— Cadê as meninas? — Archer perguntou e viu que Shannon e Miron não estavam com elas. Eles se aproximaram deles e Archer repetiu a pergunta. Miron na hora ficou mais alerta. — Onde vocês ouviram o choro? — Shannon perguntou e começou a chamar por Kiara. — Eu não sei! Mas estava distante! — Eve falou, sentindo o coração apertar com desespero. Então, uma mulher se aproximou deles. — Os senhores são os responsáveis por uma menininha ruiva e um bebê? — Ela perguntou e, ao olhar para Miron e, depois, Archer, soube que a resposta era positiva. — Venham. Os quatro correram atrás da mulher, para encontrar Kiara sentada com Rose, que lhe abraçava. — O que aconteceu? — Shannon perguntou, indo para Kiara. O joelho e o queixo dela sangravam.— Ela caiu, senhora. Eu não sei exatamente como. — A mulher disse. Kiara já não chorava mais, porém, Rose parecia um pouco assustada. — Do…doi. Eve pegou a bebê no colo. — É, meu amor. A Kiara se machucou um pouquinho. — Shannon já estava com a filh
Deborah olhava para ele, com um belo sorriso nos lábios e uma expressão que ele conhecia bem: ela estava pronta para flertar. Archer retirou a mão da taça e sorriu, tentando ser educado. — Boa noite, senhorita Harmon. — Oh, o senhor quer a taça? Acredito que pegou nela antes de mim. — Deborah exibiu um sorriso ainda mais chamoso. — Não. Não se preocupe. Serei um cavalheiro. Deborah mordeu os lábios e passou o braço pelo de Archer, que inspirou fundo e segurou a vontade de dar um “chega pra lá”, na mulher. Mas seria muito indelicado e chamaria a atenção dos outros. Ele, calmamente, tentou se desvencilhar dela, porém, Deborah o apertou mais perto dela. — Senhorita… — Senhor Galloway, pensei que quisesse ser cavalheiro. — Ela falou, arrastado. — Não vai deixar uma dama andar sozinha, não é? Ele inspirou fundo. — Não é esse o propósito do jantar? Por isso ninguém pode trazer companhia, caso contrário, a senhorita não estaria só e, definitivamente, minha esposa ao meu lado. Aquil
O dia amanheceu e Eve olhou para a cama ao lado dela, vazia. Archer não tinha voltado e nem o celular dele estava disponível. Ao perguntar ao motorista, ele disse que viu o patrão e, como um dos seguranças foi falar com ele para ver a credencial dele para estar ali, ao olhar novamente, Archer já não estava por perto. Jimmy tinha esperado, tentado ligar, porém, não conseguiu falar com o patrão. Eve não podia ainda fazer uma queixa de desaparecimento, porém, agora que estava de dia, ela esperaria apenas até a hora do almoço. Se Archer não retornasse, ela iria a polícia, afinal, ele não tinha o costume de dormir fora e muito menos de ficar incomunicável. Porém, enquanto a TV estava ligada na cozinha e Eve resolveu ir até lá com Rose, ela viu uma notícia que a deixou de boca aberta e o coração na mão. Eram imagens de Archer com Deborah segurando no braço dele, dentro da festa. Depois, ela e ele entrando em um carro. — O senhor Galloway e a senhorita Harmon foram vistos entrando no Gran
Quando a polícia chegou, Deborah estava chorosa a um canto e, pelo estado dela, ainda enrolada no lençol. Ela desistiu de se vestir, para parecer mais uma vítima de abuso do que de fato o que ela era: a abusadora. — Senhorita, acalme-se. — O policial falou de maneira calma e Archer se sentiu indignado. — O senhor policial entende que fui eu quem os chamou aqui, não é? Essa mulher… Eu quero um exame. Quero saber se fui drogado! — O senhor Galloway quer apenas usar essa desculpa pra justificar os atos dele! — Deborah fez que chorava, cobrindo o rosto com as mãos. — Os meus atos? Eu estava indo para o meu carro, e me senti péssimo Não lembro como eu vim parar aqui! Como assim: os meus atos? O policial, ao ouvir aquilo, compreendeu o possível cenário, ali: Archer Galloway foi vítima de um “Boa noite, Cinderella”. Só havia uma dúvida: aquela mulher foi quem o drogou, ou ela foi outra vítima? — Senhorita, por favor, vista-se. Precisamos ir para a delegacia. — O policial informou Debor
Archer foi chamado novamente e, quando perguntaram novamente a relação dele com Deborah, ele não compreendeu. — Vocês já me perguntaram isso. Eu não tenho relação com ela. Essa mulher é sobrinha da artista de sapatos que tutora a minha esposa. E, inclusive, essa moça foi muito hostil com Eve. — Ele balançou a cabeça e suspirou. — Por sinal, eu não consegui falar com ela. Com Everleigh. — Nós conseguimos. Archer se levantou, porém, mandaram que ele voltasse a se sentar. — Eu preciso falar com ela! — Ele disse. Enquanto estava indo para o corredor, em direção ao banheiro, ele ouviu a notícia na TV e alguns policiais rindo. Aquilo o encheu de raiva. — Quando for possível, o senhor falará. Por enquanto, ela está conversando com uma policial. — Eve passou há pouco por um grave problema. Um trauma. — Ele estava preocupado. Não só com Eve não acreditar nele, afinal, ele foi encontrado num hotel com outra mulher, mas sim de a morena estar desconfortável com a ida à delegacia. Pelo que Ar
Maryah abriu a porta e um Lennon furioso estava parado ali. — Senhor Dodson! — O sorriso de Maryah falhou quando ela viu a expressão escura na face de Lennon. — Oi, Maryah. — Ela deu um passo para o lado a fim de permitir que Lennon entrasse. Ele o fez e imediatamente viu Archer. Ao não avistar Rose por perto, Lennon não pensou duas vezes e andou a passos largos. — Lenn…! — Archer caiu pra trás com o soco que levou de Lennon, que ainda lhe segurava pelo colarinho da camisa, e lhe acertou outro. — Senhor Dodson! — Maryah gritou, apavorada. Hollie olhou para a sala e rapidamente impediu que Rose, que estava na varanda, visse o que estava acontecendo. Os olhos de Lennon se encontraram com os de Hollie, e ele soltou Archer ao ver o quanto ela parecia horrorizada. Archer aproveitou para se afastar. Eve, que anteriormente estava arrumando as coisas no quarto, demorou até ouvir a comoção e desceu as escadas. Lennon já estava longe de Archer, que limpava o rosto com um pano dado por Mary
— Hollie, espera um pouquinho. — Lennon pediu e a moça o encarou. Ela mordeu os lábios nervosamente, afinal, estava sozinha no carro com um homem. — Primeiro de tudo, pode ficar calma. Eu só preciso te perguntar uma coisa. Ela sorriu de leve e engoliu em seco. Durante o trajeto, ela tentou não olhar para Lennon. Não que ele não fosse muito bonito, com os cabelos escuros baixos e os olhos escuros, profundos, a pele levemente bronzeada e um sorriso cativante, principalmente quando as covinhas nas bochechas apareciam. Porém, ela se sentia estranha, como se estivesse a ponto de tocar e ver se ele era mesmo real. Agora, ele estava mais próximo ainda, mesmo que não demais. O bom de ela ter sentado no banco de trás com Maryah, pois se estivesse no banco da frente… — Pode perguntar. — A voz dela saiu baixa e os olhos de Lennon observaram o movimento dos lábios de Hollie quando ela falava. “Como é que pode ser tão sexy assim?” Lennon limpou a garganta. — Hollie, você tem namorado? A mor
Gabriel olhava para Deborah, sentada em frente a ele, desfrutando do vinho caro que ela havia pedido — e que ele iria pagar. — A senhorita me chamou aqui para me contar algo sério ou apenas para que eu phe pagasse um jantar? Deborah soltou uma risadinha, uma que Gabriel achou extremamente enjoada e irritante. Ele não gostava daquela mulher e nem conseguia entender como ela podia ser sobrinha de Yvonne. Claro, sangue não se escolhe, mas a artista praticamente criou Deborah! “Tem gente que não tem jeito, mesmo…”, ele pensou e olhou para a mulher com desgosto. “Tão bonita, mas não vale nada.”— Na verdade, eu vim aqui porque quero propor uma aliança. — Deborah falou, com o tom melodico dela. — Aliança? Ela bebeu mais um gole do vinho e colocou a taça em cima da mesa, sorrindo para Gabriel, antes de levantar os olhos e encará-lo. — O senhor tem interesse em Everleigh Jonhson, ou melhor, Galloway. — Ela falou o sobrenome com um certo rancor. — E eu quero Archer para mim. Podemos traba