Matteo Romano Sento na poltrona de minha sala e mando chamar Geovana. Ela aparece pouco tempo depois com um sorriso largo, em um notável bom humor._ Não sei onde você vai encontrar coragem para apresentar aquela caipira como sua noiva – Ela diz se sentando a minha frente, ainda sorrindo._ Devolva as ações que comprou de Lyra – Digo e o sorriso dela desaparece._ Ela veio choramingar pra você? – Havia raiva e desprezo em sua voz._ Ela irá devolver o seu dinheiro e você devolverá as ações dela._ Eu comprei as ações de forma legal e ..._ E irá devolvê-las._ Eu não vou..._ Eu não estou te pedindo. Estou te dando uma ordem e quando eu fizer isso, você não vai discutir, vai obedecer. Ela me olha com os lábios entreabertos, os dedos pálidos apertando os braços da poltrona. Vejo que está se contorcendo de raiva. Seus olhos se enchem de lágrimas e ela olha para baixo respirando lentamente._ Ela não é uma Romano – Sua voz sai suave e frágil – Me permita pelo menos negociar com
Matteo RomanoDepois de meia hora ofegando em cima de minha inércia, pego o celular tentando recuperar a calma. O nervosismo e o desespero eram sempre os piores aliados de alguém em um momento como aquele. _ Isso não foi qualquer sequestro – Digo a Lian assim que ele atende. _ Foi o mesmo que pensei – Ele concorda. _ Quem quer que tenha feito isso tentará contato em busca de resgate, fiquem atentos a tudo e mantenham os telefones grampeados. _ Já estamos cuidando disso. _ Desconfia de alguém? _ É difícil dizer que não na posição que ocupo. _ Se o alvo fosse você, acredito que a vítima teria sido sua esposa, não a irmã dela. _ É importante que saiba que se estiver por trás disso... não haverá desculpas, nem perdão – O tom de Lian soou duro. _ Tive a oportunidade de trazê-la comigo e não o fiz por respeito a devoção que ela tem ao marido e filhos, mas desta vez, se eu a encontrar, não espere de mim a mesma cortesia. Brian foi um incompetente e vai responder por isso._ Esse não
Matteo Romano _ E agora? – Luigi pergunta assim que ficamos sozinhos – Não vai dar para invadir a casa deles e sair arrastando Lyra de lá. Lian terá que negociar essa troca._ O que eles querem Lian não pode dar – Digo ainda digerindo as informações – Eles foram atrás dela por minha causa._ Não pode ligar pra esses desgraçados sozinho ou eles vão deitar e rolar nas nossas costas. Eu sabia que Luigi estava certo, mas que diferença isso fazia em um momento como aquele? Era humanamente impossível ter controle sobre o que estava acontecendo. Ele pegou seu celular e ligou para Lian, informando tudo o que tinha acontecido._ É isso. Vamos aguardar Lian manter contato primeiro. Lyra está nas mãos dele, agora é negociar – Ele diz e eu continuo parado, apoiado a mesa de madeira escura e velha, olhando para uma janela suja, por onde a luz é parcialmente bloqueada."Merda" Ligo para Fabrizio e ele continua sem notícias. Ele garante que ela não desembarcou em Istambul, entretanto o d
Matteo Romano Não dava para perder muito tempo com estratégias, Asaf já tinha me dado um prazo curto justamente por isso. Liguei para Fabrizio e o informei que estava a caminho de Istambul._ Eu não posso assinar esse papel, mas se não o assinar, não terei como tirar Lyra de lá. Se o assinar, então não terei como desfazer o acordo, ou estaria desrespeitando uma negociação. A única saída será garantirmos uma distração para que vocês a tirarem de lá. Eles a tomaram de vocês, se a tomarem de volta, não haverá nenhum direito de retaliação – Explico o esboço do único plano possível, confiando que Lian se garantirá em fazer a sua parte._ Nós estaremos te rastreando, quando ela estiver com você, nos mande uma “ok” – Pede Lian. Brian continua do lado de fora da sala, com ele era impossível manter a cabeça no lugar. Minhas diferenças com ele só acabaria quando eu o enterrasse e se dependesse de mim, não demoraria muito.Eu tinha feito um acordo com Janne de dois anos de casamento, pois go
Matteo Romano Por três a cinco segundos, ninguém teve qualquer reação. A cena foi tão bizarra que pegou todos de surpresa. Minha mão desceu de encontro a dela, alcançando o gatilho da arma que tinha acabado de disparar. Não dava tempo para arranjos, ou preparos, era tudo ou nada. Ainda segurando sua mão, atirei nos dois seguranças ao lado de Fabrizio que por muito pouco não nos acertaram primeiro. Fabrizio também sacou suas armas, atirando nos outros três seguranças ao nosso lado. Tudo aconteceu muito rápido e ao mesmo tempo. Meu cérebro estava tão acelerado que a adrenalina parecia transpirar de meu corpo. Era como um jogo de vídeo game, só que com armas de verdade. Puxei o corpo de Lyra pela cintura, a jogando no chão. Tiros, vidros e sangue dançaram sem qualquer ordem, em todas as direções. A porta da sala se abriu e Fabrizio empurrou com um chute, um aparador contra ela, bloqueando a entrada de mais capangas. Olhei para o elevador no fundo da sala e corri em direção
Lyra Müller Acordo no susto, com o barulho de um tiro em minha cabeça. Aperto os punhos impulsionando o corpo para gritar, mas tudo o que consigo é emitir um suspiro rouco. Olho a minha volta assustada, não reconhecendo o lugar em que estou. Minhas mãos começam a tremer de nervosismo e aos poucos minha memória começa a retornar. Passei as mãos na minha roupa, notando uma camisa que não coloquei e só de pensar em quem pode ter trocado a minha roupa, senti raiva e impaciência. Toda aquela situação já tinha me cansado ao extremo. Olhei para o quarto e tentei me situar nele. Vi roupas dobradas e uma sandália sobre a escrivaninha. Aquele certamente era um dos quartos de hospedes. Peguei as coisas e tomei meu banho._ Oh! – Levei um susto quando saí do banheiro ainda de toalha, me deparando com Matteo de pé perto da janela. Voltei para o banheiro em um pulo e dei um suspiro antes de vestir as roupas. Eu estava com muita pressa, precisava ligar para minha mãe e saber como esta
Lyra Müller Acordo no susto, com o barulho de um tiro em minha cabeça. Aperto os punhos impulsionando o corpo para gritar, mas tudo o que consigo é emitir um suspiro rouco. Olho a minha volta assustada, não reconhecendo o lugar em que estou. Minhas mãos começam a tremer de nervosismo e aos poucos minha memória começa a retornar. Passei as mãos na minha roupa, notando uma camisa que não coloquei e só de pensar em quem pode ter trocado a minha roupa, senti raiva e impaciência. Toda aquela situação já tinha me cansado ao extremo. Olhei para o quarto e tentei me situar nele. Vi roupas dobradas e uma sandália sobre a escrivaninha. Aquele certamente era um dos quartos de hospedes. Peguei as coisas e tomei meu banho._ Oh! – Levei um susto quando saí do banheiro ainda de toalha, me deparando com Matteo de pé perto da janela. Voltei para o banheiro em um pulo e dei um suspiro antes de vestir as roupas. Eu estava com muita pressa, precisava ligar para minha mãe e saber como esta
Janne di Santis Depois do baile, Fabrizio fui para casa com Fabrizio. Sabe aquela sensação de que você está fazendo merdä? Então, era exatamente ela que estava sentindo. A cada passo que dava adiante naquela história maluca de casamento, mais sem unhas estava ficando. Todos os meus anjinhos de proteção gritavam pra eu cair fora, mas era só eu lembrar dos cinco milhões de euros e meus nervos miavam mansinhos e dóceis. Não dava para dispensar tanto dinheiro._ Eu vou te perguntar uma coisa e gostaria que fosse extremamente sincero comigo – Pedi a Fabrizio e ele me olhou sério. Ele estava meio estranho. Desde que tínhamos entrado no carro não tinha dito uma única palavra e talvez fosse por isso que estivesse me deixando ainda mais apreensiva. Depois de Giorgina e dona Diana, ele era a pessoa mais próxima que tinha da família. _ Pode perguntar – Respondeu em um tom distante._ Você acha que existe alguma possibilidade, ainda que pequena, de alguém daquela festa tentar me matar?