ATENÇÃO, O CAPÍTULO CONTÉM TEMAS QUE ALGUNS LEITORES PODEM ACHAR PERTURBADORES.A porta se abriu e ela, que vivia em alerta, acordou, porém, não abriu os olhos de uma vez. O som da porta se fechando e passos se aproximando fizeram o coração de Eve se acelerar ainda mais. Ela sentiu alguém próximo. — Tão linda… — a voz de Cameron foi ouvida, mesmo que baixinha. — Não precisa fingir que tá dormindo, eu sei que você tá me ouvindo, Evezinha.Eve, ainda de olhos fechados, estava tremendo e logo sentiu um toque, suave, mas parecia que a queimava, no ombro, descendo pelo braço. Parando e tocando o seio dela. Eve não aguentou mais e deu um salto, encolhendo-se ainda mais. O quarto estava escuro, com apenas uma leve luz entrando por uma fresta da janela, mas como tinha acabado de abrir os olhos e ainda estava sem os óculos, Eve ainda não enxergava direito, porém, podia imaginar o sorriso malicioso de Cameron. — Não sei por que você se nega tanto. Podemos nos divertir e eu duvido que alguém
— Senhor Galloway, qual a real relação da senhora Galloway com a sua filha? — É verdade que ela é apenas uma mãe substituta? — Quem é a mãe da pequena senhorita Galloway? Enquanto Eve estava a ponto de cair dura ali mesma, de tanto nervosismo, o rosto de Archer estava impassível. E assim ele continuou até que entrassem no apartamento. — Archer… — Vamos conversar sobre isso no quarto. — A voz dele saiu baixa, e Eve compreendeu que ele não queria discutir aquilo onde alguém pudesse ouvir, afinal, Maryah não sabia que Rose não era filha biológica da nova senhora Galloway. Rose estava brincando com Maryah e quando viu os dois, os olhos brilharam e ela soltou os brinquedos. A pequena se levantou, bateu palmas e Eve estendeu os braços para ela. Rose deu um passo incerto, mais outro, e foi ao chão. Archer, que antes estava convicto de que conseguiria ignorar a criança, sentiu o coração derreter e um orgulho imenso brotou no peito dele, quando pegou Rose do chão antes que Eve pudesse f
O homem tirou um papel da própria pasta, orgulhoso. — Aqui! Archer o olhou, surpreso. — Ainda é cedo, como conseguiu? O rosto de Fred ficou corado. — Eu conheço uma pessoa. Archer decidiu não perguntar mais. Parecia ser algo pessoal e ele não era tão inconveniente. — Tá bem. Agora, — ele puxou o celular do bolso e o apontou para o papel, após dar uma lida. — Hora do show. Após o pequeno storie feito por Archer, os internautas começaram a falar que a tal pessoa anonima queria apenas causar problemas. “— Algumas pessoas nem deveriam ter acesso a internet!”“— Que absurdo! Uma família tão bonita e vem essa invejosa causar problemas!” “— As pessoas perderam a noção!”Até o fim do dia, tudo foi se acalmando na empresa. Archer falou com uma e outra pessoa, recebeu até mesmo pedidos de desculpas — o que o deixou com a consciência levemente pesada. — E não descobriram quem é esse embuste? — Archer perguntou a Fred, que negou com um movimento rápido da cabeça. — Essa pessoa não é a
Eve apertou os lábios. Esse era o motivo da mulher estar “se achando” tanto. Ela era sobrinha de Yvonne LaRue! “Mas que falta de sorte!”, Eve pensou. “Não vou abaixar a cabeça!”— Sim. — Ela retirou um documento da pasta. — Sou aprendiz. Recebi o e-mail de aceite, fiz a minha matrícula. Aqui. O guarda olhou o papel, olhou para Deborah Harmon e confirmou com a cabeça de que a informação era verdadeira. — Humpf! — Deborah jogou os cabelos para trás. — Pois bem, deixe ela passar. Porque não vai durar! Eu quero ver se a minha tia vai permitir que uma encrenqueira seja aluna dela! — Não sou encrenqueira! — Como ousa discutir com ela? Não sabe o seu lugar? Eve abriu a boca para falar, mas outra pessoa chegou. — O que está acontecendo? — Uma mulher elegante, de cabelos grisalhos bem penteados em um coque elegante, roupas compridas e com bordados, mas que definitivamente não eram antiquadas. — Respondam! — Tia! — Deborah correu para Yvonne, fazendo biquinho. — Essa mulher estava sendo
Eve não perdia uma só aula e Yvonne estava mais do que satisfeita. “A garota tem talento!”A questão da não maternidade de Eve não foi mais mencionada e logo, caiu no esquecimento dos internautas. Ou da maioria deles, ao que parecia. Archer e ela estavam mais juntos e, naquela noite, eles dois sairiam para jantar. Ele pensou em buscá-la na aula, porém, ele sabia que ela iria querer se arrumar. Além de checar Rose, já que as duas estavam há horas separadas. Uma nova senhora, conhecida de Maryah, trabalharia na casa. Ela iria ajudar com as coisas da casa, e Maryah ficaria mais com Rose, que já estava andando e explorando a casa, como podia, e fazendo bagunça por onde passava. — Eve, querida, como estão indo os modelos? — Yvonne perguntou, aproximando-se da moça. — Acho que estão ficando satisfatórios. — Eve mordeu o lábio. Haveria uma competição e Yvonne, apesar de não estar sendo megera, era evidente como era competitiva e estava colocando suas apostas em Eve, claro. — Deixe-me d
Eve o olhou, sem acreditar. — Archer, você… você tá com ciúmes? — Entre no carro e vamos conversar. Ela entrou, mas não sabia se ficava ofendida ou ria, pois Archer parecia um tanto transtornado. Dentro do carro, tudo ficou silencioso. Archer remexia a boca, parecia que ia falar algo, então não o fazia. — Archer, por favor, fala logo! Ele se virou para Eve. — Eve, você… você gosta de mim? — Sim. — Ela respondeu, apesar da surpresa. — Você demorou pra responder. — Porque eu não esperava que me perguntasse isso! — Se você tiver interesse por outro homem, você pode falar. Nós nos casamos, e eu entendo se você não… hmmm! Eve o beijou. Aquele foi o primeiro beijo não tão doce entre eles, partindo de Eve. Ela segurou o ombro de Archer com uma mão e, com a outra, enroscou os dedos nos fios escuros, que estavam um pouco mais compridos. Archer puxou Eve mais para ele, uma mão atrás da cabeça dela e a outra na cintura, descendo para os quadris. Ela não pareceu incomodada como antiga
— Eu quero… — Eve queria. Ela queria mais dele. — Mas não… íamos jantar? Archer soltou o ar numa risada. — Sim. — Ele beijou o ombro de Eve. — Apesar de que, o que eu mais quero comer, tá bem aqui. Eles se olharam e Eve mordeu o lábio. Aquela seria a primeira vez deles e parecia errado que fosse algo “rapidinho”. Archer compartilhava do mesmo pensamento, afinal, ele queria poder aproveitar o tempo dele com Eve, ainda mais nesse primeiro momento. Ele a colocou no chão, beijando-a e deu um passo para trás. — Vamos tomar esse banho, jantarmos e, depois, vamos passar uma noite maravilhosa. — Archer olhou para o box. — Quer tomar banho sozinha ou…?Eles dois estavam praticamente nus, e quando o olhar de Eve recaiu sobre a cueca de Archer, a boca dela se abriu. Ele percebeu a reação dela e sorriu de lado. — Quer ajuda? — Ele voltou a perguntar e Eve assentiu de leve, sem tirar os olhos da roupa íntima dele. Ela não era tão conhecedora sobre aqueles assuntos, mas Archer parecia grande.
CONTEÚDO PARA MAIORES DE 18 ANOSEla sorriu, os olhos cheios de água. — Sim! O anel deslizou pelo dedo anelar da mão direita de Eve e ela não estava conseguindo aguentar tamanha felicidade. Archer gostava dela, ele era paciente, brincalhão e, uma coisa muito importante, um bom pai. Sim, porque se ele não tivesse mudado nesse aspecto e continuasse a ignorar a pequena, Eve não conseguia se envolver com ele. Ele se levantou e beijou os lábios de Eve, de maneira suave, afinal, mesmo numa mesa afastada, eles ainda estavam em um restaurante e ele não iria querer chamar esse tipo de atenção. Eles jantaram e a volta para casa foi excelente. Archer tinha chamado o motorista para levá-los de volta, afinal, ele bebeu e Eve não dirigia — ainda. O apartamento estava silencioso. Archer pegou Eve de surpresa, ao passar o braço por trás dos joelhos dela e suspendê-la, estilo noiva. Sem dizer uma só palavra, ele apenas olhou para Eve, sorriu e começou a subir as escadas. Dentro do quarto, Archer