— Olá, Milana — ele falou e ela olhou em volta, como se alguém pudesse aparecer ali, assumindo uma expressão mais séria. — O que foi? — Por favor, senhor Ryan, não somos íntimos para que me chame pelo primeiro nome. Gabriel estreitou os olhos e se aproximou mais de Milana.— Não somos? — ele perguntou e ela inspirou fundo. — O que quer, aqui? — Almoçar com você — Gabriel falou, sem rodeios. Milana negou com um balançar da cabeça. — Qual é, Milana! — Podemos conversar depois sobre isso. Eu estou no trabalho! — se tinha uma coisa que Milana não gostava, era chamar atenção negativa, menos ainda no ambiente de trabalho. Ela levava a vida profissional muito a sério! — Só vamos almoçar! Vai me dizer que tão te escravizando aqui? Ela apertou os lábios e segurou a borda da mesa. — Jantar. Depois que eu sair daqui. Não estarei de uniforme. Um sorriso apareceu no rosto de Gabriel e ele mordeu o lábio, tamborilando no tampo da mesa. — Jantar, então! Eu passo e te pego em casa? — Não.
Milana empurrou Gabriel e ele a olhou cheio de desejo. — O que foi? Vergonha de transar no estacionamento? A delegada soltou o ar e passou a mão pelo cabelo. — Nós íamos jantar e conversar, certo? — Milana perguntou e Gabriel estreitou os olhos, mas preferiu seguir as regras dela, por enquanto. Ele não queria que ela simplesmente o chutasse para fora do carro e fosse embora. — Sim, claro. Ele sorriu e desceu do carro, indo abrir a porta para Milana, mas ela já estava até saindo do veículo. Gabriel soltou um suspiro e ofereceu o braço. Milana olhou para o braço, para o rosto de Gabriel e decidiu aceitar. Os dois caminharam para o elevador. Milana não se sentiu surpresa ao ver Gabriel colocar o elevador para a cobertura. — Você não tem nenhuma alergia, não é? — ele perguntou e Milana negou. — Uffa! — Deveria ter perguntado isso antes, não acha? — Você está absolutamente correta! — Gabriel falou e se virou, ficando na frente de Milana. Ele colocou os braços acima da cabeça dela
Milana o encarou, ainda com a impressão de que tinha ouvido errado. Gabriel Ryan não disse “quero namorar com você”, ele disse “preciso que namore comigo”. Eram duas coisas muito diferentes. — Explique-se — ela cruzou as pernas, bem como os braços, enquanto encarava o belo homem à frente dela. — Você sabe que eu sou produtor de TV, e… bom, temos um lançamento vindo. Sobre relacionamentos e tudo. Só que já tem um tempo que venho sofrendo pressão da mídia e dos outros executivos para que eu apareça como um homem… mais sério, coloquemos assim. Gabriel estava nervoso, porque aquela não era uma mulher qualquer. E nem era o fato de ela ser delegada e poder dar um tiro nele se ele fosse desrespeitoso demais. Milana o deixava nervoso, o deixava diferente. — E aí, eu sempre disse não, só que com esse novo programa, as coisas estão complicadas — Gabriel soltou o ar e olhou para Milana, sorrindo. — Agora, as coisas são diferentes. — Diferentes como? — ela perguntou imediatamente, sem tirar
— Hey! — Eve reclamou ao ver um homem entrando na frente dela, na fila. Ele não se moveu e ela o cutucou nas costas, chamando-lhe a atenção. — Não pode fazer isso. Com licença! O homem se virou e, para Eve, parecia que o tempo se movia em câmera lenta. Por um segundo, ela ficou embasbacada com a visão: alto, olhos verdes, cabelos escuros perfeitamente penteados, traços que ela considerou muito harmoniosos, como uma estrela de Hollywood. Mas o encanto durou apenas até que ele abrisse a boca. — Por que está me cutucando? Qual o seu problema? — A frieza não só na voz, como no olhar, deixaram Eve com ainda mais raiva. O homem claramente era rico, pelo terno feito sob-medida, mas sem um pingo de educação!— Eu quem pergunto! O senhor furou a fila! — Ela olhou para trás, com uma das mãos na cintura, e viu que não tinha mais ninguém além dela. Ao se voltar para a frente, o homem já estava com as costas para ela. Eve ajeitou os óculos no rosto e o cutucou novamente. — O senhor ouviu? Ele
"Ele deve ser o pai da Rose, Archer Galloway!", ela pensou, já que aquele homem tinha os mesmos olhos do bebê que ela cuidaria de agora em diante. "Como eu não me dei conta disso antes?" Eve queria muito dizer uns bons desaforos para aquele homem, porém, se ele era mesmo o pai da criança, poderia demiti-la. E, naquele momento, Eve precisa muito de um emprego. Ela respirou fundo. — Eu sou Everleigh Johnson, senhor. — Ela lançou um sorriso caloroso para ele e ofereceu a mão, mas a carranca dele aumentou.— Está me seguindo, é isso? Como entrou aqui?! — Ele praticamente rosnou. — Quer saber? Eu vou chamar a polícia, agora mesmo! O sangue de Eve congelou nas veias. Polícia? Ela não podia ter problemas com a polícia! — Senhor, eu… Eu sou apenas a…Archer segurou ferozmente o braço de Eve, que choramingou. Ele afrouxou um pouco o aperto, mas não a soltou, arrastando-a para fora do quarto. Eles desceram as escadas e Shannon, que estava antes saltitando de felicidade, murchou assim que v
Eve deu um passo para trás e colocou a mão na cabeça da criança, como se a consolasse após ouvir aquelas palavras horríveis. “Esse homem não merece esse neném lindo!”, Eve ficou chorosa. Ela não compreendia como um pai podia falar daquele jeito. — O que você quer dizer com isso? — Shannon questionou. — Tem um apartamento. Roselyn vai ficar lá com a babá, eu as manterei com tudo o que for necessário. — Menos a sua presença. — Shannon parecia chorar. — Eu não posso, ok? Ainda não consigo digerir isso.— Se não saísse por aí com mulheres aleatórias, em vez de se casar de uma vez, isso não teria acontecido!”— Não vou discutir! — Archer falou e o som dele se afastando foi ouvido por Eve.Eve retornou para dentro do quarto e fez a criança dormir. Quando já estava para sair, Shannon estava na sala, esperando por ela. — Você nem jantou! — Ela disse. — Não tem problema. Vou comer em casa. — Eve respondeu e sorriu fraco. — Até amanhã, sra. Ballilis.— Eve… Eu tenho que te dizer uma cois
Archer se virou com calma. Ele não queria ter parado em loja nenhuma porque se alguém o reconhecesse… — Quem é você? — Ele perguntou, franzindo a testa. Aquela pessoa não lhe era estranha. O homem, de cabelos curtos e óculos, com uma barba cheia, sorriu, estendendo a mão. — Eu sou David Thomas! — Ele se apresentou e Archer inspirou fundo. Aquele era o "repórter perigo". O homem que sempre entregava os maiores furos das celebridades. "Mas que inferno!", Archer praguejou mentalmente. Ninguém sabia da existência de Rose. Ele não havia informado ao público, ainda mais que a mãe da criança havia simplesmente a abandonado na porta da casa dele e sumido! Eve se aproximou, Rose no colo e o bebê-conforto na outra mão. — Prontinho — Ela falou, esticando o cartão Black para Archer. — Quem é essa? — David perguntou, sorridente. — E que criança mais linda! — Não vê que é a filha deles? — A senhora idosa, que não havia se afastado, respondeu. Archer apertou os lábios, pensando que
— O senhor vai descontar do meu salário? — Ela perguntou calmamente. Archer pensou inicialmente que Eve estivesse se fazendo de boba, até perceber no olhar dela que não, ela realmente não havia compreendido a malícia nas palavras dele. Ele apenas engoliu em seco. — Vou.A expressão de Eve murchou e ela olhou para baixo, tristonha. — Eu compreendo. Perdão, novamente. — Eve disse, derrotada. Antes de Archer falar qualquer coisa, ouviu-se um barulho alto, um ronco. Eve, com o rosto vermelho de vergonha, levou a mão à barriga e olhou de esguelha para Archer.— Isso…— ele começou a perguntar. Eve se levantou rápido, o rosto queimando. — Isso daí foi a sua barriga roncando? — Archer perguntou e Eve o olhou, mas logo desviou o olhar. — Se está com fome, por que não vai comer? Ela apertou os lábios e se virou para Archer. — Eu comeria, mas não tem nada, aqui. O que tinha eu usei para alimentar Rose. — Ela inspirou fundo, enquanto Archer parecia não compreender o que ela falava. — Pr