CAPÍTULO 35 Don Alexei Kim Entrei no carro com a mente ainda em chamas, as mãos firmes no volante enquanto revisava mentalmente o que tinha que fazer. Ajustei o coldre no peito, conferi a pistola e deixei outra arma ao meu lado no banco. Olhei pelos retrovisores, vendo mais dois carros dos meus soldados me escoltando. A missão era importante, mas algo sobre deixar Malu daquele jeito, com aquele olhar pra mim, me incomodava mais do que eu queria admitir. Peguei meu celular, fiz uma ligação: — Nazar, verifique se a minha esposa está bem daqui a uma hora. Se ela não abrir a porta, me avise, porque da outra vez ninguém se preocupou em me avisar que ela ficou no banho o dia todo. — Eu vou levar uma hora e meia pra chegar, pode ser? Estou um pouco longe, como sabe. — Ok, eu vejo pela câmera quando parar o carro. O que aconteceria, não é? — Seu pai foi acompanhar sua mãe no hospital, e Anton... — Ela teve alguma melhora? A minha mãe teve alguma reação, Naz
CAPÍTULO 36 Don Alexei Kim Assim que Malu se acalmou um pouco, fui até o armário, peguei uma roupa seca para mim e uma camiseta larga e um short para ela. Me troquei o mais rápido possível e, em seguida, aproximei-me para ajudá-la a se vestir. Ela ainda tentava me agarrar, seus dedos puxando a barra da minha camisa, e seus olhos brilhando com um desejo insaciável. Esse comportamento, claramente fora do normal, só aumentava minha preocupação. É claro que seu gosto na minha boca estava me deixando louco, mas eu não faria nada com ela assim. Mantive minha paciência, apesar das tentativas dela de me puxar e desfazer as roupas que eu acabei de colocar nela. Em outro momento, esse jogo teria outra dinâmica, mas agora só havia um pensamento martelando na minha cabeça: algo estava seriamente errado. — Pronto, Malu — murmurei, colocando-a deitada na cama e ajustando o cobertor sobre ela. Ela se enroscou, parecendo exausta, mas ainda com aquele brilho nos olhos que m
Capítulo 37 Don Alexei Kim Ouvindo Maria Luíza falar, parecia difícil pensar que ela estivesse mentindo agora. Só que as histórias não batem, preciso averiguar o que aconteceu de verdade, já chega de supor. — Era você no lago? — perguntei confuso. — Provavelmente. Porque não me lembro de eu e Duda já termos trocado de chapéu. Sabe como são gêmeas, desde pequenas usávamos roupas iguais, depois parecidas, mas sempre de cores diferentes — olhei bem pra ela, estava irritada. — As vezes me esqueço que são gêmeas, tão parecidas pra quem olha de longe como olhei... — Comece a prestar mais atenção a alguns detalhes. Principalmente por ser um Don. Eu a olhei de perto, examinando cada traço que eu havia deixado de notar antes. A suavidade das linhas do rosto, o brilho sereno dos olhos. Era como se, pela primeira vez, eu visse a verdadeira mulher ao meu lado e me desse conta da intensidade dela. — Então, talvez fosse você, Malu — murmurei, com um peso no peito a
Capítulo 38 Don Alexei Kim Passei instruções para Nazar, pedindo que trouxessem Zaia e o mordomo para o escritório. Sentei na cadeira e voltei a analisar as imagens da câmera do quarto pelo celular, então coloquei em tempo real, e essa capturou minha atenção. Vi quando Zaia entrou no meu quarto, levando Sofia até Malu, e por um momento me desliguei de Nazar, prestando atenção na tela. Era quase impossível desviar o olhar. Coloquei a imagem em tela cheia, os olhos fixos naquelas duas em cada detalhe, como se isso fosse suficiente para aliviar a pressão que estava crescendo dentro de mim. Malu segurava Sofia com uma delicadeza que eu nunca tinha visto nela antes. A bebê se aconchegava em seus braços, pequena e frágil, enquanto Malu sussurrava para ela, quase como se estivesse compartilhando algum segredo reconfortante. Os olhos de Malu brilhavam com uma ternura que eu desconhecia. - Shhh... tá tudo bem, pequenina - ela murmurou, embalando Sofia suavemente. -Ninguém vai te machuca
Capítulo 39 Don Alexei Kim O silêncio no porão era denso, e cada passo meu fazia ecoar um som seco no concreto, intensificando a tensão que pairava no ar. Zaia e o mordomo estavam ali, lado a lado, mas não trocavam olhares. Ambos estavam parados, tentando manter a compostura, mas o leve tremor nas mãos de Zaia a entregava. Cruzei os braços e os encarei por um momento. Então, fiz a pergunta, com o tom grave e direto que eles conheciam bem: — Quero saber uma coisa. Quem foi que preparou a vitamina que Anton serviu para Maria Luíza? O mordomo, sempre cuidadoso e preciso, levou um momento para responder. Ele desviou o olhar e ajeitou a gravata, uma tentativa falha de parecer inabalável. — Fui eu quem entreguei a vitamina para Anton, senhor — respondeu, com um leve tremor na voz. — Mas foi... foi a Zaia quem a preparou. Zaia arregalou os olhos, visivelmente surpresa, e o medo rapidamente tomou conta do seu rosto. Ela deu um passo para trás, como se precisasse de distância
Capítulo 40 Maria Luíza Duarte Assim que Alexei fechou a porta, o silêncio do quarto pareceu se intensificar, meu coração acelerou. Sabia o que vinha a seguir, sentia no ar a intensidade que ele carregava, cada passo dele uma promessa silenciosa de tudo o que me esperava. Senti o peso do olhar dele sobre mim, aquele olhar intenso, quase perigoso, que fazia meu corpo responder antes mesmo dele me tocar. Ele se aproximou devagar, como quem saboreia o momento, e quando seus olhos encontraram os meus, eu soube que não havia como fugir. Não que eu quisesse. Na verdade, ansiava por aquilo, pelo toque firme, pelo jeito rude que ele exalava em cada gesto. Quando colocou as mãos na minha cintura, uma onda de calor subiu pelo meu corpo, e eu senti os músculos dele tensos sob minha pele, fortes e implacáveis, como ele. Eu me perdi naquele beijo, e cada movimento parecia despertar ainda mais a necessidade que me consumia. Minhas mãos deslizaram por suas costas, apertando com fo
CAPÍTULO 41 Maria Luíza Duarte Ele se aproximou, e antes que eu pudesse reagir, senti a boca dele descendo pelo meu pescoço, deixando um rastro quente, lento, que fazia minha pele arder em antecipação. Os lábios de Alexei eram firmes, quase possessivos, e eu só conseguia me agarrar a ele, como se fosse a única coisa me mantendo ancorada. Cada beijo parecia me marcar, como se ele quisesse deixar claro que eu era dele. Minhas mãos, já sem controle, deslizavam pelas costas dele, sentindo os músculos tensos, fortes, que reagiam ao meu toque. Quando ele me beijou de novo, sua boca encontrou a minha com um fervor quase selvagem, cada movimento carregado de uma paixão que me fazia esquecer de tudo. O jeito como ele me segurava, firme e decidido, só tornava tudo mais intenso, mais urgente. Seus lábios desceram lentamente pelo meu corpo, explorando cada pedaço de mim, como se estivesse determinado a me fazer lembrar desse momento para sempre. Meus dedos se entrelaçaram nos cabelo
Capítulo 42 Don Alexei Kim Acordei com Malu nua nos meus braços, o corpo quente, relaxado, completamente entregue. O que eu sinto por ela é confuso, uma mistura de desejo e uma necessidade possessiva de saber toda a verdade. É por isso que preciso que Marco acelere o processo e confirme o que desconfio ou refute tudo. Não posso ficar na incerteza, ainda mais quando se trata dela. Levanto devagar, tomando cuidado para não acordá-la. Procuro o celular e rapidamente ligo para Nazar, meu consigliere. Ele atende na primeira chamada. — Nazar, quero que você acelere o Marco. Ele precisa estar em Roma o quanto antes. Preciso das informações que pedi, sem mais delongas. — Vou pressioná-lo pessoalmente, senhor — ele responde sem hesitar, eficiente como sempre. Aproveito a ligação para abordar outro assunto. — E sobre a babá? Encontrou alguém? — pergunto, pensando que Malu ficará mais segura com um profissional qualificado, especialmente com os dias de tensão que se