Beatriz não entendeu quando Mariana ligou para ela chorando avisando que tinha acontecido um acidente com Murilo e ele estava naquela hora sendo atendido por ela no hospital que ela trabalhava.
- Calma Mari, se você ficar desse jeito cada vez que atender um amigo, melhor sair dessa profissão
- Eu... não fico assim com todas as pessoas, mas é Murilo
- Eu sei que ele é namorado da sua amiga, mas fique calma, eu chego ai daqui a alguns minutos.
Beatriz ligou para Jefferson e os dois foram para o hospital. Murilo estava deitado em uma maca todo coberto de curativos e com uma perna enfaixada.
Mariana estava sentada na cama ao lado dele e media seu pulso com um aparelho. Beatriz achou estranho aquela forma como a irmã atendia um paciente, sentada na cama e ele estava com a mão sobre a perna dela.
Jefferson também a olhou com uma interrogação no olhar. Sabia que Bianca, a n
Jefferson precisava viajar para Nova York, mas naquele momento ele não queria sair do Brasil e deixar Beatriz sozinha. Não até ter certeza que Gustavo estava longe dela.- Por favor Jeff, não quero que você mude seus compromissos por minha causaEle andava de um lado para outro no quarto- Você poderia vim comigoEla suspirou- Não posso, estou trabalhandoEle parou na frente dela e pensou um pouco antes de disparar a frase seguinte- Você poderia era sair desse restaurante e vim trabalhar comigo- Oi?! Não entendi!- Ah Beatriz, vamos deixar de frescuras e admitir que estamos juntos e nada mais natural que você me ajudar a comandar meus negócios- Não sou sua mulher não Jefferson Ryan, estamos apenas namorando, ficando, sei lá o que...Ele passou a mãos nos cabelos impaciente- Só que eu n&ati
No dia seguinte Jefferson a levou para jantar no apartamento da mãe. Ela estava meio envergonhada e sem saber como se comportar. A sorte era que Bárbara era uma mulher muito alegre e falante e não deixava o ambiente pesado.- Oi minhas coisas lindas, obrigada por vim me visitarO apartamento dela ficava no Leblon, em um condomínio muito luxuoso. Era um apartamento pequeno, mas muito bem arrumado e aconchegante.- Sua casa é linda!- Eu sei, foi presente do meu filhoteEla abraçava Jefferson com se ele fosse uma criança. Estava claro que ele amava muito a mãe, mas se sentia constrangido com os carinhos exagerados que ela fazia.-Você sabe que por mim, você moraria comigo na minha casa não é.Ela riu alto.- Deus me livre! Quero meu cantinho. E agora que você casou nem pensar.Ele revirou os olhos- Eu não casei!-
Beatriz não acreditou quando o advogado de Jefferson ligou avisando que precisava conversar com ela pois os advogados de Gustavo tinham feito uma proposta. Eles se encontraram no escritório de Jefferson na casa dele e ela não acreditou na proposta que ouviu.- Como é? Ele ofereceu um milhão de reais para que eu retire a queixa?- SimJefferson estava possesso- Miserável! que bela chantagem!- Eu disse que ia conversar com vocêsJefferson sentou e recostou na cadeira- Então você pergunta se ele quer ver o saldo da minha conta e diz pra ele enfiar o milhão dele você sabe ondeBeatriz estava agoniada com o desenrolar daquela história e voltou-se para Carlos, o advogado que estava tomando conta do caso.- Está certo que eu não vou retirar queixa nenhuma. Então o que pode acontecer de agora em diante?Ele pensou um p
Jefferson estava uma pilha de nervos. Tudo resolvera dar errado naquela viagem. Um de seus gerentes tinha pedido demissão para acompanhar a esposa doente de um câncer terminal e ele se viu de um momento para outro tendo que assumir a função até conseguir contratar alguém a altura dele. Isso o fez adiar sua volta para o Rio por mais uma semana. Ele nunca tinha passado tanto tempo longe de Beatriz desde que ficaram juntos e aquilo estava deixando-o nervoso. Estava cansado de mentir para si mesmo. Não conseguia mais viver sem ela. Aquela mulher tinha se tornando a coisa mais importante da sua vida e ele a amava de uma forma que chegava a doer. Nunca passou pela sua cabeça que um dia fosse se apaixonar por alguém, mas Beatriz chegou em sua vida e tirou todas as certezas que ele pensava ter. Agora tudo que ele mais queria era dividir sua vida com ela. Gostava de dormir com ela, acordar juntos, tomar café. Tudo ao lado d
Três anos depois...Jefferson desceu do avião com a filha Liza no colo. Ela estava completamente adormecida e segurava fortemente no pescoço do pai.Beatriz vinha logo atrás com as malas e sorriu ao ver aquela cena. Aqueles dois não poderiam ser tão parecidos. Liza tinha o mesmo gênio forte do pai e gostava que as coisas fossem feitas à maneira dela. Muitas vezes Beatriz tinha que ser um pouco mais enérgica com ela e dizer não com mais autoridade para que ela pudesse entender. Mas Jefferson a ajudava e não voltava atrás em nenhuma decisão que ela tomava, embora fizesse todas as vontades da filha.Eles tinham decidido morar em Nova Iorque, pois as lojas de lá exigiam mais a presença dele e sempre que podiam passavam alguns dias no Rio para se inteirar com Murilo dos negócios ali e em São Paulo. Agora ia ser um pouco mais difíci
Beatriz olhou lentamente o quarto. Era lindo. Todo decorado em vermelho e dourado. Tinha uma cama enorme iluminada por um lustre que girava e espalhava feixes de luz projetados estrategicamente. Mais à frente alguns degraus levavam a uma banheira enorme de onde saia um vapor com um aroma muito agradável. Uma música instrumental sugestiva preenchia o ambiente e sobre uma mesa próxima a cama tinha um vaso com gelo e champanhe.Ela virou-se para Jefferson e franziu a testa- Porque me trouxe aqui?Ele não respondeu e se aproximou devagar abrindo os botões da camisa branca que ela usava- Tem certeza que não sabe?Ela o ajudou a tirar a camisa e desabotoar o cintoEla estava apenas de calcinha e sutiã e ele sem camisa e com o cinto aberto.Ele se afastou e pegou o champanhe e encheu os dois copos.- Sem pressa minha linda, temos a noite inteira pela frenteEla se arrepi
Beatriz nunca esqueceria aquela cena. Ela tinha acabado e sair da escola, quando viu o carro do pai parado a certa distância. Seu acelerou prevendo que algo não estava bem. Seu pai não costumava ir buscá-la no colégio, seja porque ela já tinha 17 anos ou porque a escola ficava a duas quadras do seu apartamento. Mais estranho ainda foi sua irmã de mariana de 10 anos se encontrar sentada no Banco de trás.Ela se aproximou rapidamente do carro e indagou ao pai antes mesmo de entrar no carro.- A mamãe está bem?Ele estava de óculos escuro e ela não poder ver o que ia em seus olhos.- Entre no carro Beatriz, precisamos ir ao hospital.Com as pernas tremendo ela obedeceu e cerca de meia hora depois os três desciam em frente ao hospital que a mãe estava internada a mais de um mês devido ao agravamento de um câncer no ovário.
Era uma manhã de sábado ensolarada típica do verão carioca e Beatriz estava parada em frente à Mansão de Jefferson Ryan em Copacabana, Rio de Janeiro.Aquele seria seu primeiro dia de trabalho como chef de cozinha na casa daquele empresário riquíssimo e cheio de “detalhes” como disse Joana, a secretária de confiança dele, quando lhe indicou para o serviço. Beatriz se perguntava por que alguém precisava de uma chef de cozinha em casa. Bastava uma simples cozinheira e se queria comer pratos sofisticados que fosse a um restaurante. Mas se ele queira pagar uma fortuna para ela fazer pratos exóticos nos fins de semana, o problema era dele. Ela queria mesmo era ganhar um dinheiro extra e poder quitar a faculdade de medicina da irmã que estava no último semestre.Ela estava com sensação do dever cumprido. Mariana estava pronta para seg