O domingo foi um dia exaustivo.
Beatriz chegou logo cedo e foi direto para a cozinha preparar o cardápio para receber o amigo dele Murilo e a namorada Bianca. Fez vários petiscos para servir antes do almoço, alguns pratos, drinks e sobremesas.
Tudo ia muito bem até que os convidados chegaram e Alana apareceu na cozinha para avisar que ela deveria começar a servir. Ela parecia bem diferente do dia anterior. Não deu nem bom dia e usou um tom de voz ríspido e autoritário.
Beatriz ignorou e arrumou as bandejas levando-as para as mesas arrumadas em volta da piscina.
Murilo era um rapaz alto, moreno de cabelos pretos. Era bem bonito e muito simpático assim como a namorada Bianca uma moça morena de longos cabelos cacheados e olhos verdes.
- Então você é a chef do restaurante Bom Paladar? Eu frequento muito o seu restaurante. Adoro seus pratos
- Obrigada Sr. Murilo...
- Sem o senhor – Ele riu
- Tudo bem
Bianca se aproximou
- Você fez aqueles bolinhos de carne seca não fez?
Ela sentiu-se orgulhosa
- Sim, trarei em seguida
Alana se aproximou
- Beatriz! você pode trazer o restante dos pratos agora
Nesse momento Jefferson apareceu na porta. Estava mais lindo do que no dia anterior, vestido com uma bermuda branca e camisa vermelha. Beatriz notou o relógio de ouro que ele usava e um anel na mão esquerda. Tudo nele denunciava riqueza. Olhou de relance para o rosto dele, mas ele nem sequer olhou para ela.
Já era de se esperar. Gente maluca!
Voltou com o restante dos pratos e ao se aproximar da mesa tal foi sua surpresa quando Alana voltou-se para ela.
- Beatriz, esse não foi o cardápio que eu pedi
- Como?!
- Está tudo errado, eu não pedir nada disso que você serviu
Ela olhou para Jefferson
- Sr Jefferson esse foi o cardápio que Joana me passou via e-mail
-Eu sei, fui eu que mudei
Ela estava vermelha de raiva
- Então poderia ter avisado sua noiva, teria me poupado desse vexame
- Não tenho que avisar ninguém sobre o que quero comer
Beatriz contou até dez em silêncio.
Murilo tentou amenizar a situação
- Não tem problema com o cardápio. Está tudo muito bom.
Mas Alana parecia disposta a procurar problemas
- Não está tudo bem não, da próxima vez prefiro que você converse comigo sobre o cardápio Beatriz.
Beatriz ainda tentou se segurar, mas quando percebeu já tinha falado
- Quem dá as ordens aqui afinal? Que eu saiba vocês não são nem casados, então a quem devo obedecer mesmo?
Ela não esperou pela resposta e entrou na casa disposta a ir embora. Não iria aguentar nem mais um minuto as neuroses daquela mulher irritante.
Ela estava retirando o avental no banheiro quando ouviu a voz de Jefferson batendo na porta.
- Beatriz!
Ela saiu e deu de cara com ele encostado na porta.
- Me deixe sair por favor
- Onde você pensa que vai?
- Eu não penso, eu vou embora agora
- Você tem um contrato comigo pelo menos pra esse fim de semana
- Um contrato pra cozinhar e não pra ouvir desaforos
Ele impediu que ela saísse fechando a porta que saia para o cozinha
- Espere, não pode sair assim, estou com visitas e você ainda não terminou seu serviço
Aquilo parecia uma queda de braços. Ela ali parada na frente dele de braços cruzados e ele encostado na porta impedindo que ela saísse. Chegava a ser engraçado.
- Peço desculpas por Alana e respondo sua pergunta. Aqui quem dar as ordens sou eu, portanto faça aquilo que eu determinei e pronto.
Beatriz respirou fundo. Na verdade precisava ser profissional. Não podia abandonar um trabalho assim. Ela tinha assinado um contrato e poderia ser penalizada se não cumprisse.
- Tudo bem, mas diga a sua noiva para não me tratar com uma imbecil, porque eu não sou obrigada a ouvir chiliques de gente rica.
Ele riu e olhou incrédulo para ela
- Nossa garota! Você é sempre tão brava assim?
- Só quando me tratam como se eu fosse idiota, ai eu viro fera
Ele se aproximou dela, fazendo com que Beatriz se sentisse presa entre ele e a porta.
Ela prendeu a respiração ao sentir que ele chegava mais perto dela. Tão perto que podia sentir o ar quente que saia da boca dele. Uma boca tão linda, que qualquer mulher em sã consciência desejaria beijar.
- Não tenho medo de feras, até já participei de um circo na adolescência. Eu era o domador de leões.
Beatriz se abaixou e passou por baixo dos braços dele.
- Acho melhor voltarmos para lá, tá ficando meio estranho nós dois aqui esse tempo todo.
Antes de abrir a porta ele chegou novamente perto dela e dessa vez seguro-a pelo queixo e falou bem perto dela, suas bocas quase se tocando e falou com a voz lenta e rouca.
- Não processe nada que Alana disser, já disse que aqui quem manda sou eu. É só fazer o que eu disser e tudo dará certo. Pode ser?
Jesus! O que era aquele calor que desceu de repente por seu corpo? Por que ele olhava tão fixamente para sua boca? Ia beijá-la ali?
- Eu...
Ele virou as costas e saiu
Beatriz encostou na parede quase desmaiando. Agora sim, tinha motivos suficientes para nunca mais pisar naquela casa. Iria terminar aquela dia, procurar Joana e pedir demissão. Pra sua segurança e paz de espírito não podia ficar perto de Jefferson Ryan.
Ela não sabia como conseguiu chegar ao final daquele dia. Todas as vezes que se aproximava para servir alguma coisa ou retirar os pratos sentia o olhar de Jefferson sobre ela. Ele nem sequer disfarçava na frente da noiva, que não perdia a oportunidade de dizer piadinhas sobre a comida. Ela tentava humilhar Beatriz, justamente por ter percebido as investidas do noivo.
Ela estava preparando o último prato quando Jefferson entrou na cozinha. Ela continuou de costas como se não tivesse visto que ele estava ali.
-E ai? Tudo bem?
Ela visou-se
- Ficaria melhor se você parasse de olhar pra mim.
- Por quê?
- Por quê? Não respeita sua noiva não?
Ele se aproximou.
- Só viajarei na terça, então pensei que gostaria de jantar comigo amanhã.
Ela arregalou os olhos
- Como?
- Quero sair com você amanhã. Vou viajar para Nova York e só voltarei daqui a quinze dias, então gostaria de sair com você para nos conhecermos melhor.
- Não vejo necessidade. Não quero conhecer ninguém.
Ele fez menção de rir
- Mas eu vejo. Então iremos sim. Eu ligo amanhã para confirmar o horário.
- Eu já disse que não vou!
Ele pegou a bandeja que ela segurava.
- Eu acho que você deveria ir
Arrogante! Presunçoso!
Ele saiu com a bandeja sem olhar para trás.
No final daquele dia Beatriz respirou aliviada. Podia ir para casa, tomar um banho e dormir. Precisava relaxar e tentar voltar ao seu juízo normal, pois ele estava fora do lugar desde que encontrara Jefferson no dia anterior. Que homem fascinante e irritante e ao mesmo tempo. Aquele trabalho não ia dar certo. Não estava disposta a brincar de gato e rato com ele. Até que seria divertido, mas sem dúvida, perigoso também.
Ela se assustou com a buzina dos carros atrás dela. O sinal tinha aberto e ela continuava ali parada. Quase tinha provocado um acidente pensando em quem não devia.
Ao chegar em casa, agradeceu por estar sozinha. Estava com dor de cabeça e não queria conversar com ninguém. Foi jogando as coisas pelo chão sem se importar se alguém ia reclamar. Mariana também não era das mais organizadas e por vezes seu quarto estava tão bagunçado que era difícil ela distinguir as roupas sujas das que estavam limpas. Pensou na casa impecável de Jefferson Ryan e deu uma gargalhada.
Daria tudo para que você visse minha sala agora, seu engomadinho!
Ela tirou as roupas e andou nua até o banheiro. Abriu o chuveiro no máximo e deixou-se ficar longos minutos em baixo da água quente, para relaxar os músculos. Ao sair olhou-se no espelho. Estava muito magra. Talvez ela tivesse exagerado na última dieta e agora podia se dar ao luxo de comer algumas fatias de pizza. Não era muito vaidosa, mas gostava de estar bonita, então também deveria voltar para a academia para onde ela tinha ido apenas algumas vezes depois de pagar vários meses. Secou os cabelos vermelhos curtinhos. Ela adorava manter os cabelos curtos, pois davam uma sensação de liberdade além da facilidade para cuidar, e combinavam com seu estilo despojado de se vestir. Estava satisfeita com seu visual e as inúmeras propostas de rapazes para sair e namorar corroboravam para que ela mantivesse a auto estima.
Enrolou-se em seu roupão branco predileto e foi procurar alguma coisa para comer na cozinha.
***
- Jefferson! Estou falando com você!
- Ah... Oi Murilo, o que você disse?
- Eu disse um monte coisas e você não ouviu nada
Ele passou a mão arrumando os cabelos que estavam devidamente arrumados.
Ele estava impaciente e não sabia o motivo, ou melhor, não sabia como acabar com o motivo da sua impaciência.
Murilo se aproximou do amigo.
- O que você tem afinal?
Ele sentou e pediu que o amigo fizesse o mesmo
- Cara, não aguento mais a Alana, e não sei como livrar dela
- Se livrar dela? Não foi você que ficou noivo?
- Eu concordei em ficar noivo, não pedir ninguém em casamento
- O que há de errado com ela?
- Tudo e ao mesmo tempo nada
Murilo riu
-Jefferson você está em crise. Onde vai achar uma mulher mais bonita que Alana?
Ele levantou e andou pelo escritório
- É justamente esse o problema. Ela é tão linda, tão perfeita que não enxerga mais nada além dela mesma. Tem se mostrado arrogante, egocêntrica. Você viu como ela tratou aquela moça hoje aqui não foi?
- Hum... aquela moça? Aquela que você não ver a hora de levar para a cama?
- Ah! Murilo não invente histórias...
- Eu? Inventar histórias? Quem foi que passou o dia comendo a mulher com os olhos?
Jefferson não teve saída senão rir.
- Ela é meio doida, olha as roupas que ela veste, aquele cabelo vermelho, mas o olhar dela é muito intenso. Confesso que fiquei curioso.
- Coitada! Se eu fosse ela eu corria pra bem longe de você
- Você falando assim parece que sou um monstro
- Mas é um Don Juan que não consegue ficar mais do que um mês com uma mulher. Alana já é uma vencedora por você está a quase um ano com ela
- O que eu vou fazer se todas as mulheres acabam demonstrando que eu realmente não devia ter confiado nelas
- Você precisa é abrir o coração e fechar o zíper da calça, isso sim.
- Quer saber? Vamos trabalhar. Só temos hoje e amanhã para resolver tudo sobre a nova loja. E é você que vai acompanhar tudo até eu voltar de Nova York
- Como vão os negócios lá?
Ele deu um tapinha no ombro do amigo
- De vento em polpa, meu caro. Estou ganhando rios de dinheiro!
- Opa! E o que sobra pra mim ai?
- Que tal um aumento de salário? O dobro ta bom pra você?
- Agora sim, eu acho que vou casar
Jefferson revirou os olhos
- Casar? Não tem nada melhor para fazer não?
- Eu acho Bianca uma moça legal e vou me casar com ela. E acho que você devia procurar uma boa moça para casar também
- Deus me livre! Vamos mudar de assunto? Foco no trabalho rapaz! Isso sim te traz recompensas.
No dia seguinte Beatriz foi surpreendida por uma ligação de Joana, a pedido de Jefferson. Ele queria confirmar se ela aceitava jantar com ele em um dos restaurantes mais caros do Rio de Janeiro.Quem ele pensava que ela era? Uma garota de programa que acertava o encontro com o agenciador? Se ela queria jantar com ela porque ele mesmo não tinha ligado?- Diga a ele que agradeço, mas não estou interessadaDez minutos depois ela ligou de novo- Ele disse que pode trocar de restaurante se isso for o problemaBeatriz respirou fundo.- Não. O problema não é com o restaurante. Eu não quero jantar e prontoCinco minutos depois ela voltou a ligar- E agora? Qual é o recado?- Ele disse que vai até sua casa- Pode passar o telefone para ele por favor?Demorou uma eternidade para ele atender- Olá Beatriz- Não tem
Beatriz relutou em ir trabalhar na casa de Jefferson naquele sábado, mas na verdade estava um pouco curiosa em vê-lo novamente. Joana tinha ligado para ela e avisado que ele chegaria naquele sábado e precisava que ela fizesse alguns pratos para o jantar. Pouca coisa, pois seria apenas para duas pessoas.Como se não bastasse ia servir aquela chata da Alana, pois com certeza ela estaria grudada no noivo depois de tantos dias sem vê-lo.Ela chegou no meio da tarde e se dedicou a fazer os pratos escolhidos por Joana para servir no jantar. Já passava das seis horas quando alguns funcionários que estavam na casa avisaram que iriam embora pois o patrão tinha avisado que queria ficar sozinho com sua convidada e que ela deveria ficar mais um pouco para servir o jantar.Quanta frescura! A comida já estava pronta, por que eles mesmo não se serviam?Ela tomou banho e trocou de roupa e
Naquele mesmo dia, Beatriz estava sentada com alguns amigos em um barzinho e conversava com Daiane sobre os últimos acontecimentos da sua vida. Tentava disfarçar mas ainda sentia o corpo todo dolorido, resultado do sexo louco e quase selvagem que tinha vivido com Jefferson.- O que menina? Você transou com seu quase patrão?-Pois é, acredite!- O que deu em você? Tudo bem que você é a mais namoradeira da nossa turma, mas dormir com um homem quase desconhecido!Ela suspirou e coçou a cabeça- Nossa! Ele é muito atraente, sexy, gostoso, cheiroso... noivo... ai, eu vou ficar louca!Daiane empurrou um copo de cerveja em sua direção.- Vamos beba, pra você esquecer esse homem!- Verdade, enche esse copo ai.***Jefferson respirou fundo e abriu a porta para Alana.Ela entrou feito um furac&ati
Beatriz estava inquieta.Já tinha se passado uma semana e ela não tinha notícias de Jefferson. Joana não tinha ligado para ela ir trabalhar. Será que estava despedida? Ele não queira mais olhar na cara dela. Tinha transado com ela e agora não a queira mais nem como chef de cozinha. Um serviço meio sem sentido mas não cabia a ela questionar as neuroses desse povo cheio de dinheiro.O melhor era voltar sua atenção para seu trabalho. Ela dali que saia seu sustento e não podia arriscar sair alguma coisa errada. A muito custo conseguira a fama de ser uma das melhores chefes de cozinhas do Rio de Janeiro e tinha um nome a zelar. Um nome e o sonho de abrir seu próprio restaurante um dia. Para isso precisava se aperfeiçoar e juntar dinheiro.Imersa em seus pensamentos, só percebeu que o garçom falava com ela quando ele falou mais alto e sacudiu seu braç
Eles chegaram ao casarão e Beatriz observou aquela casa enorme, bem arrumada mas solitária. Como ele conseguia morar sozinho naquela casa?Ele subiu as escadas e Beatriz o seguiuJá no quarto ele a encarou.- Você pode encher a banheira, enquanto pego uma garrafa de vinho. Acho que depois de um dia cansativo, vai ajudar a relaxarEla fechou os olhos e respirou fundo- Humm, uma banheira quentinha e um copo de vinho. O que mais posso querer?Ele se aproximou e beijou seu pescoço- Alguém para fazer uma boa massagem?Ela abriu os olhos e o encarou. Tomou coragem e tocou a boca dele com a ponta dos dedos. Ele capturou o dedo dela e mordeu de leve.- Até que enfim você me tocou sem medo- Quem disse que não estou com medo?Ele apertou o corpo dela de encontro ao seu fazendo-a sentir o quanto ele estava excitado.O tesã
Já tinha se passado quatro dias desde que Jefferson viajara e ele não deu mais nenhuma notícia. Nem uma mensagem, nem um telefone, nada. Melhor assim. Não deveria prolongar aquela história e tudo voltaria ao normal em sua vida. Ela tinha ligado para Joana e avisado que não queria mais cozinhar para ele nos fins de semana e Joana apenas confirmou que também era desejo dele não dar continuidade aquele serviço. Ela recebeu pelos dias trabalhados e assinou pelo fim daquele serviço tão sem sentido desde o início, mas pelo menos o dinheiro serviu para quitar um ou dois meses de atraso da faculdade de Mariana, o resto ela ia correr atrás. Estava terminado ali o vínculo com Jefferson Ryan, ficaria apenas as boas lembranças, por que de uma coisa ela não podia reclamar. Ele tinha sido legal com ela e a tratou com carinho e respeito. Era mais um para compor sua longa list
Jefferson olhou a lanchonete lotada de gente e teve a certeza de tudo daria certo. Mais uma vez ele tinha acertado. Seria mais um sucesso da marca Burger Ryan. Tudo estava como ele e Murilo tinham planejado. Cada detalhe desde o mobiliário, as cores, a roupa dos garçons e o cardápio. E a correria na cozinha deixava claro que os pedidos não paravam de chegar. Além dos convidados pessoais dele haviam todos aqueles que ouviram e leram nas redes sociais sobre a vinda de uma das marcas mais famosas de hambúrgueres dos Estados Unidos.Ele observou o entra e sai de pessoas e notou a chegada de Beatriz.Então ela tinha vindo!Estava linda. Vestia uma calça branca larga e um top florido mostrando parte da barriga. Ela chamava a atenção pelos cabelos e as roupas coloridas que usava, mas naquele dia ela estava realmente bonita. Estava com uma amiga e ela olhou em volta, com certeza estava
No mês que se seguiu Jefferson tentou de todas as formas esquecer Beatriz. Viajou para Nova York e saiu com uma mulher diferente a cada noite. Tentava se convencer de que sua vida era aquela, curtição e noitadas regadas a álcool e sexo. Sexo este que muitas vezes ficou pela metade e ele teve que se desculpar com sua acompanhante por não conseguir fazer algo que para ele era tão corriqueiro como beber um copo de água.Murilo que tinha ido com ele para Nova York aguentou o quando pode, mas uma noite ele esbravejou com o amigo.- Não acha que já está bom não Jefferson? Quando vai parar de agir como um idiota?Ele não queria ouvir ninguém. Continuou digitando algo no celular.- Não entendi por que está dizendo isso?- Claro que entendeu. Quando vai parar de sair com dezenas de mulheres para provar a si mesmo que esqueceu a Beatriz?- Que Beatr