Hália passou os braços ao meu redor, colocando a mão sob meu queixo e segurando meu cabelo pela nuca. Sua língua tocou a minha e senti meu corpo oscilar com a descarga elétrica que me envolveu. Me apertei à ela e pressionei meu corpo contra o seu. Nós nos beijamos com mais intensidade e então ela me soltou, para me levar ao patamar que dava acesso ao barco. De joelhos, ela me encarou, mais alta que eu, Hália passou delicadamente seus dedos por meu rosto, seus olhos eram do mais claro de castanho dourado ao sol, assim como os cabelos cor de mel, me devoravam.
Sua boca voltou para a minha e ela me beijou com vontade.
As mãos dela agarraram minha bunda e gemi em sua boca. Hália apertava minha pele, seus lábios percorreram meu rosto, sua respiração alta faz
Acordei com um toque alto em minha porta. Batidas frenéticas e incessantes.- Você só pode estar de brincadeira comigo… - murmurei.Me sentei na cama, tirando o cabelo ressecado e enrolado em um grande nó. Sai indo até o banheiro vestir o roupão e notei que estava sozinha no quarto. Hália deveria ter ido para casa. Pelo menos um bilhete teria sido bom. Revirei os olhos e fui atender a porta que ainda fazia barulhos. Jesus, eram nove horas da manhã.Assim que abri a porta, tentei fechar, mas dois braços masculinos a seguraram e forçaram a entrada.- Me deixe entrar, Elescia! - a voz grossa disse.Rugi de raiva e quase bati
Sob o sol escaldante, deitada em uma espreguiçadeira, ouvi meu celular tocando o barulhinho de mensagens. Fazia um bom tempo que eu não dava atenção para ele. Precisava mandar alguns emails e tentar decidir por onde começaria quando voltasse.Quando você volta, piranha?Dei risada ao me deparar com a primeira mensagem, que era de Mateo, meu melhor amigo, praticamente irmão.Pode ser que eu demore mais alguns dias.Ele respondeu no mesmo instante.Algum homem tem haver com isso?Se ele soub
O sol despertou no horizonte e encarei areia de mãos dadas com Hália.Como um alarme, milhões de tartaruguinhas abriram caminho para o mar que quebrava na praia. Hália apertou minha mão e beijou meu cabelo.Confiante, cada tartaruguinha seguia seu rumo e lutando com a areia granulosa, atingindo a água espumante que desabrochava. Observei fascinada elas entrarem uma a uma no mar e não saí de meu lugar, na área de preservação que Hália havia me trazido e bebi direto do gargalo do espumante de ouro. Eu estava completamente bêbada e muito louca, depois da noite incrível que tinha tido. Regada a danças, comida e muito sexo, Hália tinha me levado para além do meu limite conhecido e me sentia drenada de forças física, mas sent
Bertran Conai me encarou e bateu sua caneta em seus papéis, nós dois nos encarando sem conseguir entender como resolver tudo aquilo.- Você ia se casar com Jasper, ele foi até você em Fernando de Noronha e lá você se casou com uma mulher chamada… - ele olhou a cópia que havia conseguido pelo sistema de cartório do país. - Hália Kouris. Isso é grego? - ele indagou, surpreso e assenti. - Então, Jasper ia liquidar as dívidas da empresa e colocar os salários em dia. Mas, provavelmente para tirar algum lucro da editora, teria que vender e começar praticamente do zero.Fechei meus olhos e respirei fundo. Fazia três dias que tinha voltado de viagem e o estresse tinha voltado como um monstro devorando minha cabeça, meu corpo e min
Encarei Hália até o último funcionário sair da sala. Bertran ao ver minha expressão também havia ido embora e salientando que precisávamos nos encontrar para almoçar naquela semana novamente. Ela fechou a porta e me olhou, colocando os braços para trás. Ainda não havíamos trocado uma palavra desde o brinde, e mesmo após uma hora ainda não tinha conseguido assimilar sua presença tão marcante, mas que naquele momento estava me dando raiva.Hália colocou algumas taças no lugar, arrumando e sabia que estava protelando.- O que você acha de levarmos alguns relatórios para a sala de reuniões e lá poderemos conversar mais à vontade? - ela sugeriu. HáliaDobrei o pescoço e estiquei os braços, me alongando no chão de minha sala de estar. Olhei para os milhares de papéis à minha frente e me servi de mais uma dose de conhaque. Eu não ficava bêbada tão fácil, mas de estômago vazio e cansada como estava, me sentia levemente alterada. Mas, nã10. ALÉM DA RAZÃO
Hália- Você a ama? - a voz de Gretta sussurrou perto do meu ouvido.Nós estávamos deitadas sob a cama antiga, da minha casa da Grécia há tantos milênios antes.Parei alguns segundos para pensar.- Mais do que a mim mesma. - respondi sabendo que eu tinha certeza.Ela enrolou uma mecha de meu cabelo entre os dedos.- Por que com ela é tão diferente? - ela indagou.Diferente de Elescia, Gretta era extrema
Passei a mão em Orfeu e olhei a Hália caminhando de um lado para o outro, falando ao telefone e Orfeu e eu, estávamos deitados no sofá do apartamento dela, vendo-a andar impaciente para lá e pra cá, falando ao telefone ou às vezes, gritando.Ela desligou irritada e pensei em insistir em como ela não havia sido atingida pelas balas, mas os dois seguranças estavam na cozinha com um notebook, que parecia do exército e conversavam baixo. Hália ainda vestia as mesmas roupas rasgadas e não tinha parado um minuto desde que havíamos chegado.- Senhora. - um deles chamou da cozinha e eu ainda não tinha ideia de quem era quem.Hália levantou o rosto e foi até lá.