Gabriel olhava para Deborah, sentada em frente a ele, desfrutando do vinho caro que ela havia pedido — e que ele iria pagar. — A senhorita me chamou aqui para me contar algo sério ou apenas para que eu phe pagasse um jantar? Deborah soltou uma risadinha, uma que Gabriel achou extremamente enjoada e irritante. Ele não gostava daquela mulher e nem conseguia entender como ela podia ser sobrinha de Yvonne. Claro, sangue não se escolhe, mas a artista praticamente criou Deborah! “Tem gente que não tem jeito, mesmo…”, ele pensou e olhou para a mulher com desgosto. “Tão bonita, mas não vale nada.”— Na verdade, eu vim aqui porque quero propor uma aliança. — Deborah falou, com o tom melodico dela. — Aliança? Ela bebeu mais um gole do vinho e colocou a taça em cima da mesa, sorrindo para Gabriel, antes de levantar os olhos e encará-lo. — O senhor tem interesse em Everleigh Jonhson, ou melhor, Galloway. — Ela falou o sobrenome com um certo rancor. — E eu quero Archer para mim. Podemos traba
Eve ainda estava no colo de Archer, respirando pesado, enquanto ele segurava a cintura dela. — Ah, Eve… olha só o que você faz comigo. Ela soltou uma risada. — Eu? Você que fica me tentando! As mãos de Archer subiram e cobriram os seios de Eve. — É impossível não querer você mais e mais. — Ele a beijou, porém, antes que o clima esquentasse novamente, Eve saiu de cima dele. — Ei! — Nada disso! Aqui tem câmeras! — Eve coobriu o rosto com as mãos. — Já imaginou se alguém viu esse carro balançar? — Tirando o fato de que você fica com vergonha, eu não ligo. Você é a minha esposa, Eve. Nos casamos há pouco tempo… Creio que as pessoas conseguem compreender. Ela colocou o vestido e passou a mão pelos cabelos. — Vamos subir e, quando a Rose dormir, nós podemos continuar. Os olhos de Archer brilharam. Enquanto estavam no elevador, ele pensou que seria muito bom se eles casassem novamente. Sem ser por “contrato”, mas de verdade. Aquilo ali não era mais um negócio, ele amava Eve e não
— Você tá bem? — Archer perguntou, quando eles estavam indo para o banheiro. — Parece… distante. O normal de Eve, agora, era praticamente pular no colo de Archer e eles já iam assim para o banheiro. No entanto, ela parecia aérea. “Será o pesadelo?” Eve engoliu em seco e sorriu. — Não precisa se preocupar. Só ando pensativa com as minhas coisas. Estudo e tal. Archer não engoliu as desculpas, mas também não iria pressionar Eve. — Tudo bem, amor. Por mais ocupado que eu esteja, saiba que você é a minha prioridade. Qualquer coisa, você pode me contar. A culpa recaiu sobre os ombros de Eve, invadindo-a, como um veneno. — Se eu precisar de ajuda, pode deixar que vou pedir. — Eve ficou na ponta dos pés e se apoiou nos ombros de Archer. — Um beijo, por exemplo, já me ajuda muito. O dia seguinte foi outro dia cheio para Archer, bem como o próximo e o depois desse. Mesmo nos fins de semana, ele parecia esgotado. Eve não recebeu outra mensagem e acabou tomando aquilo como alguma piada.
— Eve, calma! — Shannon falou, mas Eve parecia não a ouvir. Shannon a abraçou e, quando Eve finalmente compreendeu que aquilo era uma mulher e o cheiro do perfume doce de Shannon invadiu suas narinas, ela se acalmou um pouco mais. Shannon tomou um pouco de distância, a fim de olhar para Eve. — Tá tudo bem. As pessoas em volta olhavam, e Shannon as espantou, levando Eve de volta para o carro. O caminho foi silencioso. Shannon dirigiu de volta para o apartamento e, antes que Eve saísse, ela lhe segurou a mão. — Eve, minha intenção não é ser fofoqueira, mas o que foi que aconteceu? Eve fechou os olhos. — Eu… eu vi uma pessoa. — Ela mordeu os lábios. — Ele estava olhando pra loja, estranho. Aí eu saí para confrontá-lo e, bom, ele sumiu. E quando você segurou meu pulso, eu achei que fosse ele. Shannon franziu a testa. — Você conhecia o cara? Eve sacudiu a cabeça. — Não dava pra ver o rosto direito. — Ela falou. Shannon queria perguntar como, então, Eve tinha certeza que o homem es
— Senhores Galloway! — Deborah falou, de maneira educada, porém, havia um claro tom de deboche velado. — Senhorita Harmon. — Archer a cumprimentou, sério. — Senhor Ryan. — Soube que está competindo pela parceria, Galloway. — Gabriel falou e sorriu. — Boa sorte! Archer agradeceu, pediu licença e, tomando a mão de Eve, começou a se afastar. Gabriel ainda chamou por Lennon e o manteve ali por alguns minutos a mais. Quando este sentou na mesa de Archer e Eve, soltou uma lufada de ar. — Não sou fã do Ryan, mas esperava mais dele. — Lennon falou e pegou uma bebida da bandeja do garçom. — Aquela mulher é insuportável! — Concordo plenamente! — Archer falou e também bebeu. — Eve, com todo o respeito, você está linda! — Lennon disse e Archer sabia que o amigo não estava falando com maldade. — A minha mulher é maravilhosa, perfeita! — Deu sorte, heim! Bonita, inteligente, super gente boa… — Lennon levantou a taça para Eve. — Já a Eve acabou ficando com um cara chato. — Sai fora, Lennon!
Na telona, um quarto, uma cama, um homem beijando uma mulher que, aparentemente, estava permitindo. Não havia som, apenas as imagens do vídeo. — Gente, o que é isso? — Alguém perguntou. Archer não conseguia tirar os olhos da tela, porque aquela mulher, com os braços segurando os do homem, a cabeça mais para trás, era Eve, sem sombra de dúvidas. — Desliguem isso! — Gabriel gritou, indo até onde o homem responsável pelo telão. — Não vê que isso é completamente inapropriado? Abel Venegas nada disse, ele ainda estava de boca aberta, chocado com o que se passava ali. Ele era um homem de mais de cinquenta anos e um tanto quanto conservador. Lennon segurou o braço de Archer e, quando viu que não tinha resultados, ele colocou a mão na frente dos olhos do amigo. — Archer, vem! — Ele falou, porém, logo veio alguém e apontou para o outro lado da Mansão. — Isso está acontecendo em um dos quartos! — A funcionária disse e, claro, o efeito foi que os convidados, curiosos, decidissem ir atrás d
Archer acordou e logo sentiu o peso de toda a bebida ingerida na noite anterior. Ele se sentou, com dificuldade, na cama. Ao olhar em volta, ele sabia que não estava em casa. “De novo não!”Ele olhou para o lado e Deborah estava ali, enrolada no lençol. Ambos sem roupa. Archer cobriu o rosto com as mãos. Ele não lembrava de nada, absolutamente nada, depois de estar bebendo e ouvir uma voz feminina. E não era a de Eve. — Argh! — Ele escaneou o quarto e viu a cueca no chão e rapidamente a pegou e a vestiu. Quando Deborah acordou, ele já estava vestido. — Archer… — Não quero ouvir sobre isso. Ela franziu a testa. — Agora vai dizer novamente que foi drogado? Vai me acusar de te raptar? Ele estalou a língua e suspirou. — Não. Mas o que quer que tenha rolado aqui, não significou nada. Eu estava bêbado e… você pode não ter me drogado, mas se aproveitou bem do meu momento. — Archer! Eu… Ele levantou a mão. — Não quero nada com você. Archer pegou o que era dele e saiu dali, deixand
EVE: Ele é um idiota, rapidinho vai estar aqui. Ele come na minha mão. AMOR: Ah, Evezinha, que maldade! Ele é seu marido. EVE: Ha, ha! E daí? É um otário! Basta eu falar, e ele acredita! Até pro Ryan eu dei e ele ainda acha que foi tudo um mal entendido! AMOR: Sabe que eu não gosto quando fala de outros homens! EVE: Ah, querido, você sabe que eu faço o que preciso. Mas eu só amo você nesse mundo! AMOR: Só a mim? E aquela garotinha? EVE: A fedelha babona? Ter que fingir gostar dela é uma das coisas mais difíceis! Ainda bem que agora tem quem cuide dela, assim, eu fico mais livre pra nós! Archer fechou o app e soltou um urro de raiva! — Ela tava mesmo me enganando esse tempo todo! Vagabunda! — Ele se levantou e foi à dispensa, pegou sacos de lixo e subiu para o quarto que ele vinha dividindo com Eve. — Comendo na sua mão? Vamos ver! Ele colocou tudo o que era dela nos sacos e, cada peça, uma memória era ativada na mente de Archer.Ele parou inúmeras vezes, chorando, mas termino