— Muito obrigado a todos! — Lennon disse e desceu do palanque de mãos dadas com Hollie. As pessoas pareciam mais do que apaixonadas pelo casal, e não demorou para que eles estivessem em primeiro lugar nos trend topics.— Por favor, senhor Dodson, quando teremos uma cerimônia para que todos possamos participar? — um dos repórteres perguntou. — Acho que só assim para as jovens entenderem que o solteiro mais cobiçado da cidade não está mais disponível! — A entrevista já finalizou, senhor. Por favor — um dos seguranças falou. — Mas é só uma pergunta! Senhor Dodson! — o homem insistiu. Lennon caminhou com Hollie até o elevador, porém, eles não foram para a garagem, e sim para o último andar. Archer estava com eles. — Para onde estamos indo? — Hollie perguntou e Lennon sorriu para ela. — Acho que tá na hora de você conhecer onde o seu marido trabalha, não acha? — ele perguntou e Hollie assentiu.Quando as portas do elevador se abriu, Lennon foi recebido por uma mulher baixinha de óculo
— Está… duvidando da minha palavra? — Nia levou a mão ao peito. — Eu sou a sua mãe, como pode dizer isso? Como… você acredita mais na palavra dessa mulher, uma estranha, do que na da sua mãe? Lennon ouviu alguns cochichos. Ele sabia que aquele era o objetivo de Nia. — Bom, o que melhor do que as câmeras para provar que a senhora está certa, mãe? — ele disse e apertou a mão de Hollie, querendo dizer “por favor, entenda!”— Isso é verdade, senhora Dodson. Assim, não terá como o senhor Dodson não ver o que realmente aconteceu — falou uma pessoa que, claramente, não estava ali na hora que a confusão começou. À contra-gosto, Nia teve que aceitar. — Mas apenas nós, afinal, isso não deixa de ser um assunto de família — ela disse e Lennon estreitou os olhos. — Eu faço questão que outras pessoas vejam, já que esse assunto não foi tratado dentro das paredes das nossas residências, mas sim na companhia. Não queremos que um mal entendido acabe tomando proporções gigantescas, não é mesmo? O
Lennon ficou parado por alguns segundos, digerindo as palavras da mãe, então, ele soltou uma gargalhada, como se aquela fosse a piada do século! — Isso é… isso é brincadeira, certo? — ele perguntou e com o silêncio de Nia, Lennon sabia que não era. — Não, não é. Mãe, pode esquecer. — Lennon, eu estou pedindo apenas que tentemos! — Mãe, eu sou um homem casado! Talvez com um bebê à caminho! E a senhora quer que eu coloque a mulher que tem intenções de me conquistar, o que não vai acontecer, e que ainda por cima machucou Hollie? — ele riu de novo. — Sem chance. — Não entendo como pode ser tão… você foi enfeitiçado, é isso! — Nia disse, andando de um lado para o outro. — Chelsea… — Eu a detesto. Com ou sem Hollie, Chelsea é um grande e absoluto “não” pra mim, mãe. Pode desistir. A senhora pode ser cega quanto a verdadeira natureza dela, mas eu não sou — Lennon se recostou na cadeira. — E não a quero perto da empresa. Ela é problema. Não confio nela. Nia olhou para Chelsea, que esta
— Olá, Milana — ele falou e ela olhou em volta, como se alguém pudesse aparecer ali, assumindo uma expressão mais séria. — O que foi? — Por favor, senhor Ryan, não somos íntimos para que me chame pelo primeiro nome. Gabriel estreitou os olhos e se aproximou mais de Milana.— Não somos? — ele perguntou e ela inspirou fundo. — O que quer, aqui? — Almoçar com você — Gabriel falou, sem rodeios. Milana negou com um balançar da cabeça. — Qual é, Milana! — Podemos conversar depois sobre isso. Eu estou no trabalho! — se tinha uma coisa que Milana não gostava, era chamar atenção negativa, menos ainda no ambiente de trabalho. Ela levava a vida profissional muito a sério! — Só vamos almoçar! Vai me dizer que tão te escravizando aqui? Ela apertou os lábios e segurou a borda da mesa. — Jantar. Depois que eu sair daqui. Não estarei de uniforme. Um sorriso apareceu no rosto de Gabriel e ele mordeu o lábio, tamborilando no tampo da mesa. — Jantar, então! Eu passo e te pego em casa? — Não.
Milana empurrou Gabriel e ele a olhou cheio de desejo. — O que foi? Vergonha de transar no estacionamento? A delegada soltou o ar e passou a mão pelo cabelo. — Nós íamos jantar e conversar, certo? — Milana perguntou e Gabriel estreitou os olhos, mas preferiu seguir as regras dela, por enquanto. Ele não queria que ela simplesmente o chutasse para fora do carro e fosse embora. — Sim, claro. Ele sorriu e desceu do carro, indo abrir a porta para Milana, mas ela já estava até saindo do veículo. Gabriel soltou um suspiro e ofereceu o braço. Milana olhou para o braço, para o rosto de Gabriel e decidiu aceitar. Os dois caminharam para o elevador. Milana não se sentiu surpresa ao ver Gabriel colocar o elevador para a cobertura. — Você não tem nenhuma alergia, não é? — ele perguntou e Milana negou. — Uffa! — Deveria ter perguntado isso antes, não acha? — Você está absolutamente correta! — Gabriel falou e se virou, ficando na frente de Milana. Ele colocou os braços acima da cabeça dela
Milana o encarou, ainda com a impressão de que tinha ouvido errado. Gabriel Ryan não disse “quero namorar com você”, ele disse “preciso que namore comigo”. Eram duas coisas muito diferentes. — Explique-se — ela cruzou as pernas, bem como os braços, enquanto encarava o belo homem à frente dela. — Você sabe que eu sou produtor de TV, e… bom, temos um lançamento vindo. Sobre relacionamentos e tudo. Só que já tem um tempo que venho sofrendo pressão da mídia e dos outros executivos para que eu apareça como um homem… mais sério, coloquemos assim. Gabriel estava nervoso, porque aquela não era uma mulher qualquer. E nem era o fato de ela ser delegada e poder dar um tiro nele se ele fosse desrespeitoso demais. Milana o deixava nervoso, o deixava diferente. — E aí, eu sempre disse não, só que com esse novo programa, as coisas estão complicadas — Gabriel soltou o ar e olhou para Milana, sorrindo. — Agora, as coisas são diferentes. — Diferentes como? — ela perguntou imediatamente, sem tirar
— Hey! — Eve reclamou ao ver um homem entrando na frente dela, na fila. Ele não se moveu e ela o cutucou nas costas, chamando-lhe a atenção. — Não pode fazer isso. Com licença! O homem se virou e, para Eve, parecia que o tempo se movia em câmera lenta. Por um segundo, ela ficou embasbacada com a visão: alto, olhos verdes, cabelos escuros perfeitamente penteados, traços que ela considerou muito harmoniosos, como uma estrela de Hollywood. Mas o encanto durou apenas até que ele abrisse a boca. — Por que está me cutucando? Qual o seu problema? — A frieza não só na voz, como no olhar, deixaram Eve com ainda mais raiva. O homem claramente era rico, pelo terno feito sob-medida, mas sem um pingo de educação!— Eu quem pergunto! O senhor furou a fila! — Ela olhou para trás, com uma das mãos na cintura, e viu que não tinha mais ninguém além dela. Ao se voltar para a frente, o homem já estava com as costas para ela. Eve ajeitou os óculos no rosto e o cutucou novamente. — O senhor ouviu? Ele
"Ele deve ser o pai da Rose, Archer Galloway!", ela pensou, já que aquele homem tinha os mesmos olhos do bebê que ela cuidaria de agora em diante. "Como eu não me dei conta disso antes?" Eve queria muito dizer uns bons desaforos para aquele homem, porém, se ele era mesmo o pai da criança, poderia demiti-la. E, naquele momento, Eve precisa muito de um emprego. Ela respirou fundo. — Eu sou Everleigh Johnson, senhor. — Ela lançou um sorriso caloroso para ele e ofereceu a mão, mas a carranca dele aumentou.— Está me seguindo, é isso? Como entrou aqui?! — Ele praticamente rosnou. — Quer saber? Eu vou chamar a polícia, agora mesmo! O sangue de Eve congelou nas veias. Polícia? Ela não podia ter problemas com a polícia! — Senhor, eu… Eu sou apenas a…Archer segurou ferozmente o braço de Eve, que choramingou. Ele afrouxou um pouco o aperto, mas não a soltou, arrastando-a para fora do quarto. Eles desceram as escadas e Shannon, que estava antes saltitando de felicidade, murchou assim que v