Eles chegaram ao casarão e Beatriz observou aquela casa enorme, bem arrumada mas solitária. Como ele conseguia morar sozinho naquela casa?
Ele subiu as escadas e Beatriz o seguiu
Já no quarto ele a encarou.
- Você pode encher a banheira, enquanto pego uma garrafa de vinho. Acho que depois de um dia cansativo, vai ajudar a relaxar
Ela fechou os olhos e respirou fundo
- Humm, uma banheira quentinha e um copo de vinho. O que mais posso querer?
Ele se aproximou e beijou seu pescoço
- Alguém para fazer uma boa massagem?
Ela abriu os olhos e o encarou. Tomou coragem e tocou a boca dele com a ponta dos dedos. Ele capturou o dedo dela e mordeu de leve.
- Até que enfim você me tocou sem medo
- Quem disse que não estou com medo?
Ele apertou o corpo dela de encontro ao seu fazendo-a sentir o quanto ele estava excitado.
O tesã
Já tinha se passado quatro dias desde que Jefferson viajara e ele não deu mais nenhuma notícia. Nem uma mensagem, nem um telefone, nada. Melhor assim. Não deveria prolongar aquela história e tudo voltaria ao normal em sua vida. Ela tinha ligado para Joana e avisado que não queria mais cozinhar para ele nos fins de semana e Joana apenas confirmou que também era desejo dele não dar continuidade aquele serviço. Ela recebeu pelos dias trabalhados e assinou pelo fim daquele serviço tão sem sentido desde o início, mas pelo menos o dinheiro serviu para quitar um ou dois meses de atraso da faculdade de Mariana, o resto ela ia correr atrás. Estava terminado ali o vínculo com Jefferson Ryan, ficaria apenas as boas lembranças, por que de uma coisa ela não podia reclamar. Ele tinha sido legal com ela e a tratou com carinho e respeito. Era mais um para compor sua longa list
Jefferson olhou a lanchonete lotada de gente e teve a certeza de tudo daria certo. Mais uma vez ele tinha acertado. Seria mais um sucesso da marca Burger Ryan. Tudo estava como ele e Murilo tinham planejado. Cada detalhe desde o mobiliário, as cores, a roupa dos garçons e o cardápio. E a correria na cozinha deixava claro que os pedidos não paravam de chegar. Além dos convidados pessoais dele haviam todos aqueles que ouviram e leram nas redes sociais sobre a vinda de uma das marcas mais famosas de hambúrgueres dos Estados Unidos.Ele observou o entra e sai de pessoas e notou a chegada de Beatriz.Então ela tinha vindo!Estava linda. Vestia uma calça branca larga e um top florido mostrando parte da barriga. Ela chamava a atenção pelos cabelos e as roupas coloridas que usava, mas naquele dia ela estava realmente bonita. Estava com uma amiga e ela olhou em volta, com certeza estava
No mês que se seguiu Jefferson tentou de todas as formas esquecer Beatriz. Viajou para Nova York e saiu com uma mulher diferente a cada noite. Tentava se convencer de que sua vida era aquela, curtição e noitadas regadas a álcool e sexo. Sexo este que muitas vezes ficou pela metade e ele teve que se desculpar com sua acompanhante por não conseguir fazer algo que para ele era tão corriqueiro como beber um copo de água.Murilo que tinha ido com ele para Nova York aguentou o quando pode, mas uma noite ele esbravejou com o amigo.- Não acha que já está bom não Jefferson? Quando vai parar de agir como um idiota?Ele não queria ouvir ninguém. Continuou digitando algo no celular.- Não entendi por que está dizendo isso?- Claro que entendeu. Quando vai parar de sair com dezenas de mulheres para provar a si mesmo que esqueceu a Beatriz?- Que Beatr
Tudo bem que Beatriz já sabia que seu relacionamento com Jefferson era só uma aventura. Nem ela e nem ele queriam nada sério com ninguém, mas estava sendo muito difícil encarar aquela separação repentina. Para quem tinha chegado em sua casa se dizendo seu homem ele tinha mudado de ideia bem rápido. Por isso que ela não acreditava nos homens e não tinha ilusões sobre encontrar alguém que a amasse. Eles eram assim mesmo, volúveis e instáveis, então como se apaixonar se sabia que eles a fariam sofrer. Ainda lembrava tudo que ela tinha passado com Gustavo, de todo sofrimento, da sensação de abandono no momento que ela mais precisou dele e de como teve que enfrentar aquele sofrimento sozinha. Nunca mais ela confiaria tanto em alguém. Por isso ela não queria um relacionamento sério e vivia pulando de um namoro para outro, mas aquilo també
Beatriz pediu férias no trabalho, avisou a família e viajou para Nova York com Jefferson. Não conhecia aquela cidade e ficou maravilhada com cada lugar que ele a levou. Adorou o apartamento dele e quando ele a levou para o restaurante e a apresentou como uma amiga muito especial ela teve certeza que todos os funcionários sabiam que ali existiam mais do que apenas amizade e a receberam com carinho e respeito. Mas no íntimo de Beatriz algo a incomodava. Eles evitavam falar a respeito daquele relacionamento. Pareciam ao mesmo tempo estar em sintonia, mas existia uma linha tênue que eles não ousavam ultrapassar. Ele conversava muita coisa com ela, mas às vezes se afastava para falar de assuntos que ela não sabia do que se tratava.Na verdade o que os mantinha juntos era o enorme desejo sexual que sentiam um pelo outro. Beatriz não entendia como podia desejar tanto uma pessoa e a recíproca parecia verdadei
Beatriz poderia pensar em qualquer coisa, menos que depois de cinco anos ela encontraria Gustavo. Estava encostada no carro de Jefferson no estacionamento do restaurante, esperando ele sair do banco quando escutou aquela voz que tanto a fez chorar no passado.- Olha só se não é a BiaEla voltou-se lentamente e olhou assustada o rosto do homem que ela pensou ter amado um dia e que não hesitou em abandoná-la num leito de hospital sangrando até quase morrer.- G.. Gustavo? O que faz aqui?Ele se aproximou com aquele sorriso cínico de sempre- Aqui no Rio, ou aqui na sua frente?Meu Deus Jefferson, volta logo!Ele se aproximou mais e Beatriz ficou gelada encostada no carro sem saber se saia correndo ou se gritava.- Não chegue perto de mim!Ele estendeu a mão e tocou seu cabelo.- Cortou o cabelo?Ela se encolheu e fechou os olhos. Es
Nos dias que se seguiram ela não conseguiu se concentrar no trabalho, trocou um ou dois pedidos e esqueceu alguns ingredientes em pratos importantes. Foi chamada atenção pelo gerente do restaurante e prometeu que tentaria se concentrar mais. No final do expediente daquela sexta feira Jefferson a esperava do lado de fora do restaurante.- Por que não avisou que viria?-Pra que? Pra você inventar outra desculpa e não querer se encontrar comigo- Não estou inventando desculpasEle a pegou pela mão e levou-a para o carro- Claro que está, mas hoje você vai comigo e vai me dizer o que está acontecendo- Não está acontecendo nadaEla viu que não ia adiantar lutar contra ele naquela hora, parecia decidido. Ela estava abrindo a porta do carro para entrar quando ouviu aquela voz que a deixou gelada.- Bia!Ela voltou-se e viu Gustavo a
Beatriz não entendeu quando Mariana ligou para ela chorando avisando que tinha acontecido um acidente com Murilo e ele estava naquela hora sendo atendido por ela no hospital que ela trabalhava.- Calma Mari, se você ficar desse jeito cada vez que atender um amigo, melhor sair dessa profissão- Eu... não fico assim com todas as pessoas, mas é Murilo- Eu sei que ele é namorado da sua amiga, mas fique calma, eu chego ai daqui a alguns minutos.Beatriz ligou para Jefferson e os dois foram para o hospital. Murilo estava deitado em uma maca todo coberto de curativos e com uma perna enfaixada.Mariana estava sentada na cama ao lado dele e media seu pulso com um aparelho. Beatriz achou estranho aquela forma como a irmã atendia um paciente, sentada na cama e ele estava com a mão sobre a perna dela.Jefferson também a olhou com uma interrogação no olhar. Sabia que Bianca, a n