração. Por um momento eu tive a sensação de estar submersa na água, seja no mar ou em algum lago. Ainda conseguia sentir a corrente me jogando para todos os lugares. Mas, deveria ser só o suor. Estava quente demais e ali era Fernando de No
Passarinhos cantavam lá fora.Abri meus olhos e estava em meu quarto de hotel. As lembranças da noite passada inundaram minha mente e sorri, eu estava completamente encantada com Hália. Com seu sorriso, com sua presença tão dominante, mas tão gentil. Ela conseguia me fazer rir, me divertir e sentir um prazer absurdo apenas com as pontas dos dedos. Achei que poderia ser estranho. Que nós talvez não fossemos nos entender tanto, afinal aquela mulher era maravilhosa, poderia ter a mulher que quisesse, alguém cem porcento certa de sua sexualidade. Mas, por algum motivo ela tinha gostado de mim, e eu dela.Me levantei e caminhei para o banheiro tomar uma ducha. Tomei um banho rápido e minha pele estava tremendamente sensível depois daquele orgasmo incrível que eu havia tid
Hália passou os braços ao meu redor, colocando a mão sob meu queixo e segurando meu cabelo pela nuca. Sua língua tocou a minha e senti meu corpo oscilar com a descarga elétrica que me envolveu. Me apertei à ela e pressionei meu corpo contra o seu. Nós nos beijamos com mais intensidade e então ela me soltou, para me levar ao patamar que dava acesso ao barco. De joelhos, ela me encarou, mais alta que eu, Hália passou delicadamente seus dedos por meu rosto, seus olhos eram do mais claro de castanho dourado ao sol, assim como os cabelos cor de mel, me devoravam.Sua boca voltou para a minha e ela me beijou com vontade.As mãos dela agarraram minha bunda e gemi em sua boca. Hália apertava minha pele, seus lábios percorreram meu rosto, sua respiração alta faz
Acordei com um toque alto em minha porta. Batidas frenéticas e incessantes.- Você só pode estar de brincadeira comigo… - murmurei.Me sentei na cama, tirando o cabelo ressecado e enrolado em um grande nó. Sai indo até o banheiro vestir o roupão e notei que estava sozinha no quarto. Hália deveria ter ido para casa. Pelo menos um bilhete teria sido bom. Revirei os olhos e fui atender a porta que ainda fazia barulhos. Jesus, eram nove horas da manhã.Assim que abri a porta, tentei fechar, mas dois braços masculinos a seguraram e forçaram a entrada.- Me deixe entrar, Elescia! - a voz grossa disse.Rugi de raiva e quase bati
Sob o sol escaldante, deitada em uma espreguiçadeira, ouvi meu celular tocando o barulhinho de mensagens. Fazia um bom tempo que eu não dava atenção para ele. Precisava mandar alguns emails e tentar decidir por onde começaria quando voltasse.Quando você volta, piranha?Dei risada ao me deparar com a primeira mensagem, que era de Mateo, meu melhor amigo, praticamente irmão.Pode ser que eu demore mais alguns dias.Ele respondeu no mesmo instante.Algum homem tem haver com isso?Se ele soub