— Meu corpo está vibrando por você. Estou com a chave do carro na mão. Posso ir te buscar? — Não hoje.— Oh....— Esse é o único dia da semana em que posso dormir direito, Stie.— Acha que eu não a deixaria dormir? — perguntou, em tom malicioso.— Você sabe melhor que eu qual a resposta a esta pergunta.Depois do que havia se passado dentro do carro, no dia anterior, ambos sabiam muito bem o que estava prestes a acontecer se continuassem se vendo regularmente. E Stephen não tinha a menor intenção de desistir de Serena, ainda mais agora que ela se rendia, com atitudes e palavras que encorajavam suas investidas.— Sabe que já me considero seu namorado, não sabe? — perguntou ele, de supetão, com a voz firme.— Sei. — O cerco fechado que ele mantinha não deixava dúvidas.— E sou, não sou?Serena só precisou lembrar do fim de semana tivera ao lado dele, de sua boa vontade, paciência e bom humor e por fim, na sessão quente dentro do automóvel. As noites de sexta-feira e sábado, aninhada a
Sorriu, bem humorado, admirando a agitação da banda no pequeno palco. Serena, o baixista Diogo e o guitarrista Felipe, pulavam alucinadamente enquanto cantavam Last Friday Night, de Katy Perry, fazendo o público pular junto.Stephen procurava relaxar entre seus colegas da empresa. Era sexta-feira, e havia aceitado ir com seu pessoal ao bar. Felizmente Serena não fizera nenhuma performance muito sensual, pois sabia que Davis e Ethan não perderiam a oportunidade de provocá-lo, sabendo já que ele e a cantora estavam envolvidos. Divertia-se enquanto ela ia emendando hits dançantes de Cindy Lauper, Madonna, Justin Timberlake, fazendo o público suar e consumir mais líquido. A casa certamente agradecia o calor e a sede que a banda causava entre os frequentadoresO empresário assentiu, para si mesmo, avaliando o trabalho no palco. Não tinha dúvidas de que era Serena e o grupo de músicos que faziam o bar lotar cada noite, enchendo o caixa com o valor do que era consumido, e da taxa do couvert
No entanto, não era o empresário quem a tocara. Olhando para ela, com um sorriso torto no lábios bonitos, estava Ricardo, seu último namorado. O cara dos brinquedinhos eróticos e dolorosos.— Oi, Serena. — Aproximou-se para os tradicionais beijinhos no rosto, e demorou-se no ato mais do que deveria, deliberadamente.— Oi, Ricardo.Serena, pega de surpresa, aceitou os beijos de cumprimento. — Você está incrível. Gatíssima. — Ele elogiou, depois de cumprimentá-la. Aproximou-se mais de Serena.A cantora olhou em volta, ansiosa. Onde estava Stephen? Voltou a encarar seu interlocutor. Era irritante o hábito que certos homens tinham de procurar as ex-namoradas para testar seu poder de sedução mais uma vez. Francamente! O jeito ligeiramente prepotente dele a fez cancelar imediatamente a ideia de cantar “I’m a slave 4 you”. Não daria a oportunidade do convencido achar que a canção era algum tipo de recado pra ele.****Stephen ergueu-se da cadeira assim que Serena e a banda anunciaram a p
— Esperei pelo seu telefonema, Serena. Para ser franco, fiquei triste porque não me ligou — dizia Ricardo, debruçado no balcão, perto de Serena.— Esqueça isso, Ricardo. Nosso tempo passou — ela retrucou. E foi um engano, uma perda de tempo, pensou, aborrecida.— Acho que não me entendeu naquele dia. Não sou um depravado, e nunca iria ferir você, meu bem — Ricardo disse, com voz macia.Ela tinha dúvidas quanto a isso, mas preferiu calar-se, olhando em torno mais uma vez, enquanto bebia seu suco. Se quando terminasse de beber Stephen ainda não houvesse aparecido, voltaria para junto da banda e pronto. Não havia sentido algum em ficar ali conversando com Ricardo. Não eram amigos, não eram nada.— Não esperava que você fosse uma preconceituosa... —Ricardo disse, suavemente.Serena mordeu a isca, reagindo de pronto:— Não sou preconceituosa!Ricardo abriu um grande sorriso:— Bom saber isso. Antes que Serena pudesse retrucar-lhe uma resposta, teve um sobressalto ao ter sua cintura subita
Os últimos dias haviam sido muito torturantes para ela. Cada vez que Stephen se aproximava, com voz doce e gestos sensuais, provocando-a e afastando-se em seguida, noite após noite deixando-a numa angustiante expectativa, colocava-a mais ansiosa para perder-se de vez nos braços dele. Já cogitava seriamente abrir mão de seus brios e convidá-lo diretamente para fazerem amor, mesmo sabendo que Stephen a estava deliberadamente empurrando para isso, “pressionando sem pressionar”. Enfim ele sussurrou-lhe ao ouvido, com a voz carregada de desejo:— Basta de esperar. Serena, quero você completa. Hoje.Se Stephen dissesse “eu a quero já e aqui mesmo”, Serena teria lhe respondido da mesma forma, ofegante e desesperada:— Sim, sim!*** Stephen lançou um olhar de esguelha para Serena, sentada ao seu lado no carro, muito ereta, e pressentindo sua insegurança, tirou a mão direita do volante, e cobriu a mão dela com a sua. A moça olhou-o, com olhos doces.Estavam ansiosos enquanto seguiam em direç
Serena sorriu. Achava uma graça quando Stephen falava mais rápido e muitas vezes se atrapalhava com as palavras com que não estava ainda familiarizado. Geralmente isso acontecia quando ele estava mais agitado. Estaria também nervoso, como ela? Não, ele era um homem bonito, experiente, de mais de trinta anos... não ficaria ansioso porque ia fazer amor com uma namorada nova. Ou ficaria?— Um vinho está ótimo.— Boa pedida, madame. — Ele se curvou, numa reverência brincalhona: — Queira me acompanhar até a cozinha, por favor.A cozinha era funcional e espaçosa. Serena sentiu uma ponta de inveja diante de tantos apetrechos modernos e eletrodomésticos tinindo de novos.Stephen pareceu adivinhar seus pensamentos:— Aprecio uma cozinha bem equipada. Não tenho muito tempo para cozinhar, mas como vivo sozinho, quero tudo a mão quando me sinto propenso a aventurar-me no fogão. Não me envergonho de dizer que quando estou em casa, passo mais tempo aqui do que em qualquer outro cômodo.— Então é um
Emitindo um gemido mais alto, Serena perdeu o equilíbrio, e apoiou-se na janela desajeitadamente, sacudindo a vidraça. Stephen olhou-a rapidamente, apenas para certificar-se que estava bem. Sorriu, confiante, vendo os olhos derretidos dela. Ah, sim, enfim realizaria sua maior fantasia... Continuou a exploração, enquanto punha-se de joelhos, os dedos enganchando-se nas laterais da calcinha amoldada perfeitamente nas formas femininas de sua amada. A peça logo foi retirada também.— Minha deusa... — Olhou-a com franca adoração.Lambeu sensualmente seu umbigo, puxando levemente o piercing, numa brincadeira provocativa com a boca. As mãos de Serena apoiaram-se nos ombros dele, os dedos apertando-o à proporção em que a excitação aumentava, e o passeio da língua de Stie continuava, lenta e deliciosa, em quase dolorosa descida.As pernas de Serena bambearam quando a língua de Stephen penetrou-lhe a intimidade. E quanto mais profundos ficavam os movimentos, mais ela ficava desequilibrada. Ma
Serena espreguiçou-se languidamente, satisfeita. Stephen conseguira de novo levá-la às alturas! Até o amanhecer intercalaram cochilos e sexo, e continuaram assim durante todo o dia de sábado. E apesar de horas insone, ambos estavam surpreendentemente bem dispostos.****A água quente batia no pescoço e nos ombros de Serena, causando uma ligeira ardência nos locais onde a barba de Stephen estivera roçando com mais insistência. Já havia notado uma certa vermelhidão na área, e o namorado também a havia examinado, com um olhar que parecia conter um misto de apreensão e orgulho. Ela não reclamou, afinal os arranhões selvagens que fizera nas costas dele superavam longe as marcas de paixão que ele havia lhe deixado.Começou a cantarolar Despacito.Estava cheia de espuma de sabão quando Stephen entrou no chuveiro. Teve um sobressalto no momento em que a enlaçou por trás, colando seu corpo ao dela e beijando seus ombros. Um arrepio delicioso percorreu sua coluna. Ofegou ao ser girada até fi