— Eve, calma! — Shannon falou, mas Eve parecia não a ouvir. Shannon a abraçou e, quando Eve finalmente compreendeu que aquilo era uma mulher e o cheiro do perfume doce de Shannon invadiu suas narinas, ela se acalmou um pouco mais. Shannon tomou um pouco de distância, a fim de olhar para Eve. — Tá tudo bem. As pessoas em volta olhavam, e Shannon as espantou, levando Eve de volta para o carro. O caminho foi silencioso. Shannon dirigiu de volta para o apartamento e, antes que Eve saísse, ela lhe segurou a mão. — Eve, minha intenção não é ser fofoqueira, mas o que foi que aconteceu? Eve fechou os olhos. — Eu… eu vi uma pessoa. — Ela mordeu os lábios. — Ele estava olhando pra loja, estranho. Aí eu saí para confrontá-lo e, bom, ele sumiu. E quando você segurou meu pulso, eu achei que fosse ele. Shannon franziu a testa. — Você conhecia o cara? Eve sacudiu a cabeça. — Não dava pra ver o rosto direito. — Ela falou. Shannon queria perguntar como, então, Eve tinha certeza que o homem es
— Senhores Galloway! — Deborah falou, de maneira educada, porém, havia um claro tom de deboche velado. — Senhorita Harmon. — Archer a cumprimentou, sério. — Senhor Ryan. — Soube que está competindo pela parceria, Galloway. — Gabriel falou e sorriu. — Boa sorte! Archer agradeceu, pediu licença e, tomando a mão de Eve, começou a se afastar. Gabriel ainda chamou por Lennon e o manteve ali por alguns minutos a mais. Quando este sentou na mesa de Archer e Eve, soltou uma lufada de ar. — Não sou fã do Ryan, mas esperava mais dele. — Lennon falou e pegou uma bebida da bandeja do garçom. — Aquela mulher é insuportável! — Concordo plenamente! — Archer falou e também bebeu. — Eve, com todo o respeito, você está linda! — Lennon disse e Archer sabia que o amigo não estava falando com maldade. — A minha mulher é maravilhosa, perfeita! — Deu sorte, heim! Bonita, inteligente, super gente boa… — Lennon levantou a taça para Eve. — Já a Eve acabou ficando com um cara chato. — Sai fora, Lennon!
Na telona, um quarto, uma cama, um homem beijando uma mulher que, aparentemente, estava permitindo. Não havia som, apenas as imagens do vídeo. — Gente, o que é isso? — Alguém perguntou. Archer não conseguia tirar os olhos da tela, porque aquela mulher, com os braços segurando os do homem, a cabeça mais para trás, era Eve, sem sombra de dúvidas. — Desliguem isso! — Gabriel gritou, indo até onde o homem responsável pelo telão. — Não vê que isso é completamente inapropriado? Abel Venegas nada disse, ele ainda estava de boca aberta, chocado com o que se passava ali. Ele era um homem de mais de cinquenta anos e um tanto quanto conservador. Lennon segurou o braço de Archer e, quando viu que não tinha resultados, ele colocou a mão na frente dos olhos do amigo. — Archer, vem! — Ele falou, porém, logo veio alguém e apontou para o outro lado da Mansão. — Isso está acontecendo em um dos quartos! — A funcionária disse e, claro, o efeito foi que os convidados, curiosos, decidissem ir atrás d
Archer acordou e logo sentiu o peso de toda a bebida ingerida na noite anterior. Ele se sentou, com dificuldade, na cama. Ao olhar em volta, ele sabia que não estava em casa. “De novo não!”Ele olhou para o lado e Deborah estava ali, enrolada no lençol. Ambos sem roupa. Archer cobriu o rosto com as mãos. Ele não lembrava de nada, absolutamente nada, depois de estar bebendo e ouvir uma voz feminina. E não era a de Eve. — Argh! — Ele escaneou o quarto e viu a cueca no chão e rapidamente a pegou e a vestiu. Quando Deborah acordou, ele já estava vestido. — Archer… — Não quero ouvir sobre isso. Ela franziu a testa. — Agora vai dizer novamente que foi drogado? Vai me acusar de te raptar? Ele estalou a língua e suspirou. — Não. Mas o que quer que tenha rolado aqui, não significou nada. Eu estava bêbado e… você pode não ter me drogado, mas se aproveitou bem do meu momento. — Archer! Eu… Ele levantou a mão. — Não quero nada com você. Archer pegou o que era dele e saiu dali, deixand
EVE: Ele é um idiota, rapidinho vai estar aqui. Ele come na minha mão. AMOR: Ah, Evezinha, que maldade! Ele é seu marido. EVE: Ha, ha! E daí? É um otário! Basta eu falar, e ele acredita! Até pro Ryan eu dei e ele ainda acha que foi tudo um mal entendido! AMOR: Sabe que eu não gosto quando fala de outros homens! EVE: Ah, querido, você sabe que eu faço o que preciso. Mas eu só amo você nesse mundo! AMOR: Só a mim? E aquela garotinha? EVE: A fedelha babona? Ter que fingir gostar dela é uma das coisas mais difíceis! Ainda bem que agora tem quem cuide dela, assim, eu fico mais livre pra nós! Archer fechou o app e soltou um urro de raiva! — Ela tava mesmo me enganando esse tempo todo! Vagabunda! — Ele se levantou e foi à dispensa, pegou sacos de lixo e subiu para o quarto que ele vinha dividindo com Eve. — Comendo na sua mão? Vamos ver! Ele colocou tudo o que era dela nos sacos e, cada peça, uma memória era ativada na mente de Archer.Ele parou inúmeras vezes, chorando, mas termino
Archer não falou nada, ele não conseguia. A mente dele estava embolada com possibilidades de coisas ruins acontecendo com Eve. Se aquele homem estava ali se aproveitando dela, e ele quem a levou… — Não adianta ficar com essa cara de Amélia arrependida, Archer. — Lennon falou sem emoção, mais frio do que nunca quando o carro estacionou. — Anda, vamos logo! Shannon, você fica aqui? — Sim. Miron já deve estar chegando. — Ela falou e Lennon assentiu. — Só leva a chave do carro e não esquece de trancar, quando sair. — Tá. Lennon saiu do veículo e ele e Archer entraram na delegacia. Miron não demorou nem cinco minutos para chegar e, em pouco, os quatro falavam com a delegada. — Sabe me dizer mais ou menos a hora que ela pode ter sido retirada dali? — Milana perguntou. “Parece que os Galloway vivem encrencados!”, ela suspirou internamente. “E a pobre da Senhora Galloway é um alvo!”. — Eu saí do hospital era umas dez da manhã. Por aí. Dez e meia. Precisava tomar um banho e ela estava
ATENÇÃO, ESSE CAPÍTULO PODE CONTER CONTEÚDO SENSÍVEL!*FLASHBACK*Eve estava no carro com Cameron. Eles dois tinham se encontrado, como ele planejou, perto de uma árvore caída que era referência ali. Ela estava se preparando mentalmente para quando pudesse correr para longe de Cameron, para longe de todos aqueles que só queriam machucá-la. Ela tinha que ir embora! — Sabe, eu achei que você não fosse aparecer. — Cameron começou a falar e sorriu, arriscando um olhar na direção de Eve, antes de voltar-se para a estrada à frente. Eve apenas sorriu de leve, fraco. Quanto menos ela falasse, melhor seria. O carro parou e ela olhou em volta. Não havia nada ao redor. Eles já não estavam numa estrada com iluminação. Apenas o breu os cercava. Enquanto olhava pela janela, sentiu o braço de Cameron perto do dela. — Agora nós vamos ficar juntos e ninguém vai atrapalhar. — Ele disse, chegando mais perto de Eve, até que o rosto dele estivesse quase tocando-lhe o pescoço. — A gente tem que casar,
ESTE CAPÍTULO PODE CONTER CONTEÚDO SENSÍVEL!Cameron mandou Eve para o banheiro e abriu a porta. Charlie o empurrou para o lado e escaneou o quarto. — Cadê aquela vadia? — Ele perguntou e virou-se para Cameron, segurando a camisa do filho e o chacoalhando. — Cadê?! — Eu não sei! — Cameron falou e empurrou o pai. — Nem sei de qual vadia você tá falando! Charlie levantou o dedo indicador. — Não se faça de engraçadinho, Cameron! Eu sei muito bem que você anda fodendo aquela putinha! — Eu fodo muitas putinhas. A bofetada não foi leve, mas Cameron apenas sorriu, passando a língua pelo canto da boca. — Sabe muito bem que eu estou falando da sua irmã. — Ela NÃO É minha irmã! — É, sim! — Você por acaso é o pai dela? Biológico? Porque eu sei que não sou filho daquela mulher! Charlie torceu a boca. — Você praticamente cresceu com ela! — Ah… — Cameron soltou uma gargalhada de deboche. — Por essa lógica, o senhor não deveria vê-la como… filha? Ou por acaso gosta de praticar incesto?