— Senhor Calhoun — Lennon disse, sério, e passou o braço pelos ombros de Hollie. — Com licença. O olhar de Marcel era perfurante e Hollie sentia como se ele pudesse ler a alma dela. Antes que ela pudesse passar com Lennon, Marcel esticou o braço e a impediu de andar. Lennon arregalou os olhos e puxou a esposa mais para ele. — Algum problema? — Qual o nome da sua mãe? — Marcel perguntou e Hollie franziu a testa. — Senhor Calhoun, minha esposa não tem que falar da vida dela. O senhor deveria se preocupar mais em educar a sua filha para que ela pare de causar problemas! — Lennon disse e olhou para Hollie. — Vamos, amor. Marcel não desistiu e segurou o pulso dela, mas Lennon colocou a mão dele em cima da do homem em seguida, numa clara ameaça. — Tire as mãos dela! — Qual o nome da sua mãe? — ele insistiu e Hollie tentou se soltar. — E o seu pai? Quem são? Hollie se soltou com a ajuda de Lennon e eles começaram a se afastar. Simone chegou até o marido e o segurou para que ele não p
— Eu vou… morar aqui? — o menino virou-se para a irmã. Ela se abaixou e ficou no nível dele. — Vai sim, meu bem. — Mas… parece um castelo! — o menino disse e correu pela sala. — Tommy! Lennon passou a mão em volta da cintura da esposa. — Deixa ele explorar — Lennon falou e encostou a boca no ouvido de Hollie. — Os brinquedos que eu comprei estão bem guardados. — Lennon! Ele riu safado. — Amanhã vamos ver escola pra ele. Eu terei algumas reuniões, mas vou pedir ao meu assistente que cuide disso. — Eu posso fazer isso — Hollie falou e mordeu os lábios. — Lennon, eu vou pagar pela escola dele. Lennon a olhou com confusão. — Do que está falando? — Ele é meu irmão, minha responsabilidade. — Ele é meu cunhado. E… Hollie, você é minha mulher. Eu cuido de você e dos seus. — Lennon… — ele a beijou docemente. — Por favor. Você compra o uniforme. — O uniforme? — ela levantou as sobrancelhas. — Não faça essa cara. Não tô fazendo favor nenhum. O quarto de Tommy não era infantil,
Simone olhou novamente para o endereço na tela do celular e sorriu. Sim, Martha estava ali, portanto, ela estava no lugar certo! — Bom dia! — ela disse sorridente para a recepcionista. — Eu gostaria de visitar Martha Dalton. Quarto 312. Ao entregar os próprios documentos para a moça atrás do balcão, essa reconheceu o nome e sobrenome. Ela não sabia dos pormenores da vida dos famosos e ricos, mas sabia que os Calhoun e os Dodson eram amigos. E Martha era a mãe da esposa de Lennon Dodson, o ex-solteiro mais cobiçado de Denver. — Claro, só um momento! — a jovem falou e Simone sorriu amavelmente para ela, esperando o crachá que permitiria o seu acesso. Assim que o pegou, agradeceu e deu uma generosa gorjeta pelo “bom trabalho”. O semblante de Simone mudou imediatamente assim que ela se virou e entrou no elevador. O batucar suave de seus dedos no antebraço era silencioso e, quando as portas se abriram, ela adentrou o corredor bem iluminado. Cada passo no piso de porcelana era como um p
Ao abrir a porta, Marcel se deparou com Simone no chão e alguém em cima dela. Outra mulher. O coração dele quase saiu pela boca quando ele viu que a tal mulher era ninguém menos do que Martha. Ele ainda demorou alguns segundos para conseguir se mover, mas quando o fez, segurou Martha por baixo dos braços, e a puxou, prevenindo que a mão de Simone alcançasse o rosto. — M-Marcel? — Simone disse, arregalando os olhos e então, começando a choramingar. — Amor, olha só o que essa louca fez comigo! Martha congelou ao ouvir aquele nome. Ela não esperava que Marcel e ela cruzariam caminhos alguma vez depois de tudo o que houve. Lentamente, ela levantou a cabeça e foi atingida pela visão do rosto do homem que quebrou o coração dela, e depois pisou, cruelmente. — Me solta! — Martha reclamou e o empurrou, porém, Marcel não se moveu. Ele apenas segurou-a pelos ombros e um sorriso vacilante apareceu em seus lábios. — Martha! — as letras saíram com dificuldade. Marcel a abraçou forte e Martha
Simone percebeu tarde demais que tinha falado mais do que deveria. — Minha filha não é nenhuma bastarda! — Martha vociferou e tentou avançar, porém, Hollie a segurou. — Ela é…— Cala a boca! — Marcel não se aguentou mais e andou até a esposa, com passos firmes e um olhar assassino. — Cale a boca quando falar de Martha, ou da filha dela! Marcel se virou e encarou Hollie novamente. Ele a achou tão parecida com alguém, mas não reconheceu quem, e por quê? Porque a pessoa que tinha os olhos parecidos com os dela não era Martha, mas ele mesmo! — Ela é minha, não é? — ele perguntou e Martha apenas o encarou. Hollie arregalou os olhos e olhou da mãe para o pai de Chelsea. Lennon era outro que não estava entendendo nada. — Ela é, não é? Responde! — Como pode pensar isso? — Simone rebateu e puxou o braço de Marcel, que se desvencilhou. — Ela é uma vagabunda que não podia ver um…! Marcel nunca foi violento, mas ele segurou o maxilar de Simone e o apertou, o suficiente para que ela não pude
Chelsea pensei que tinha ouvido errado. Ela tinha que ter ouvido errado. — Mãe, do que… — os olhos dela estavam cheios de lágrimas. Simone adotou Chelsea, mas mais do que tudo, aquela garota era o ticket para que Simone pudesse permanecer com Marcel. Claro, Chelsea agora não era mais uma garotinha e, por isso, Simone queria que esta se casasse com alguém de peso. Archer Galloway já tinha dona e Simone sabia bem da paixonite que Chelsea sempre teve por Lennon. Ele era uma opção maravilhosa, além da mãe dele ser amiga de Simone, enquanto o pai era o dono da companhia que mais dava lucro aos Calhoun. Uma união perfeita. Ou seria, se Chelsea não tivesse deixado a oportunidade passar! E o pior: ela permitiu que quem se aproximasse de Lennon fosse justamente a filha bastarda da Marcel com Martha! — O que você ouviu! Eu criei você, uma orfã, por anos! Te dei amor, te mimei e o que você fez? Você deu de bandeja os Dodson para aquela maldita! Chelsea tinha os rompantes dela, porém, ela ti
Marcel, ao ouvir aquilo, fuzilou Simone com o olhar. A mulher sabia que tinha se descontrolado e muito e justamente numa péssima hora! — N-não… meu bem, a mãe falou errado. Eu… Chelsea se desvencilhou do toque de Simone. — A senhora não é a minha mãe e deixou isso bem claro. Eu não lhe fiz nada e fui atacada desse jeito! — Chelsea olhou para Marcel. — O senhor também vai me rejeitar? Marcel abraçou a loira. — Claro que não, meu bem! — ele disse e inspirou fundo. — Você sempre será a minha filha, não importa o quê. E Simone, bom, ela não ficará aqui. — Marcel, nós não vamos nos divorciar! — Claro que vamos — ele respondeu calmamente. — Eu não te quero. Não tem motivo pra manter essa farça que você chama de casamento. A mulher ficou com o rosto vermelho e então, resolveu soltar mais veneno. — Não adianta me olhar assim, triunfante, Chelsea. Porque ele diz agora que você é a filha dele, mas eu quero ver se ele vai continuar com isso quando a filha de sangue dele vier pra cá! Ela
Duas horas depois, Hollie estava nos braços de Lennon, as pernas enroscadas, enquanto ele fazia-lhe carinho nas costas. — Fica tranquila. Ninguém mais vai perturbar a sua mãe — Lennon disse e beijou os cabelos da esposa. — Vou cuidar de você e da sua família, que agora é minha, também. Hollie inspirou fundo e se aconchegou mais em Lennon. Ela teve tanto medo que ele fosse só mais um homem rico querendo diversão… sua mãe tinha lhe dito que não se entregasse fácil, e que evitasse homens de famílias ricas e tradicionais, porque Hollie quase certamente teria sofrimento. Porém, Lennon era um sonho. Sim, ela temeu que ele fosse um pesadelo disfarçado, mas então, tendo visto o patrão Archer Galloway, ele não acreditou que este seria melhor amigo de um crápula. — Obrigada, Lennon. Obrigada por estar na minha vida — ela fungou e Lennon franziu o cenho, olhando melhor para ela, que lhe encarava agora. — Hollie, quem tem que agradecer aqui sou eu. Você é a mulher mais incrível e, porra, um