Ferman Aksoy Deixei Leyla na casa da minha família, uma mansão protegida por homens em cada canto. Era o único lugar onde eu sabia que ela estaria em segurança enquanto eu lidava com o sequestro de Nazli. — Fique tranquila, Leyla. — Segurei seu rosto delicadamente, forçando-a a me olhar. Seus olhos estavam inchados de chorar, e seu corpo tremia de ansiedade. — Eu vou trazer sua irmã de volta. Sem um único arranhão, eu prometo. Ela segurou minha mão com força, seus olhos implorando por segurança. — Por favor, Ferman... não deixe nada acontecer a ela. — Nada vai acontecer, Leyla. Confie em mim. Beijei sua testa rapidamente, soltei minhas mãos das dela e me virei para sair. Antes de cruzar a porta, olhei para trás mais uma vez, encontrando seu olhar cheio de desespero. Isso só aumentou minha determinação. Meus homens já haviam rastreado a localização onde Nazli estava sendo mantida. Era um galpão abandonado nos arredores da cidade, cercado por árvores altas e escuras
Ferman AKsoy A casa estava finalmente tranquila, um contraste gritante com as últimas horas. Nazli dormia profundamente ao lado de Leyla, o rosto sereno, como se tivesse encontrado um refúgio após o pesadelo. Leyla, por outro lado, permanecia acordada. Eu a observei de longe, encostado na sofá próximo a cama. Ela alisava suavemente os cabelos da irmã, seus olhos refletindo uma mistura de alívio e algo mais difícil de identificar. Depois de um tempo, Leyla olhou para mim. Nossos olhares se encontraram, e ela se levantou silenciosamente, deixando Nazli adormecida. Seus passos foram suaves enquanto ela caminhava em minha direção e se sentava ao meu lado no sofá. — Não sei como te agradecer pelo que fez, Ferman. — Sua voz era baixa, mas carregada de emoção. — Você salvou a minha irmã. Eu a encarei por um momento, absorvendo suas palavras. Não era algo que precisasse ser dito; eu faria tudo de novo, sem hesitar. — Não precisa me agradecer, Leyla. Eu prometi que a traria de vol
Leyla Ylmaz Nascemos sem escolher nosso nome, e da mesma forma não escolhemos quem será nossa família, crescemos em meio a um mundo caótico, corrupto e muitas vezes, é no nosso lar que deveria ser um lugar de paz e um ambiente amoroso, onde acabamos sofrendo por um amor doentio, que ultrapassa o respeito e torna a vida de uma família em um pesadelo, essa é a minha lembrança familiar, hoje com meus vinte e oito anos, formada em advocacia, ainda tenho feridas que não foram curadas e a maior parte delas vem de um único homem, aquele que quando eu era criança costumava chamar de pai. A perda do meu pai ainda era algo que eu não conseguia assimilar completamente. Fazia pouco mais de um mês que ele havia falecido, mas a ausência dele não me afetava da mesma forma que talvez devesse. Não éramos próximos. Na verdade, a última vez que tive uma conversa decente com ele foi há anos, antes de tudo desmoronar de vez.— Com licença, senhorita — a voz grave e autoritária interrompeu meu pensament
Leyla Ylmaz — Sem sorte com o táxi? — perguntou, a voz agora mais suave, quase brincando.Uma mudança desconcertante considerando como havíamos nos falado antes. Revirei os olhos, lutando contra a tentação de respondê-lo com sarcasmo. — Nenhuma. E eu não tenho tempo para esperar. Ele olhou para o motorista e fez um sinal com a cabeça, antes de abrir a porta do carro. — Eu posso te dar uma carona. Não precisa perder mais tempo. Eu hesitei. A última coisa que eu queria era aceitar ajuda dele, mas eu realmente não podia me dar ao luxo de recusar. O relógio estava contra mim, e eu precisava chegar ao tribunal o mais rápido possível. — Tudo bem — murmurei, finalmente cedendo. — Mas fique claro que estou aceitando por necessidade, não por simpatia. Ele soltou um riso baixo, como se estivesse achando graça na minha irritação. — Claro. Só uma carona. Entrei no carro, e o silêncio entre nós era tenso, quase palpável. Ele não disse nada, e eu também não estava com disposição
Leyla Ylmaz— Não é questão de achar, Eliza — respondi, com firmeza. — Eu sou a dona agora, e não importa quem você foi para ele. Nenhum de nós pode mudar o testamento. Nem mesmo você pode passar por cima de mim, e está empresa só foi criada, anos atrás, por causa da minha mãe, então não ouse falar novamente sobre isso. Eliza parecia prestes a rebater, mas mantive minha postura. Eu não estava ali para me encolher. A empresa agora era minha, e ninguém muito menos ela, iria me impedir de fazer o que fosse necessário. Assim que a reunião terminou, voltei para minha sala. Havia outros desafios para enfrentar, e o maior deles acabava de chegar. A minha secretária disse que era um dos meus clientes mais importantes que estava prestes a entrar. Olhei o nome no arquivo à minha frente: Ferman . Aksoy O nome soava familiar, mas nada me prepararia para o impacto de vê-lo pessoalmente. A porta se abriu e lá estava ele. Um homem impressionante, alto, com uma presença que tomava todo o ambien
Ferman AksoyLeyla entrou no carro batendo a porta com uma certa força, como se quisesse deixar claro que não estava exatamente feliz em estar ali. Ela se manteve rígida, braços cruzados, enquanto eu manobrava. Olhei para ela, e um sorriso surgiu sem que eu pudesse evitar.— Não esperava que a mulher que foi tão rude comigo mais cedo fosse minha advogada — provoquei, apenas para ver como ela reagiria.Ela manteve o olhar fixo à frente, mas senti o tom firme na voz dela.— Não estava sendo rude, Ferman. Estava apenas fazendo o meu trabalho.Ri. Ela era determinada, tinha uma presença impenetrável. Silenciosa, mas afiada. Após alguns minutos de silêncio, estacionei em frente à minha casa. Sabia que ela ia reagir.— Não vou entrar. Achei que era só um jantar, não uma visita à sua casa — disse, firme, me desafiando com o olhar.Saí do carro e fui até o lado dela, abrindo a porta e estendendo a mão com um sorriso leve.— É só para jantar, Leyla. E, para ser honesto, você não faz o meu tipo
Ferman Aksoy Assim que Leyla saiu com meu carro, algo em mim permaneceu parado naquele instante. Olhei para o portão da mansão, imaginando o quão complexa e desafiadora aquela mulher era. Leyla Ylmaz tinha um olhar que parecia atravessar qualquer um, uma determinação inquebrável que a tornava única. Mas não havia tempo para distrações. Voltei para dentro da mansão, e antes que pudesse subir as escadas, fui interrompido por meu irmão, Emir, que já me aguardava na sala. Ele estava ali de pé, braços cruzados, com uma expressão que misturava curiosidade e ceticismo. Sua postura e olhar eram suficientes para me dizer que ele sabia mais do que gostaria. Era óbvio que ele estava pronto para confrontar minhas intenções com Leyla. — Então… você realmente está namorando a senhorita Ylmaz? — a pergunta de Emir veio direta, como se quisesse ver minha reação. Sorri, tentando manter o tom despreocupado. — Ela é minha advogada, Emir. Mas… talvez eu tenha outros planos para ela. Emir lev
Ferman Aksoy O relógio na parede marcava o avançar da noite, mas eu sabia que ainda havia uma última batalha a enfrentar naquele dia. Fui chamado ao escritório de meu pai, Ferhat, o patriarca da nossa família. Entrar naquela sala sempre trazia uma carga de tensão, mas dessa vez parecia ainda mais intensa. Era quase como se o ar estivesse mais denso, me forçando a manter a calma diante do olhar penetrante de meu pai. Ferhat Aksoy, um homem impiedoso e sim, nossa família era da Máfia turca, que foi passado de geração em geração, meu irmão Erkan havia falecido a poucos meses e meu pai se culpava por isso, já que ele quem deveria resolver os assuntos pendentes da máfia Bozkut, nossos maiores inimigos. Sempre me mantive distante dos assuntos da empresa da minha família, apenas assumi o cargo como o CEO e médico do meu hospital, mas as vezes tive que de forma obscura salvar vidas de gangsters que trabalham para a máfia Aksoy, agora só preciso cumprir com o único pedido que meu irmão fez