Capítulo 107 Maria Luíza Acordei sentindo o calor dos lençóis ao meu redor e uma estranha sensação de leveza. A noite passada, com Alexei cuidando de mim como nunca antes, parecia um sonho. Olhei para o lado, mas ele não estava na cama. A ausência dele deixou o quarto mais frio, mais vazio. Vesti um robe de seda e saí em busca dele. Enquanto caminhava pelo corredor, vozes alteradas chegaram aos meus ouvidos. Elas vinham do salão principal, e o tom familiar de Alexei, misturado a outros que eu não reconhecia imediatamente, me deixou alerta. Aproximei-me com cuidado, mantendo-me parcialmente escondida enquanto ouvia. — Isso é inaceitável, Alexei! — a voz de uma mulher soou ríspida e cheia de acusação. — Você deu os documentos a Klaus, quando claramente deveriam ser nossos! — Areta, chega! — Alexei respondeu, sua voz carregada de autoridade. — Isso não é assunto para discussão. Klaus é irmão do meu pai. Foi uma ordem direta de Maxim. — Maxim?! — outro homem inter
Capítulo 108 Don Alexei Kim O sábado amanheceu com o céu carregado de nuvens densas, mas sem ameaça de chuva. O clima frio parecia reforçar a atmosfera de austeridade e tradição que eu esperava para o casamento de Yuri e Anastasia. Logo cedo, Malu e Anastasia se reuniram no salão privado da casa para os preparativos. Antes que elas começassem a se arrumar, pedi que ambas fossem até a biblioteca. Quando entraram, as duas me olharam curiosas. Sobre a mesa, duas caixas de veludo preto estavam expostas, chamando a atenção de imediato. — O que é isso, Alexei? — Malu perguntou, arqueando as sobrancelhas. — Presentes para as duas, — respondi, sinalizando para que se aproximassem. — Antes da cerimônia, quero que vocês usem algo digno da importância deste dia. Peguei a primeira caixa e abri lentamente, revelando uma tiara de diamantes e rubis. A luz do ambiente refletiu nas pedras, projetando brilhos que encheram a sala. Virei-me para Anastasia, que me olhava com os olhos
Capítulo 109 Don Alexei Kim Horas depois: Desci as escadas carregando uma mala e encontrei Malu no hall, linda como sempre. O colar de safiras que eu havia dado a ela brilhava sob a luz da manhã. Ela me olhou com um sorriso suave, mas seus olhos mostravam que ainda estava preocupada em deixar tudo sob o comando de Yuri. — Vai dar tudo certo, Malu. — Disse enquanto pegava sua mão. — Confie em mim. Nazar também estará de olho em tudo, já conversei com ele. — Certo. Vamos lá. Fomos até a sala principal, onde Yuri e Nazar nos aguardavam. — Então, Yuri, é isso. — Falei, entregando-lhe um conjunto de chaves e uma arma prateada. — Agora você está no comando desta casa. Nazar estará ao seu lado para o que precisar, mas a palavra final será sua. Cuide disso como se fosse seu próprio reino. Yuri assentiu, seu olhar determinado. — Não vou decepcioná-lo, Don Alexei. Pode contar comigo. — Não espero nada menos do que isso. — Respondi. — Mas lembre-se, liderar exi
Capítulo 110 Don Alexei Kim Minha mão desceu pela cintura dela com firmeza, reclamando aquilo que era meu. Eu não precisava de palavras, meu toque deixava claro: ela pertencia a mim. Malu suspirou, seu corpo respondendo ao meu de um jeito que me deixava ainda mais sedento. — Você sabe o quanto te desejo, não é, Malu? — murmurei contra o pescoço dela, com a voz baixa, um tom possessivo. — Você é minha. Sempre foi. Ela arqueou uma sobrancelha, aquele sorriso atrevido que eu conhecia tão bem brincando nos lábios. Mas não tentou responder, porque sabia que eu não precisava de uma confirmação verbal. Meu toque, minha presença, diziam tudo. Acariciei a lateral do corpo dela, minha mão firme traçando o caminho por suas curvas até alcançar seu quadril. Apertei de leve, puxando-a para mim. E ela, tão teimosa e cheia de atitude em outros momentos, cedia sem resistir. — Você também adora isso, não é? — perguntei, com um sorriso de canto. Inclinei-me para beijá-la, mas
Capítulo 111Don Alexei KimHoje fiz questão que ela me sentisse, que ela relaxasse, e que sentisse muito prazer. Escorreguei as mãos por seu pescoço e enfiei os dedos na sua nuca, puxando os fios de cabelo curtos que eu tanto amo. Passei a língua pela pele do pescoço dela e subi até a orelha. Beijei ali fazendo com que ela se arrepiasse, amei ver como ficou. Ela chegou a fechar os olhos e abrir a boca como se precisasse de ar, mas eu não parei... fui deslizando os lábios pela pele do seu peito, e passei por entre os seios, descendo até a barriga.Beijei o seu umbigo e deslizei as mãos pelo seu quadril, ela ergueu levemente a cintura, demonstrando como estava gostando dos toques.Também senti as mãos dela sobre mim. Ela me apertava com mais força do que o habitual e não parecia ter muito controle do que fazia, pois estava focada no seu orgasmo.Virei Malu de bruços com agilidade e terminei de arrancar a minha cueca com o shorts que eu usava. Com os joelhos flexionados sobre a cama eu
Capítulo 112 Maria Luíza Duarte Acordei com o cheiro de café fresco invadindo o quarto, e minha primeira visão foi Alexei, encostado na porta, com uma bandeja na mão e aquele sorriso que me desmonta. O sol da Grécia entrava pelas cortinas e fazia tudo parecer ainda mais bonito — até ele, se é que isso é possível, com aqueles olhos mais azuis que o mar. — Bom dia, dorminhoca. Temos uma cidade para explorar — ele disse, enquanto se aproximava. — Bom dia... — respondi, ainda com a voz preguiçosa, tentando me espreguiçar. — Desde quando você virou um guia turístico? Ele riu, me puxando da cama com uma gentileza que contrastava com seu jeito dominante de sempre. — Desde que você decidiu bagunçar minha vida. Agora, levante. Temos um dia cheio. Mal tive tempo de perguntar o que ele estava planejando, porque, como sempre, Alexei já tinha tudo calculado. Depois de um café da manhã perfeito com pães quentinhos e frutas frescas, ele me levou até um pequeno porto, onde
Capítulo 113 Don Alexei kim Eu nunca soube o que era pânico até conhecê-la. Malu sempre foi minha fraqueza, minha maior fortaleza e agora estava ali, frágil, com o rosto pálido enquanto eu tentava entender o que diabos estava acontecendo. Quando ela correu para o banheiro, meu corpo reagiu antes mesmo que eu processasse. A cena dela vomitando, agarrada à pia, foi o suficiente para fazer o gelo que costumo carregar no peito derreter em um calor avassalador de medo e raiva. — Chamem um médico! — gritei, a voz mais alta do que pretendia. — Um laboratório! Qualquer um que possa avaliá-la agora! O dono do restaurante veio correndo, alarmado, mas eu já havia puxado meu telefone, ordenando que meus homens enviassem reforços. — Ninguém entra ou sai desta vila sem a minha permissão! Quero esta área isolada e todos os meus soldados de prontidão! Quando Malu tentou balbuciar alguma coisa, parecendo querer me acalmar, eu a interrompi, minha voz mais suave, mas firme: —
Capítulo 114 Don Alexei Kim O primeiro pensamento que cruzou minha mente ao abrir os olhos naquela manhã foi Malu. Ela ainda dormia profundamente ao meu lado, sua expressão serena e tranquila. O sol da Grécia filtrava-se pelas cortinas, iluminando seus traços delicados. Por um instante, apenas fiquei ali, observando-a, enquanto meu peito se enchia de uma emoção que eu raramente sentia. Malu estava grávida. Eu ainda estava tentando me acostumar com isso. Era uma realidade tão nova quanto assustadora. Um filho significava vulnerabilidade, sim, mas também um motivo maior para viver e proteger. Levantei-me devagar, sem fazer barulho, e caminhei até a sacada do quarto, respirando fundo o ar fresco. Meu dia já estava planejado, mas nada mais importava. Qualquer roteiro anterior havia sido descartado. O que quer que eu tivesse que fazer, ficaria para depois. A prioridade era ela e nosso bebê. Tirei o telefone do bolso e fiz uma série de chamadas. Reorganizei as coisas, canc