Amélia acordou assustada aquela noite o seu corpo tremia suas mãos mal conseguiam se mover, mas ela colocou a mão sobre seu pescoço, bateu em seu rosto duas vezes. Viva, ela dizia a si mesma, ainda estava viva, era tudo um pesadelo, ela colocou novamente a mão sobre sua barriga, queria esquecer aquele dia, mas também tinha medo de esquecer por completo, ela decidirá que o único caminho a seguir era o da vingança. Ela tirou os lençois de seu corpo, não conseguia mais dormir pegou o casaco em seu guarda roupa e saiu porta a fora.Não sabia ao certo para onde devia andar, mas o ar fresco que vinha do jardim aliviava o pesadelo e os gritos dela em seu sonho. Ela andava se arrastando segurando na parede quando tocou os pés na grama, deixou que seu corpo caísse ao chão, medo, ela tinha medo. A brisa e a lua fazia com que seu corpo relaxasse ela podia sentir que estava revigorada pela luz que vinha da lua que brilhava intensamente naquela noite. Mas então ela sentiu a presença, seu corpo enr
Amélia não sabia o que devia responder ainda olhava para um lado e para o outro à procura de David, ela não conseguia responder, porque lá no fundo em algum lugar de seu coração, ela sentia, sentia alguma coisa por ele. Era a lembrança em sua garganta, a dor que vinha de dentro dela do filho que não havia nascido que lembrava a ela de sua vingança, mas ele fora seu marido, o homem que desejou todas as noites, ela não poderia odiar ele como ela queria, mas ela o fazia.-- O levou para onde? -- Responda a minha pergunta -- o Rei deu um passo para frente, assustada, Amélia andou para trás -- ainda o ama? Ainda o quer depois de tudo?-- Não interessa o que desejo -- Amélia ignorou as mãos trêmulas e a voz vacilante continuou falando com toda raiva que estava dentro dela -- não interessa, você não sabe de nada -- ela colocou a mão sobre sua barriga -- não sabe de nada.-- Então conte-me o que deseja, conte-me o que quer, tudo, tudo será seu, o que desejar, peça-me. Amélia levantou sua cab
Amélia usava um capuz sobre a sua cabeça enquanto seguia dentro da carroça para a casa de seu pai, ainda sentia calafrios, eles não haviam vindo ao casamento, não sabia se a notícia havia chegado. Que agora ela era noiva do Rei, Abigail sentava à sua frente, não falava uma única palavra, volta e meia encarava Amélia que não lhe dava a menor atenção. Amélia tinha em mente uma única coisa, saber tudo sobre feitiços, tudo sobre as bruxas, lendas que o povo do sul sempre falava.Um poder mágico adormecido há muito tempo atrás, o povo do sul, o clã do pai de Amélia era muito importante pelas lendas que carregava. Ela precisava saber como havia voltado no tempo, como havia chegado ali, qual era motivo de tudo isso, ela sabia que não podia contar tudo, não sabia ao certo como falaria ou como começaria, mas tinha que extrair alguma coisa.-- Estamos perto -- disse Abigail virando seu rosto para a janela certificando que já estavam se aproximando -- nenhuma carta foi enviada pela sua família
-- Meu filho -- gritou Amélia em desespero enquanto a levavam pelo palácio o homem à sua frente era quem ela dera seu coração, mas lá estava ele andando com sua amante do lado seguindo com ela toda machucada, sangue saia de boca o corpo doía com tantas batidas em seu corpo, não podia gritar, mal conseguia falar -- Estou grávida. Dizia em desespero para o homem que um dia pensou amar, mas ele não olhava para trás nem encarava seu rosto, ela não o reconhecia e não compreendia o que estava acontecendo, traída era tudo que passava em sua cabeça, ela tinha sido traída por aquele que um dia ela jurou seu amor eterno.-- Fique quieta -- disse a amante abrindo a porta, Amelia foi lançada para dentro do pequeno quarto escuro, ela não conseguia ver nada mesmo com a força de um lobo que ela tinha estava cansada demais para conseguir sequer rugir na direção de seu esposo -- este filho que carrega é um bastardo, por isso, está condenada ambos a morte.-- Ele é seu meu príncipe -- ela colocou sua
-- Nosso filho -- Amélia segurou na barriga mais uma vez encarando o rosto de seu amado esperando por alguma centelha de seu amor para ela, mas tudo que via em seus olhos era uma fúria sem fim, ele andou até ela, ela arrastou-se até ele segurando em sua calça, ele a chutou sem nenhuma dor ou piedade o corpo de Amélia foi jogado para trás, o rosto contra o chão as mãos trêmulas, ela não conseguia entender estava grávida era um filho dele, ela não podia matar sua própria prole -- estou grávida é seu filho, por Deus, não faça isso. Ela virou para a amante para a sua empregada estava atrás dele com, ela sentia a presença dela que um dia havia chamado de amiga a sua risada era cruel a porta havia sido fechada minutos depois, escuridão era tudo que conseguia ver, eles já não estavam mais ali, estava sozinha. Ela dormia e acordava constantemente em seu sonho tudo voltava ao normal, ela acordava em sua cama a empregada corria em sua direção com seu sorriso angelical a ajudava a vestir-se a e
Amelia gritou, esperneou e tentou correr para longe, ela via mais a frente na frente do palácio o que lhe esperava. O príncipe cortaria sua cabeça na frente do palácio, a sua empregada estava parada sorrindo em sua direção enquanto ela era levada para um palco, ela serviria de atração para todos os empregos. Ninguém se importava com ela, ela era aquela que um dia andou pelos corredores com todos sorrindo e a servindo, mas agora estavam todos de cabeça baixa esperando que sua morte acontecesse.--Por favor -- ela ainda continuava sendo arrastada pelos degraus sendo posicionada com a cabeça na madeira a cesta a sua frente fez com que seu corpo reagisse as mãos em sua barriga, ela gritou para qualquer um que estivesse à sua frente com esperança que alguém ouvisse sua voz -- estou gravida, por favor.Tudo que pensava era em seu filho no ventre, mas já era tarde havia feito a escolha errada sua família sempre esteve certa. Se tivesse ouvido seu pai, se tivesse seguido o plano de seu pai, t
Amélia encarava a porta à sua frente estava sozinha, Abigail já havia se retirado, ela entraria dentro do salão andando até o seu amado. Não havia um sorriso em seu rosto, os cabelos longos estavam soltos, o rosto uma mistura de ódio e braveza, ela esticou o pescoço quando lentamente os portões se abriam. Ele estava parado olhando para ela com um sorriso angelical em sua direção, mas Amélia não compartilhava de sua alegria, ela o encarava com severidade os conselheiros esperavam em pé.Todos, todos os rostos estavam na noiva do príncipe, todos os mesmo rostos que haviam olhado para ela quando estava caminhando para a sua morte. Ela andou pelo salão encarando cada um deles, lembrando a si mesma o que devia fazer, ela parou de frente para o príncipe como a cerimônia exigia. Um dos conselheiros o mesmo que havia a condenado parou ao lado de ambos, ela fechou suas mãos em um punho, ódio invadiu seu rosto, mas fingiu um sorriso na direção de seu amado. -- Que a cerimônia comece -- exclamo
Amélia não conseguia se mover ao mesmo tempo que sentia todo seu corpo calmo e sereno com a presença do Rei, também sentia um medo. Igor tremia com a voz de seu irmão, ele olhava entre Amélia e ele sem entender o que estava acontecendo, os conselheiros ficaram em silêncio sem ousar dizer nenhuma palavra, ninguém ia contra a autoridade do Rei. Todos se ajoelharam logo em seguida quando o seu rugido ecoou pelo local, Amélia com as pernas bambas e com o coração na boca só podia se ajoelhar, Igor fez o mesmo ainda sem compreender o que estava acontecendo.Ela sabia que ele andava em sua direção, ela sentia sua presença vindo, ela só podia manter a cabeça baixa. Tudo que pensava era que estava acontecendo de novo seria morta seu destino não havia mudado, mas agora era o Rei que teria a sua cabeça em uma bandeja, ela só pode colocar a mão em sua barriga, não havia conseguido vingar seu filho. -- Levante-se. Ela não conseguia dizer não o Rei era um puro alfa um homem que ela não podia nega