Amélia não conseguia se mover ao mesmo tempo que sentia todo seu corpo calmo e sereno com a presença do Rei, também sentia um medo. Igor tremia com a voz de seu irmão, ele olhava entre Amélia e ele sem entender o que estava acontecendo, os conselheiros ficaram em silêncio sem ousar dizer nenhuma palavra, ninguém ia contra a autoridade do Rei. Todos se ajoelharam logo em seguida quando o seu rugido ecoou pelo local, Amélia com as pernas bambas e com o coração na boca só podia se ajoelhar, Igor fez o mesmo ainda sem compreender o que estava acontecendo.
Ela sabia que ele andava em sua direção, ela sentia sua presença vindo, ela só podia manter a cabeça baixa. Tudo que pensava era que estava acontecendo de novo seria morta seu destino não havia mudado, mas agora era o Rei que teria a sua cabeça em uma bandeja, ela só pode colocar a mão em sua barriga, não havia conseguido vingar seu filho.
-- Levante-se.
Ela não conseguia dizer não o Rei era um puro alfa um homem que ela não podia negar, Amélia se levantou e quando olhou para ele, assustou-se, ela a encarava com uma intensidade, o rosto estava sobre o dela e sua mão estava esticada em sua direção esperando que ela segurasse a sua mão em seguida.
-- Ela é minha noiva -- Igor levantou-se em seguida pegando pelo pulso de Amélia apertando com força, fazendo ela grunhir de dor, ela foi puxada para a sua direção, mas não chegou perto dele, pois o Rei a pegou logo em seguida segurando ela pela outra mão livre ambos olharam um para o outro em silêncio por alguns segundos medindo força pelo olhar de lobo, mas era evidente que Igor não ganharia de seu irmão -- diga a ele,Querida, que é minha noiva?
Ele apertou o pulso de Amélia, ela contorceu seu rosto de dor se o Rei havia notado ou não, ela não sabia, mas foi no exato momento que ela foi puxada para perto do Rei, ele segurou seu dois braços, agora, ela estava próximo dele, quente, Amélia sentia uma quentura que invadia seu seu corpo, ela ignorou aquela quentura lembrando a si mesma o que viera fazer naquela nova vida.
-- Sou noiva do Rei. Ela não sabia o motivo do Rei fazer aquilo, não sabia quais eram seus motivos tudo que ela queria era vingança e o rosto de Igor se contorcendo de vergonha era tudo que ela queria naquele momento, todos estavam horizado com o que estava acontecendo, todos cochichavam baixinho, Igor olhava de um lado para o outro nervoso, ele voltou o rosto para Amélia, mas ela sorria como uma víbora nos braços de seu irmão.
-- O que está fazendo? Sussurrou Igor para Amélia baixinho, mas ela não teve tempo de responder, ela sentiu quando as mãos firmes do Rei seguraram com mais firmeza os ombros de Amélia, ela ficou presa em suas mãos, agora, não tocava mais os pés no chão, pois ele levantava ela em seguida.
-- Este casamento acabou -- a voz do Rei era mais autoritária sua voz estava mais rouca e assustadora fazendo Amélia tremer, -- voltem todos para seus afazeres -- ele virou seu rosto exclusivamente para seu irmão -- não há mais nada com ela a partir de hoje.
Amélia não conseguiu ver seu rosto, pois foi levada pelo Rei para fora do salão, ela não sabia para onde ele estava levando ela, mas preferiu por enquanto ficar em silêncio quando já não estava mais na frente de todos, lutou contra o Rei, ela balançou seu corpo, até que ele finalmente soltou seus braços, estavam no corredor, ela conhecia este lugar era o único lugar que não podia andar, ela estava sendo levada para o quarto do Rei, o local no castelo pertencente apenas a ele, nem seu irmão ousava ficar nesta área.
-- Eu posso andar -- ela não queria mais sentir aquela quentura que vinha de seu corpo, ela não queria mais sentir a sensação de segurança de novo -- o que quer de mim, meu Rei?. Ela não queria mais perder tempo, sabia que o Rei jamais havia visto ela antes, não entendia seu motivo, ele estava usando ela, não havia outro motivo, ela queria saber o que ele queria logo, se ambos poderiam se beneficiar com essa vingança, ela estava pronta para assumir os riscos.
-- Pensei que havia deixado claro -- o Rei colocou as mãos atrás de suas costas, inclinou a sua cabeça na direção dela, então lhe deu um sorriso de lado, -- estou pegando o que é de meu irmão, agora, sou seu, use-me como quiser. Havia uma intensidade no olhar dele que Amélia não conseguia compreender, ela não conseguia ver nada em seus olhos, mas não iria sorrir para ele, ela deu um passo para trás e encarou seu rosto com mais severidade.
-- O que está querendo me dizer, Majestade? O Rei a encarou com mais destreza chegando um poiuco mais perto de Amelia, ela deu um passo para trás cruzou seus braços impedindo que ele se aproximasse protegendo concientemente seu coração, ela jurou que jamais seria de alguém novamente, ela havia sido traída, haviam matado seu bebê, ela não seria iludida de novo nem mesmo pelas palavras doces de um Rei.
-- Entenda como entender -- ela deu um passo para trás quando ele se aproximou tirou uma mexa de seu cabelo, aquele pequeno toque fez o coração de Amélia bater freneticamente --agora, sou seu. A intensidade da voz do Rei fez o corpo de Amelia se arrepiar, ele ainda segurava uma mecha de seus cabelos, aquele olhar em seu rosto a deixava incomodada, pois ela não conseguia desviar, sentia verdade em suas palavras, mas queria sentir mentiras, não iria ceder, não iria voltar atrás, ela apenas usaria o Rei, mas jamais daria seu coração para ninguém, ele mentia, dizia ela para si mesma, mentia como Igor mentiu, ela não podia cometer o mesmo erro do passado duas vezes, voltou, então tudo que podia estar em seu coração era apenas vingança.
--Eu não sou de ninguém.
Amélia não se importava com as palavras do Rei, mas elas ainda estavam sobre a sua cabeça, ajeitava o vestido, enquanto tremia um pouco. Ajeitava o cabelo, o vestido de noiva estava sobre a sua cama, mal conseguia acreditar no que havia acabado de acontecer, mas ela continuava repetindo a si mesma, vingança, ela tinha que continuar a sua vingança. Ela levantou-se, encarou o vestido e as memórias de seu casamento colocou a mão sobre a sua barriga lembrando a si mesma que já não tinha mais nada ali, ele estava morto. Quando a porta bateu, um sorriso malicioso tocou os lábios de Amélia.-- Entre. Abigail entrou rapidamente fechando a porta em seguida seu rosto ainda estava transtornado pelo que havia acabado de presenciar, mas tinha que manter as aparências em frente de Amélia, ela abaixou a cabeça em silêncio.-- Mandou me chamar Senhora -- sua voz vacilou um pouco, Amélia havia notado, o vestido ainda estava sobre a sua cama, ela o tocava enquanto sorria -- senhora, o príncipe está mui
-- Meu filho -- gritou Amélia em desespero enquanto a levavam pelo palácio o homem à sua frente era quem ela dera seu coração, mas lá estava ele andando com sua amante do lado seguindo com ela toda machucada, sangue saia de boca o corpo doía com tantas batidas em seu corpo, não podia gritar, mal conseguia falar -- Estou grávida. Dizia em desespero para o homem que um dia pensou amar, mas ele não olhava para trás nem encarava seu rosto, ela não o reconhecia e não compreendia o que estava acontecendo, traída era tudo que passava em sua cabeça, ela tinha sido traída por aquele que um dia ela jurou seu amor eterno.-- Fique quieta -- disse a amante abrindo a porta, Amelia foi lançada para dentro do pequeno quarto escuro, ela não conseguia ver nada mesmo com a força de um lobo que ela tinha estava cansada demais para conseguir sequer rugir na direção de seu esposo -- este filho que carrega é um bastardo, por isso, está condenada ambos a morte.-- Ele é seu meu príncipe -- ela colocou sua
-- Nosso filho -- Amélia segurou na barriga mais uma vez encarando o rosto de seu amado esperando por alguma centelha de seu amor para ela, mas tudo que via em seus olhos era uma fúria sem fim, ele andou até ela, ela arrastou-se até ele segurando em sua calça, ele a chutou sem nenhuma dor ou piedade o corpo de Amélia foi jogado para trás, o rosto contra o chão as mãos trêmulas, ela não conseguia entender estava grávida era um filho dele, ela não podia matar sua própria prole -- estou grávida é seu filho, por Deus, não faça isso. Ela virou para a amante para a sua empregada estava atrás dele com, ela sentia a presença dela que um dia havia chamado de amiga a sua risada era cruel a porta havia sido fechada minutos depois, escuridão era tudo que conseguia ver, eles já não estavam mais ali, estava sozinha. Ela dormia e acordava constantemente em seu sonho tudo voltava ao normal, ela acordava em sua cama a empregada corria em sua direção com seu sorriso angelical a ajudava a vestir-se a e
Amelia gritou, esperneou e tentou correr para longe, ela via mais a frente na frente do palácio o que lhe esperava. O príncipe cortaria sua cabeça na frente do palácio, a sua empregada estava parada sorrindo em sua direção enquanto ela era levada para um palco, ela serviria de atração para todos os empregos. Ninguém se importava com ela, ela era aquela que um dia andou pelos corredores com todos sorrindo e a servindo, mas agora estavam todos de cabeça baixa esperando que sua morte acontecesse.--Por favor -- ela ainda continuava sendo arrastada pelos degraus sendo posicionada com a cabeça na madeira a cesta a sua frente fez com que seu corpo reagisse as mãos em sua barriga, ela gritou para qualquer um que estivesse à sua frente com esperança que alguém ouvisse sua voz -- estou gravida, por favor.Tudo que pensava era em seu filho no ventre, mas já era tarde havia feito a escolha errada sua família sempre esteve certa. Se tivesse ouvido seu pai, se tivesse seguido o plano de seu pai, t
Amélia encarava a porta à sua frente estava sozinha, Abigail já havia se retirado, ela entraria dentro do salão andando até o seu amado. Não havia um sorriso em seu rosto, os cabelos longos estavam soltos, o rosto uma mistura de ódio e braveza, ela esticou o pescoço quando lentamente os portões se abriam. Ele estava parado olhando para ela com um sorriso angelical em sua direção, mas Amélia não compartilhava de sua alegria, ela o encarava com severidade os conselheiros esperavam em pé.Todos, todos os rostos estavam na noiva do príncipe, todos os mesmo rostos que haviam olhado para ela quando estava caminhando para a sua morte. Ela andou pelo salão encarando cada um deles, lembrando a si mesma o que devia fazer, ela parou de frente para o príncipe como a cerimônia exigia. Um dos conselheiros o mesmo que havia a condenado parou ao lado de ambos, ela fechou suas mãos em um punho, ódio invadiu seu rosto, mas fingiu um sorriso na direção de seu amado. -- Que a cerimônia comece -- exclamo