Capítulo 115 Don Alexei Kim (Dois dias depois) Os últimos dois dias na Grécia foram um respiro que eu não sabia que precisava. Depois de ajustar todos os planos para priorizar Malu e o bebê, nossos momentos foram preenchidos com tranquilidade e cumplicidade. Caminhamos sem pressa, exploramos pequenas vilas cheias de história e charme, e comemos em restaurantes que conseguiam equilibrar privacidade com vistas espetaculares, e isso sem fazer Malu vomitar. Na segunda manhã, aluguei um pequeno carrinho para nos levar até um campo de oliveiras nos arredores da cidade. Não havia turistas, só nós dois e o som das folhas ao vento. Malu estava encantada, e seu riso ecoava como uma música que eu nunca me cansava de ouvir. — Como você encontrou esse lugar? — perguntou ela, deslizando os dedos por um galho de oliveira. — Eu sempre tenho meus métodos, meu amor — respondi, segurando sua cintura. Mas a verdade era que cada detalhe tinha sido planejado. Eu queria que ela se s
Capítulo 116 Maria Luíza Duarte Eu não consegui ficar no carro, precisava saber o que estava acontecendo. Alexei fechou a cara e me ignorou. Assim que me viu caminhando em sua direção, a expressão dele mudou. Sua testa se franziu, e os olhos faiscaram de irritação. Mesmo assim, ele não gritou ou tentou me deter, apenas segurou meu braço com firmeza quando cheguei perto. — O que eu disse sobre ficar no carro, Malu? — perguntou em um tom baixo, mas carregado de tensão. — E o que eu disse sobre não ser tratada como uma criança? — rebati, encarando-o de frente. Alexei respirou fundo, claramente lutando contra a vontade de discutir ali mesmo. — Qual parte você não entendeu, que eu sou o Don da máfia Russa? Você precisa me obedecer. Se eu disse que era pra ficar no carro, era pra ficar, porra! — Eu não consegui ficar, lá... — Não interessa se não conseguiria. Se eu dei uma ordem é pra ser cumprida, entendeu? — me calei. — Vá ver minha mãe. Quero que você conf
Capítulo 117 Maria Luíza Duarte — EU PRECISAVA ENTREGAR UM CELULAR, SÓ ISSO! NINGUÉM PODERIA SABER, MAIS EU NEM CHEGUEU A SUBIR. ESSE LOUCO ME DEU NA CARA E ME DERRUBOU DA ESCADA! — sorri ao perceber que Yuri era esse louco. Percebi que Anastasia estava num canto e parecia com medo de tudo. "Será que ele se tornou agressivo pra ela?" — CADÊ A PORRA DO CELULAR? — Chutou o cara, e homens começaram a revistar, mas Yuri entregou algo. — Aqui Don. Eu já tirei dele, e pelo que Fred disse não tem nada. Ele disse que provavelmente alguém entraria em contato com a sua mãe através de mensagem ou algo do tipo. — Don segurou o celular e entregou a Nazar. — Leva para o Fred, analisem novamente. Agora me digam uma coisa... Esse idiota invadiu a casa sozinho? É sério isso? — Don, ele entrou para fazer uma entrega, não estava armado nem nada. Não sei como subiu, mas Yuri o encontrou e... — Então... Yuri foi rápido? — Alexei perguntou, parecendo satisfeito. — Não
Capítulo 118 Don Alexei Kim Fui até a sala de controle que Fred analisava as imagens das câmeras inúmeras vezes, e ele estava em pé, com a mão no mouse, e batendo na mesa. — Fred? — Don... Descobri algo. — Pode falar. — Eu analisei muitas vezes. Observe nas imagens externas... Tem duas pessoas do lado de fora, enquanto o cara tentava subir as escadas da casa. Eles foram embora depois que devem ter notado algo errado. Mas estão de capuz, não faço ideia de quem seja — me aproximei tentando ver o rosto. Fred puxou o zoom e notei algo familiar. — Espere... — Don, eu cruzei as imagens dos rostos com as das câmeras da casa, e enviei para o Maicon. Olha o que parece... Esses não são seus primos? Olhei devagar, analisando cada imagem e respirei fundo. — QUE PORRA! VOU ATRÁS DELES! — O que será que queriam? — Eles vão dizer. Vou trazê-los pra cá. Fui direto para os carros. Fred já havia chamado os soldados e, em menos de dez minutos, está
Capítulo 119 Don Alexei Kim Mal pisei no escritório e já ouvi a porta se abrir com força. Nazar entrou bufando, como um touro prestes a investir. Fechei os olhos por um breve momento, tentando controlar minha paciência antes de encará-lo. — Don, aquele moleque passou dos limites! — ele começou, a voz carregada de indignação. Me sentei na cadeira, entrelaçando os dedos sobre a mesa, enquanto ele continuava. — Primeiro, solta o prisioneiro sem nenhuma ordem, depois o executa na nossa cara, como se fosse o dono da situação. Isso é uma merda, Don Alexei. Ele não tem disciplina nenhuma! Deixei que ele desabafasse, esperando o momento certo para intervir. — Nazar, quem ensinou Yuri a atirar daquele jeito? — perguntei, casualmente, como se a conversa estivesse tomando outro rumo. Ele ficou em silêncio por um momento, franzindo o cenho, claramente confuso com a pergunta. — Eu... e Fred, claro. Mas por que isso importa agora? Inclinei-me ligeiramente para a fre
Capítulo 120 Don Alexei Kim (Uma hora depois) Os meus soldados avançavam pela estrada de terra atrás dos meus primos, com uma precisão militar. Cada veículo estava lotado com meus homens, armados e prontos para o que viesse. Nazar dirigia o carro principal, ao meu lado, com Yuri e Fred no banco de trás. — Don — Yuri começou, quebrando o silêncio. — Alguma instrução específica? Virei levemente a cabeça para ele. — Sim. Não faça nada até eu mandar. Ele assentiu, calado. Era uma ordem simples, mas carregava o peso de um aviso. Eu não toleraria um erro dele. Chegamos ao portão principal da propriedade. Dois guardas desatentos estavam encostados, fumando, mas antes que pudessem reagir, meus homens os neutralizaram em silêncio. O portão foi aberto, e os soldados entraram. A mansão onde Nikolay e Areta estavam, era luxuosa, mas o que chamou minha atenção foi a cena à beira da piscina. Os dois estavam relaxados, como se o mundo ao redor não existisse. Areta
Capítulo 121 Maria Luíza Duarte A manhã estava serena, mas eu sabia que precisava escolher as palavras certas. Alexei havia voltado na madrugada com Yuri e Fred, todos visivelmente cansados. Ele me contou por alto o que tinha acontecido com seus primos, mas agora a minha mente estava ocupada por outro assunto. Enquanto ele terminava de organizar algumas coisas no escritório, respirei fundo e entrei no cômodo. — Alexei, posso te pedir uma coisa? — minha voz saiu mais baixa do que eu esperava. Ele inclinou a cabeça, me analisando, e sorriu levemente. — Claro. O que foi, meu amor? Me aproximei, sentando-me no braço da poltrona onde ele estava. Coloquei uma das mãos sobre seu ombro, sentindo a tensão que ainda residia ali. — Eu queria saber... — fiz uma pausa, escolhendo bem as palavras. — Se posso contar sobre a gravidez para a minha família. E aqui, para todos os outros. Alexei estreitou os olhos ligeiramente, mas não era um olhar de desaprovação. Era apena
Capítulo 122Um mês depois – Aniversário de SofiaMaria Luíza Duarte A casa estava deslumbrante, como um verdadeiro conto de fadas. Era impossível não sorrir ao olhar para cada canto decorado com flores, balões em tons pastéis e detalhes pensados exclusivamente para a nossa pequena princesa. Sofia completava seu primeiro aninho, e eu não poderia estar mais feliz.A comemoração era ao ar livre, no imenso jardim da nossa casa. Uma tenda branca abrigava as mesas com toalhas de renda, doces finos e o bolo magnífico de três andares com delicadas flores comestíveis. Sofia estava no meu colo, usando um vestido rosa claro que combinava perfeitamente com a tiara dourada em seus cabelos finos. Ela ria ao ver os enfeites e, vez ou outra, tentava agarrar algum balão que flutuava perto de nós.— Nossa menina está linda demais — Alexei sussurrou, aproximando-se com um sorriso cheio de ternura. Ele passou o braço pela minha cintura e beijou o topo da cabeça de Sofia, que soltou uma gargalhada.— É